Mantenha seus INIMIGOS mais próximos! Parte 01
Lucas estava em sua mesa, estudando um relatório exibido na tela, quando uma batida suave soou na porta do escritório.
"Entre", ele chamou sem olhar para cima.
Ele percebeu que era Mariana pela maneira como ela entrou silenciosamente na sala. Sua assistente, uma mulher pequena e esguia de vinte e poucos anos, muitas vezes passava despercebida.
"Você se importa se eu fechar isto?", perguntou ela naquele tom suave que às vezes o irritava, mas que na maioria das vezes o acalmava. Era incomum ela fazer tal pedido; geralmente aparecia, fazia ou dizia o que era necessário e saía imediatamente.
Contendo um suspiro exasperado, Lucas se esforçou para desviar a atenção do relatório. "Claro, mas só tenho alguns minutos de sobra."
Mariana deu um sorriso de desculpas. "Entendido."
Com cuidado, ela fechou a porta, como se temesse que ela caísse das dobradiças se aplicasse muita força. Lucas deixou o olhar vagar distraidamente pela roupa dela. Era seu traje padrão: uma blusa branca recatada e uma saia preta. Os saltos baixos que ela usava pouco acrescentavam à sua pequena estatura. Seu cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo e, quando se virou novamente para ele, parou para empurrar os óculos mais para cima, na ponte do nariz. Aquele gesto o irritou por razões que ele não conseguia explicar, mas, claro, ele não podia repreendê-la por algo tão trivial.
Ela era eficiente e diligente, sempre ocupada. Não fofocava com os outros assistentes e, independentemente da sua vida pessoal, nunca interferia no seu trabalho. Por esses motivos, Lucas conseguia ignorar sua personalidade sem graça e suas roupas sem graça.
"Sente-se." Suas palavras soaram mais como uma ordem do que um convite.
Mariana correu para a cadeira em frente à mesa dele, alisando a saia antes de se sentar. Ela sorriu novamente, mas não havia calor algum nele. "Precisamos conversar, Lucas."
Ela nunca o havia chamado pelo primeiro nome, pois ele nunca lhe dera permissão para isso. Era uma violação dos limites profissionais, algo que ele teria corrigido se não fosse o olhar inesperado de advertência nos olhos dela.
Cruzando as mãos sobre a mesa, ele lhe deu total atenção. "Estou ouvindo."
Mariana se inclinou um pouco para a frente. Quando falou, sua voz era quase um sussurro: "Eu sei que você está tentando tirar o Rafael do cargo. Você quer estar no topo."
Décadas de experiência permitiram que Lucas escondesse seu alarme; ele nem sequer arqueou uma sobrancelha diante da acusação de Mariana. Mas, por dentro, sua mente disparava e seu pulso começou a pulsar nervosamente, como se ele pudesse senti-lo nas têmporas. "Mariana", disse ele, com a voz igualmente suave, "do que diabos você está falando?"
"Lucas." Ela franziu os lábios em um arrependimento exagerado. "Você vai mesmo me obrigar a fazer isso, não é?"
Ele observou enquanto ela tirava o celular do bolso da saia e começava a digitar na tela. Enquanto isso, sua pressão arterial continuava subindo. Segundos depois, seu próprio celular tocou.
Ele havia recebido um novo e-mail, mas não era para sua conta profissional. Não, era para seu e-mail pessoal, que oferecia criptografia de ponta a ponta. Franzindo a testa, viu que era de um endereço que não reconhecia.
Seu maxilar se apertou dolorosamente ao descobrir o conteúdo do e-mail: fotos do celular que ele agora segurava. Fotos da tela, que exibia mensagens privadas que ele havia compartilhado com um colega de confiança. Juntos, eles estavam trabalhando para que Rafael fosse demitido do cargo. Lucas esperava que ele estivesse sentado naquele escritório de canto muito em breve.
Levantando a cabeça, ele lançou um olhar gélido para Mariana. "Como você conseguiu isso?"
"Você nunca deve deixar seu telefone desbloqueado e sem supervisão, Lucas."
"Eu não", ele retrucou.
O sorriso de Mariana transbordava condescendência. "É claro que sim."
"Eu tenho uma maldita senha neste telefone!"
"Verdade", disse ela, assentindo solenemente. "Mas você também tem uma janela de quinze minutos antes do seu telefone bloquear depois que você terminar de usá-lo. É um tempo perigosamente longo." Recostando-se na cadeira, ela o impressionou com uma indiferença irritante. "Lembra daquela tarde, duas semanas atrás? Você teve que ir ver o próprio Rafael no último andar. Você me disse para sair do seu escritório para que você pudesse terminar de se preparar para aquela reunião."
Lucas se lembrou então. Ele havia esquecido o celular, deixando-o em cima da mesa. Com Mariana de sentinela do lado de fora da porta fechada do escritório, ele imaginou que não precisava se preocupar com o acesso do aparelho. E Mariana? Ela era uma mulherzinha; não ousaria entrar no escritório dele quando ele não estivesse presente.
Enquanto a observava, ele percebeu que o ratinho tinha desenvolvido dentes muito afiados.
"Como diabos você recebeu essas mensagens?" Ele sabia que estava praticamente rosnando, mas não fez nenhuma tentativa de conter a raiva. "Elas também são protegidas por senha. Mesmo se o telefone estivesse desbloqueado, você não conseguiria acessar ... "
Mariana riu, como se achasse tudo aquilo divertido. "Você realmente não me dá a mínima atenção, né?" Sua risada parou abruptamente, e seu olhar se tornou tão duro quanto o dele. "Você se acostumou tanto comigo que sou pouco mais que uma peça de mobília para você."
Em qualquer outro momento, ele teria insistido que isso não era verdade. Mas não agora. Não quando estava perigosamente perto de estrangulá-la.
"Já vi você mandando mensagens naquele celular", ela continuou. "Já vi você digitar a senha várias vezes. Devo dizer que ela deveria ser mais forte."
Lucas se levantou e deu a volta na mesa. Para sua surpresa, Mariana também se levantou. Agora que estavam frente a frente, ele se elevava sobre a assistente. Precisou de todo o seu autocontrole para não agarrá-la. Enquanto a encarava, sabia que ameaças seriam inúteis. Ela parecia estranhamente calma, preparada para quaisquer repercussões que pudessem surgir.
"O que você quer?" ele perguntou com os dentes cerrados.
O olhar de Mariana se suavizou ao encará-lo. "Você tem muita sorte", sussurrou ela. Levantando a mão, pressionou-a contra o peito dele. Ele havia tirado o paletó antes, e ela brincou com o botão da sua fina camisa social. "Não quero dinheiro, nem poder. Não quero vingança pela maneira como você me tratou." Seu olhar se voltou para o dele mais uma vez. "Sei que sou uma completa idiota, mas eu só quero você, Lucas."
Ele perdeu toda a capacidade de esconder o choque ao ouvir aquelas palavras. Ficou boquiaberto e, por um instante, não conseguiu falar. Não tinha a mínima chance de Mariana, sua tímida assistente, lhe fazer uma proposta!
Lucas riu de verdade. Aquele encontro tinha se tornado surreal demais para fazer sentido. "Você só pode estar brincando."
Só quando a expressão de Mariana se fechou é que ele percebeu que não era brincadeira. Com uma força surpreendente, ela agarrou seu pulso. Ele sabia que era melhor não se afastar. "Se você tivesse prestado mais atenção", disse ela, "teria notado minha atração por você."
Os olhos de Lucas se arregalaram um pouco. Ele era quase vinte anos mais velho que ela e, embora soubesse que algumas mulheres da idade dela tinham uma queda por homens mais velhos, até Mariana tinha que perceber que os dois eram completamente incompatíveis.
Não era raro que ele fosse paquerado; ele se mantinha em excelente forma, e sua cabeleira escura e abundante ainda não apresentava nenhum grisalho. Mas, mais do que isso, ele suspeitava que as mulheres se sentiam atraídas por sua ambição. Não era segredo que ele estava indo longe, e muitas companhias lhe foram oferecidas em sua jornada.
Mariana, no entanto, jamais passaria daquela mesa em frente ao seu escritório. E, se dependesse dele, ela seria removida daquele cargo em um futuro muito próximo.
Claro, ele não podia compartilhar isso com ela. Em vez disso, pousou as mãos em seus ombros. "Mariana", disse ele, "fico muito lisonjeado por você me achar atraente, e se não trabalhássemos juntos, eu adoraria te levar para tomar um drinque. Mas nós trabalhamos juntos, e ao mexer no meu celular, você violou minha confiança. Não temos chance agora."
De novo, aquele sorriso dela. Beirava o dissimulado. "Não estou interessada em tomar um drinque com você." A mão dela deslizou sobre a camisa dele, descendo pela barriga. Mesmo assim, ela não parou até que seu toque pousou na virilha dele. Aquele contato inesperado, tão íntimo, o fez respirar fundo. "Aqui está o que você vai fazer." Os dedos dela roçaram o contorno do pênis dele por baixo da calça. "Você vai reservar um quarto de hotel para nós."
"Mariana, eu — "
"Não precisa ser nesta cidade", ela continuou, como se ele não tivesse falado. "Vou dirigir um pouco para te encontrar, onde ninguém nos conheça. Quero um hotel bacana, e quero passar a noite inteira lá."
Apesar da fúria persistente de Lucas, seu pau começou a responder ao toque de Mariana. "E se eu disser não?", ele perguntou com a voz rouca.
Ela colocou a outra mão na nuca dele, guiando-o para baixo. "Você não vai." Seu hálito, adocicado com algum tipo de menta, era quente no rosto dele. "Sabe por quê? Porque você está tão perto de conseguir o emprego do Rafael. E eu não vou atrapalhar." Seus lábios estavam a poucos centímetros de distância quando ela acrescentou: "Contanto que você me foda."
Lucas conteve um gemido. Em seu abraço, ele não resistia, era quase impotente. Era uma sensação que ele detestava. "É só isso que vai fazer você se calar?"
"Você não está comprando nada", retrucou Mariana. "Eu te deixei duro só de brincar com seu pau e descrever o que quero de você. Acho que você estará pronto para foder minha boceta quando chegar a hora." Puxando-o para mais perto, ela roçou os lábios nos dele. "Mas só uma vez não vai me satisfazer. Tome uma pílula azul se precisar, mas eu quero você esta noite." Ela o tinha completamente duro agora, a mão segurando a protuberância em suas calças. "E espero que você tenha talento para chupar boceta, porque eu também vou querer isso."
As provocações dela e seu jeito manipulador de assumir o controle o dominaram. "Seu safado."
Mariana então o beijou, sua boca selvagem e faminta. Seus lábios doíam com a força, mas quando sua língua lascivamente buscou a dele, ele cedeu novamente. Frenético de raiva e luxúria, ele segurou seu pequeno seio. Ela gemeu em sua boca, seu beijo suavizando enquanto ele provocava seu mamilo.
Por fim, ele se afastou, respirando com dificuldade. "Eu te dou o que você quer. Neste sábado. Presumo que você esteja livre?"
Mariana apenas sorriu com deboche diante do insulto velado. "Eu vou fazer dar certo. E o Lucas?" Ela deu uma última e demorada carícia no pau dele. "Eu vou fazer você dar certo também."
*****
O resto da semana passou em um turbilhão de reuniões e telefonemas. Lucas se manteve ainda mais ocupado do que o normal, tentando se distrair dos pensamentos sobre o que Mariana havia planejado. Para seu crédito, ela retomou seu papel de assistente dócil e obediente no escritório. Ninguém imaginaria que ela tivesse a coragem de chantagear a chefe.
Só quando chegou a sexta-feira à noite, e Lucas estava trabalhando até tarde em sua mesa, ela apareceu na porta. Ele ergueu os olhos e a encarou friamente, mas não disse nada quando ela entrou em seu escritório e fechou a porta atrás de si.
Sem dizer nada, Mariana se aproximou. Seu olhar era descaradamente lascivo enquanto o percorria. "Você escolheu um hotel, não é?"
Embora com os ombros tensos, ele abriu a gaveta da escrivaninha e tirou um pedaço de papel. Nele, havia escrito o nome e o endereço do hotel onde reservara um quarto. Ficava a uma distância segura da cidade onde moravam e trabalhavam.
Mariana pegou o papel e o estudou por um momento, depois assentiu, aparentemente satisfeita. "Estarei lá amanhã às oito da noite. Você estará me esperando no saguão." Ela agora estava bem ao lado da cadeira dele.
"Tudo bem. Mais alguma coisa?" Lucas não se virou para ela; em vez disso, manteve o olhar fixo na tela do computador.
"Só mais uma coisa", ela respondeu, com um tom descontraído. "Afaste a cadeira."
Ele engoliu em seco, relutante em obedecer. "Mariana, é muito arriscado para nós ficarmos aqui no trabalho. Nós dois podemos perder nossos empregos ... "
Ela se inclinou para a frente, levando os lábios ao ouvido dele. "Eu disse para você afastar a cadeira da mesa."
Xingando baixinho, ele se forçou a obedecer à ordem dela. Assim que obedeceu, ela agarrou os braços da cadeira e o girou, pressionando o encosto contra a borda da mesa.
"Abaixe-se um pouco", ela exigiu.
Desta vez, Lucas não tentou discutir. Em vez disso, deixou-se cair na cadeira enquanto Mariana levantava a saia. Havia um rasgo na meia-calça, pequeno, mas feio. Ele se perguntou se ela teria notado.
Seus músculos ficaram rígidos enquanto Mariana o montava. Os braços da cadeira a forçavam a pressionar as pernas firmemente contra as de Lucas e, no processo, sua saia subiu mais alto. Em uma posição tão estranha, meio sentada e meio reclinada, ele conseguiu ver a calcinha dela. Era tão simples quanto ela.
Colocando as mãos no encosto da cadeira dele, ela o cercou com eficiência. "Precisamos conversar sobre a sua atitude", disse ela, com o rosto sério. "Você pode me desprezar, mas é melhor me fazer pensar o contrário quando estivermos juntos amanhã à noite."
"Eu não te desprezo", disse ele, sem convicção. Sua mente disparou em uma última tentativa de dissuadi-la daquele plano. "Mas você claramente me despreza, Mariana. Então não entendo por que você quer que eu te foda."
Ela abaixou a cabeça e plantou uma fileira de beijos ao longo do maxilar dele. Inspirando, ele sentiu o cheiro dela, que era completamente novo para ele. Nunca antes tinham tido motivos para estarem tão próximos.
"Eu me desprezo", ela sussurrou. Sua boca se moveu para o pescoço dele. "É um clichê tão batido: a secretária comum e quieta cobiçando seu chefe lindo e poderoso." Sentando-se, ela ajeitou os óculos. "Mas não consigo evitar. Sei que você é um babaca arrogante, mas eu te desejo fisicamente." Sua expressão era quase desanimada. "É uma fome que eu nunca senti antes."
Agarrando-a gentilmente pelos braços, ele tentou soar reconfortante. "É só paixão, nada mais. E você tem razão — eu sou um babaca arrogante, e você merece coisa melhor."
Mariana revirou os olhos. "Não, eu mereço o que quero. E eu quero você."
Antes que ele pudesse responder, ela ergueu seu queixo e o beijou. Completamente imóvel, ele não retribuiu o beijo, mas ela persistiu enquanto sua mão deslizava entre eles. A sensação de sua carícia arrancou um gemido de sua garganta.
Mariana tinha razão; Lucas a desprezava. Mas quando ela acariciou seu pau com tanta avidez e invadiu sua boca com a língua, seu corpo reagiu rapidamente. Saber que ela era impotente diante de seu desejo por ele acendeu sua excitação, embora ele odiasse a ideia de lhe dar o que ela tanto desejava.
Por fim, ele interrompeu o beijo. "Precisamos esperar até chegarmos ao hotel amanhã."
Suas bochechas claras ficaram rosadas e, enquanto ela continuava a tocá-lo, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. "Pelo menos eu sei que você vai conseguir se apresentar."
"Ah, pode contar com isso."
Mariana ergueu uma sobrancelha. "Viu o que eu quis dizer? Quanta arrogância." Ela se levantou do colo dele, e ele se apressou em se sentar ereto novamente. Apesar de tudo, ele lançou um olhar furtivo para as pernas dela antes que ela abaixasse a saia.
"Amanhã", ela disse, "quero paixão. Não me importo com romance; você não precisa trazer flores. But não vou me contentar com uma transa sem entusiasmo. Entendeu?"
Lucas a encarou em silêncio por um longo momento. Nos últimos dias, ele se perguntara mais de uma vez se ela havia enlouquecido. Seria essa mudança abrupta em seu comportamento devido a algum tipo de problema neurológico não diagnosticado? Ou seria seu desejo obsessivo um sinal de uma instabilidade emocional muito mais profunda? Ele se considerava um bom juiz de caráter, mas nunca suspeitara que ela fosse tão conivente.
Mas, como ela havia ressaltado, ele não lhe dera muita atenção.
E agora ele estava pagando o preço.
"Eu entendo, Mariana", disse Lucas, oferecendo seu sorriso mais encantador. "Farei o meu melhor para te fazer feliz."
"Ótimo." Embora ela retribuísse o sorriso, seus olhos eram inconfundivelmente calculistas. "Porque só assim você vai conseguir o emprego do Rafael." E tem muito mais deles, com fotos em www.selmaclub.com
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Comentários (1)
...: Introdução longa, motivação merda, desenrolar falastrão.
Responder↴ • uid:piea4f3fvhf