Pagando a aposta pro meu primo. PARTE 56
Coloquei o celular para carregar e fiquei ali, pensando nos próximos passos que daria. Eu tinha algumas incertezas, mas estava decidido a revelar para meus tios que o filho deles se mudou de estado assim que Anderson trocasse de chip. Sentia um desejo de contar para eles, queria que eles sentissem a mesma dor que eu estava sentindo. Afinal, um dos motivos pelos quais Anderson havia se mudado era a indiferença e o afastamento por parte deles.
Perdido em pensamentos, a insegurança e a ansiedade me consumia só de pensar nessa nova realidade. Para distrair a mente e não pensar muito neles, fui à cozinha e, ao invés de preparar um jantar, decidi fazer pipoca. Fiquei ali, com a TV ligada, sem prestar atenção no que se passava.
Meu celular tocou e "Mãe" aparecia na tela. Resolvi atender sem nem pensar duas vezes. Do outro lado, com uma voz preocupada minha mãe disse:
Mãe: Oi, filho, como você está? Os meninos já foram? Você não prefere dormir aqui em casa hoje à noite?
Eu: Oi, mãe. Sim, os meninos foram embora no final da tarde. Obrigado por se preocupar, mas estou bem. Vou ficar por aqui mesmo porque tenho que trabalhar amanhã.
Mãe: Eu sei que o seu relacionamento não me diz respeito, mas posso ser sincera? Achei que o Anderson foi ingrato com você, e não estou dizendo isso só porque você é meu filho, mas por tudo que eu sei que você já passou e fez por ele. Não estou com raiva do seu primo e torço para que ele se acerte em Joinville, mas toda essa situação é difícil de aceitar.
Eu: É verdade. Na verdade Gil pensa da mesma forma que o você.
Mãe: Você tem que se sentir seguro em um relacionamento. Se sentir impotente, vazio, sozinho e triste é melhor pular fora e abandonar o barco. Remar sozinho contra a maré é impossível nesse caso.
Escuto meu pai resmungar algo ao fundo.
Eu: Mãe, eu sei que você está preocupada, mas preciso que você entenda o quanto esse relacionamento é importante para mim. Eu não vou desistir tão fácil.
Mãe: Eu entendo, meu filho. Só quero que você saiba que alguns relacionamentos duram uma vida inteira e outros são passageiros. Mas isso não significa que um seja mais importante que o outro.
Eu: Eu sei disso, mas sinto que ainda ⁴vale a pena lutar por isso. Quem sabe Anderson esteja certo?
Mãe: Às vezes, o relacionamento dura o tempo necessário para nos ensinar algo valioso. E está tudo bem. O importante é viver cada momento e aprender com ele, seja ele breve ou duradouro.
Eu: Eu entendi, mãe. Obrigado pelo conselho. Eu só quero tentar de verdade. Se, futuramente, a nossa relação acabar, quero ter a consciência tranquila de que fiz tudo o que pude para dar certo.
Mãe: Eu sei, querido. E eu estou aqui para te apoiar, sempre.
Depois da ligação, eu arrumei minha roupa de trabalho e deitei. Eu literalmente apaguei; pela primeira vez, consegui dormir bem depois daquela turbulência. O desgaste emocional talvez tenha me ajudado um pouco nesse sono. Só acordei com o celular despertando. Ativei o modo soneca e me permiti ficar ali mais um pouco. Vi que Manuel tinha me mandado uma mensagem à uma hora da manhã dizendo que eles tinham chegado em casa e que estavam bem. Disse que me ligaria outra hora, pois certamente eu estava dormindo.
Respondi: "Bom dia! Que bom que chegaram bem. Eu apaguei essa noite. Tô indo trabalhar. Bjos."
Levantei e, depois de tomar o café e vestir a roupa, fui rumo ao trabalho confiante de que o dia estava apenas começando.
Dentro do ônibus escolhi uma playlist bem alegre e animada, o intuito era não me deixar levar pelo sentimento de tristeza tanto da insegurança que assolava e da raiva que ainda me batia quando eu pensava em Anderson morando em Joinville.
Cheguei na empresa, dei meu típico bom dia para todos ali e fui em direção à sala onde eu trabalho. No caminho, encontrei Luana. Ela me desejou bom dia e perguntou se eu estava bem. Respondi o bom dia dela e, no automático, perguntei por que ela estava me perguntando se eu estava bem. Também perguntei se Pedro havia contado algo sobre a minha vida pessoal para ela. Antes que ela pudesse responder, virei as costas e segui em direção à minha sala.
Entrei, sentei na minha mesa, respirei fundo e logo percebi que tinha sido super grosso com Luana, que sempre foi uma fofa comigo. Pensei em ir atrás dela e pedir desculpas, mas decidi fazer isso na hora do almoço.
Comecei minha rotina de trabalho. Como contador, minha manhã envolvia revisar planilhas, conferir lançamentos contábeis e preparar relatórios financeiros. Não demorou muito para que Luana entrasse na sala, visivelmente sem graça. Ela veio até minha mesa, e eu me antecipei, pedindo desculpas pelo que havia acontecido na entrada. Admiti que estava meio estressado e triste ao mesmo tempo. Ela disse que estava tudo bem, que todo mundo tem dias ruins, e se colocou à disposição caso eu quisesse desabafar. Agradeci a ela novamente e, em seguida, ela explicou o motivo de estar na minha sala..
Luana: Pedro ligou agora há pouco e pediu para você segurar as pontas para ele hoje, pois ele vai se atrasar.
Eu: Sabe o que houve?
Luana: Não, ele me disse apenas isso.
Eu: Obrigado, Luana. Assumo a partir daqui. E desculpa novamente pelo ocorrido.
Antes de se retirar da sala, ela disse que qualquer coisa era só chamá-la.
Continuei mexendo no sistema até que resolvi ligar para Pedro.
Pedro: Oi? Alô!
Eu: Sou eu! Só tô te ligando pra te falar que, se você precisar folgar, eu te cubro aqui e assim ficamos quites. Você me deu uma folga ontem, você folga hoje e eu não fico te devendo nada.
Pedro: Cara, até queria, mas prefiro que você me cubra em um final de semana. Pode ser?
Eu: Pode ser! É que, como a Luana me disse que você ia se atrasar, pensei que estivesse passando por algum problema.
Pedro: Não... não é nada demais não. É apenas meu carro. Depois te explico.
Eu: Tudo bem. Você sabe que eu dou conta do recado.
Ele riu e admitiu: Foi por isso que pedi à Luana para você aguentar as pontas aí.
Pedro disse que provavelmente chegaria antes do almoço e desligou a ligação.
Logo após a ligação, fui checar se alguém estava precisando de algo e vi alguns documentos feitos pelos colegas. Apesar de eu ser o último a ser integrado naquela equipe, eles me respeitavam muito, principalmente depois daquela época em que substituí Pedro aos sábados, fechando e abrindo a contabilidade.
Pedro chegou mais cedo do que eu imaginava, abriu a porta da sala onde eu trabalhava com os outros e, ao nos dar bom dia, me disse para comparecer à sala dele naquele instante. Ele saiu, e automaticamente apressei meus passos para alcançá-lo.
Pedro entrou na sua sala, pediu para que eu entrasse e sentou-se à sua mesa. Logo, sentei na cadeira que ficava em frente a ele.
Pedro: Obrigado por quebrar o meu galho.
Eu: Não foi nada, o povo aqui nem dá trabalho.
Pedro: Está tudo bem com você?
Eu: Sim, na medida do possível.
Pedro: Eu realmente pensei que você iria mudar de ideia e ir com a gente ao aeroporto. Eles ficaram decepcionados.
Eu: Não mais do que eu, te garanto.
Pedro assentiu com a cabeça. Ainda olhando para ele, continuei:
Eu: Sabe, Pedro, eu estou dando o melhor de mim nessa relação…
Nesse momento, resolvi parar o assunto. O que eu estava fazendo? Não fazia sentido eu estar ali, em pleno horário de serviço, falando da minha relação com meu chefe, que, diga-se de passagem, também era meu sogro. Certamente, independente do que acontecesse, ele estaria do lado do Manuel.
Curioso, Pedro falou, tentando me fazer terminar a frase.
Pedro: E?
Eu: Quer saber? Deixa quieto! Não vou te encher com meus problemas, principalmente aqui na empresa.
Pedro: Você sabe que temos uma relação que vai além do profissional. Sou um amigo seu também. Se quiser conversar, estou disponível para quando você precisar. Desabafar às vezes faz bem.
Agradeço, mas digo que no momento prefiro deixar tudo no off, que não estava no clima para ter uma conversa sobre aquilo.
Eu: Mais alguma coisa?
Pedro: Não, era só para agradecer por você ter me substituído por algumas horas.
Mais uma vez reforço que não era nada demais, e digo que vou voltar para o meu posto.
Enquanto caminhava em direção à porta, me vem na mente o tal plano B que ele sempre falava. Me viro, dou alguns passos e volto a ficar de frente a ele, separado apenas por uma mesa de escritório.
Eu: A propósito, posso te fazer uma pergunta?
Nem esperei ele me responder.
Eu: O que é esse plano B que você tanto fala? Toda vez que fala disso, me deixa de certo modo confuso e curioso.
Pedro esboça um sorriso.
Pedro: O que seria um Plano B? Já te disse uma vez que a gente tem sempre que ter um segundo plano, uma rota de fuga, um outro caminho.
Eu: Até aí eu entendo, mas não consigo compreender de que forma ligo a minha relação a esse Plano B. Você pode ser mais explícito?
Pedro: Tudo depende do ponto de vista que você tem diante da vida. E olha que a gente muda de opinião quase sempre, por isso é muito relativo eu ser mais claro do que estou sendo contigo. Hoje, por exemplo, qual seria o seu plano B para seu relacionamento com eles?
Pedro me pega de surpresa com essa pergunta.
Eu: Ah, sei lá! Nunca pensei nisso.
Ele, ainda sentado, debruça sobre a mesa e me diz:
Pedro: Renato, você não é tão ingênuo. Lá no fundo, você sabe que tem um plano.
Eu: É disso que falo quando digo que você não está sendo claro! Qual seria o plano B? Largar tudo e ir pra Joinville? Terminar com eles e seguir minha vida? Optar por um relacionamento aberto? Eu não sei!
Pedro: Não tem como eu ser mais claro do que já fui. Eu não posso responder por você, afinal, é sua ótica, é o seu ponto de vista. Você tem que ter o controle da sua vida.
Eu: Pedro, você vai me desculpar, mas esse assunto não vai chegar a lugar nenhum. Por isso, vou voltar para minha sala. Com licença.
Ele não responde nada, só acena. Saio da sala, meio frustrado com a resposta dele, mesmo compreendendo que realmente tudo dependia da forma como eu estava enxergando as coisas que se passavam em minha vida.
Sento na minha mesa e, enquanto separo alguns documentos, me pego pensando na conversa que tive há pouco com Pedro e começo a refletir na possibilidade de ele estar tentando me alertar ou até me influenciar sobre algo.
Passados alguns minutos, recebi uma mensagem de Manuel perguntando se eu podia conversar no momento. Disse que estava mexendo em uns documentos, mas que ele podia ligar, que não me atrapalharia em nada.
Na ligação, Manuel explicou que estava ligando naquele horário porque, certamente, na hora do meu almoço, Anderson estaria presente na vídeo chamada. Perguntei se tinha acontecido alguma coisa, mas ele disse que não, que na verdade estava inquieto sobre algo que percebeu quando ainda estava aqui em Volta Redonda.
Falei para ele me dizer o que estava deixando ele daquele jeito. Então, Manuel me disse:
Manuel: Aquela hora que em que estávamos no banheiro, Anderson te perguntou se você prometia que não terminaria com ele, antes de respondê-lo você olhou para mim. Senti que você se sentiu pressionado e que sua resposta não foi sincera.
Houve uma pausa, eu precisei pensar nas palavras que usaria. Respirei fundo e disse:
Eu: Manuel, ele já tinha escolhido ir morar aí, vi o quanto ele queria isso. Eu não queria ser a pedra no sapato na vida dele. Jamais! Eu o amo e, por amar, o apoiei nessa escolha. Por isso que, embora me sentindo acuado, eu prometi não terminar com ele. Agora, ele estando aí, não sei qual é o rumo que a gente vai seguir. Eu ainda estou aqui.
Manuel disse que sabia que minha promessa tinha sido da boca para fora, que sentiu na mesma hora. Ele disse que Anderson estava animado, que nos próximos dias passaria por exame admissional, mas me garantiu que Anderson só falava em mim. E antes de desligar, ele me certificou⁴ que Anderson realmente me amava e falava sério em construir algo junto comigo.
Quando chegou a hora do almoço, pedi um cardápio pelo app e, enquanto esperava, recebi uma videochamada Anderson. Mesmo estando magoado, meu coração disparou ao vê-lo. Ele logo perguntou como eu estava e, sem hesitar, disse que estava com saudades. Respondi que estava bem e que a saudade era algo com o qual teríamos que lidar daqui para frente. Anderson disse que também estava bem, mas que saber que eu estava longe o deixava com uma sensação de impotência. Decidi não responder e adicionei Manuel à videochamada.
Manuel agiu como se não tivesse falado comigo instantes antes. A conversa fluiu naturalmente, cada um falando sobre sua rotina e as expectativas em relação à nova realidade. No entanto, era evidente que toda a atenção de Anderson estava voltada para mim.
Quando meu almoço chegou, disse que precisava desligar, mas fui surpreendido por meu primo, que perguntou: "Não vai mais dizer que me ama?" “Claro!” eu disse, e ele explicou que, principalmente agora que estávamos longe, era essencial que reafirmássemos isso um ao outro.
Almocei refletindo sobre suas palavras. Por um lado, ele estava certo; afinal, eu tinha dito a ele que tentaria, mesmo não acreditando muito nisso. De certa forma, eu tinha dado minha palavra, por mais que, como Manuel disse, talvez tenha sido da boca pra fora. Decidi, então, enviar uma mensagem a Anderson pedindo desculpas, alegando que meu dia estava corrido, e combinamos uma nova videochamada para a noite.
Antes de fechar a contabilidade, Pedro se aproximou e, com um sorriso meio misterioso, disse que me mostraria o motivo de seu atraso. Confesso que, no primeiro momento, pensei besteira, especialmente quando ele pediu para eu esperar até que ele fechasse o escritório. Mas, do lado de fora, ele revelou o motivo com um brilho nos olhos, apontando para um carro branco esportivo, todo orgulhoso: 'Minha nova nave!'
'Faço questão de te levar pra casa!', disse ele, empolgado. Acabei aceitando, mas pedi que ele me deixasse na casa dos meus pais.
Resolvi passar na casa de meus pais. Decidi me reaproximar deles, apesar da relação conturbada com Ricardo, afinal, eu precisava do apoio deles. Era nítido o quanto minha mãe amava me ter ali no seu ninho; ela tentava me mimar e dar toda a atenção possível, já que eu era o caçula. Letícia também se juntou a nós, e a tarde terminou com um café regado a muitas risadas e fofocas.
Quando meu pai chegou, disse que era uma boa surpresa me ver ali, pegou uma xícara e serviu-se de café. Assim como minha mãe, quis saber se eu estava bem. Depois de tranquilizá-lo, ele pediu licença e foi tomar banho. Quando Ricardo chegou, ele deu boa tarde a todos, e, para não soar arrogante, devolvi o cumprimento, afinal, aquele lugar era mais parte dele do que meu. Ele então beijou Letícia e pediu a bênção à minha mãe.
Logo em seguida, meu pai apareceu e, como sempre, fez questão de me levar para casa. Durante o caminho, a conversa foi agradável.
Antes de sair do carro, meu pai fez questão de reforçar que eu podia contar com ele para qualquer coisa, e que não devia pensar duas vezes antes de procurá-lo. Agradeci pelo apoio e disse que sabia que eles eram meus alicerces.
Quando cheguei em casa, fiz tudo o que precisava antes de ligar para Anderson e Manuel: lavei minhas roupas, varri a casa, passei o pano no chão e deixei a roupa do dia seguinte pronta. Só depois de tudo arrumado, fui tomar um banho. Em seguida, preparei um suco e um sanduíche natural para mim, e só então iniciei a videochamada.
Ao atender, eles estavam descontraídos, sem camisa, sentados no sofá e de bom humor. Dessa vez, diferente da ligação anterior, focamos mais na nossa relação. Manuel mencionou que tinha conversado com Anderson sobre mim, dizendo que ele precisava parar de falar tanto sobre a distância que nos separava, afinal, eu já estava mais do que consciente disso e, além de ser repetitivo, não ajudava. Anderson disse que tentaria evitar o assunto, mas não podia prometer deixar de falar sobre a saudade que sentia. Eu os tranquilizei, dizendo que não me importava em falar sobre isso, afinal, essa era a nossa realidade. O que me incomodaria seria perceber que eles estavam tentando seguir um roteiro pré-definido nas nossas conversas. Expliquei que, apesar de tudo, eu estava bem.
Ver Anderson e Manuel juntos, trocando carinhos e beijos, trouxe um calor inesperado ao meu peito. Não era inveja – nem de longe – mas uma vontade genuína de estar ao lado deles, de ser parte daquele momento. A forma como se olhavam, como riam e dividiam toques e sorrisos, era acolhedora, quase magnética. Eu desejava sentir os beijos, o toque e o cheiro que eles compartilhavam, estar conectado daquela forma.
Enquanto o clima entre eles esquentava, percebi que talvez não estivesse pronto para ver tanto através da tela. Era um misto de sentimentos, e, meio sem graça, interrompi o momento. Eles, com a sensibilidade que só quem me conhece bem tem, entenderam e logo se acalmaram. Anderson sorriu de leve e, antes de encerrar a ligação, lembrou:
– Ah, troquei de número, vou te mandar um "oi" depois.
– Sim me chama lá! Respondi.
Depois de toda a conversa, Anderson lançou um último sorriso na tela.
– Bom, acho que já te perturbamos bastante por hoje, né? – ele brincou.
Manuel riu e fez uma careta divertida, acrescentando:
– Sim, daqui a pouco você vai cansar da nossa cara!
Ri, sentindo o peso do momento se dissipar.
– Nunca vou cansar – respondi, sorrindo. – Mas vou deixar vocês dois curtirem o momento.
– Então é isso, até logo! – Anderson acenou, e Manuel soprou um beijo para a câmera.
Todos desligamos com um último aceno.
Antes mesmo de me deitar, recebi uma mensagem de Anderson de seu novo número. Aquilo mexeu comigo, e de repente, senti uma vontade intensa de contar tudo para meus tios, de revelar a eles que ele tinha recomeçado em outro lugar. Mas, claro, só faria isso se Anderson permitisse.
O dia seguinte chegou, e como sempre, estava na contabilidade, mas, dessa vez, com algo fixo em mente. Refleti sobre o impacto que essa notícia teria na família; sabia que Anderson trocar de número era mais que uma formalidade. Era um passo significativo para ele, um sinal claro de que queria manter distância e construir um espaço próprio, sem as influências do passado.
Antes de pegar o telefone e ligar para minha tia, perguntei antes a Anderson se ele se importaria que eu contasse sobre a mudança. Ele hesitou e, em seguida, perguntou por que eu fazia tanta questão de revelar isso para a mãe dele.
– Uma hora eles vão ter que saber – respondi, sem rodeios. – E, outra, quero que eles sintam um terço do que eu estou sentindo com você longe.
Anderson suspirou do outro lado da linha. Por um momento, achei que ele fosse recusar, mas então, deu o aval.
– Pode contar, Renato. Mas, por favor, não passe meu novo número para ninguém. Nem para os seus pais. Eles poderiam acabar passando para os meus.
Com isso, a decisão estava tomada. Sabia o efeito que a notícia teria.
Sentei na cadeira da contabilidade, o telefone na mão, e respirei fundo. Sabia que aquela ligação seria um jogo delicado, mas estava decidido. Disquei o número da minha tia e esperei que atendesse.
– Oi, tia, sou eu, Renato – disse, mantendo a voz firme.
Do outro lado, ouvi sua resposta, seca como sempre. Mal deu tempo de terminar a apresentação, ela já cortou com a pergunta direta:
– O que você quer, Renato? Porque tá me ligando?– ameaçou desligar.
Por um segundo, quase desisti. Mas havia uma pontada de satisfação em dizer aquilo que ela ainda não sabia. Sabia que, de alguma forma, isso mexeria com ela, então fui direto ao ponto.
– Não desliga, é um assunto do seu interesse. Ou, pelo menos, acho que é – falei, tentando manter a calma. – Anderson foi embora de Volta Redonda, tia. Ele não mora mais aqui. Foi pra outro estado.
Silêncio. Podia ouvir apenas a minha respiração. Por um instante, achei que a ligação tivesse caído, mas, em seguida, ela falou, a voz embargada, um traço de surpresa e talvez até desespero.
– Como assim? O que você tá me dizendo?
– Tia, ele foi morar em outro estado – repeti, mantendo a compostura. – É só isso que eu queria que você soubesse.
Agora, percebi que ela estava aos prantos. O tom seco havia se quebrado, e com uma voz carregada de aflição, perguntou:
– Onde ele foi? Onde meu filho foi morar?
Respirei fundo, decidido. Sabia que revelar aquilo para ela seria cruel, mas talvez minha tia precisasse entender o que ele sentiu. Eu estava convencido de que essa verdade amarga era necessária.
– Tia, a pedido do Anderson, eu não posso contar. Me perdoa – falei, minha voz firme.
Ela não demorou a desmoronar. A voz dela vacilou, oscilando entre a raiva e o desespero.
– Você está me dizendo que ele foi morar em outra cidade?
Por um instante, ver minha tia assim, destroçada, fez o coração apertar. Mas me mantive firme. Essa era a escolha de Anderson, e, por mais que doesse, eu respeitaria.
– Tia, ele foi para outro estado... Apareceu uma oportunidade de trabalho – falei, o mais suavemente que consegui. – Ele está bem, só que... decidiu se afastar. Ele... não quer mais contato.
Ela soluçava agora, tomada pela dor. Em outros tempos, eu teria tentado consolá-la, talvez até aliviado seu sofrimento com a verdade completa, mas segui fiel ao pedido de Anderson. Era o que ele queria.
– Você vai me contar onde ele está! Eu preciso saber! Ele foi sem ao menos se despedir de mim? Meu filho foi embora sem me dar um tchau? É isso?
Dessa vez, minha voz saiu mais dura, refletindo tudo o que também me feria com aquela partida.
– Tia, você e o tio... vocês cortaram relações com ele. Nem sequer ligavam. Por que acha que ele devia se despedir?
Ela se calou, mas o choque em sua respiração era claro. Mesmo assim, ela balbuciou:
– Ele podia ter nos avisado. Nós somos os pais dele... Eu tinha o direito de saber.
A dor dela me atravessou, mas eu não cedi. Talvez ela não entendesse agora, mas com o tempo, poderia ver que essa distância era o que Anderson precisava.
– Eu vou ligar para ele! Ele vai ter que falar comigo! – disse, em meio a soluços.
Antes que ela pudesse falar mais, me apressei:
– Tia, eu preciso desligar agora. Me desculpe.
Então, encerrei a ligação, deixando o peso daquele silêncio ao meu redor.
Ao desligar a ligação, fui tomado por um misto de sentimentos. Por um lado, sentia uma satisfação quase estranha. Era como se, finalmente, eles fossem obrigados a lidar com a ausência do filho, a encarar o vazio que deixaram ao ignorá-lo.
Mas, ao mesmo tempo, um peso de culpa começou a se formar. Afinal, ela era minha tia, e eu sabia que, naquele momento, deveria estar desesperada, sem saber onde o filho estava. A ideia de deixá-la assim me incomodava.
Para aliviar a situação, peguei o telefone e liguei para minha mãe. Expliquei tudo que havia feito, cada palavra dita e o motivo por trás da minha ação. Pedi que ela ligasse para minha tia, que a tranquilizasse e dissesse que Anderson estava bem, que havia se mudado apenas por motivos de trabalho.
Minha mãe, com a calma que sempre teve, ouviu tudo em silêncio, me repreendeu e concordou em ligar para minha tia.
Mais tarde, naquela noite, em uma chamada de vídeo com meus boys, contei sobre o que havia acontecido com minha tia. Anderson, por sua vez, queria saber da reação dela; percebi que, no fundo, ele ainda tinha uma pequena esperança de que as coisas pudessem se acalmar algum dia. Expliquei que, assim que soube, ela entrou em desespero. Ao ouvir isso, ele deu um sorriso aliviado – parecia ter encontrado a confirmação de que sua mãe ainda se importava, mesmo após tanto tempo de silêncio e distância.
Manuel, sempre sensível, o abraçou e disse com ternura:
– Viu? Ela ainda o ama, Anderson. O ódio nunca vence.
Anderson apenas concordou, meio pensativo, como quem carrega sentimentos mistos, mas que no fundo reconhece a verdade das palavras de Manuel. Antes de encerrar, acrescentei:
– Você tomou a decisão certa em ir para ai. Às vezes, o tempo é a melhor solução nesses casos.
No final da vídeo chamada, Anderson sorriu e se despediu:
– Até amanhã!
Mas Manuel, sempre com seu humor, acrescentou:
– Ou até mais tarde!
Achei graça e, sem perder a oportunidade de brincar, respondi:
– Tá ok, boa noite, meus gostosos!
Desliguei a chamada, e fui passar a minha roupa pelo qual ia trabalhar e tomei um banho quente que me fez relaxar.
Ao me deitar na cama, decidi relaxar e entrei em um site para ver uns pornôs e bater uma punheta . No meio disso, recebi uma ligação de Manuel. Estranhei no primeiro momento, mas logo lembrei que ele havia me dito "até mais tarde".
– Oi, Manuel! – atendi, tentando disfarçar a situação.
– Fala, Renato! – ele respondeu, com uma empolgação que me deixou curioso.
– O que houve?
– Nada, só resolvi ligar porque preciso te mostrar uma coisa.
Intrigado, perguntei:
– O que é?
Ele sorriu de um jeito que me fez ficar ainda mais curioso.
– Olha isso… – disse, virando a câmera.
E aí, a imagem de Anderson aparece, ajoelhado, no meio das pernas de Manuel. Anderson estava chupando ele.
Manuel: Tá vendo isso Renatinho!
Eu olhava atentamente Anderson sugar o pau de Manuel com vontade e de olhos fechados.
Manuel: Nosso macho está andando na linha! Está cumprindo com o combinado.
Eu estava incrédulo diante daquela situação. Ver meu primo ali, chupando Manuel sem reclamar, provocou um calor intenso em mim.
Manuel segurava a cabeça de uma das mãos e o botava pra mamar.
Manuel: É bom ver teu macho mamando o seu outro macho né?
Eu estava super excitado, não esperava ver toa aquela cena. Meu primo nem sequer reclamava.
Sim, eu respondi.
Manuel perguntou se meu pau tava duro e diante a minha confirmação, ele pediu pra ver. Quando mostrei ele deu um sorriso sacana e falou: Tá vendo? O Renato tá curtindo ver você me mamar.
Com aquela vibe, comecei a bater uma, assistindo aquela transa ao vivo.
Manuel fez Anderson ainda com o pau na boca, assistir eu me masturbando. Pra quem adiou esse momento , eu até que tava preso naquela cena.
Ele tirou o pau da boca de Anderson, deu dois tapas na face dele e perguntou: Sabe o que vai fazer agora?
Anderson respondeu: Vou dar pra você!
Ouvir Anderson dizer queria dar para Manuel, fez com que meu tesão aumentasse ainda mais. Era tão raro aquilo que literalmente estava na onda do prazer que havia se formado.
Manuel com uma cara sacana e de safado disse: Isso aí! Me dá gostoso. E digo mais… Renato que vai escolher a primeira posição.
Pode escolher Renato, uma posição bem gostosa!
Naquele momento, Anderson e Manuel olhavam fixamente para a tela, a espera da minha escolha. Fui legal com Anderson e falei para Manuel meter no meu primo de quatro.
Manuel: Ouviu? De quatro e de bunda empinada.
Confesso que ver Anderson totalmente submisso a Manuel ao mesmo tempo que me dava um tesão, também me causava uma estranheza.
Anderson, se posicionou como foi pedido, e Manuel se encaixou atrás dele e depois de lambuzar seu pau e a bunda de Anderson com lubrificante, ele foi penetrando, fazendo Anderson dar urros grossos de prazer: Aaaaaah, vai devagar porra!
E Manuel foi colocando sua pica toda dentro do cu de Anderson. Aquela cena estava maravilhosa. Anderson puxando o lençol com as mãos enquanto Manuel estava atracado atrás dele.
“Escolhe outra posição Renato!” Pediu Manuel.
“Frango assado!” Falei sem ao menos pensar.
Anderson reclamou, creio que ele não gostava muito dessa posição. Mas Manuel o lembrou do combinado que havia entre eles, então meu primo se deitou de barriga para cima e foi penetrado novamente por Manuel que curtia muito cada metida, ora ele olhava para o celular, outra focava em Anderson.
Manuel: Este é o preço que se paga por vir morar em Joinville comigo. Tá gostando né?
Anderson demorou a responder, pois Manuel focava nas estocadas que ecoavam naquele lugar: Sim! Está bom pra caralho!
Manuel: Você não tem o que reclamar né?
Assim Manuel, virou Anderson de lado e meteu sem dó, ver aqueles machos super entregues, o pau de Manuel entrando e saindo ao som de urros de Anderson, fez com que eu gozasse vários jatos de porra, ao notar que eu havia gozado. Manuel acelerou ainda mais e gozou dentro de Anderson. Logo após ele tirou a pica dentro de Anderson e ficou jogado na cama, parecia que até tinha esquecido que eu estava ali ainda. Pensei que teria um segundo ato, onde Anderson meteria em Manuel mas não teve nada disso. Anderson levantou dizendo que ia tomar um banho e desligou a ligação.
Nesta noite não nos falamos mais, até porque dormi logo em seguida.
Quando a sexta-feira chegou, eu disse a Pedro que, dessa vez, precisava ir sozinho ao bar do Jefferson, pois precisava resolver as coisas com Gil. Era algo que eu precisava enfrentar de frente, sem distrações. Fui com a cara e a coragem, sem saber exatamente como seria a reação de Gil, mas ciente de que aquele momento era necessário para colocar as coisas em ordem entre nós.
Quando cheguei ao bar, Jefferson logo me avistou e, com aquele jeito descontraído, brincou: "Olha ele aí! Mas tá faltando gente... cadê o chefe?" Dei uma olhada rápida para o balcão e vi Gil, que me lançou um olhar rápido antes de desviar. Respondi ao Jefferson que, desta vez, eu tinha decidido vir sozinho para resolver algumas pendências. Voltei a olhar para Gil e notei que Jefferson entendeu imediatamente o que estava acontecendo. Com um aceno de cabeça, ele me indicou uma mesa e perguntou o que eu queria beber. Pedi uma cerveja para começar, e ele foi buscar. No balcão, trocou algumas palavras com Gil, e logo os dois vieram em minha direção com a bebida.
Jefferson, sempre direto, disse: "Tá aqui o seu pedido, rapaz. Gil, senta aí com ele, faz companhia e aproveita pra vocês trocarem uma ideia. Tá na hora." Gil hesitou, mas eu acenei com a cabeça, e ele finalmente se sentou. Antes de Jefferson sair, colocou um copo extra para Gil me acompanhar. Ele tentou recusar, mas eu insisti que ele bebesse comigo.
O silêncio pairou no ar por alguns segundos, ambos claramente desconfortáveis. Quebrando o gelo, perguntei como ele estava. Gil respondeu com o básico, dizendo que tudo estava normal, sua rotina resumida a trabalho e casa. Depois, ele me devolveu a pergunta. Disse que estava bem, que minha vida também girava em torno do trabalho, principalmente na última semana. Aproveitei o momento e fui direto ao ponto:
"Gil, eu sei que você está chateado comigo, e entendo que você só quer o meu bem, como amigo. Mas o que você disse naquele dia, aqui no bar, pra mim e pro Anderson, foi desnecessário e grosseiro. Eu já estava passando por um momento difícil, e vim aqui mais pra te apresentar o César, e do nada você reagiu daquele jeito. Isso me magoou de verdade."
Gil me observou por um instante antes de responder. "Renato, eu sei o quanto você ama o Anderson, e o Manuel também, mas o seu lance é com o seu primo. Como seu amigo, vi tudo o que você passou e tudo o que abriu mão pra estar com ele. Cara, você praticamente moldou sua vida pra caber na dele. Enfrentou sua família, saiu de casa... às vezes parece que até mudou quem você é pra agradá-lo. Esta semana, conversando sobre você com o Dinei, disse algo que ele concordou: você abandonou seus sonhos. Parou de dançar, que era algo que te fazia se sentir vivo, largou os estudos, não tem mais planos pra faculdade. E aí, de repente, o Anderson decide seguir com a vida dele, sem incluir você, mesmo que seja temporário. Isso me deixou furioso. Parece conveniente demais da parte dele."
Eu respirei fundo e concordei, dizendo que, sim, me senti deixado de lado, mas que eu precisava tentar entender a situação. Eu estava ali para dar suporte ao Anderson, assim como sempre fiz com o Manuel.
Foi aí que Gil disse algo que me pegou de surpresa: "E quem vai te dar suporte? Porque eles estão lá juntos, e você aqui, sozinho. Até quando você vai continuar se auto-sabotando? Amigo, para com essa independência emocional! Não sou contra vocês, muito pelo contrário, mas eu quero que você seja realizado em todas as áreas, e não que fique sendo deixado de lado dessa forma."
Gil tinha razão. Eu realmente fui abrindo mão de várias coisas, moldando minha vida conforme meu relacionamento com Anderson evoluía. Mas fiz isso de forma espontânea, sem pressão dele. Pelo menos, era assim que eu enxergava.
Gil ainda reforçou que ele poderia muito bem ter ficado calado e deixado que eu me ferrasse sozinho, mas, como amigo, escolheu falar a verdade, mesmo sabendo que isso poderia me machucar. Ele disse que seu papel era justamente esse: ser honesto, sem meias palavras. No final, ele pediu que eu realmente refletisse sobre minhas atitudes.
Eu respondi que iria pensar em tudo o que ele disse, e que o motivo de eu estar ali era porque não queria que ele se afastasse de mim. Aproveitei a oportunidade para perguntar como as coisas estavam entre ele e Jefferson. Gil sorriu daquele jeito sincero, que me fez perceber que algo bom estava acontecendo. Ele disse que eles estavam melhor do que nunca e que, embora Jefferson nunca tivesse sentido a necessidade de assumir o relacionamento de forma pública, havia feito algo dias atrás que o surpreendeu.
Gil contou que uma mulher apareceu no bar com algumas amigas, e, depois de um tempo, uma delas começou a insinuar que já tinha ficado com Jefferson. Conforme a noite avançava e a bebida fluía, as indiretas da mulher ficaram mais óbvias. Gil admitiu que ficou com muito ciúme, mas decidiu não intervir, pensando que era algo que Jefferson deveria resolver por conta própria. Percebendo o desconforto de Gil, Jefferson decidiu agir. Ele pediu para a mulher parar, dizendo que ela estava passando dos limites. No entanto, ela, já alterada pelo álcool, continuou. Foi então que Jefferson tomou uma atitude inesperada: abaixou uma das portas do bar, sinalizando que o local estava fechando, e gritou para Gil pegar as contas das poucas pessoas que ainda estavam lá, pois já era tarde.
A mulher, aconselhada pelas amigas a parar com as investidas, ficou visivelmente contrariada e disse que aquilo não era necessário. No entanto, elas pagaram a conta e saíram logo em seguida. Gil contou isso com um brilho nos olhos, e dava para ver o quanto aquela atitude de Jefferson o tocou profundamente.
Aí, sem entrar em muitos detalhes, Gil me contou que, depois que o bar ficou vazio e com as portas fechadas, Jefferson se aproximou, pediu desculpas pelo ocorrido e garantiu que Gil era "o menino dele". Nesse momento, Gil, que nunca perdia tempo, aproveitou a deixa e avançou para cima de Jefferson, deixando claro o quanto estava satisfeito com aquela declaração. A forma como ele sorria enquanto me contava a história deixava evidente que o clima entre os dois estava melhor do que nunca.
Jefferson se aproximou e, com aquele jeito descontraído, perguntou o que estávamos falando dele. Gil, sempre brincalhão, respondeu que ele era um curioso, mas que não era nada demais. Jefferson sorriu, me olhou e disse que estava só brincando e que estava feliz por ver que eu e Gil estávamos de volta às boas. Depois, voltou para o balcão.
Assim que ele se afastou, Gil se inclinou e disse: "Ele tá ligado no que tá rolando aqui. Não é possessivo, mas gosta de ficar de olho em mim." E, com um sorriso mais largo, completou: "Renato, o Jefferson me leva ao êxtase... e te digo mais, ele é melhor que o Naldo! Confesso que achava que nunca encontraria alguém melhor ou igual ao Naldo, mas ele me surpreende sempre."
Gil continuou, rindo e olhando para Jefferson por cima do ombro: "Quem vê esse homem atrás do balcão não imagina o que ele faz na cama. Ele tem fôlego, pegada... e nunca nega fogo. A expressão no rosto dele deixava claro o quanto estava envolvido e o quanto Jefferson o surpreendia de forma intensa e inesperada.
Olhei para Jefferson , que ainda estava atrás do balcão e nos observava. Com um sorriso, disse para Gil: "Imagino... afinal, quem vê cara não vê coração. Esses são os melhores, sempre uma caixinha de surpresas." Mas, em seguida, mudei de tom e acrescentei, rindo: "Mas vamos mudar de assunto, né? Estou prestes a atravessar uma seca emocional e esse papo não está ajudando em nada!"
Quando olhei o relógio, vi que já tava tarde. Pedi a conta, paguei e saí. No caminho de volta, o ar frio da noite meio que clareou minhas ideias, e a conversa com Gil veio à cabeça de novo. Ele tinha dado um toque que bateu fundo: quantas vezes coloquei Anderson no centro da minha vida, esquecendo dos meus próprios sonhos? Era uma verdade que eu evitava encarar.
Andando pelas ruas desertas, o barulho dos meus passos parecia acompanhar meus pensamentos. Fiquei refletindo sobre o quanto eu tava preso em expectativas, algumas que nem eram minhas de verdade. Percebi que tava na hora de mudar umas coisas, de organizar melhor as prioridades e, principalmente, de me reencontrar. Gil tava certo — não dava pra continuar deixando de lado partes importantes de mim.
Cheguei em casa com a cabeça a mil, mas sentindo que, pela primeira vez em muito tempo, eu sabia por onde começar.
Depois de um tempo meu pai, sem aviso, me ligou e soltou: “Seu tio Júlio ligou. Vai fazer uma festa de aniversário amanhã lá em Resende, na casa dele.” Fui pego de surpresa. “Aniversário do tio Júlio? Amanhã?” A primeira coisa que me veio à cabeça foi saber se os pais do Anderson estariam lá. “Será que os tios vão?” perguntei, tentando disfarçar minha curiosidade.
Meu pai deu de ombros. “Não sei, mas acho que só vamos descobrir na hora.”
Ele insistiu um pouco para que eu fosse, e depois de pensar, acabei aceitando. Assim que confirmei, já mandei mensagem pro Anderson e pro Manuel avisando do evento. Anderson, sempre preocupado, achou melhor eu não ir. Fiquei meio balançado, mas, no fundo, já estava decidido a comparecer, com tudo o que isso significava.
No dia do aniversário, dei uma passada no shopping antes de ir pra casa. Encontrei uma camisa que achei perfeita – aquele tipo de peça que te dá uma dose extra de confiança. Quando meu pai chegou para me buscar, dava pra ver a animação estampada no rosto dele. Era bom ver minha família unida e empolgada; fazia tempo que a gente não saía assim, todos juntos. Entrei no carro e, enquanto nos ajeitávamos, virei pra eles e perguntei: “Estou animado… e vocês?”
"Eles sorriram de volta, mas só meu pai respondeu, cheio de entusiasmo: 'Estamos!'
Durante a viagem, o clima ficou tranquilo. Ninguém tocou em nenhum assunto muito profundo, o que até me aliviou. Até que, em algum momento, minha mãe comentou, do nada, sobre a possibilidade de minha tia ir. Agradeci mentalmente por ela ter tocado no assunto. Ela ainda me alertou: 'Se ela for, pode ter certeza que vai querer falar com você sobre o Anderson.’
Já meu pai tinha uma visão diferente. Ele me olhou pelo retrovisor e opinou: 'Depois daquela ligação que você fez, ela pode até te ignorar.' Eu ri, sem saber o que esperar.
Foi então que Ricardo, se virou pra mim e disse, direto como sempre: 'Aproveita a festa, o resto que se exploda.'
Sorri, respirando mais aliviado. Talvez fosse isso que eu precisava fazer mesmo: deixar o resto pra lá e curtir o momento.
Quando chegamos à casa do tio Júlio, ele nos recebeu todo animado, já contando que meus outros tios já haviam chegado. Lancei um olhar discreto para minha mãe, tentando perceber se ela estava tão cautelosa quanto eu, e seguimos para o local da festa. Foi então que, para minha infelicidade, avistei Amanda entre eles. Fiz questão de acenar apenas para os meus tios, ignorando completamente minha prima homofóbica.
Depois disso, seguimos para uma mesa estrategicamente posicionada — nem muito perto, nem muito longe deles.
Não demorou muito para que o tio Júlio viesse até nós, dessa vez acompanhado de sua nova companheira, Simone, e da filha dela, Tati. Quando olhei para Tati, quase não acreditei — ela havia crescido e se tornado uma linda mulher. Brinquei com ela: 'Mulher, que evolução!', e vi suas bochechas ficarem vermelhas de timidez.
Eles ficaram conversando conosco por um tempo, e antes de irem interagir com os outros convidados, meu tio disse com um sorriso: 'Vocês são de casa, fiquem à vontade.' E foi exatamente o que fizemos. A presença dos meus tios e de Amanda não nos inibiu; na verdade, nos sentimos até mais soltos. Em um momento, eu e Letícia decidimos inventar moda e fomos tirar fotos perto do jardim. Tiramos várias selfies e postamos nas redes sociais, até que entre uma foto e outra, Amanda, minha prima, veio com aquele ar de superioridade que ela sempre carregava. Eu senti meu corpo enrijecer assim que a vi se aproximar.
"Aposto que você sente muita saudade do seu priminho, não é? Deve ser difícil pra ele, tão longe de casa," Amanda disse, com aquele tom que só ela conseguia usar, misturando falsa compaixão com veneno puro.
“Vaza daqui garota!” Falei numa tentativa sem sucesso de fazê-la se afastar de onde estávamos, mas minha prima continuou ali disposta a me tirar do sério.
Mantive minha voz firme quando respondi: "Difícil é pra quem ficou. E o meu priminho em questão, Amanda, é seu irmão, sua louca!"
O sorriso de Amanda vacilou por um segundo, mas ela rapidamente se recompôs, adotando um tom ainda mais ácido. "Calma, querido! Você está muito tenso. Meu irmão morreu quando começou a fazer essas aberrações."
Senti meu rosto esquentar de raiva. Como ela ousava falar assim? Sem pensar muito, deixei as palavras escaparem: "Quem é você para falar disso? Quer mesmo falar sobre aberração?"
Letícia, percebendo o clima tenso, tentou intervir. "Gente, vamos parar com isso. Estamos no meio de uma desta. Amanda, deixa o Renato em paz."
Mas Amanda não estava disposta a parar. Ela estava determinada a me infernizar. "Te garanto que o que você faz não é o certo! É pecado, e Deus abomina!"
Foi aí que eu decidi que não ia mais engolir as provocações dela. "Quer falar de pecado e coisa errada? Então tá! Deus também odeia gente hipócrita que finge ser uma santa, que fala que vai pra igreja, mas vai pra outros lugares."
Amanda pareceu confusa por um momento. "Eu sempre vou nos cultos, logo essa indireta não é pra mim."
Olhei diretamente nos olhos dela, sem hesitar. "Mentir também é pecado, está nos Dez Mandamentos. E você ainda ousa usar o nome de Deus para justificar seus erros. A menos que alguns dos seus 'cultos' estejam acontecendo na casa do Naldo, é isso?”
Amanda travou mas tentou se recompor: "Eu não sei do que você está falando."
Eu fui mais claro: "Larga de ser cínica. Você deu mole para o Naldo. Eu sei, e pelo que fiquei sabendo, você ficou louca por ele, deu horrores para ele, queria dar mais, mas ele te achou grudenta e não quis mais. Pelo visto ele não gostou do seu chá de buceta. Você nunca me enganou fazendo essa linha de santa."
Amanda continuou com o teatro, dizendo: "Você está louco! Jamais passou pela minha cabeça ficar com um cara como o Naldo. Imagina! Aquele nojento."
Tirei meu celular do bolso e perguntei: "Quer que eu ligue para o Naldo para perguntar?"
Amanda recuou um pouco, claramente desconfortável. "Não é pra tanto! Eu sei o que fiz e o que não fiz, e pra mim isso já basta. Minha consciência tá tranquila."
Comecei a procurar o número do Naldo no telefone: Você mente! Eu sei o tipo de pessoa que você é!
Ela se desesperou, segurando meu braço. "Renato, eu não estou brincando, pare com isso."
Olhei bem nos olhos dela e disse: "Primeiramente, tire essa sua mão de mim. Segundo: Quem não está brincando sou eu. Você resolveu atravessar o meu caminho e desgraçar a minha vida e a do seu irmão. Ouça o que eu vou te falar... se mete comigo mais uma vez e eu revelo para todos da família, inclusive meus amados tios, quem você realmente é."
Ricardo se aproximou, notando a tensão. Viu Amanda me segurando e perguntou: "Está acontecendo alguma coisa aqui?"
Como eu ainda não estava muito bem com ele, Letícia respondeu rapidamente: "Está tudo bem, Ricardo. Amanda já estava de saída."
Amanda olhou para Ricardo com desdém, me soltou e disse com ironia: "Sinceramente? De repente me veio a sensação de que você está de recalque, pois eu pego só caras gostosos, que não são pro seu bico."
Eu olhei para minha cunhada, depois para meu irmão, que parecia esperar uma resposta minha. Decidi ser extremamente debochado com Amanda: "Tem certeza que não são para o meu bico? Olha que provei, e não foi o Naldo!"
Ela se desestabilizou na hora, começando a alterar a voz e pedindo para eu repetir o que tinha falado e ser mais claro.
Mais irônico do que nunca, respondi: "Relaxa, prima! Ou seria cunhada? Eu peguei o Dani quando ele já era seu ex, e modesta parte, admito que você tem bom gosto."
Amanda me empurrou, fazendo-me dar alguns passos para trás, e começou a me ofender, dizendo que eu era o ser mais repugnante que ela conhecia. Nossos familiares notaram o espetáculo que ela estava fazendo e começaram a se aproximar. Até que meu tio, chegou, perguntando o que estava acontecendo.
Amanda começou a chorar, dizendo que eu a tinha provocado, que eu estava dizendo que ela era a grande culpada de Anderson ir embora…
Para minha surpresa, Letícia me defendeu: "É mentira dela, Senhor Josival! AGente estava aqui tirando algumas fotos , ela veio do nada e começou a ofender o Renato. Ricardo até estranhou ela estar aqui com a gente e veio perguntar o que estava acontecendo."
Amanda, ao ver que Letícia estava jogando o mesmo jogo que eu, começou a ofender minha cunhada, chamando-a de mentirosa.
Meu tio interveio, perguntando a Ricardo se aquilo era verdade, e meu irmão confirmou a história de Letícia, acrescentando que Amanda estava me xingando quando ele chegou.
Foi aí que precisei interpretar. Comecei a falar com meu tio, tentando ser o mais convincente possível: "Eu estava na minha, curtindo a festa, não era minha intenção estragar a festa de ninguém. Mas Amanda fw questão de sair de onde ela estava e me ofender do nada, que ela fazia questão estragar o meu dia, não importa onde esteja. Estou cansado disso, e não disse nada daquilo que ela está falando."
O clima pesou na hora. Amanda começou a falar, mas o pai dela não deixou. De cara fechada, mandou ela calar a boca, lembrando que essa já era a segunda vez que ela fazia a família passar vergonha numa festa. Virou pra mim, visivelmente desconfortável, e pediu desculpas — não só pra mim, mas pra todos que estavam assistindo ao show que ela tinha armado. Depois, segurou ela pelos braços e a arrastou dali, enquanto ela se debatia, dizendo que ele estava a machucando.
Aos poucos, o pessoal foi se dispersando, cochichando entre si, mas eu ainda sentia o peso daqueles olhares. Foi aí que, de repente, percebi meus pais. Eles estavam ali, quietos, me olhando com aquela preocupação que só eles têm. Não demoraram pra se aproximar.
“Tá tudo bem?”, minha mãe perguntou, com aquela voz cheia de cuidado, enquanto meu pai me dava um tapinha leve no ombro. Aquela pergunta simples me fez sentir um nó na garganta.
Respondi: "Sim, estou bem graças à Letícia e" olhei para meu irmão e acrescentei "graças ao Ricardo."
Meus pais sugeriram irmos embora, mas falei que Amanda não iria estragar nossa noite, embora ela tenha tentado.
A tensão que pairava no ar não parecia querer ir embora, mas a festa do tio Júlio continuava com seu ritmo animado. Quando ele veio até nós, perguntando se estava tudo bem, apenas disse que sim, com um sorriso forçado. Naquele momento, fiquei certo de que meu tio não sabia de nada. Por viver em outra cidade, ele não era tão presente em nossas vidas, e ninguém, nem meus pais nem os outros tios, o tinham atualizado sobre meu relacionamento com meu primo e os conflitos que surgiram após a descoberta.
Aos poucos, o clima foi ficando mais leve, meus pais voltaram para a mesa, deixando eu, Ricardo e Letícia ali no jardim, até consegui trocar algumas palavras com Ricardo. Aproveitei para agradecer por ele ter me defendido, ao que ele respondeu que era o mínimo que podia fazer, afinal, ele estava em dívida comigo. Ainda meio sem jeito, ele comentou que minha vida não era da conta dele, mas não resistiu e perguntou se aquilo que eu tinha dito sobre o Daniel era verdade. Pensei um momento antes de responder, mas ele logo adiantou que não faria julgamentos, pois já havia aprendido a lição. Então, confirmei que era verdade.
Ricardo, ainda abismado, quis saber mais: 'Mas como você e o Daniel ficaram?' Antes que eu pudesse responder, Letícia riu e, em tom irônico, disse para ele: 'Meu amor, acho que você não vai querer saber os detalhes. Deixa de ser curioso!' Ricardo revirou os olhos e explicou que só queria entender como Daniel, sendo hétero, ficou comigo; aquilo não entrava na cabeça dele.
Sorrindo, falei que em outro momento podíamos conversar melhor sobre isso, mas adiantei que sim, essas coisas acontecem. Usei Gil e Naldo como exemplo, e ele ficou pensativo, tentando processar tudo."
Tudo parecia estar se ajeitando, até que o tio Josivaldo se aproximou, visivelmente desconfortável. Pediu desculpas pelo comportamento de Amanda, dizendo que ele mesmo não entendia as atitudes da filha. Meus pais, em tom conciliador, responderam que ele não precisava se desculpar, já que não tinha controle sobre as ações dela. Logo depois, ele se reuniu com Amanda e minha tia, e os três foram embora.
Com a saída deles, tio Júlio se aproximou mais uma vez, querendo saber o que havia acontecido. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, meu pai interveio, afirmando que era uma história longa e delicada, e que aquele não era o momento para contar. Diante disso, decidimos que também era hora de ir embora.
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Comentários (21)
Semaj: Que capítulo!!!! Foi uma grande escrita. Nem preciso comentar algo a mais, pois pelo que li, os comentários abaixo já falam por mim. Espero os próximos... Que não demore. Abraços
Responder↴ • uid:1d8dpkpds311Fã do trisal e do daniel: Mais um capítulo incrível! Chocado que o Renato jogou o ocorrido com o Dani, amei kkkkkk saudades dele!! Entendo o ponto de vista do Gil e apoio o Renato focar em outras partes da vida que ele tinha abandonado, como a dança e a faculdade, ele precisa desse momento pra se achar como pessoa individual! Gostei que ele e o Ricardo aos poucos estão reatando a irmandade, ansioso para os próximos!!! Obs: Desejo tudo de ruim pra amanda, e acho suspeito dms a insistência do Pedro que o Renato tenha um plano. Que venha o próximo capítulo logo!!!
Responder↴ • uid:1cooqzgps2rsBoySPMetropilitano: Sendo sincero eu acho compreensivo esses acontecimentos. Não gostei muito da atitude do Gil, mas o que ele disse é verdade. Na minha opinião, eu vejo que tudo girava em torno do Renato e quando ele viu "sem mais nada" ele acabou num buraco. Acho que com isso está na hora dele amadurecer, não precisa de outro amor ou fast foda, ele precisa pensar mais em si msm e tbm vê que o trisal está muito instável. Se eu fosse ele começaria a pensar no futuro dos 3, pois acredito que o amor entre eles ainda existe. Duas notas: ODEIO literalmente a Amanda, nojo desse tipo de mulher que se acha certinha e se faz de vítima. E SURTEI com essa do Anderson sendo passivo. Não sei se foi isso que o Renato sentiu, mas qnd eu lê isso bateu um tensão tão grande de vê um cara todo machão sendo passivo, fiquei até com vontade de algum dia eu puder fazer isso com algum rs
Responder↴ • uid:1daxfl4q130tSwiftscarlate: Tô achando que o Renato vai seguir em frente, acho até melhor pq dá pra ver que ele está sendo deixado de lado talvez seja a hora dele seguir em frente ou encontrar um novo amor como por exemplo o Daniel
Responder↴ • uid:830wzenov4Eu: Bom demais (como sempre!). Só achei mais uma sacanagem o Anderson ser passivo estando longe do Renato. Eu estava torcendo para isso ocorrer quando o trisal estivesse junto. Foi mal isso aí. Acredito que mais um alerta para o Renato.
Responder↴ • uid:1dak6q3m9cMatheus: É perfeito, mas por favor não dempre 3 meses para postar novamente...
Responder↴ • uid:bf9dsxsi8mAndre: Que saudade eu estava de saber como Renato ia prosseguir na vida, Acredito que muita coisa rolê antes do trio estar junto novamente, e talvez até um término temporário aparece. Até cada um sentir que precisa E deve estar junto um do outro.
• uid:lkrv1y0x39hEdson: Fiquei abismado com a mudança do Anderson, aceitando ser passivo do Manuel, e já aguentando o pauzão de primeira, e ainda naquelas posições. 🤔 No mais, ele quase acabou com a vida em família do Renato quando surtou pelo fato de ele, Renato, ter aceitado a ída de Manuel para Joinville, mantendo o trisal à distância, situação que agora o próprio Anderson lhe impõem. Confesso que eu teria dificuldade, e muita, em ver meu Alpha se descaracterizando dessa forma. Tudo bem, ótimo aliás, em parar de me humilhar, bater, aviltar, mas essa inversão tamanha certamente me faria vê-lo, ou melhor, ter certeza de sua toxidade comigo. Eu iria, como alertado pelo Gil, enfiar a viola no saco e partir pra outra, ou melhor, pra outro 😂, resgatando em paralelo as coisas que deixei de fazer para ser "do lar" e com dupla jornada, visto que nem nos afazeres domésticos o ex-machão primão ogro queria ajudar.
Responder↴ • uid:1dymj7zh5l1dJohn David Ramos: Renato, como sempre maravilhoso. Senti menos rodeios nessa história e mais direcionado, como se enchugasse a história para o começo do fim do conto. Quando terminar quero ler todinho novamente.
Responder↴ • uid:fuosdje8mLuiz: Pensei que tinha me livrado desse xarope, pior muito longo, Mais Gil tem razao em tudo que disse a Renato Anderson é egoista agora ta sendo passavo para Manoel por interesse proprio pois esta precisando de Manoel tomara que Renato se acerte com Pedra acho que ele precisa de um macho como o Pedro para ter um relacionamnto tranquilo, deveria seuir o caminho que Gil fez
Responder↴ • uid:3v6otnnr6icGgguloso: Que cara chato e inconveniente. Luiz se o que PUTOVR não está te agradando para de lê simples. Agora tu ganha o que falando mal da história? Já sei a tua raiva é por que o autor não fez o que tu quis. Aí tu fica aí com mínimi ah cresce criança mimada. Se tá ruim escreve então
• uid:1czjfvdjguxkLuiz Henrique: Caramba, que surpresa boa ter a chance de ler mais um episódio dessa história, já estava achando que não iria ter continuação. Muito das coisas que se passam refletem muito sobre minha própria vida, me faz recordar e amadurecer como pessoa e como parceiro no relacionamento. Através dos seus relatos é que tenho tido coragem para não mais ficar calado quanto aos meus pensamentos e anseios no relacionamento que tenho hoje, meu muito obrigado por nós fazer crescer .
Responder↴ • uid:1ewk1dxhvgmpStars: Torcendo para o Renato abrir os olhos e se valorizar.... Tá na hora !
• uid:h5hn7tt0cJohn David Ramos: Renato está com um probleminha de saúde mas logo vai ficar bem. O importante é que ele se recupere logo para terminar a história.
• uid:fuosdje8mAlison: Perfeito demais torcedo muito pelo trio
Responder↴ • uid:40voci0lm9kJohn David Ramos: Todos nos
• uid:fuosdje8mAntony: Desculpa Alison mas vc ainda acha eu ainda existe um trio? Existe sim um Manoel que ja percebeu que o Anderson ama realmente o Renato e portanto o faz assistir as suas vidas com o mesmo. O bom é que me parece que o Renato até que enfim esta se dando valor e repensando em seu futuro. Ele ja percebeu que ele não faz falta nenhuma para eles,o quexwuetem é humilha-lo,mas vai arranjar alguém que realmente o ame e de o valor necessário que ele merece. PUTOVR sempre comentei em suas postagens pois ficava indignado com o Renato se deixando ser humilhado e aproveito agora que vc retornou e mais Forte nesta relação para te pedir "Desculpas" se fui grosseiro e sem respeito para com vc. Mas acredito agora que chegou a vez do Renato se mostrar mais forte e superior e mostrar que todo o gay jovem tb tem o seu valor e que deve ser respeitado. Obrigado por ter regressado, um forte abraço.
• uid:1dm1kxej13diSartur22: Magnífico como sempre. Ansioso pelo próximo capítulo
• uid:bemkjxy499Lalau 69: esse daqui não conto é um diário
Responder↴ • uid:1e2qfpqufq1cCaiçara: Perfeito como sempre, estava ansioso para o retorno do meu conto favorito
Responder↴ • uid:fi07cbmm4Luiz Henrique: Também estava 🤭 Esse Renato faz a gente amadurecer como pessoa e como casal. Amo muito cada episódio
• uid:1ewk1dxhvgmp