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Vitória - o início

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Era um domingo cedo e o Clube de Escoteiros havia acabado de terminar a reunião. O sol brilhava forte, aquecendo o ar e trazendo uma energia especial para aquele dia. Luiz estava no estacionamento, organizando algumas coisas no carro, enquanto o som das risadas e das conversas dos desbravadores ainda ecoava ao longe. Ele já estava começando a se perder em seus próprios pensamentos, quando ouviu passos suaves atrás de si.

Quando se virou, viu Vitória se aproximando com o sorriso que sempre a caracterizava. Ela era uma jovem especial, com apenas 12 anos, mas carregava uma maturidade rara para sua idade. O jeito como falava, como se comportava, parecia algo de uma pessoa mais velha. Embora estivesse enfrentando dificuldades em casa, com os pais ausentes e vivendo com sua avó, ela sempre tinha algo de cativante — um sorriso que iluminava qualquer ambiente e uma serenidade que tocava quem estivesse ao seu redor.

"Oi, Luiz!" Ela chamou, com a voz suave, mas ao mesmo tempo cheia de energia. "Tudo bem por aqui?"

Luiz olhou para ela e sorriu de volta. “Oi, Vitória. Tudo certo. Só organizando umas coisas no carro, mas estou quase acabando por aqui. E você, como está? Aproveitou bem o dia?"

"Eu estou bem," disse ela, mas seu sorriso parecia carregar um tom de leve preocupação. “O dia está tão bonito, mas fico pensando que, às vezes, ele é só uma desculpa para o meu cérebro continuar funcionando rápido demais. Como se eu estivesse pensando em tudo ao mesmo tempo."

Ele a observou por um momento, notando como ela, com sua inteligência e maturidade, carregava um peso extra para a idade dela. Ele sabia da sua história, da dificuldade em ter crescido tão rápido, de ter perdido os pais e ter sido criada pela avó.

“Eu sei o que você quer dizer, Vitória,” Luiz disse, com a voz suave. “Às vezes, o mundo parece correr mais rápido do que nós conseguimos acompanhar. Mas, você não precisa carregar tudo sozinha. Lembre-se de que tem pessoas ao seu redor que se importam com você.”

Vitória olhou para ele, e por um momento, parecia procurar algo em seus olhos. Ela gostava de como Luiz sempre a fazia se sentir ouvida, sem pressa para responder, como se ele entendesse cada uma das pequenas peças do quebra-cabeça que ela não sabia como montar.

Sem pensar, ela se aproximou dele, colocando uma mão levemente sobre o braço dele, com um gesto quase natural, como se aquilo fosse o mais simples do mundo. Luiz não hesitou e, ao contrário de muitos momentos em que se sentia distante ou distante, ele relaxou. A proximidade dela o fez sentir algo que não conseguia identificar exatamente: uma sensação de conexão.

“Você tem um jeito de me entender como ninguém mais,” Vitória murmurou, o sorriso mais tímido agora. "Sabe... eu fico me perguntando o que seria da minha vida se eu tivesse mais pessoas como você. Alguém para me ajudar a não ter medo de crescer."

Luiz ficou em silêncio por alguns segundos, olhando para ela com atenção. Ele sabia que, além de instrutor no Clube, ele era uma espécie de apoio para Vitória, alguém que representava segurança e confiança. E, naquele momento, sentiu que algo mais estava no ar. A química entre os dois era evidente, mas ambos ainda estavam tentando entender os limites dessa conexão.

Com uma suavidade que parecia fluída, Luiz estendeu a mão até o rosto dela, tocando levemente seu queixo. Ele fez um gesto suave, como se estivesse se permitindo também se aproximar mais. “Você não precisa crescer tão rápido, Vitória. Você tem tempo para descobrir tudo. E, quando sentir que precisa, pode contar comigo. Eu estou aqui.”

Vitória, agora mais próxima, sentiu o calor da mão dele sobre o seu rosto e, sem pensar, seus olhos se fecharam por um instante. O toque delicado e ao mesmo tempo seguro fez seu coração acelerar de uma forma inesperada. Ela deu um passo à frente, e antes que pudesse perceber, seus lábios tocaram os dele, em um beijo leve, quase tímido, mas cheio de significado.

O beijo foi breve, mas intenso o suficiente para deixar ambos sem palavras. Vitória se afastou um pouco, olhando para ele, surpresa com a ousadia, mas também com a sensação de algo mais profundo surgindo entre eles. Luiz, por sua vez, ficou sem palavras, mas o olhar que trocou com ela revelou tudo. Era uma atração crescente, uma conexão mais forte do que imaginavam.

“Desculpa… eu não queria ser imprudente,” Vitória disse, quase envergonhada, mas seus olhos ainda brilhavam com a sinceridade do gesto. "Eu só... não sabia como expressar o que sinto."

Luiz sorriu suavemente, pegando-lhe a mão com carinho. “Não há nada para se desculpar. O que importa é que você não está sozinha. Eu... entendo o que você está sentindo.”

Os dois ficaram assim por um momento, com a respiração ainda um pouco acelerada, antes que Vitória se afastasse, embora com um sorriso que parecia mais seguro. “Eu acho que vou voltar para a minha avó agora. Mas… será que você poderia me dar uma carona? Ela está me esperando lá em casa e fica um pouco longe…”

Luiz assentiu imediatamente, sentindo o impulso de protegê-la, como sempre. “Claro, Vitória. Vamos lá. Eu te levo até lá.”

Ela sorriu, aliviada, e juntos caminharam até o carro, ambos com um sentimento de proximidade que, embora inesperado, parecia certo. A carona, que começou como um gesto simples, se tornou um momento ainda mais importante para ambos — o início de algo novo, que talvez eles ainda não soubessem o que era, mas que com certeza ficaria marcado na memória de ambos.

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