#Sado #Voyeur

O palhaço e a Tentação

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MitchVy

As luzes do circo iluminavam a praça central, refletindo um brilho vibrante nos rostos das crianças que corriam para pegar seus ingressos

Era uma noite quente de verão na pequena cidade de Vila Alegria, onde todos os habitantes pareciam sempre ter um sorriso no rosto. As luzes do circo iluminavam a praça central, refletindo um brilho vibrante nos rostos das crianças que corriam para pegar seus ingressos. Mas entre todas as atrações, havia um personagem que, apesar de não ser o mais popular, sempre causava uma curiosidade mista nos adultos: o palhaço Bigode.

Ele não tinha o nariz vermelho típico, nem as roupas chamativas e exageradas. Seu traje era mais sutil, uma camisa listrada e calças largas que quase pareciam fora de época, como se ele tivesse saído diretamente de um circo antigo. Mas o que realmente atraía olhares curiosos era o seu charme incomum – uma mistura de leveza e mistério.

Naquela noite, Bigode estava se preparando para o grande número do palco, mas havia algo diferente no ar. Entre os rostos sorridentes e os gritos de alegria, ela apareceu. Julia. O tipo de mulher que chamava atenção sem querer, com uma presença que parecia se expandir e preencher todo o espaço ao seu redor. Seus olhos curiosos e suas mãos delicadas segurando uma taça de vinho eram um convite silencioso.

Ele a viu pela primeira vez enquanto se preparava nos bastidores, e ela o olhou de volta. Não foi um olhar de surpresa, mas de reconhecimento, como se o conhecesse há muito tempo, embora nunca tivessem se encontrado.

Quando o espetáculo começou, Bigode sabia que a plateia esperava risos, palhaçadas e trapalhadas. Mas quando seus olhos encontraram os dela, a expectativa mudou. Ele não era mais apenas o palhaço – ele era alguém que queria ser visto de uma maneira diferente.

No meio da performance, quando ele fez uma piada sobre os trapalhões da vida cotidiana, ela foi a única que riu de uma forma profunda, quase provocadora. Era como se ela estivesse rindo não só do que ele fazia, mas do que ele representava: a vulnerabilidade e o desejo disfarçados de humor.

Mais tarde, no intervalo, ela apareceu ao seu lado, com um sorriso travesso.

"Você tem um jeito peculiar de ser engraçado", disse ela, enquanto o observava ajeitar sua peruca desleixada.

Bigode olhou para ela, seu coração batendo mais rápido do que o normal, como se a palhaçada toda tivesse deixado de ser apenas uma farsa.

"Eu tento ser sério, mas o mundo não deixa", respondeu ele, de forma sarcástica, mas com uma pitada de sinceridade.

Ela deu uma risada baixa e se aproximou, como se a piada tivesse apenas começado. A atmosfera entre os dois mudou, e de repente, os risos se tornaram mais suaves, mais íntimos. Como se o palco, as luzes e os risos da plateia tivessem desaparecido, e restassem apenas eles, sozinhos.

"Não tem problema em ser um pouco irreverente de vez em quando, sabia?" ela sussurrou, enquanto ele ajeitava o nariz falso.

Ele a olhou, seus olhos brilhando com uma chama de algo que nem ele mesmo podia identificar. "Talvez eu devesse aprender a rir de mim mesmo... de uma forma diferente."

E ali, naquele momento, o palhaço Bigode não era mais só um palhaço. Ele era uma pessoa com seus próprios desejos, vulnerabilidades e, acima de tudo, um toque de ousadia. Um homem que sabia que até mesmo o humor podia ser um convite para algo mais profundo, algo... mais sedutor.

A noite continuou, mas ninguém mais soubera se a atração foi apenas uma brincadeira de circo ou algo mais real. O que ficou no ar, no entanto, foi a leveza de um olhar trocado, a sutileza de um sorriso compartilhado e a promessa de que, às vezes, os maiores encantos vêm disfarçados de risos.

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