O Que Ninguém Conta Sobre Criar um Filho Autista
Renunciei a tudo por meu filho autista. Mas quando seu corpinho infantil se transformou num rapazinho, meus anos de solidão explodiram em impulsos proibidos.
Sempre fui a garota tímida. No ensino médio, era a gordinha do canto da sala, aquela que passava despercebida. Uma das poucas que se formou virgem - só tinha beijado dois garotos até então.
No ano seguinte, veio a tão esperada "primeira vez". Mas não foi nada como nos filmes. Eu sempre tive muito corpo - curvas, coxas grossas, seios grandes - mas o cara que escolhi não tinha muito a oferecer. Ele acabou rápido e... eu não senti nada.
Comecei a achar que talvez sexo não fosse pra mim. Aprendi a me satisfazer sozinha quando a vontade batia. Foi aí que comecei a frequentar aqueles sites, a assistir aqueles vídeos com caras enormes. Sabia que não era real, mas mesmo assim desejava aquilo dentro de mim. Quanto mais sem graça ficava minha vida, mais exageradas se tornavam minhas fantasias.
Tudo mudou no meu aniversário de 24 anos. Desde que perdi minha mãe, eu sempre comemorava sozinha: enchia o carrinho de besteiras no mercado e empanturrava-me vendo séries. Mas naquele ano, estava cansada da rotina. Nas séries, as mulheres pareciam tão felizes ao encontrarem o grande amor... Resolvi fazer diferente.
Fui a um bar. Sozinha. Coloquei meu melhor vestido, caprichei na maquiagem. Sentei no balcão, onde todos poderiam me ver, e pedi uma caipifruta de morango. Queria parecer disponível, interessante. Mas as horas passaram. Homens olhavam, pediam drinques ao meu lado, mas ninguém falava comigo. Ninguém me quis.
Nem hoje. Nem com esse vestido. Nem com essa maquiagem.
A cada caipifruta, minha esperança diminuía e minha vergonha aumentava. Já bêbada, resolvi ir embora - foi quando tudo piorou. Tropecei num degrau mal sinalizado e caí feio na calçada.
A dor no tornozelo foi nada perto do constrangimento. Eu ali, esparramada no chão, bêbada e patética.
"Ei, tudo bem?" - ouvi uma voz masculina.
Levantei os olhos, envergonhada. Um homem estava sentado sozinho numa mesa próxima. Cabelo bagunçado, barba por fazer, camisa aberta no colo.
"Você caiu feio", ele disse, meio preocupado, meio irônico. "Deixa eu te ajudar."
"Tô bem", murmurei, tentando levantar, mas meu pé falhou. Gemi de dor.
"Claro que não tá. Senta aqui um pouco."
Sem escolha, aceitei. Ele era bom de papo, falava por nós dois. Aos poucos, fui me soltando. A vergonha virou risos. E o jeito como ele me olhava... não era pena. Era desejo.
Do bar, fomos direto para um motel. Tão bêbada que nem lembro se foi no carro dele ou de Uber. Quando percebi, já estávamos lá.
Entre beijos desajeitados, ele tirou a roupa. E eu... congelei.
Era enorme. Não consegui disfarçar meu choque.
Ele riu, orgulhoso: "É... eu sei."
Transamos ali mesmo, na penumbra do quarto barato. Foi bom. Intenso. Desajeitado. Real.
Mas ele nem se deu ao trabalho de me levar para casa. Me jogou num Uber e desapareceu.
Duas semanas depois, comecei a passar mal. Fiz o teste. Duas linhas.
Grávida.
E eu nem lembrava o nome dele.
As duas listras rosas pareciam gritar comigo. Fiquei sentada no vaso, tremendo. Meu coração batia tão forte que doía.
Não chorei. Primeiro veio o vazio. Depois, o medo.
Não tinha ninguém. Nem parceiro, nem mãe. Só eu. E agora, um bebê dentro de mim.
Fiz os exames, marquei o pré-natal. Na primeira ultrassom, o médico apontou para a tela:
"Olha lá... um menino. E parece que puxou o pai, hein? Olha o tamanho disso!"
Eu ri sem graça. "Nem sei quem é o pai direito..."
"Bom, pelo menos uma coisa você vai reconhecer quando ele nascer", ele brincou, como se fosse engraçado.
Criei Gael sozinha. Engordei muito. Tive um parto difícil - quase vinte horas de trabalho de parto até ouvir seu choro forte.
Quando o peguei no colo pela primeira vez, senti algo diferente. Ele estava roxo, enrolado num cobertor azul. Pequeno, mas... o médico fez todos rirem de novo:
"Moça, achei que ele tinha dois cordões umbilicais?"
Sorri, mas por dentro estava em pânico. Abri o cobertor... e era verdade. Era enorme para um bebê.
Os primeiros meses foram duros. Noites sem dormir, cólicas, choro. Eu vivia no automático, só café e instinto.
Ele demorou para sentar, para falar. Enquanto outras mães se gabavam - "o meu já fala 'mamãe'!" -, o meu nem olhava nos meus olhos.
No começo, fingi que não era nada. Mas no fundo sabia que tinha algo diferente.
Vieram os exames, os testes. Até que veio o diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista.
Não me assustei. Já sabia. De algum modo, foi até um alívio saber o diagnóstico para aquilo.
Contrariando todas as expectativas alheias, Gael tinha uma natureza afetuosa - adorava abraços e carinhos suaves. Seus momentos de crise, quando gritava, se debatia no chão, ficava agressivo, distribuindo mordidas, eram raros e sempre tinham motivo: uma etiqueta escondida que arranhava sua pele sensível, roupas que o sufocavam, sons estridentes ou luzes que o feriam. Com o tempo, aprendi a ler seus sinais e antecipar seus desconfortos, transformando nossas rotinas em um balé de prevenção e cuidado.
Seus pés rejeitavam qualquer tipo de calçado, e sua pele só tolerava tecidos leves, sem costuras visíveis. As fraldas eram um problema constante. Se ajustadas corretamente, provocavam crises; se deixadas mais folgadas, vazavam. Gael não suportava a umidade - assim que o xixi esfriava contra sua pele, começava a agitar-se, exigindo troca imediata. Isso me forçava a mudá-lo em lugares públicos, como supermercado, pontos de ônibus, em bancos de praça.
Foi nessas trocas que descobri uma reação peculiar em mim. A primeira vez foi no ônibus.
Vinha conversando com uma senhora simpática. Ela brincava com o Gael, mas estranhou a falta de reação dele. Expliquei que era autista. O menino começou ficar agitado. Percebi que era a fralda e comentei que ele não suportava ficar molhado, se ela se importava se eu trocá-lo ali, ao lado dela. Muito simpática, ela disse que estava tudo bem. Quando tirei a fralda, vi o sorriso fofo no rosto da senhora murchar. Ela arregalou os olhos. "Nossa, ele é bem grandinho hein!". Senti muita satisfação, pelo menos num aspecto meu filho era superior aos outros. Notei a surpresa de um homem que estava de pé no ônibus. Ele olhava fixamente para o pintinho do Gael. Senti um formigamento gostoso entre minhas pernas.
Comecei a observar padrões ao longo de tantas trocas em público. Uns disfarçavam, outros não conseguiam esconder a surpresa. E tinha o meu tipo favorito, os que comentavam. Minhas mãos, antes ágeis nas trocas, passaram a mover-se mais lentamente. O lenço umedecido era o meu álibi para demorar mais, para manipular o pintinho de um lado para o outro. Era o momento que eu podia erguer meu pequeno troféu.
Às vezes tinha um bônus: o pintinho ficava durinho. Aí tudo ficava mais intenso. Os olhares, as reações... Minha calcinha chegava ficar úmida. Curiosamente, ele não ficava maior quando ereto, apenas mais robusto. Cheguei até a comentar com o pediatra. Ele disse que era normal. "existem dois tipos de pênis: os "growers", que são pequenos quando flácidos, mas dobram ou até triplicam de tamanho quando ficam eretos. Quase todos os homens são assim. Mas o Gael é do outro tipo, o "shower", cujo tamanho flácido já é praticamente do tamanho ereto.
Comecei a desfraldar Gael aos três anos. Mas só conseguimos quando ele tinha quase cinco.
Ele não fala, comunica-se com o corpo, com o olhar, com gestos que eu aprendi a decifrar. Tive que inventar. Criei histórias em quadrinhos: um menino segurando o pintinho diante do vaso, gotas caindo. Abria a torneira para que a água cantasse – ele entendia aquele som. Guiava sua mão pequena até a descarga, e ele ria quando o barulho explodia, previsível e seguro.
Durante o dia, a batalha estava ganha.
Mas as noites eram outra guerra. Acordava com o cheiro do xixi, o colchão úmido, ele dormindo sereno no meio do desastre. Trocar os lençóis no escuro virou rotina.
Fora de casa, era caótico. No meio do shopping, no parque, na fila do mercado – Gael simplesmente puxava o short para baixo e libertava a minhoquinha rosada, indiferente ao mundo. Eu me abaixava rápido, guardando tudo de volta, tentando chegar ao banheiro a tempo. Muitas vezes não dava. Na mochila, sempre três shorts extras – e nenhuma cueca, porque ele nunca aceitou aquele tecido grudado no corpo.
As roupas se tornaram mais uma batalha diária. Um dia, numa loja de departamentos, encontrei uma camiseta regata branca com o dinossauro verde dos desenhos que ele passava horas assistindo. Ao lado, um shortinho de tactel azul bebê – o tecido macio, a cintura elástica folgada, as pernas tão curtas que mal cobriam metade das coxas dele. Não achava bonito menino com short tão curto, mas era como ele gostava, o mínimo de roupa possível.
O problema era que ele queria usá-las todos os dias. Não me opus. Sabia escolher minhas batalhas. Tinha que lavar a noite e secar atrás da geladeira. Na segunda semana, percebi que seria uma fase longa, então comprei outras peças idênticas.
A escola aceitou que ele usasse essas roupas ao invés do uniforme. Eles também não queriam um autista dando surto nervoso no meio da aula. Imagino o quão exposto ele ficou. Porque eu deixava ela brincar um pouco nos brinquedos de uma praça que ficava no caminho. Aquele shortinho, sem cueca por baixo, deixava tudo à mostra.
Os outros pais poderiam olhar para mim e me julgar como negligente por deixar meu filho praticamente com o pintinho de fora em público. Mas aí viam aquele crachá, pendurado com um cordão com estampas de quebra-cabeça. Era fascinante como aquele objeto se tornou um amuleto com superpoderes. Eu sentia minha vulva latejar com o prazer de ver as pessoas olhando disfarçadamente para o pintinho do meu filho escapando pela abertura da perna do short e ninguém poderia me julgar. "Ah, tudo bem, ele é autista".
Os anos foram passando. Tudo foi ficando menos difícil. Aprendi, com erros e acertos, a ser mãe de um menino autista. Quando Gael completou oito anos, trouxe da escola um convite de aniversário. Era de um colega da turma. Segurei o papel com as mãos trêmulas e chorei ali mesmo, em pé na cozinha. Pela primeira vez, ele não tinha sido excluído.
O pai do aniversariante era viúvo. Um homem de ombros largos e expressão cansada, que carregava sozinho o peso de criar os dois filhos: a menina de doze anos, com os peitinhos já brotando, e o menino que acabara de fazer oito, ainda com a redondeza infantil no rosto.
Gael não suportou a festa. O barulho das crianças gritando, as luzes piscando, a música alta — tudo se acumulou como uma pressão dentro dele. Percebi os sinais antes que explodisse: as mãos se fechando e abrindo, a respiração acelerada. Não ficamos nem vinte minutos. No dia seguinte, liguei para o pai do menino, as palavras saindo em um fluxo rápido enquanto tentava agradecer e me desculpar ao mesmo tempo. Expliquei o quanto aquele convite tinha significado para mim. A ligação deveria durar cinco minutos, mas se esticou por mais de uma hora. E então, sem eu perceber como, estávamos flertando.
Meu corpo reagiu antes da minha mente—um calor subindo pelo pescoço, a ponta dos dedos formigando. Fazia tanto tempo que eu não me permitia sentir desejo que quase não reconheci a sensação. Um homem. Um toque. Alguém que me enxergava como mulher, e não como "a mãe da um autista".
Começamos a sair, primeiro só nós dois. Mas chegou a hora de tentarmos aproximarmos dos filhos um do outro. Ele tinha uma piscina em casa—pequena, rasa, mas suficiente para alegrar as crianças. Nem pensei em comprar uma sunga para o Gael. Ele não tolerava cueca, quanto mais algo apertado como uma roupa de banho. Entrou na água com o short que saiu de casa, e eu já tinha uma muda de roupa na mochila para a hora de ir embora. Os filhos dele nadavam de biquíni e sunga, rindo e se empurrando na água.
Os meninos vieram beliscar um salgadinho. A comparação era inevitável. Tinham a mesma idade, mas enquanto Gael tinha uma salsishinha marcada no short grudado ao corpo, o coleguinha tinha uma azeitona dentro da sunga. Para piorar, meu filho se irritou com o tecido molhado colado no corpo e tirou o short.
Totalmente indiferente aos olhos que se voltaram para ele. O pai do menino primeiro ficou surpreso com a atitude, e com o tamanho.
Os irmãos se entreolharam e riram. A mocinha olhou mais do que deveria.
O pai tentou disfarçar o desconforto, mas eu via a hesitação nos seus movimentos. Tolerou, porém. Começou a perceber os desafios de namorar uma mulher com filho autista.
As crianças voltaram a brincar. E nós, adultos, nos aproximamos—um toque de mão aqui, um sorriso mais demorado ali. E então o beijo.
Foi o suficiente.
Gael percebeu. Seus olhos se fixaram em nós, e então veio a reação—rápida, violenta. Ele mordeu o braço da menina com força suficiente para deixar marcas roxas. O grito dela cortou o ar, e o encontro acabou ali. Meu breve namoro também.
No ano seguinte, outro homem. O porteiro do prédio do psiquiatra do Gael—um sujeito baixo, de mãos peludas e sorriso fácil. Nos vínhamos cruzando há seis anos, sempre naquelas consultas mensais. Os "bom dia" evoluíram para conversas curtas, até que um dia ele me convidou para um sorvete.
Mas, de novo, não durou. Gael sentiu a ameaça, a atenção que ele considerava exclusiva sendo dividida. Dessa vez, a mordida foi mais forte. Sangrou. Fios do pelo da mão do homem ficaram presos nos dentes do meu filho.
Foi quando entendi. Não era só uma fase. Não era algo que melhoraria. Gael sempre dependeria de mim. Ele seria uma criança eterna, e eu, uma eterna mãe solteira.
Com o tempo, aprendi a aceitar meu destino. Desenvolvi meus próprios métodos para saciar a fome que insistia em queimar dentro de mim - primeiro os dedos, depois os brinquedos de silicone, então os vibradores que escondia no fundo da gaveta. Os sites proibidos tornaram-se meu vício secreto, minha válvula de escape. Preferia os grandes, os exagerados, aqueles que provocavam um misto de dor e prazer só de imaginar. Era meu ritual íntimo, meu alívio solitário. Às vezes Gael entrava no quarto exatamente nesses momentos, mas eu não parava. Ele apenas olhava com aquela expressão vazia, sem compreensão. Era errado. Mas aquilo me excitava ainda mais.
Aos poucos, descobri como ser feliz dentro dos meus limites. Encontrei satisfação na rotina que criamos, especialmente porque Gael estava mais estável. Pelo menos naquela fase.
Quando completou onze anos, as transformações começaram. A primeira mudança foi muito fofa - uma penugem preta, fina como seda, surgiu acima de seus lábios. Parecia uma sombra de carvão sobre a pele clara. Se não fosse autista, talvez ele tivesse passado os dedos sobre aquela novidade, orgulhoso do primeiro sinal de masculinidade. Mas Gael permanecia alheio às próprias transformações.
A segunda mudança foi menos poética. Um odor acre e persistente começou a emanar de suas axilas, especialmente após as crises, quando seu corpo se cobria de suor. Sim, as crises! Elas haviam retornado, mais intensas agora. Os hormônios o agitavam por dentro, deixando-o inquieto, como se desejasse algo, mas sem saber o que era.
O cheiro foi o mais fácil de resolver. Testei primeiro o desodorante em spray - o barulho o assustou, o jato repentino fez com que se irritasse. O roll-on deixava uma umidade que o incomodava, fazendo-o esfregar as axilas compulsivamente. O de creme, por fim, funcionou. Estabeleci um ritual: após o banho, ele se deitava na cama, quieto, enquanto eu o secava com toques suaves, do jeito que ele preferia. Aplicava o creme com meus dedos, massageando suas axilas ainda lisas.
Foi assim que descobri seu gosto por massagens. O contato prolongado o acalmava por horas. Comprei um óleo de bebê com lavanda, de propriedades relaxantes. Ele se entregava completamente ao toque - corpo estendido, olhos fechados, respiração lenta e profunda. Minhas mãos deslizavam sobre sua pele nua, dos ombros magros até as costas estreitas. Seu pênis às vezes ficava ereto durante o processo, um mastro rosado apontando para o umbigo. Eu contornava aquela protuberância com cuidado, direcionando a massagem para suas coxas, depois para as panturrilhas, até chegar aos pés.
No final do dia, quando o cansaço pesava em meus ossos e Gael finalmente adormecia, eu tinha meu momento sagrado. Um banho morno, demorado, onde a água escorria pelo meu corpo tensionado. Depois, nua sobre os lençóis, eu abria o frasco de óleo do Gael - e derramava um pouco em minhas mãos. O aroma suave de lavanda preenchia o quarto enquanto minhas palmas deslizavam pela pele do meu pescoço, ombros, seios.
A massagem começava terapêutica, aliviando a tensão dos músculos. Mas sempre, inevitavelmente, meus dedos seguiam para baixo, encontrando minha vulva inchada de necessidade. O óleo transformava cada toque em algo mais intenso - os lábios externos escorregadios, o clitóris sensível pulsando sob meus dedos. Eu me entregava ao ritual, deixando que as ondas de prazer lavassem a solidão do dia.
Nos meus sites secretos, havia descoberto um mundo de vídeos de massagens. Aprendi técnicas - círculos precisos, pressão alternada, ritmos variados. Alguns vídeos mostravam massagens em homens, e eu ficava hipnotizada vendo aquelas mulheres trabalhando em paus enormes com movimentos precisos. Como suas mãos habilidosas deslizavam pelo comprimento inchado, até que o prazer explodisse em jorros espessos. Essas imagens me deixavam úmida antes mesmo de tocar em mim mesma. E depois eles ficavam tão relaxados...
No dia seguinte, era inevitável associar a massagem no corpinho do Gael com aqueles vídeos. Mas era claro que eu, como mãe, não poderia fazer aquilo. Por mais que a tentação fosse grande. Para piorar, seu pênis ficou ereto. Tive que levantá-lo, para massagear a testinha da virilha, sentindo o calor e a firmeza da carne pré-adolescente contra minha mão.
Hesitei por um momento, observando seu rosto relaxado, os olhos fechados, a respiração calma. Uma contradição se formou em meu peito - o instinto materno de cuidar se misturando a outra coisa, mais complexa. Ele merecia esse alívio, esse momento de prazer que a vida já lhe negava tanto. Se eu não providenciasse, quem o faria?
Minha mão desceu novamente, desta vez com um propósito diferente. Movimentos circulares, pressão calculada - tudo que eu sabia ser eficaz. Observava atentamente cada microexpressão em seu rosto, cada mudança na respiração, ajustando meu toque conforme as reações quase imperceptíveis. Era um ritual de cuidado, pensei. Uma extensão natural dos banhos, das massagens, de tudo que já fazia por ele desde sempre.
Meu coração batia tão forte que eu quase não ouvia mais nada. Apenas a nossa respiração ofegante, o som úmido da minha mão deslizando sobre ele, e os gemidos baixos que escapavam dos lábios do Gael.
Eu ainda não acreditava que estava fazendo aquilo. Ele ali deitado deitado, relaxado, vulnerável. Eu me sentia poderosa e frágil ao mesmo tempo. A pele dele era tão quente, tão macia, e ao mesmo tempo firme. Eu envolvi ele com os dedos, sentindo o pulso acelerado debaixo da minha palma. Ele já estava completamente duro agora, e eu me surpreendi com o quanto isso me excitava—saber que eu tinha feito isso. Que era o meu toque que deixava ele assim.
Experimentei pressionar um pouco mais na cabeça, com a ponta do polegar, e ele arqueou as costas, soltando um gemido rouco.
Eu sorri, sentindo um calor percorrer meu corpo todo. Meus próprios músculos estavam tensos, minhas coxas se apertando sozinhas de desejo. Eu queria mais. Queria ver até onde ele aguentava.
Comecei a mover minha mão mais rápido, firme, sentindo o jeito que ele pulsava contra mim. A respiração dele estava ofegante, os dedos dele agora enterrados no meu braço, como se precisasse de algo para se segurar.
Apertei um pouco mais, acelerando, e então senti o corpo dele se contraindo, os músculos todos tensos de repente, e então o calor escorrendo entre meus dedos. Ele gemeu mais forte agora, e sua cabecinha cuspiu uma gota. Sem força ainda para um grande salto. Mas o suficiente para deixar tudo brilhando. Eu não conseguia parar de olhar, fascinada, enquanto ele tremia sob meu toque. Meu dedo indicador foi atraído para o seu centro do prazer. Era quente e escorregadio. Seu pinto deu um saltinho, um espasmo. E uma segunda gota saiu. Desceu, escorregando lentamente por toda a extensão, até repousar sobre seu saquinho lisinho.
Quando ele finalmente relaxou, ofegante, eu ainda estava com a mão nele, sentindo o último tremor. Meu coração disparou quando ele abriu os olhos e me olhou—com algo além de prazer. Com gratidão. Com desejo.
E eu soube, naquele momento, que aquela foi a primeira vez, mas não seria a última.
Gael fechou os olhos e dormiu. Dormiu como um bebê. Um sono tão pesado que eu pude limpá-lo e vesti-lo sem que acordasse. Dormiu a noite toda, como já muito tempo não fazia. Foi a confirmação que eu precisava de que havia feito a coisa certa. Eu era a mãe dele, e ele podia contar comigo para tudo. Tudo!
Acordei antes do sol, com uma estranha leveza no corpo—uma sensação rara nos últimos anos. A noite tinha sido tranquila, sem os gritos ou choros repentinos que costumavam me arrancar da cama. Quando entrei no quarto do Gael, a luz do amanhecer já filtrada pelas cortinas revelava a cena de sempre: ele deitado de lado, os braços soltos, a boca entreaberta.
Mas o cheiro ácido no ar e a mancha escura no shortinho de pijama me lembraram que, por mais que algumas coisas mudassem, outras permaneciam. Ele havia molhado a cama de novo.
Ajoelhei ao lado da cama e puxei o elástico do short com cuidado. Seu pênis saltou para fora, ainda inchado do sono, antes de cair de volta contra a testa da virilha. Peguei o lenço umedecido e, com movimentos precisos, expus a glande, limpando os vestígios de urina. A pele ali estava quente, quase febril, e o cheiro misturava o doce do sono com o acre da urina.
Minhas mãos hesitaram por um segundo a mais do que deveriam. Aquele pedaço de carne, agora tão diferente do que era antes, despertou algo em mim—um calor súbito na base do meu ventre, um aperto na garganta. Mas eu não era uma adolescente, nem uma mulher qualquer. Era a mãe dele.
Levantei-me rápido, antes que o pensamento pudesse se concretizar. Peguei a bermuda do uniforme e vesti suas pernas, que agora pareciam crescer a cada dia. O tecido deslizou sobre seus quadris, cobrindo a ereção matinal. Sem cueca, como ele preferia. Ele nunca suportou a pressão do elástico contra a pele.
Passei o desodorante em creme nas axilas e vesti a blusa sobre seu torso magro. Só então coloquei a mão em seu ombro e o balancei levemente.
—Gael, hora de acordar.
A caminho da escola, sentia os olhares como pequenos dedos apontados. Não eram diretos - sempre disfarçados com um rápido desvio ou um interesse súbito no celular. Mas eu conhecia aquela dança. Nos últimos meses, as ereções ficaram frequentes, seu pênis agora formando um relevo inconfundível no tecido fino do short escolar. O crachá pendurado no pescoço era nosso escudo invisível contra julgamentos.
Depois de deixá-lo na escola, organizei a casa num ritmo acelerado e fui ao salão. Marcara um retoque na raiz, onde os primeiros fios brancos insistiam em aparecer - conquistas precoces da maternidade atípica. A tintura ainda não estava misturada quando o telefone vibrou. A escola. Gael tivera outra crise.
O cabeleireiro entendeu - "mães de crianças especiais têm horários especiais", disse com um sorriso. Na bolsa, o frasco de óleo de lavanda já esperava seu momento, como sempre. Já sabia como resolver. "Volto logo".
Gael estava agitado na sala da coordenação. Se acalmou ao me ver. Perguntei se tinha algum banheiro que eu pudesse levá-lo. "Preciso fazer uma massagem para acalmá-lo, mas sem interrupções". A coordenadora me indicou o banheiro de cadeirante.
Após entrarmos, e garantir ter trancado a porta, me abaixei na frente do meu filho. Gael respirava ofegante. Eu o tranquilizava com o tom de voz suave, enquanto abria o frasco. Então abaixei seu short até o chão.
Surpreendentemente, seu pênis repousava mole entre as coxas. Despejei o óleo entre minhas mãos, esfregando-as até ficarem quentes. O primeiro toque na virilha fez seu corpo estremecer. Em segundos, senti a carne inchar sob meus dedos, ficando firme e quente. Meu polegar encontrou o ritmo certo - para frente, cobrindo a glande; para trás, expondo o rosa úmido.
Tudo aconteceu num piscar de olhos. Seu corpo se contraiu violentamente, um arco tenso da nuca aos calcanhares, antes de liberar as já esperadas duas gotinhas. O líquido leitoso escorreu entre meus dedos enquanto eu tentava, em vão, redirecioná-lo. Sem pressa, limpei tudo com os lenços umedecidos - eu não saía de casa sem eles.
Quando saímos do banheiro, o volume no short ainda era evidente, mas a coordenadora apenas acenou com a cabeça. Ela já estava acostumada.
Enquanto observava Gael voltar para a aula, seus passos agora calmos, meus dedos ainda cheiravam a lavanda e algo mais - um lembrete físico do pacto peculiar que nos unia. Esse problema foi resolvido. Agora tinha que resolver as minhas raízes brancas.
A monitora que o acompanhava me interceptou no final da aula, seus olhos arregalados de admiração inocente: "Não sei o que você fez, mas ele ficou outra pessoa depois que você veio!". Sorri, o nó na garganta apertando conforme murmurava algo sobre "técnicas de relaxamento".
E assim nosso ritual se solidificou: duas vezes ao dia, meticulosamente programado. De manhã, antes da aula e à noite, enquanto o óleo de lavanda perfumava seus lençóis. Dois momentos em que eu, e apenas eu, podia oferecer o alívio que seu corpo em transformação exigia.
E foi num desses momentos que vi uma novidade. Os primeiros fios de pelo pubiano. Dourados, quase transparentes. Aos poucos foram aumentando. Os fios foram ficando mais longos e pretos. A ejaculação também se transformara - as gotas tímidas deram lugar a jatos mais fortes, que às vezes chegavam a acertar meu queixo quando eu não os interceptava a tempo.
Seu pinto também tinha mudado. Mais espesso agora, com veias salientes que pulsavam sob minha palma durante as massagens. Naquela noite em particular, enquanto trabalhava seu membro com movimentos firmes, observei a glande começar a brilhar sob a luz do abajur. Seu corpo se contorcia, os quadris se elevando instintivamente.
Foi então que o impulso me dominou. Sem pensar, sem racionalizar, inclinei-me e engoli seu pênis por completo. A cabeça bateu no fundo da minha garganta enquanto meus lábios pressionavam contra a base, agora, um pouco mais peluda. Senti seu sabor - salgado, metálico, único. Quando a ejaculação veio, jorrou direto para minha garganta, quente e espessa. Ele me olhou com uma expressão entre o êxtase e a perplexidade antes de rolar para o lado e cair imediatamente no sono.
No dia seguinte, era um sábado. Minha oportunidade de dormir até mais tarde. Compensar cansaço da semana. Mas acordei com um peso inesperado sobre mim. Gael estava pelado, seu pinto duro pressionando meus lábios ainda sonolentos.
"Calma, filho, não é... ", tentei dizer, mas não adiantou.
Ele empurrou o pau duro contra meus lábios, sem pedir, sem hesitar. O choque da surpresa se dissolveu num calor bruto, imediato. Pela primeira vez, era ele quem guiava.
Seu pau quase me sufocava. Levantei a camisola e empurrei seu rosto para meus seios. Ele os tomou como se tivesse fome, sugando com uma urgência que me desarmou. Senti seu pau pulsando contra minha barriga, quente, impaciente.
Abaixei minha calcinha. Abri as pernas, abri caminho. Segurei seu membro e o encaixei em mim — num gesto certo, direto, íntimo.
Ele parou. Surpreso. Descobrindo a sensação do meu corpo quente engolindo seu pau. Meu quadril reagiu sozinho, buscando mais, pedindo tudo. Minha buceta o envolveu inteira, viva, molhada. Pela cara dele, ele entendeu: aquilo era diferente. Bem melhor que minhas mãos.
Ele se moveu com força crescente, cada vez mais fundo, cada vez mais forte. O ritmo era urgente, sem pausa, sem alívio. Até que senti o jorro quente dentro de mim — ele gozou, mas não parou.
Continuou. Mais bruto. Mais fundo. Animalesco.
E então fui eu. Meu corpo inteiro reagiu, convulsionando ao redor dele. Gozei num silêncio denso, com a respiração falha e a alma solta.
Como sempre, seu corpo cedeu ao cansaço do prazer. Adormeceu sobre o meu, ainda dentro de mim. Ainda parte de mim. Estávamos novamente ligados. Fisicamente ligados. No fim das contas, aquele médico tinha razão. Era como se Gael tivesse outro cordão umbilical.
Fim
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Beijos
Adoleta
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Comentários (8)
Grisalho: Como sempre, perfeito, sempre nos trazendo coisas da vida que nem imaginamos possíveis, mas excitantes.
Responder↴ • uid:1e4pqe657txpPaidrasto: Gostei a minha tem SD eu amo acalmar ela com sexo
Responder↴ • uid:on91e33fikKaio: Conto grande e chato
Responder↴ • uid:1dl1ie2z6q6cAdoleta: Obrigada por comentar! Que pena que não gostou. Mas divirta-se, tem muitos contos pequenos e mais quentes aqui no site. Beijos
• uid:1clnio1u7u9dDAE: Adoleta! Que saudade de você!
Responder↴ • uid:830x8enyhiAdoleta: Nossa, que legal te ver! Estava sumido!
• uid:1clnio1u7u9dSeila: Caramba adoleta eu não pensei que você voltaria tão rápido assim com uma nova história kkk você é demais. E oque dizer sobre isso, quando eu penso que você não pode nos surpreender, você vai lá e dá um tapa na nossa cara. Que primeiro capítulo perfeito, eu espero que tenha vários capítulos. Eu aguardo anciosamente por mais
Responder↴ • uid:1dmkkbnyofqrAdoleta: Olá, Seila! É sempre bom ver seus comentários! Mas infelizmente vou te decepcionar duas vezes agora. Esse conto não será em capítulos, é apenas este. Vou sumir por uns meses. Vou me dedicar a um remake do "Titia, esqueci minha mala". É só pretendo voltar quando os contos estiverem finalizados. Para não gerar atrasos ao postar os capítulos. Neste conto de hoje, foi porque li um conto aqui no site publicado recentemente. Achei a ideia legal, mas o conto foi bem curtinho. Aí me deu desejo de explorar um pouco esse tema. Mas não é o meu preferido. Beijos
• uid:1clnio1u7u9d