Assim teria diso a primeira relação HOMOSSEXUAL ANAL no início da humanidade.
A noite desceu com um manto escuro sobre a vastidão da savana há milhares de anos, quando a sociedade atual nem sonhava em existir. O som do vento nas árvores e o farfalhar das folhas preenchiam o silêncio da noite. As estrelas, como fragmentos de gelo, cortavam o céu imenso. A aldeia, uma construção simples de pedras e madeira, estava envolta em uma quietude pesada, interrompida apenas pelo som suave do fogo crepitando na fogueira central. O calor da chama contrastava com o ar frio da noite, e, ao redor do fogo, os membros da tribo conversavam em murmúrios baixos, cansados pelo dia de trabalho.
Kano e Lian estavam entre os mais novos da tribo. Não eram os mais velhos nem os mais experientes, mas eram os mais atentos, observadores do que acontecia ao redor deles, e estavam sempre juntos. Desde a infância, compartilhavam tarefas, brincadeiras e sonhos. No entanto, conforme os anos passaram, algo sutil mudou entre os dois. Algo que não conseguiam mais ignorar, mas que nunca tinham ousado explorar.
Naquela noite, como tantas outras, estavam juntos, mas mais afastados do grupo. A chama os iluminava parcialmente, lançando sombras longas e distorcidas em seus rostos, criando um ambiente que parecia fazer o mundo parecer menor, mais íntimo.
Kano estava mais quieto do que o habitual. Seus olhos, normalmente observadores, estavam perdidos no movimento das chamas, como se procurasse respostas em algum lugar entre a luz e a escuridão. Lian, sentado ao seu lado, percebeu o silêncio pesado que agora os envolvia.
— Você está distante — disse Lian, com a voz suave, mas direta. Ele conhecia Kano o suficiente para perceber quando algo estava fora de lugar.
Kano não respondeu de imediato. Estava lutando com as palavras que se formavam em sua mente, mas que não conseguia emitir. Por fim, ele respirou fundo, um gesto que parecia espremido entre o desejo e o medo.
— Não estou distante — murmurou Kano, mas sua voz estava carregada de incerteza. Ele não estava convencido nem mesmo de suas próprias palavras.
Lian o olhou com atenção, percebendo o conflito nos olhos de Kano. Algo estava prestes a acontecer, algo que ele sabia que não poderia ignorar. Ele não queria forçar, mas ao mesmo tempo, algo o puxava a falar, a entender o que estava acontecendo entre eles.
— Não precisa mentir — respondeu Lian com calma. — Eu sei o que está acontecendo. Sei o que você sente. E sei o que eu sinto também.
Kano sentiu uma onda de calor subir ao seu rosto. Não era vergonha. Era algo mais profundo. Como se fosse forçado a encarar uma parte de si mesmo que sempre estivera ali, mas que ele sempre evitou. Por um longo momento, ele ficou em silêncio, observando a fogueira. As chamas dançavam e se retorciam, como se estivessem tentando dizer algo que ele ainda não entendia.
— Eu... — Kano começou, mas sua voz falhou. Ele tentou novamente. — Eu não sei o que fazer com isso. Com o que sinto por você, Lian.
Lian se aproximou, sentindo o peso da tensão crescente. Ele colocou a mão no braço de Kano, de forma leve, mas firme, um gesto de conforto e, ao mesmo tempo, de afirmação.
— Não precisa fazer nada, Kano. Apenas... aceita. O que quer que seja isso, é real. E eu também sinto.
Kano olhou para Lian, e naquele olhar, havia um entendimento silencioso, profundo, mais forte do que qualquer palavra que pudesse ser dita. Eles haviam crescido juntos, se conhecido em níveis que iam além da pele ou das palavras. Mas agora, nesse momento, as coisas estavam diferentes. A simples troca de um toque, um gesto até então corriqueiro entre amigos, se transformava em algo mais intenso, mais carregado de significados.
O fogo iluminava os rostos deles, mas não podia aquecer o frio que surgia no peito de Kano. O medo ainda estava ali, claro. O medo de ser rejeitado, de ser incompreendido, de que tudo o que eles haviam construído juntos se desfizesse. Mas a necessidade de entender o que estava acontecendo entre eles, de explorar esse vínculo, era ainda mais forte.
Lian estava tão perto agora que Kano podia sentir a respiração dele. Era um momento pequeno, mas monumental. Era como se o tempo estivesse suspenso, e a noite tivesse parado de se mover, esperando.
— Você não tem que ter medo de mim — Lian disse, sua voz mais baixa, quase um sussurro. — Eu estive esperando por isso. Para ser honesto com você, para que possamos ver onde isso nos leva. Não existe certo ou errado, apenas o que sentimos.
Kano fechou os olhos, permitindo que o calor da palavra dele invadisse seu corpo. Ele sabia que, naquele momento, havia algo irreversível acontecendo. Aquela conexão, antes tímida e sutil, agora se tornava algo real, algo que não podia ser negado. Ele sentiu a mão de Lian se mover de seu braço para o peito, e a suavidade do toque parecia queimar, mas ao mesmo tempo, acalmar.
— E o que você sente? — Kano perguntou, a voz baixa, mas carregada de um desejo que ele nunca tivera coragem de expressar antes.
Lian sorriu, um sorriso sincero, cheio de compreensão.
— Eu sinto você. E isso é tudo o que preciso.
Kano não respondeu. Não era necessário. Em vez disso, ele se inclinou levemente para frente, e, por um instante que durou uma eternidade, seus lábios se encontraram. O mundo ao redor deles desapareceu. Não havia mais fogo, nem sombras, nem o resto da tribo. Havia apenas a sensação de pertencimento, a suavidade do toque, a descoberta de um sentimento que não sabia como nomear, mas que era tão real quanto o vento, quanto a terra que pisavam. Seus caralhos ficaram duros e eles se tocaram sentindo isso e um acariciando o pau duro do outro. Ao mesmo tempo que fazia isso, seus ânus começavam a piscar incontroláveis, revelando um prazer desconhecido até então. Logo o dedo de um busca o cuzinho do outro, enquanto o beijo se prolonga. Seus dedos começam a entrar mais e eles se descobrirem.
Quando se separaram, ambos permaneceram em silêncio, os olhos fixos um no outro. O medo ainda estava ali, mas agora, acompanhado de uma coragem que nunca tinham conhecido. Eles não precisavam de mais nada para saber o que isso significava.
Naquela noite, sob o céu estrelado da savana, com o som distante de animais à espreita e a brisa fria tocando seus rostos, Kano e Lian souberam que haviam dado o primeiro passo em uma jornada sem mapas, sem certezas, mas com uma compreensão silenciosa e profunda do que havia se formado entre eles.
O eco do silêncio que os envolvia agora não precisava de palavras. Ele falava por si.
Essa é a primeira parte dessa novidade no site de Selma Recife www.selmaclub.com explorando também a sexualidade e os descobrimentos nas diversas fases da evolução humana.
Veja mais contos meus aqui em CONTOSEROTICOSCNN em:
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Comentários (1)
GordoCuXL: Selma, sabe estou zangado você. Então você escreve tão bem e só agora é que se mostra?!! Continua assim, a escrever como este conto.
Responder↴ • uid:bt1he20bk