#PreTeen #Voyeur

{O Condomínio} Quando a Mãe Não se Importa

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Adoleta

Lorrayne negligencia as próprias filhas enquanto se dispõe a tudo, absolutamente tudo, para encontrar um homem que a liberte da pobreza.

Parte I

A música alta vinha do pequeno boteco na esquina do "Condomínio", misturando-se ao cheiro de fritura e cigarro. Lorrayne, de 26 anos, ajeitava o sutiã de renda preta enquanto olhava para o espelho quebrado pendurado na parede do barraco. Sua saia curta mal cobria as pernas bronzeadas, e ela gostava assim. O calor da noite era sua desculpa perfeita para vestir o mínimo possível.

— Mãe, tô com fome — disse Ketlyn puxando a barra da saia da mãe. A menina tinha o cabelo bagunçado e usava um vestido amarelo velho, com um rasgo na cintura, deixando à mostra um pedaço da sua calcinha verde água.

— Come bolacha com água, ué — respondeu Lorrayne, sem sequer olhar para a filha. — Tem pacote aberto no armário. Dá a Kawany também.

Ketlyn suspirou e foi em busca do biscoito. Kawany, sua irmã mais nova, estava sentada no colchão estendido no chão da sala, abraçando uma boneca de pano com um olho faltando. O cabelo dela estava despenteado, formando nós descuidados, e vestia apenas um shortinho gasto, sem camisa e sem calcinha. Seus pés descalços estavam marcados de sujeira, um reflexo das brincadeiras pelo quintal de terra.

O barraco era apertado e quente, com poucos móveis: uma geladeira velha, uma mesa improvisada com um pedaço de porta e dois banquinhos.

Lorrayne borrifou um perfume barato no pescoço e nos pulsos antes de pegar a bolsa. Jogou um último olhar para as filhas e bufou:

— Não quero bagunça aqui, hein. Se o tio Eduardo vier procurar por mim, digam que tô no bar. E vão dormir cedo, ouviu? — Sem esperar resposta, saiu pela porta, deixando as meninas sozinhas.

As meninas não faziam ideia de quem era o tio Eduardo. Deduziram ser mais alguém que a mãe conhecera nas noites.

No boteco, Lorrayne era a rainha. Sabia como entrar, balançando os quadris e exibindo um sorriso que misturava charme e desafio. Os homens na mesa de sinuca pararam o jogo por um segundo para observá-la, e ela adorava aquilo. O Natal se aproximava, e ela desejava ganhar um bom partido de presente.

— Boa noite, rapazes — disse, apoiando-se no balcão e piscando para o garçom. — Me serve uma dose da boa.

A "boa" era cachaça barata, mas para Lorrayne, o importante era a companhia — ou a oportunidade de encontrar alguém disposto a pagar por algo melhor. Ela cruzou as pernas, ajustando a saia que subia, enquanto lançava olhares para um homem sentado no canto, um pouco mais bem-vestido do que o restante. Tinha potencial para ser o seu presente.

Enquanto isso, no barraco, Ketlyn e Kawany jantavam bolachas e café enquanto a TV ligada preenchia o silêncio da casa. Sabiam que a mãe só voltaria tarde, talvez com um "tio" novo.

As horas avançaram, e as irmãs se acomodaram no colchão de solteiro no chão da sala. Ketlyn, a mais velha, havia aprendido a cuidar da irmã em noites como aquela. Quando percebeu que já era tarde, desligou a TV com um suspiro.

— Vamos dormir, Kawany. A mamãe não gosta de chegar e encontrar a gente acordada.

No bar, Lorrayne, por outro lado, estava em sua zona de conforto. Após algumas doses de cachaça, seu foco estava no homem bem-vestido no canto, que finalmente retribuiu seus olhares. Ele se chamava Marcelo, tinha cerca de 40 anos, e a aliança marcada no dedo indicava que não era solteiro. Lorrayne percebeu isso de imediato, mas não se importava.

— Tá olhando o quê, bonitão? — provocou, sentando-se ao lado dele sem ser convidada.

Marcelo sorriu, meio desconcertado, mas acabou entrando no jogo. Era o tipo de conversa que Lorrayne dominava: elogios falsos, risadinhas e toques sutis no braço. Em pouco tempo, ele estava pagando mais uma rodada para ela.

— Então, Lorrayne, o que uma mulher como você faz por aqui? — perguntou ele, curioso.

— Curtindo a vida, querido. Procurando pessoas que sabem se divertir — respondeu, lançando um olhar insinuante.

Ela sabia o que queria: alguém para tirá-la daquela rotina miserável, e Marcelo parecia um candidato que valia a pena testar.

Já passava da meia-noite quando Lorrayne finalmente voltou para casa. Gritou um palavrão ao tropeçar e quase cair. Se não fosse por Marcelo tê-la segurado, teria batido com o rosto no chão. O barulho da porta velha rangendo ao abrir não foi suficiente para acordar as meninas, que dormiam profundamente.

Lorrayne estava visivelmente alterada, tropeçando suavemente enquanto colocava a bolsa na mesa. Marcelo, um tanto hesitante se fazia a coisa certa, tentava ajudá-la a se manter em pé. Ele então se assustou ao ver duas crianças dormindo no meio da sala.

— Pode me soltar, Marcelo. Preciso vomitar.

Disse a mulher, entrando rapidamente no banheiro e fechando a porta atrás de si.

Marcelo se sentou no sofá, observando as meninas dormirem, ainda surpreso da mulher não ter contado que tinha filhos. A mais velha — que ele imaginava ter cerca de 8 anos — repousava com a barriga voltada para cima, as pernas afastadas. Uma perna esticada, enquanto a outra repousava sobre a irmã menor — que ele estimava ser um ou dois anos mais nova.

A menor dormia sem camisa, apenas de shortinho, e a mais velha, um vestido que se subiu durante o sono, deixando a calcinha exposta. Marcelo notou que o elástico da calcinha estava frouxo e que a peça estava deslocada, deixando parte da vulva aparecendo. Ele até cogitou em consertar, mas achou melhor não, sob risco de ser mal interpretado.

Lorrayne finalmente saiu do banheiro.

— Onde foi que paramos, querido? — disse em voz alta, sem se preocupar em acordar as meninas.

— Você não me disse que tinha filhos.

— Sempre tem algo mais interessante para contar, não é? — respondeu, sorrindo.

— Como se chamam?

— A mais velha é Ketlyn, e a caçula é Kawany.

— Elas parecem anjinhos dormindo. Mas... a calcinha da Ketlyn saiu do lugar — apontou Marcelo, sem graça.

Lorrayne olhou para a vagina exposta da filha e sorriu.

— Ah, já passou da hora dessa calcinha ir pro lixo — disse, enquanto puxava a roupa íntima pela perna da filha e arremessando na lixeira.

Marcelo encarava surpreso o descaso de Lorrayne. Ela nem se deu ao trabalho de abaixar a saia da criança. Deixando a menina nua da cintura pra baixo, totalmente exposta ao homem que acabara de conhecer.

Lorrayne viu o convidado olhando a perereca da filha e provocou, sorrindo:

- Gostou da xaninha da menina? Isso é porque você ainda não viu a minha, vou te deixar louco!

Marcelo riu de nervoso, sem saber se estava desconcertado ou intrigado com a ousadia daquela mulher. Seu jeito direto, misturado com a dose de charme que ela sabia usar, o envolvia mais do que ele gostaria de admitir. Quando ela sugeriu que fossem para o quarto, ele hesitou por um instante, mas logo aceitou. Não era o tipo de homem que negava um convite como aquele.

Na manhã seguinte, a luz que atravessava as frestas do barraco indicava que o dia já havia avançado. A porta do quarto abriu-se com um rangido, e Lorrayne foi a primeira a sair, ajeitando o sutiã de renda preta que usava como blusa. Marcelo veio logo atrás, vestindo a camisa amarrotada, ainda sonolento e visivelmente desconfortável com a presença das crianças.

Ele lançou um olhar para o colchão na sala, onde as meninas ainda dormiam. Ketlyn estava de lado, com o vestido desalinhado que deixava parte do bumbum à mostra.

— Essa menina vai dar trabalho — comentou Lorrayne, enquanto acendia um cigarro e soltava a fumaça lentamente.

Marcelo olhou para ela, hesitante, antes de responder:

— Ela é muito bonita.

Seu tom de voz era neutro, mas os olhos revelavam o desconforto ao ver a menina exposta daquela forma. O contraste com a indiferença de Lorrayne era gritante, mas ele evitou prolongar o assunto.

Lorrayne caminhou até o fogão e colocou água para ferver, preparando-se para passar um café. Mas Marcelo, ainda com os pensamentos dispersos, anunciou:

— Já está tarde. Acho que vou indo.

Lorrayne, se apressando, insistiu:

— Espera o café. Não quer conhecer as meninas?

Antes que ele pudesse recusar, ela foi até o colchão e começou a balançar levemente com os pés.

— Ketlyn, Kawany, acordem. Já tá tarde. Temos visita.

Ketlyn abriu os olhos lentamente e, ao ver o homem sentado no sofá, levou um susto. A presença de um estranho logo pela manhã não era novidade, mas sempre trazia desconforto. Ela trocou um olhar rápido com Kawany, que já havia despertado e agora abraçava a boneca de pano, encolhida ao lado da irmã.

As duas sabiam que, para Lorrayne, ser simpáticas com as visitas era quase uma regra. Desde pequenas, a mãe lhes ensinara que nunca se sabia quando alguém poderia ajudar — ou até mesmo ficar de vez. O sonho de um "pai para as meninas" não era apenas algo que Lorrayne nutria, mas uma ideia que ela passava, ainda que de forma velada, para as filhas.

— Bom dia — murmurou Ketlyn, levantando-se devagar.

Kawany, sempre mais tímida, repetiu o cumprimento em voz baixa.

Marcelo respondeu com um aceno breve e desviou o olhar, sentindo-se ainda mais deslocado. Enquanto Lorrayne coava o café, as meninas foram ao banheiro.

O homem ficou surpreso ao ver as meninas usando o vaso sem sequer se preocuparem em fechar a porta. Era algo que falava muito sobre o ambiente em que viviam, sem privacidade ou regras básicas de convivência.

Marcelo segurava o copo de café quente, tentando manter a expressão neutra enquanto sua mente vagava pela estranheza daquela casa e da rotina que presenciava. Lorrayne parecia alheia ao clima tenso, ocupada ajeitando o cabelo no espelho trincado da parede.

No banheiro, Ketlyn esperava pacientemente enquanto Kawany terminava. Quando chegou sua vez, levantou o vestido e só então percebeu que estava sem calcinha. Uma sensação de desconforto atravessou seu corpo, mas, como já aprendera, perguntas desse tipo ficavam melhor enterradas. Não era a primeira vez que aquilo acontecia, e Ketlyn sabia que jamais receberia uma explicação convincente.

Ela respirou fundo, tentando afastar os pensamentos, e lavou o rosto rapidamente. Olhou-se no pequeno espelho manchado acima da pia, ajeitando o cabelo com as mãos. Com a toalha encardida, secou a cara e voltou para a sala, onde Kawany já esperava.

As duas sentaram à mesa improvisada e tomaram café puro. Não havia pão, bolachas ou qualquer outro acompanhamento naquela manhã. Era algo comum, mas ainda assim difícil de aceitar. Ketlyn bebeu o líquido quente em pequenos goles, tentando manter a irmã distraída com alguma conversa boba.

Kawany, porém, tinha outros planos. Após terminar o café, levantou-se e foi para o sofá. Sentou-se ao lado de Marcelo, com sua boneca de pano no colo, e começou a fazer perguntas com a curiosidade típica de uma criança.

— Qual é o seu nome, tio? — perguntou, olhando para ele com os grandes olhos castanhos.

O homem, pego de surpresa, hesitou antes de responder:

— Marcelo — respondeu desconfortável por olhar para a menina sentada com as pernas abertas, deixando, sem querer a perereca exposta pelo buraco do shortinho.

— Você gosta de brincar? — continuou Kawany, balançando a boneca de um lado para o outro.

Marcelo soltou um riso nervoso e olhou para Lorrayne, que observava a interação com um sorriso de satisfação, como se aquilo fosse parte de um plano maior.

— Ela é esperta, né? — comentou Lorrayne, enquanto cruzava os braços e encostava na parede.

— Sim, é... esperta — respondeu Marcelo, ainda desconcertado.

Kawany, alheia ao desconforto do homem, continuou:

— Você vai voltar aqui?

Marcelo engoliu em seco. Não tinha resposta para aquilo, mas a franqueza da menina mexia com ele. Antes que pudesse dizer algo, Lorrayne interveio:

— Deixa o tio em paz, Kawany.

A menina fez um pequeno bico, mas obedeceu, voltando para junto da irmã na mesa. Marcelo aproveitou a deixa para se levantar e ajeitar a camisa.

— Obrigado pelo café, mas preciso ir mesmo. — disse, enquanto tirava uma nota de cinquenta da carteira.

— Toma, para comprar pão e leite para as meninas.

Lorrayne aceitou o dinheiro e o acompanhou até a porta, despedindo-se com um sorriso malicioso e um selinho breve.

— Volta quando quiser, hein?

Ele acenou rapidamente e saiu, sentindo o peso daquela manhã seguir com ele enquanto caminhava para longe do barraco.

A casa estava mais bagunçada do que o normal. Lorrayne mandou as meninas ajudarem na arrumação. Enquanto ajeitava as poucas roupas espalhadas pelo chão, Ketlyn e Kawany organizavam a cama improvisada no canto da sala. O barraco ainda exalava o cheiro forte de poeira e umidade, mas era a vida que elas conheciam, e, por mais desconfortável que fosse, já havia se tornado rotina.

De repente, alguém bateu à porta. Lorrayne se levantou rapidamente e abriu. Era Seu Jairo, o vizinho que, de vez em quando, ajudava a família. Ele estava com uma sacola cheia de mantimentos, como sempre fazia quando ia à cidade.

— Trouxe umas coisas para vocês — disse ele com um sorriso generoso. — Sei que as coisas estão difíceis por aqui.

Lorrayne sorriu agradecida. A ajuda chegou em ótima hora. Ela abraçou-o em sinal de gratidão e, com um olhar rápido para as filhas, disse:

— Meninas, venham agradecer ao Seu Jairo .

Ketlyn e Kawany, lembrando-se dos ensinamentos da mãe, "Quanto mais carinhosas vocês forem, mais coisas a gente ganha", correram para abraçar o senhor. Seu Jairo, com um sorriso simpático, as abraçou forte, levantando-as do chão como se fossem bonecas leves. Elas riram, se divertindo com a brincadeira.

O senhor pegou a caçula no colo e deu-lhe um beijo carinhoso na bochecha. Depois, fez o mesmo com Ketlyn, que, por ser um pouco mais pesada, exigiu um esforço extra. Ele precisou passar o braço por baixo do corpo dela para conseguir segurá-la. Sua mão tocou diretamente as nádegas da menina. Percebendo, surpreso, que a menina estava sem calcinha, mesmo usando um vestido. Ketlyn ficou com vergonha ao sentir o homem tocando seu bumbum, mas tentou disfarçar, sendo sempre gentil, conforme a mãe a ensinara. O senhor, por outro lado, teve várias boas lembranças reavivadas ao sentir aquela pele quente e macia.

Ao ver Kawany sem camisa, o velho passou mão na barriguinha dela, perguntando se já tinha comido algo hoje. A menina fez que não, e Seu Jairo tirou um iogurte da doação que trouxera e deu a menina.

- E você princesa? - Perguntou seu Jairo se aproximando de Ketlyn. - Está com a barriguinha vazia também?

Quando a menina gesticulo que sim, o velho levantou seu vestido para sentir a barriga vazia. A menina encolheu o corpo, juntando as perninhas e abaixando o tronco, tentando preservar sua intimidade.

— Calma, querida! O tio só quer ver se a barriguinha está vazia — disse o velho, com voz inocente.

Receosa do vizinho interpretar o comportamento da filha como desfeita, Lorrayne interveio.

— Para de frescura menina, Seu Jairo só está brincando com você. Não viu que ele trouxe coisas para vocês comerem?! — Disse a mãe,

A menina, bastante envergonhada, ergue o corpo, mas cruzando os bracinhos cobrindo a virilha.

Seu Jairo percebe sua inconveniência e deixa a menina em paz. Lorrayne o acompanhou até a porta, sendo bastante gentil.

— Desculpa pela minha filha, tá? A menina nem perereca tem direito, e fica com essas bobeiras.

— Tudo bem, não sabia que ela estava sem calcinha, por isso fui brincar com ela assim.

— Ah... Tive que jogar esse trem velho fora, já passou da hora... — disse apontando a roupa íntima pendurada na lixeira.

A pequena peça verde-água pendia no balde, metade dentro, metade fora. Seu Jairo parou, pegou a calcinha e a ergueu diante dos olhos, analisando o estado da peça.

— Nunca se deve jogar roupa fora, minha querida. Sempre pode servir para alguém que precise — disse o vizinho, com um tom didático. — Posso levar para doar?

Lorrayne deu de ombros, pouco interessada.

— Claro. Só não esqueça de lavar antes, está usada.

Ketlyn agora entendeu porque amanheceu com a bunda de fora. Mas franziu a testa sem compreender direto o motivo da mãe ter jogado sua fora. A roupa realmente era velha, mas não pior que as outras que ainda usava.

Seu Jairo guardou a peça íntima na sacola e abriu a porta para sair, despedindo-se com seu sorriso habitual. As meninas olharam para fora e notaram os irmãos Caio e Jade brincando no quintal.

— Mãe, a gente pode brincar lá fora? — perguntou Kawany, animada, com os olhos brilhando de expectativa.

Lorrayne olhou para as filhas, ainda ocupada em arrumar o lugar.

— Só depois que terminarem as tarefas, meninas. Vocês sabem o que fazer, né? — respondeu com a voz cansada, como se já tivesse repetido aquilo muitas vezes.

As meninas se apressaram para concluir as tarefas. Quando finalmente estavam prontas para sair, Ketlyn se deu conta de que estava só de vestido, sem nada por baixo.

— Mãe, não estou com calcinha — disse, um pouco constrangida, tentando disfarçar a situação.

Lorrayne olhou rapidamente para a filha, com um ar de quem não se importava muito.

— Pega um short, menina. Não tenho tempo para ficar procurando calcinha, vai assim mesmo.

Com certo constrangimento, Ketlyn vestiu um short por baixo do vestido e correu para brincar com a irmã e os vizinhos.

Faltavam cerca de 20 minutos para o meio-dia quando Júlia, a irmã mais velha de Caio e Jade, chegou da escola. Assim que entrou, ordenou que os irmãos se arrumassem, pois já estava quase na hora deles irem estudar.

Ketlyn e Kawany também voltaram para casa, sabendo que precisavam se preparar. Ao vê-las entrarem, Lorrayne arregalou os olhos ao notar o estado delas.

— Meu Deus! Vocês estão imundas! — exclamou do fundo do barraco. — Vão tomar banho agora!

Apressada, a mãe foi direto ao chuveiro para adiantar as coisas, mas ao abrir o registro, nada de água. Franziu a testa, suspirou e foi verificar o registro na entrada do condomínio. Logo constatou o óbvio: a companhia de água havia cortado o fornecimento por falta de pagamento.

Cansada e frustrada, voltou ao barraco e anunciou:

— Mudança de plano, meninas. Estamos sem água. Vamos na casa de Seu Jairo pedir a mangueira emprestada.

As filhas, já acostumadas com improvisos e reviravoltas, seguiram a mãe até a casa do vizinho. Lorrayne explicou a situação de forma prática, quase como se fosse um pedido rotineiro.

— Seu Jairo, cortaram nossa água de novo. Será que posso usar sua mangueira pra dar banho nas meninas?

O homem, sempre prestativo, sorriu compreensivo.

— Claro que pode, Lorrayne. Se quiser, pode usar o banheiro aqui de casa.

— Não precisa, não quero incomodar ainda mais. A mangueira já resolve.

— Como preferir — respondeu ele, desenrolando a mangueira e entregando à mulher.

Lorrayne levou a mangueira até o pátio central do condomínio, por ser o único espaço cimentado.

— Tirem a roupa, meninas — disse, apressada.

Kawany, que vestia apenas um shortinho surrado, tirou-o imediatamente, despreocupada, e começou a rir enquanto a água fria da mangueira escorria pelo corpo. Para ela, o banho improvisado era quase uma diversão.

Ketlyn, no entanto, hesitou. Tirou o vestido, mas permaneceu com o short, olhando ao redor, desconfortável com o espaço aberto e a possibilidade de olhares curiosos, ficando pelada num local tão exposto.

— Anda logo, menina! Não temos o dia todo! — pressionou Lorrayne. — O Marcos já tá quase saindo com a carroça. Não podemos perder a carona!

Ketlyn, relutante, sentindo os olhares curiosos das pessoas que passavam pelo pátio, cedeu à ordem da mãe. Tirou o short com pressa, encolhendo-se enquanto a água gelada atingia sua pele. Tentava esconder o corpo o máximo possível. A sensação de ficar com a perereca exposta a qualquer morador do condomínio era horrível, mas a menina sabia que não podia reclamar. Lorrayne nunca tolerava queixas.

Enquanto as filhas tomavam banho, Lorrayne conversava com Seu Jairo como se fosse uma situação comum, sem notar – ou ignorando – o desconforto da filha mais velha. Os olhares do Jairo e as risadas de Caio e Jade, que observavam da janela do barraco ao lado, só aumentavam a sensação de vergonha para Ketlyn.

A água fria parecia intensificar ainda mais a pressa de Ketlyn. Ela ensaboava o corpo rapidamente, lutando contra o incômodo do banho no pátio e o desejo de que aquilo terminasse logo.

De repente, o barulho da carroça ecoou pelo condomínio, e Marcos entrou no pátio, puxando as rédeas. Seus olhos se fixaram por um momento nas duas meninas nuas e cobertas de espuma. Ele franziu a testa, parecendo curioso e desconcertado ao mesmo tempo, mas logo voltou a atenção para ajeitar o cavalo.

Ketlyn notou a presença dele e sentiu o rosto arder de vergonha, mesmo sob o jato gelado da mangueira. Queria desaparecer naquele instante. Para piorar, ouviu o som de passos rápidos no quintal. Era Mateus, que, ao ouvir a carroça, correu para o pátio para receber o pai.

O menino parou abruptamente ao ver a cena. Seus olhos curiosos fixaram-se na garota, que, tentando disfarçar o constrangimento, virou o corpo de lado e se concentrou no banho, desejando que a terra a engolisse. Os olhares insistentes de Mateus fizeram o desconforto de Ketlyn atingir o ápice, enquanto a mãe continuava conversando com Seu Jairo como se nada demais estivesse acontecendo.

Quando o banho finalmente terminou, as meninas estavam limpas, Ketlyn mal conseguia disfarçar o alívio de ter acabado. Enroladas nas toalhas, agradeceram ao vizinho e voltaram para casa. Ainda precisavam se vestir e terminar de se arrumar para a escola.

— Mãe, tem calcinha limpa? — perguntou Ketlyn, mexendo nas roupas que estavam no canto do barraco.

— Não, menina! Veste só um short mesmo. E vai logo! Não temos tempo pra isso — respondeu Lorrayne, apressada.

Apesar do desconforto, Ketlyn obedeceu. A menina odiava ir para a escola sem calcinha. Principalmente vestindo bermuda jeans como aquela, o tecido grosso incomodava quando roçava na virilha.

Já vestida e o cabelo penteado de qualquer jeito, ela e Kawany finalmente puderam almoçar. A doação de Seu Jairo garantiu comida na mesa naquele dia, e as meninas comeram rápido, para não atrasar.

Logo depois, correram para a carroça de Marcos, que já as esperava no pátio. Lotada de crianças rindo e conversando, a carroça parecia mais um ônibus escolar.

Enquanto Marcos ajeitava as rédeas do cavalo, as provocações começaram:

— Eu vi vocês tomando banho no pátio! — soltou Mateus, arrancando risadas.

— E aí, Ketlyn, ficou com vergonha de tomar banho pelada com os meninos assistido? — provocou Jade.

— Aposto que sim! Eu vi tudo, sabia? Tudinho! — Caio completou, gargalhando, enquanto olhava para Ketlyn.

Kawany, despreocupada, achou graça e riu junto, achando tudo uma brincadeira. Já Ketlyn, com o rosto queimando de vergonha, manteve o olhar fixo no piso da carroça, sem saber como reagir.

Marcos, percebeu o constrangimento da menina, e ergueu a voz.

— Ôh, molecada, corta isso aí! Não quero ouvir mais desse papo!

A repreensão fez o grupo se acalmar, mas algumas risadinhas ainda escaparam enquanto a carroça começava a se mover.

Ketlyn suspirou, aliviada por Marcos ter interrompido o momento, mas ainda sentia os olhares em sua direção. Por dentro, só desejava que aquele dia terminasse logo e que ninguém mais falasse sobre aquilo.

Parte II

No final da tarde, Lorrayne estava no barraco, o celular em mãos e um sorriso nos lábios ao ler a mensagem de Eduardo. Ele estava interessado, exatamente como ela esperava. Apesar de se conhecerem há pouco tempo, Eduardo parecia diferente dos homens que passaram por sua vida até então. Quando ele a convidou para um encontro naquela noite, Lorrayne aceitou sem hesitar.

Desligando o telefone, uma realidade inconveniente a atingiu: não tinha água para tomar banho. Mais uma vez, precisaria recorrer a Seu Jairo. Com um suspiro cansado, ela pegou um balde e foi até a casa dele, que, como sempre, permitiu que ela enchesse o recipiente sem reclamar.

No caminho de volta, Lorrayne lutava para carregar o balde pesado, os braços tremendo com o esforço. Por sorte, Rafael, outro morador do condomínio, estava chegando, parou sua moto no caminho e ofereceu para ajudá-la.
Ele era fotógrafo, trabalhava por conta própria, mas os clientes eram escassos.

— Quer ajuda com isso? — perguntou percebendo a dificuldade de Lorrayne.

Ela aceitou. Já havia cogitado flertar com Rafael no passado, mas envolver-se com outro morador do condomínio era pedir esmola para dois. Ainda assim, naquele momento, gostou de tê-lo por perto. Enquanto o vizinho carregava o balde, ela puxou conversa:

— Cortaram minha água! Já faz uns meses que não tem sobrado dinheiro pra pagar isso.

Rafael, enxergando ali uma oportunidade, respondeu:

— É complicado mesmo. Mas, olha, talvez a gente possa se ajudar.

Lorrayne ergueu as sobrancelhas, interessada. Ele continuou:

— Fui contratado pra montar uma revista de anúncios com roupas de praia, pijamas e roupas íntimas. Já fiz as fotos com modelos adultas, mas agora preciso de modelos mirins. Suas meninas seriam perfeitas pra isso.

Lorrayne parou de andar por um instante, um sorriso curioso surgindo em seu rosto. A proposta era inesperada, mas parecia promissora, especialmente considerando as contas atrasadas.

— Tudo bem, eu aceito. Quando você pode me pagar?

— Se as meninas puderem tirar as fotos hoje, te dou cem reais na hora. Se a empresa aprovar as fotos, mais cem na próxima semana.

— Hoje elas podem! Já estão quase chegando da escola — respondeu, já calculando como organizar tudo antes do encontro com Eduardo.

Depois de tomar um desconfortável banho de balde, Lorrayne ouviu o som dos cascos do cavalo de Marcos. As meninas chegaram. Vestindo um top e um short curto, foi buscá-las no quintal e seguiu direto para a casa de Rafael. Apressada, precisava terminar tudo a tempo para seu encontro.

— Pra onde a gente vai, mamãe? — perguntou Ketlyn, estranhando a direção diferente.

— Na casa do fotógrafo. Vocês vão ser modelos hoje!

As meninas se entreolharam, cheias de expectativas e dúvidas, mas evitaram questionar muito. A mãe sempre se irritava quando elas perguntavam demais.

Na casa de Rafael, Lorrayne ficou surpresa com a organização. Embora o espaço fosse pequeno, os armários ocupavam todas as paredes, etiquetados e cheios de equipamentos e acessórios. Ele explicou que precisou trazer tudo do estúdio que fechara durante a pandemia.

Rafael preparou o cenário com habilidade. Desenrolou um grande painel que imitava uma praia e ajustou as luzes, criando uma iluminação que emulava o sol. As meninas observavam, fascinadas. Lorrayne, embora impressionada, não escondia a ansiedade.

— Posso cuidar da aparência delas? — perguntou Rafael, já com creme e pente em mãos.

— Claro, faça o que precisar.

Rafael penteou os cabelos das meninas, passou creme e aplicou uma maquiagem sutil para realçar os traços infantis. Notou que os braços e pernas estavam sujos, marcas de um dia de brincadeiras na escola.

— Você me ajuda a limpá-las? — pediu, olhando para Lorrayne.

A mulher guardou o celular, soltando um suspiro, e foi até eles. Rafael puxou a blusa da Kawany, e Lorrayne fez o mesmo com Ketlyn. Pegaram lenço umedecido e passaram nos braços e pescoço das meninas.

— Vamos precisar tirar esses shorts um pouquinho, para limparmos as perninhas.

A mãe concordou. Só queria que fosse rápido pra não atrasar seu encontro. Rafael olhou para as meninas, e disse brincando, transbordando simpatia.

— Meninas, vocês vão ficar de calcinha um pouquinho, mas prometo que será rapidinho. Marcos começou a descer o short da Kawany e ficou surpreso ao notar que a menina não usava nada por baixo.

Para não constranger a menina, agia naturalmente, sem comentar sobre a ausência da roupa íntima. Pelo menos Kawany não demonstrou se importar. Rafael pegou mais um lenço e começou a limpar as perninhas.

Lorrayne fez o mesmo com Ketlyn. Rafael olhou discretamente e ficou mais surpreso ao notar que a menina mais velha também foi para a escola sem calcinha. Notou, enquanto a mãe limpava as pernas da filha, que a menina era mais tímida, cruzava mãos sobre o corpo, cobrindo a parte íntima.

— Afasta essas mãos, menina! - dizia a mãe sem nenhuma paciência. — Não vê que estou te limpando.

A menina afastou os braços, ficando novamente exposta. Olhava discretamente para o homem, torcendo para que ele não a reparasse. Mas ele às vezes a encarava. O que fazia a menina morrer de vergonha.

Com as crianças finalmente limpas e prontas, Rafael pôde começar o trabalho. Pegou um maiô azul com flores amarelas e vestiu em Kawany com cuidado, ajustando as alças delicadamente. Para Ketlyn, entregou o mesmo modelo, mas em amarelo com flores azuis, e indicou à mãe que a ajudasse a vestir. Lorrayne obedeceu, já ansiosa para terminar e ir embora.

Kawany parecia se divertir imensamente, se movendo diante da câmera com a leveza de quem brinca, seguindo as orientações de Rafael com entusiasmo. Ela se divertia, virando e girando, como se estivesse em um mundo próprio, fazendo poses engraçadas e espontâneas. Já Ketlyn, mais séria, procurava se concentrar nas instruções do fotógrafo, esforçando-se para alcançar a perfeição. Cada clique a fazia se sentir mais confiante, como se o momento fosse uma conquista para sua autoestima, alimentando-lhe um sentimento de importância.

Enquanto as meninas se divertiam, Lorrayne estava sentada em um canto, alheia à cena. Seus dedos deslizavam rapidamente pelo celular, trocando mensagens com Eduardo, ansiosa e impaciente. A espera a incomodava.

— Vai demorar muito? — perguntou, sem levantar os olhos da tela. — Tenho um compromisso importante.

Rafael, mantendo a calma, respondeu com um sorriso tranquilo, sem demonstrar pressa. — Só mais um pouco. Acabamos de começar. Suas meninas estão se saindo muito bem.

Lorrayne, com a expressão fechada, levantou-se e, apontando para a bancada de maquiagem, perguntou:

— Posso usar sua maquiagem?

— Claro, fique à vontade — disse Rafael, continuando a ajustar a iluminação e preparar o próximo cenário.

Ela pegou alguns produtos, incluindo o creme de pentear que tinha sido usado nas meninas, e se dirigiu ao banheiro. O ambiente, com seu toque simples e organizado, contrastava com a ansiedade de Lorrayne, que se apressava enquanto se arrumava. Depois de alguns minutos, ela voltou, agora com uma aparência mais polida e só faltando se trocar para o encontro que a aguardava.

Ao retornar, Lorrayne encontrou Rafael ajudando Kawany a vestir um maiô com estampa de unicórnios. A menina, sorrindo com a novidade, estava encantada com a roupa colorida. Ketlyn, do outro lado, vestia-se sozinha, de costas para o fotógrafo, visivelmente mais tímida e reservada.

— Acho que isso vai demorar horas — Lorrayne resmungou, impaciente. — Preciso ir em casa me trocar, já estou atrasada. Quando terminar, manda as meninas para casa. Elas sabem o caminho.

Rafael fez uma expressão leve de alívio. Poderia ficar bem mais à vontade com as meninas, sem as constantes reclamações da mulher.

Antes de sair, Lorrayne se aproximou de Rafael e, com pressa, perguntou:

— Já pode me passar meu dinheiro?

Rafael sorriu, retirou a carteira do bolso e lhe deu duas notas de 50. — As meninas estão indo muito bem. Depois te mando as fotos.

Lorrayne ignorou a fala do fotógrafo e saiu apressada, sem se despedir de ninguém. A ansiedade de encontrar Eduardo parecia carregar a mulher para fora da casa, deixando para trás um rastro de seu perfume barato.

Com o ambiente mais leve, Rafael suspirou discretamente, aliviado pela partida de Lorrayne. Ele sorriu para as meninas, retomando o foco em seu trabalho. Após algumas fotos das duas com o maiô estampado, ele anunciou com um tom gentil:

— Kawany, pode descansar um pouquinho agora. Para as próximas fotos, só tenho tamanhos maiores, que vão servir melhor na sua irmã.

A pequena fez um bico de frustração, claramente desapontada. Estava adorando a brincadeira de ser modelo por um dia. Rafael, percebendo a reação, abaixou-se para ficar na altura dela e disse com um sorriso tranquilizador:

— Não se preocupe! Daqui a pouco vamos tirar fotos com pijamas, e você volta a participar, combinado? - disse, enquanto tirava o maiô delicadamente do corpinho da menina.

Ela assentiu, ainda um pouco contrariada, mas aceitou a explicação. Rafael então entregou seu celular para que Kawany brincasse com os joguinhos e se distraísse. A menina logo deitou no sofá, deslizando os dedinhos sobre a tela sem se importar de estar peladinha.

Ketlyn ficava surpresa com naturalidade que a irmã ficava. "Como não sentia vergonha de ficar assim na frente do homem?", pensava.

Rafael pegou um biquíni e voltou sua atenção para a garota mais velha, que aguardava pacientemente.

— Agora, vamos experimentar este. — Ele disse, aproximando-se dela, as mãos já se movendo com a intenção de retirar o maiozinho que usava.

Ketlyn pensou em argumentar que se trocaria sozinha, mas não teve tempo. Ao sentir Rafael deslizando as alças de sua roupa de banho para os lados, a menina apenas manteve os braços caídos, enquanto sentia o maiô descendo por seu corpo. Assim que passou pela virilha, a menina cruzou os braços sobre a região.

Com naturalidade, Rafael pegou um top rosa e disse de forma encorajadora:

— Muito bem, Ketlyn. Vamos colocar esse aqui. Está pronta?

A menina assentiu timidamente, sendo obrigada a expor sua intimidade ao erguer os braços enquanto Rafael ajustava a nova peça com cuidado. A menina ia ficando cada vez mais corada, à medida que sua perereca ia se revelando na frente do vizinho.

O fotógrafo, ainda agachado de frente para a menina, vasculhava a enorme mala, procurando a parte inferior do biquíni.

Ketlyn cogitou cobrir a pererequinha com a mão, mas pensou que ficaria ridícula, já que Rafael tinha acabado de ver tudo. Optou por não se cobrir, mas se sentia muito desconfortável em sua nudez parcial.

A menina contraía o corpo, apertando as perninhas, numa tentativa instintiva de proteger sua intimidade, lançando olhares tímidos e ansiosos ao redor da sala. A força que a menina pressionava uma perna na outra, projetava os lábios canudinhos de sua vulva para frente, deixando a perereca bem saliente. Despertando ainda mais a atenção de Rafael, que teve que ajeitar discretamente o pinto duro na cueca.

Ele finalmente encontrou a parte inferior do biquíni correspondente. A coleção "Divas" tinha uma proposta especial: peças idênticas para mães e filhas. Na etiqueta, uma mulher e uma menina vestiam biquínis iguais em um cenário ensolarado. Por isso, o design da calcinha era mais cavadinho, algo comum nos modelos para adultos, mas raro nos infantis.

Com gentileza, Rafael segurou a calcinha do biquíni aberta, próxima ao chão. Ketlyn ergueu uma perna de cada vez, encaixando-as nos espaços certos, enquanto ele subia a peça lentamente, ajustando-a com cuidado na cintura dela.

— Ficou ótimo em você, Ketlyn! — elogiou com entusiasmo genuíno.

Ketlyn se virou para o espelho, encantada com a experiência inédita de experimentar roupas novas. Um sorriso discreto iluminou seu rosto enquanto admirava o reflexo.

Enquanto ela explorava sua imagem no espelho, Rafael se ocupava em preparar o próximo cenário. Ele pendurou um painel vibrante com a imagem de uma cachoeira majestosa e posicionou uma pequena cadeira para compor a ambientação.

— Ketlyn, coloque a perna aqui, como se estivesse apoiada em uma pedra. Depois eu edito e faço parecer uma rocha de verdade.

Ela seguiu a orientação, divertindo-se com a ideia. Rafael ligou um ventilador, e o vento suave fez os cabelos dela balançarem, criando um efeito mágico que combinava com o fundo.

— Pronto, agora olhe para a câmera, e sorria.

A menina mantinha uma perna sobre a cadeira e a outra esticada no chão. Essa posição a deixava com as pernas muito afastadas, fazendo o elástico do estreito biquíni afundar em sua rachinha. A menina ficou desconfortável e puxou-o para o lado.

Rafael se aproximou da menina, abaixando-se na altura da virilha dela.

— Deixa eu arrumar para você. Esse biquíni é muito cavadinho, fica incomodando, né? — disse com voz doce.

— Sim, fica entrando — responde a menina, envergonhada.

Rafael, delicadamente, passa o dedo indicar por dentro do elástico da calcinha. Ketlyn sente o dedo intruso roçar sutilmente na sua parte mais íntima. Fica desconcertada. O fotógrafo puxa o elástico para baixo, deixando uma fresta entre o tecido e o corpo da menina. A corrente de ar frio passeando na sua virilha deixava Ketlyn ciente que a região estava exposta. Sente o rosto corar. Rafael volta o tecido para o local, mas seus dedos se arrastam pela pererequinha mais uma vez. Ela sente o corpo arrepiar.

Rafael terminou de ajustar a peça em Ketlyn, levantou-se e voltou para a câmera. Ele ajustou o ângulo e verificou a luz até capturar as fotos perfeitas.

— Agora só falta mais um biquíni para terminarmos essa parte. — anunciou enquanto começava a ajudar Ketlyn a trocar de roupa novamente.

Já se acostumando as constante trocas, a menina simplesmente levantou os braços, esperando que o homem tirasse seu top. E na sequência, sua calcinha. Embora ainda sentisse vergonha, sabia que seria inútil se cobrir agora, já que ele já viu tudo o que tinha pra ver em seu corpinho.

Rafael pegou dois biquínis idênticos em modelo, mas de cores diferentes: um rosa bebê e outro azul bebê.

— Qual você prefere experimentar? — perguntou, mostrando ambos.

A menina nua apontou para o rosa. Com cuidado, Rafael a ajudou a vestir o top, sem se preocupar por enquanto em por a parte de baixo. Conduziu-a até o espelho. Rafael segurava o azul ao lado do seu corpo, para que comparecem qual cor ficaria melhor nela.

Ela se observou no reflexo, mas a visão de sua perereca aparecendo, estando ao lado de um homem, fez seu constrangimento alcançar um novo patamar. Mordia o lábio com força, enquanto o estômago afundava como se tivesse engolido uma pedra pesada. O calor subiu pelo rosto, espalhando-se até as orelhas.

—O rosa ficou melhor mesmo — disse Rafael pegando a parte inferior do biquíni na mesma cor e a ajudando a vestir.

Após algumas fotos, terminaram a sessão dos biquínis. Rafael retirou a roupa da menina, que teve que aguardar nua até a próxima etapa.

Do outro lado da sala, Kawany permanecia entretida com o jogo no celular. Totalmente à vontade, descansava a cabeça no braço do sofá, enquanto uma perna dobrada repousava no encosto do móvel, e a outra pendia para fora. Manter as pernas afastadinhas assim, fez a perereca se expandir, exibindo a parte interna num tom rosa claro e um capuzinho no topo, protegendo o pequeno clitóris. Era o retrato do conforto. Rafael não resistiu e tirou uma foto, discretamente. Essa era para a sua coleção particular.

Ketlyn foi até o sofá e se acomodou ao lado da irmã mais nova. As duas se distraíam jogando enquanto Rafael ajustava os detalhes do último cenário.

Com tudo pronto, o novo cenário estava montado: um painel que simulava um quarto infantil, decorado em tons suaves de rosa. Rafael ajustou a câmera, pronto para dar início ao último bloco da sessão. O painel exibia uma parede delicadamente decorada, com cortinas leves, bichinhos de pelúcia espalhados e um abajur suave aceso, criando uma atmosfera acolhedora e lúdica.

Abriu uma mala menor. Dentro, havia camisolas, pijamas e conjuntos de roupas íntimas infantis. Os conjuntos eram compostos por tops e calcinhas de algodão, com pequenos laços de fita.

Rafael vestiu em Ketlyn uma camisola de seda rosa claro, com alças finas e delicadas. O tecido leve caía suavemente sobre seu corpo, a sutil. transparência do material apenas destacando sua silhueta juvenil. O modelo, com bordados florais ao longo do decote, transmitia uma sensação de frescor e inocência.

Na Kawany, colocou um pijama de algodão, composto por uma camiseta de mangas curtas com estampa de estrelas douradas e um shortinho folgado com um lacinho no cós. A camiseta de Kawany tinha um toque de brilho suave, o que fazia as estrelas parecerem quase mágicas.

A primeira foto foi das irmãs de pé, se abraçando, sorrindo com naturalidade. Em seguida, Rafael pediu para que se sentassem no tapete. Ajustou a pose delas, colocando-as de pernas dobradas, com os joelhos voltados para fora e as solas dos pés se tocando levemente. Ele entregou um ursinho para cada uma, pedindo que brincassem enquanto ele capturava as imagens.

Ketlyn notou que ficando com as pernas afastadas assim, sua perereca poderia aparecer.

— Você esqueceu de me dar calcinha! - Questionou incomoda por ser fotografada nessa pose.

— As calcinhas atrapalham as fotos. Como a camisola é um pouco transparente, as calcinhas chamariam muita atenção. É a camisola que deve se destacar no anúncio.

— Mas é se minha xaninha aparecer na foto? — perguntou, com o rosto tingido de constrangimento.

Rafael conteve o riso. Achou estranho uma criança usar esse termo. Imaginou que a mãe falasse assim com as meninas.

— Não se preocupe, eu posso editar as fotos depois — disse, num tom leve, tentando afastar o desconforto. E, numa tentativa de desviar a atenção, sugeriu com entusiasmo: — Falta só mais algumas fotos, e terminamos! Que tal pedirmos pizza?

O brilho nos olhos de Ketlyn e Kawany denunciava a empolgação. A ideia de receber uma entrega para elas era inédita. Estavam acostumadas a ouvir o som de motoqueiros buzinando pelas ruas, sempre levando pedidos para outras portas, nunca para a delas.

Após algumas fotos de pijama, só faltava a coleção de roupa íntima. Cada uma recebeu uma calcinha. A da Ketlyn era amarela. A da Kawany, rosa. As meninas começaram a vestir, mas foram interrompidas.

— Esperem, garotas! — disse Rafael, subitamente alarmado, levantando uma mão como se tentasse deter uma catástrofe iminente. — Quase esqueci! Essas roupas vão voltar para a loja, então preciso ter certeza de que estão limpinhas.

Ele fez uma pausa, olhando para elas com seriedade, e continuou:

— Os biquínis vêm com aquele adesivo de proteção na área íntima, mas as calcinhas, não.

Rafael pegou o pacote de lenços umedecidos e se agachou de frente para Kawany, falando com suavidade:

— Vamos garantir que está tudo limpinho antes de colocar a roupa, tá bom? — Disse com tom calmo e sereno, buscando deixá-la relaxada.

Com gestos cuidadosos, Rafael passava o lenço sobre a vulva da menina. Com delicadeza, afastou os lábios com os dedos e limpou a parte interna.

Enquanto isso, falava de coisas simples, como o sabor da pizza que comeriam, para manter o momento leve e descontraído. Mas Kawany começou a se contorcer, rindo alto quando o lenço umedecido gelado roçava no seu clitóris.

— Isso faz muita cócegas! — disse ela, quase chorando de tanto rir, enquanto seu corpo se arrepiava com a sensação.

Enquanto isso, Ketlyn assistia à cena de longe, com o semblante tenso. Com a calcinha abaixada na altura dos joelhos, observava cada movimento de Rafael com apreensão, temerosa de ser a próxima. A ideia de passar pela mesma situação a deixava bastante apreensiva. E só piorou quando o vizinho subiu a calcinha da irmã e veio andando na sua direção.

Ela ficou parada, com a calcinha no meio das pernas, sem saber como agir. Seu temor se tornava real. Rafael agora ajoelhou na sua frente. Com o rosto na altura da virilha dela. A vergonha que estava reduzindo aos poucos, voltou de repente, com os olhos do homem tão perto da sua intimidade.

Rafael pegou um lenço novo e disse tentando tranquilizá-la:

— O tio vai te limpar, mas será rapidinho tá! Não precisa ficar com vergonha.

As palavras foram em vão. Ketlyn sentiu o rosto corar assim que a mão dele tocou sua virilha. O fino tecido do lenço não impedia a menina de sentir o toque dos dedos de Rafael. Ela sentia os movimentos de subida e descida. Ainda notou quando Rafael pressionou um pouco mais, para limpar a parte interna dos lábios. Com um novo tecido, ele ainda limpou o bumbum. Ketlyn só tinha forças para olhar para o chão. Sentia as pernas bambearem de tanta vergonha.

— Prontinho! — disse Rafael, subindo a calcinha de Ketlyn.

Depois de várias trocas de roupas e incontáveis cliques da câmera, o ensaio finalmente chegou ao fim.

— Terminamos! Vão se vestir porque a pizza já está a caminho! — anunciou Rafael, com um sorriso animado.

As meninas explodiram em comemoração, mal acreditando que finalmente o motoqueiro traria comida para elas. Rafael observou, emocionado, como algo tão simples podia gerar tanta felicidade.

Enquanto desmontava o cenário e guardava as roupas que as meninas experimentaram, percebeu que elas estavam vestindo o uniforme, mas sem calcinhas. Ele, com um gesto cuidadoso, pegou algumas peças e presenteou as meninas. Elas ficaram tão contentes que tiraram o short na mesma hora para por as calcinhas.

Mas neste momento, o som da buzina do motoqueiro ecoou na porta. Elas ficaram tão maravilhadas com o primeiro delivery, que largaram as calcinhas no chão e correram para abrir a porta, usando apenas a blusa de uniforme.

O motoqueiro havia colocado a pesada bolsa no chão, enquanto digitava o valor na maquininha de cartão. Ao se abaixar para pegar o produto, se assustou ao se deparar com duas pererequinhas livres sob a blusa.

— O calor está demais, né?! — Comentou com Rafael, esbanjando um sorrisinho no rosto.

Ketlyn e Kawany estavam tão empolgadas com a pizza que nem quiseram perder tempo com a calcinha. Já se acomodaram no sofá para comer.

— Meninas, essa pizza tem muito molho. Tirem as blusas para não sujarem a roupa — pediu Rafael, enquanto organizava pedaços de pizza em pratos de alumínio na pia, enquanto a fumaça indicava que o alimento acabou de sair do forno.

Depois, se aproximou das garotas com os pratos nas mãos e explicou:

— Os pratinhos estão quentes. Abram as perninhas para eu colocar no sofá. Assim, vocês não precisam segurar.

As meninas obedeceram, arreganharam as pernas, e Rafael colocou os pratos à frente de cada uma, no espaço que se abriu diante de cada uma. Ketlyn achou estranho comer com o prato tão perto da sua perereca. Mas, já salivando com o cheiro, atacou a pizza.

Após servir as meninas, o vizinho sentou na cadeira de frente para elas. Achou interessante a imagem das meninas comerem nuas com as pernas abertas. Assim como era inusitada a forma que Kawany comia a pizza. Pegava os ingredientes da cobertura, um a um e comia. Rafael ficou na dúvida se era por estar quente ou a menina nunca tinha comido pizza antes.

Já Ketlyn, pegou o pedaço inteiro com as mãos, mas quando deu a primeira mordida, parte do recheio caiu no seu colo. Rafael e Kawany não resistiram e riram da cena.

Ketlyn também achou graça do incidente. Acostumada a não desperdiçar alimentos, a menina pegava os recheios esparramados na sua virilha e ia comendo. No final, passava o dedinho na vulva para limpar o molho e levava a boca.

Rafael, ajeitando o pinto duro na cueca, brincou:

— Ainda bem que o tio limpou bem a sua xaninha hein.

Ketlyn riu. E por ficar com as pernas tão abertas, os lábios também se afastaram um do outro, deixando o grelinho exposto.

A visão deixou Rafael enlouquecido. Não conseguiu conter uma segunda piadinha infame:

— Olha Ketlyn, ficou um pedacinho de bacon aí dentro — disse com um sorriso malicioso apontando para o capuzinho que protegia o clitóris da menina.

Ketlyn olhou para sua vagina aberta, e achou graça ao entender a brincadeira do vizinho.

— Seu bobo! Isso não é bacon, faz parte do meu corpo — Disse rindo e se surpreendendo por estar tão à vontade com um homem olhando para sua parte mais íntima.

Enquanto se deliciava com a pizza, com um sorriso pensativo, lembrou das palavras de sua mãe: "Quanto mais carinhosas vocês forem, mais coisas a gente ganha".

Adoleta

Comentários (23)

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  • livia: Primeira vez lendo um conto seu, simplesmente amei...por favor diga que terá continuação 😘

    Responder↴ • uid:e75ehct9df71
    • Adoleta: Olá, Lívia! Fico feliz que tenha gostado. Esse conto faz parte de um livro de contos que estou escrevendo e publicando aqui no site. São dez contos ao todo. Eles não tem necessariamente continuação direta, mas todos se passam no mesmo local, O Condomínio, e os mesmos personagens se relacionam entre si nos demais contos.

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • Lukas: Simples perfeito, não pare!

    Responder↴ • uid:41ih0tu2k0bo
    • Adoleta: Olá, Lukas! Que bom que gostou!

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • Max: Perfeito! Senti até uma certa tristeza no começo da história com a situação de abandono que as meninas vivem . Isso deu um toque de drama ao conto. Pessoalmente eu achei a cena da Ketlyn tomando banho no pátio, com os meninos olhando, uma das melhores cenas dos seus contos, é justamente o tipo de cena que eu adoro, e as outras crianças provocando na carroça só melhorou ainda mais. O final foi o contraste perfeito em relação ao começo, com todos terminando felizes de certa forma. A mãe foi pro encontro que tanto queria, as meninas puderam saborear uma pizza, o que pra elas é um luxo, e o Rafael pode apreciar duas garotinhas peladinhas sem ninguém pra atrapalhar. 5 estrelas, só pq não posso dar 10!

    Responder↴ • uid:1clt1dkwk82es
    • Adoleta: Ei, Max! Amo seus comentários! Adoro a riqueza dos detalhes. Como cita partes do conto que mais te marcaram. Isso me ajuda e incentiva bastante! Beijos!

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • seila: perfeito como sempre adoleta, aguardo novos capitulos

    Responder↴ • uid:1dgdcx8nzzjy8
    • Adoleta: Olá leitor fiel! Adoro te encontrar por aqui. Obrigado por sempre comentar!

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • MSP: Mais um conto bem escrito principalmente em termos de narrativa. Especialmente nos primeiros paragrafos, onde passam um misto se sentimentos como indiginação por parte da neglingência da mãe com as filhas e ao mesmo tempo um sentimento de pena devido a situação precaria das garotas. E pelo final que teve deixou em aberto a esperança de uma provavel continuação. 👏😁Muito bom!

    Responder↴ • uid:g3jki1nd30
    • Adoleta: Olá, MSP! Adoro seus comentários! Gosto como se aprofunda no conto e comenta pontos específicos! São momentos como esse me que incentivam a elaborar melhor as histórias.

      • uid:1clnio1u7u9d6
    • MSP: Parece que o Tico encontrou um rival a altura (Ketlyn) ao se tratar de passar constrangimento em publico por nudez. XD

      • uid:g3jki1nd30
    • Adoleta: Verdade! 😁 Nossa que saudade do Tico 🤭

      • uid:1clnio1u7u9d6
    • MSP: Ue mas se esta com saudades do Tico ou de qualquer outro personagem de algum conto do passado, era so fazer um crossover.💡 Por exemplo: E se o Tico ou qualquer outro personagem de algum conto do passado tambem fosse aluno dessa mesma escola em que as criancas do condominio estudam, ou ate mesmo tivesse algum parentesco?🤔 Ou caso voce tenha algo em mente poderia usar algo parecido em algum conto futuro depois desse livro que voce esta fazendo. 😁

      • uid:g3jki1nd30
    • Adoleta: Nesses contos já tem um crossover que será revelado aos poucos rsrs

      • uid:1clnio1u7u9d6
    • MSP: Ora vejam so🧐parece que consegui fazer uma adivinhação ou previsão meio sem querer querendo.😏😎Muito bom Adoleta, eu não esperaria menos da sua genialidade.👏😆

      • uid:g3jki1nd30
    • Adoleta: Kkkkkkk Você é uma pessoa bem interessante!

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • Frank4: Esse fotógrafo já é meu personagem favorito

    Responder↴ • uid:1dkylbk05le0a
    • Adoleta: Que legal! Se identificou? 😁

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • Frank4: "Mas é se minha xaninha aparecer na foto?" Esse sempre foi o propósito sksksks

    Responder↴ • uid:1dkylbk05le0a
    • Adoleta: Kkkkkkk

      • uid:1clnio1u7u9d6
  • cobra: muito boa sua história e muito bem escrita , parabéns .

    Responder↴ • uid:3sy0m988
    • RIEL: Eu quero uma dessas logo, dou duas na filhinha e uma na mamae coisa mais gostosa fazer uma criancinha dessas virar mulher na cama, no mato e no carro.

      • uid:gqaw3bs8k0
    • Adoleta: Obrigada, Cobra! Fiquei feliz com suas palavras!

      • uid:1clnio1u7u9d6