Dois jovens inimigos...ou talvez não.

Ele defende as suas ideias, ela defende as dela... muitas vezes não concordam, mas isso será o suficiente para não se amarem?

Portugal, anos 80, mais propriamente em 1986.
Eu, Joaquim, ou só Quim, tinha 13 anos na altura, e era um rapaz que não tinha preocupações na vida, os meus pais são ricos, vivia na casa onde moro hoje me dia, sou filho único, bem que eu queria um irmão mas a minha mãe e meu pai acharam que um filho chegava.
O meu pai tem várias propriedades, que eu sou o gerente agora, pois ele está reformado, nessas propriedades criamos gado, temos olivais, vinhas, pomares, tenho várias casas de turismo rural, eu sou um homem do campo, adoro ver o entardecer, e o amanhecer, sentar-me no meu alpendre depois de um dia de trabalho, e ter um copinho de bagaço, ao meu lado, observar as estrelas, ouvir os animais da noite, corujas, e outras aves, os texugos, as raposas...javalis...
Tive uma educação conservadora, habituado a trabalhar desde muito novo, no campo, ajudando o meu pai, eu conduzo tratores desde os 8 anos, lavro campos desde os 9 anos, e sozinho, e se precisava de fazer, não, mas o meu pai sempre me disse:

- FILHO, PARA SE SABER MANDAR FAZER, TENS QUE TER AS MÃOS CALEJADAS DE TRABALHAR, POIS ASSIM SABES O QUE PRECISA DE SER FEITO, E DAS TUAS DECISÕES VÃO DEPENDER VÁRIAS FAMÍLIAS.

Com os 13 anos, eu tive de ir estudar na cidade, deixei a escola da aldeia, aos 10 anos, depois fiz o ciclo na pequena vila, sede de concelho, mas o liceu era na cidade de Beja, e eu fiquei a morar com a tia Gracinda, a irmã solteirona do meu pai, que morava em Beja. Era a sua única irmã.
Era uma mulher linda, uma cara mesmo bolachuda, mas bem proporcionada, uns olhos esverdeados como os meus, cabelos curtos, castanhos, pele muito morena, umas mamas grandes, cintura fina mas ancas largas e um cu perfeito...ela se manteve solteira sempre até falecer há poucos anos, por uma desgraça no amor, ia-se se casar com um homem, ela adorava o chão que lele pisava, e ele tem um acidente e morreu...ela com o desgosto nunca mais se compromete com ninguém.
Eu habituado ao campo, sempre morei no que chamamos em Portugal, no Alentejo, num monte, o nome que damos ás casas isoladas no campo.
Logo no primeiro dia de aulas, andei á pancada com um rapaz e os amigos dele, pois eles eram da cidade e gozavam com os rapazes como eu, criados no campo. Fui logo chamado mais eles ao gabinete do diretor do liceu, a minha tia que era a minha encarregada de educação, chamada ao gabinete também, eeu e eles apanhamos 1 semana de suspensão das aulas.
Eu chorava que queria regressar ao meu monte, queria desistir na escola, na altura era só obrigatória a 4ª classe, e foi complicado para a minha tia me convencer a ficar a estudar lá em Beja.
Bom, regressei ás aulas na semana seguinte, e claro, já se tinham formado os grupos de amigos, e eu fiquei de fora de qualquer grupo.
Almoçava sozinho na cantina da escola, andava sempre sozinho, e começo a querer me enturmar com alguns dos grupos de rapazes, mas era mais complicado.
Eu de vez em quando reparava numa rapariga, Helena, que todos a colocavam de parte. ela se vestia de modo diferente das outras raparigas, parecia quase um hippie, cabelos apanhados em tranças, óculos escuros, sempre de calças e camisas de botões parecidas com as dos homens, usava botas, era magra, olhos castanhos, usava aqueles aparelhos nos dentes para acertar o crescimento deles, usava óculos nas aulas, eu sei porque eu era da turma dela, era bonita, mas não atraia demasiadas atenções. Mamas na altura de tamanho médio, cintura fina, era magra.
O que ela tem é um feitio lixado, sempre protestando, contestando tudo, chamava de machistas a todos os rapazes, era ela que sempre entrava em confronto com os professores por causa de diversos assuntos.
Por vezes era mesmo aborrecido estar ouvindo ela contestando tudo.
E eu quando estou aborrecido, farto de ouvir coisas que não concordo...falo também.
E começamos a entrar em confronto verbal, várias vezes na aulas. ela é bastante inteligente, estudiosa, ela fala sempre opiniões fundamentadas, mas eu também sou inteligente, e as minhas opiniões também eram válidas, embora 100% quase delas não combinassem com as dela.
Logo, tirando as aulas nem falávamos um com o outro. Só bom dia e boa tarde e mais nada.
E isto durou anos, já com 18 anos, acabando o liceu, eram já célebres as nossas discussões nas aulas.
Ela com o passar dos anos se tornou numa jovem muito bonita, e sim ela me atrai, com aqueles olhos dela lindos, o nariz levemente empinado, os lábios grossos, as mamas agora bem maiores, a cintura fina mas as ancas largas, um cuzão que parecia ter sido feito num molde divino, e as pernas dela, esculturais...ela passou a usar mini saias, não usava soutien, dizia que era uma maneira de oprimir o corpo feminino...por mim tudo bem, eu até apreciava aquele leve balançar as mamas dela para coima e para baixo quando ela andava, mas para além da atração física, mais nada eu sentia por ela, julgava eu.
Eu entretanto odiava estar sozinho, embora fosse um dos rapazes populares, ao longo dos anos ganhei esses estatuto, tinha de ter sempre uma namorada, mas nunca tive nada de sério com nenhuma delas.
dava uns beijinhos, uns amassos, as que deixavam eu metia vara...mas nada de demais, a ela nunca conheci namorados.
Mas a primeira vez que eu fiz amor com uma mulher foi coma minha tia Gracinda, tinha eu 16 anos.
Um dia chego a casa todo molhado, chovia bastante eu esquecera-me do guarda chuva, quando a minha tia me viu mandou-me ir logo dar um banho de água quente, e eu fui, só que eu quando em fui secar não havia toalhas, e chamei pela minha tia, as toalhas estavam num armário no corredor.
Quando ela me foi dar a toalha, ela parou junto da porta...e ficou a olhar para mim, eu só tinha a cabeça aparecendo, e ela devagar, agarra no puxador da porta e vai abrindo ela...eu não falava nada, e ela abre a porta toda e me viu todo nu.
Tenho um pau de respeito, grosso e cheio de veias, na altura ainda não estava todo desenvolvido, mas tinha já um tamanho muito próximo do que tenho agora.
Eu disse:

- TIA...QUE SE PASSA...EU...
- QUIM...POR FAVOR...NÃO DIGAS NADA...POR FAVOR.
- MAS TIA...

Ela veio com um dedo e colocou ele nos meus lábios, como que me calando, e se aproxima até ficar com o corpo dela colado no meu...ela é uma mulher muito atraente, e sim me dava tesão, mas era a minha tia, e eu fui educado a respeitar a família.
Ela olhava-me nos olhos, e agarrou na minha mão, e colocou ela na cara dela, e eu acaricie ela, e disse:

- TIA...QUE SE PASSA CONTIGO?
- QUIM... AJUDA-ME...NÃO ME JULGUES...APENAS AJUDA-ME.

Ela segurando a minha mão, caminhamos até ao quarto dela, e lá ela me disse para me sentar na cama dela, e eu me sentei, procurando cobrir com as mãos o meu pau.
Ela fica de pé á minha frente, ela estava com um vestido comprido azul escuro, e ela abre o fecho do vestido que estava do lado esquerdo dela, e depois despe as alças do vestido e deixa ele cair no chão, ficou só com o soutien vestido e as cuecas. Eram de cor preta.
E depois tira o soutien, e fica com aquelas mamas grandes, com aureolas castanhas, e os bicos dela bem grandes, bem na minha frente.
Eu nem respirava...sabem, na altura ver mulheres nuas só nas revistas em papel, não havia internet, e eu nunca vira uma mulher toda nua...só as mamas de alguma rapariga que eu tivesse namorado.
Quando ela tira as cuecas e ficou nua, eu nem queria acreditar...ver aquele tufo de pelos negros cobrindo a buceta dela era demais.

- TIA...QUE SE PASSA...DIGA-ME.
- QUIM...AJUDA-ME POR FAVOR...DÁ-ME CARINHO...QUERO ESTAR NOS TEUS BRAÇOS NUA...BEIJAR-TE NA BOCA, QUERO QUE...QUIM...EU...IA CASAR-ME AINDA VIRGEM...SOU VIRGEM...
- TIA...EU...
- QUIM...SÓ PROCURO TEU CARINHO...TEU DESEJO...EU CONFIO EM TI...

E ela se senta ao meu lado na cama, e me abraçou...e caímos os dois de costas na cama.
E começamos aos beijos na boca, e depois eu, por instinto apenas, comecei a lamber e a beijar o pescoço dela...o peito...as mamas...eu quando meti uma das mamas dela na boca e chupei e ela dá um gemido de que estava a gostar, eu compreendi se fizesse aquilo lhe daria prazer.
Quando cheguei na buceta dela, estava um aroma no ar que me excitava bastante...a minha tia ela começava a lamber e a chupar o meu pau, estávamos ambos a descobrir como satisfazer sexualmente outra pessoa, eu labi a buceta dela e ela gemia alto, e suspirava...até que ela me diz para me por em cima dela, e eu assim fiz e depois, eu meti a minha vara na buceta encharcada dela...ela e eu deixamos de ser virgens ao mesmo tempo...fui talvez um bocado precipitado e bruto, mas eu tinha zero de experiência, e ela soltou um grito de dor, arranhou as minhas costas, mas manteve as pernas abertas...e eu comecei a mover as ancas, fodendo a buceta dela...e foi assim até eu leitar a buceta dela.
Saí de cima dela depois, e me deitei ao lado dela, ela estava suada, respirando bem depressa, como eu estava também, vi o sangue nos lençóis, ela estava com um leve sorriso nos lábios.
Ela e eu estivemos longos minutos lado a lado sem falar nada, até que me levantei da cama, e ela na da falou, e fui para o meu quarto.
Chegou a hora do jantar, jantamos em silêncio, apenas nos olhávamos de vez em quando, eu fui para o meu quarto estudar, mas não conseguia ler nada, só pensava no que se tinha sucedido naquela tarde.
Ouvia ela lavando a loiça, depois ela via uma novela na tv, e eu sem ter coragem de sair do quarto.
Deitei-me, mas não conseguia dormir...até era quase 1h da madrugada, a porta do meu quarto se abre, ela estava só com um roupão vestido, de seda, vermelho, e vinha com um candeeiro a petróleo aceso, ela pousa o candeeiro numa cômoda, despe os roupão, está nua outra vez, apaga a luz do candeeiro, e se deita na minha cama comigo. Se agarrou a mim, e só diz:

- DEIXA-ME FICAR, QUIM...

Eu a abracei, ela aninhou-se no meu corpo e adormece...e eu também.
Na manhã seguinte voltámos a fazer sexo, antes de eu ir para a escola, quando eu regressei voltamos a fazer sexo...durante 2 anos, até eu ter 17 anos, fazíamos sexo habitualmente, e a partir de certa altura, começamos a fazer mais raramente, até que como começou paramos.
Dormíamos sempre juntos, mesmo depois de termos parado de fazer sexo, dormíamos na mesma cama.
Nunca lhe perguntei porque ela naquela tarde me entregou a virgindade dela...eu percebi o porquê, e não vou aqui escrever...espero que pelo que eu escrevi tenham entendido.
Mas voltando á Helena, aos 18 anos fui estudar agronomia em Lisboa, no Instituto superior de Lisboa, mais a pedido da minha mãe e do meu pai, porque eles achavam que me faria bem, desenrascar-me sozinho e fora de casa, que eu iria crescer emocionalmente.
A Helena veio também para Lisboa, mas para outra escola, a de medicina veterinária.
Eu morava sozinho, num quarto alugado, em Belém, e um rapaz do campo na cidade...tive de me adaptar.
Arranjei namorada, mas sinceramente eu só anadava com ela pelo corpo dela, e pelo sexo...no feitio era o que não gostava numa rapariga...era uma yes girl.
Perguntam vocês, o que é uma YES, GIRL.
Eu respondo, aquelas raparigas que dizem sim a tudo que tu queres fazer, ou dizer, e mesmo odiando elas fazem. Sem personalidade nenhuma...mas como eu escrevi, era uma deusa na cama, tinha corpo de modelo, era uma doida a foder, e depois eu dava-lhe persentes.
Eu só ia a casa, ao monte nas férias, do Natal, Pascoa, ou de Verão, ou então quando havia algum fim de semana prolongado, tipo feriado a uma quinta ou sexta feira, ou a uma segunda feira.
Apanhava o comboio no Barreiro e ia até Beja, antes apanhava o barco de Lisboa para o Barreiro.
Num desses fins de semana prolongados, resolvi ir a casa, apanhava o comboio da tarde, e quando estava a procura de um lugar vago para me sentar e colocar a minha mala numa prateleira que havia por cima dos bancos, vejo a Helena sentada, lendo um livro. A carruagem estava cheia, e só haviam dois ou três lugares livres e um deles era ao lado dela.
Fui até perto dela, ela estava lendo e só me viu quando eu lhe perguntei:

- IMPORTAS-TE QUE EU ME SENTE AO TEU LADO, HELENA???

Ela olhou-me, e disse apenas:

- NÃO SOU DONA DO COMBOIO...SENTA-TE SE QUISERES.

Eu sorri...aquele mau feitio, pelo menos para comigo, mas como eu também gosto de comprar uma boa briga, como se diz, coloquei a minha mala na tal prateleira, e me sentei ao lado dela.
O comboio começa a andar, e já havia uma meia hora que estávamos a andar, e eu começo a olhar para o que ela esta lendo, mas de proposito, para a incomodar mesmo.
E ela mordeu o isco, LOL.

- QUE QUERES , QUIM??? diz ela com cara de enfado.
- EU??? NADA, HELENA...DESCULPA SE TE INCOMODEI...APENAS ACHAVA INTERESSANTE O QUE ESTÁS A LER.
- ENTÃO DEIXA-ME LER EM PAZ...
- OK...NÃO TE INCOMODO MAIS...

Passados uns instantes eu digo-lhe:

- NÃO SABIA QUE QUERIAS SEGUIR VETERINÁRIA...
- NEM TNHAS NADA QUE VER COM ISSO, responde ela sem tirar aqueles olhos lindos do livro.
- EU SEI QUE NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO...MAS OLHA PEÇO-TE UM FAVOR, SE PUDER SER.

Ela revira os olhos, fecha o livro, pousa ele naquelas coxas lindas dela, e diz:

- QUE FAVOR, QUIM???
- NADA DE DEMAIS...APENAS ISTO...OLÁ, SOU O JOAQUIM, OU SÓ QUIM, TENHO 19 ANOS RECENTEMENTE FEITOS, MORO NUM MONTE, E NEM SOU MAI RAPAZ.

Ela olha para mim fazendo uma cara de quem não entendeu nada e eu digo:

- SÓ QUIS COMEÇAR DE NOVO HELENA... ESTOU FARTO DE DISCUTIR CONTIGO, SEI QUE TEMOS MUITAS OPINIÕES EM QUE CHOCAMOS, MAS EU SEMPRE TE ADMIREI, PELA TUA ARGUMENTAÇÃO INTELIGENTE, EU ATÉ POSSO DISCORDAR, MAS É INTERESSANTE E ESTIMULANTE DISCUTIR CONTIGO. E NÃO PRECISAMOS DE SER INIMIGOS POR CAUSA DISSO...NEM AMIGOS, MAS PODEMOS CONVERSAR SEM SER SEMPRE COM HOSTILIDADE, NÃO ACHAS?

Ela inspira fundo, fazendo aqueles peitões dela ficarem ainda mais realçados na camisa branca dela, e depois de uns segundos diz:

- OLÁ, SOUA HELENA, AINDA TENHO 18 ANOS, FAÇO ANOS NO MÈS QUE VEM, MORO NA CIDADE DE BEJA, E TENHO UM FEITIO LIXADO, ADORO DISCUTIR, MAS NO FUNDO NÃO SOU MÁ PESSOA...

E depois coloca um sorriso lindo, que poucas vezes o havia visto antes, nos lábios dela.
Eu sorri também e estendi a minha mão, e ela estende a dela e demos um aperto de mão e sorrimos.

- NOVOS COMEÇOS, ENTÃO, diz ela.
- NOVOS COMEÇOS. MAS OLHA, QUANDO TIVERMOS DE DISCORDAR...
- LOL...NEM DUVIDES QUE NÃO FICO CALADA.
- OTIMO...SABES, QUE DURANTE ESTES MESES SENTI A FALTA DAS NOSSAS DISCUSSÕES NAS AULAS? disse eu.
- EU CONFESSO QUE TAMBÉM, diz ela
- ÉS UMA OPONENTE DE RESPEITO, HELENA...TENS SEMPRE ALGO COM QUE ARGUMENTAR.
- TUI NÃO ÉS UMA PERA DOCE TAMBÉM...SABES IRRITA TERES SEMPRE TAMBÉM BONS ARGUMENTOS PARA CONTRARIAR OS MEUS. QUANDO EU PENSAVA QUE TE CALAVA, LÁ RESPONDES TU Á LETRA, E OBRIGAS-ME A PROCURAR OUTROS ARGUMENTOS QUE PUDESEM REBATER OS TEUS...
- AO FIM E AO CABO, A NOSSA, DIGAMOS COMPETIÇÃO É BOA PARA OS DOIS, OBRIGA A GENTE A INVESTIGAR MAIS, TER MAIS CONHECIMENTOS.
- SIM...AGORA QUE FALAS ISSO, CONCORDO CONTIGO.

Eu fiquei olhando para ela, de boca aberta, e depois sorrindo.
Ela diz:

- MAS QUE SE PASSA???
- HELENA...DISSESTE...CONCORDO CONTIGO...NUNCA ME DISSESTE ISSO...

Ela pensou uns instantes e depois sorri e diz:

- FINALMENTE DISSESTE UMA COISA, COM QUE U CONCORDA-SE...NÃO TENHO PROBLEMAS COM ISSO.
- CONCORDO CONTIGO...OLHA...LOL...DEVEMOS ESTAR A FICAR DOENTES...JÁ ATÉ EU CONCORDO CONTIGO...MAS QUE SE PASSA COMA GENTE???

E rimos os dois...eu vendo ela rir, dei comigo a pensar que me sentia tão bem comigo, por ter feito ela rir...aquelas covinhas que ela faz na cara...são tão queridas...
Entretanto o comboio chega a Casa Branca e lá se separam as carruagens que vão para Beja e para Évora, e isso demora uns 15 min, e tem lá um bar na estação, que serve umas bifanas deliciosas, e eu disse á Helena:

- OLHA EU VOU AO BAR COMPRAR DUAS BIFANAS...QUERES ALGUMA COISA???
- TRAS UMA BIFANA E UM SUMOL DE LARANJA. TOMA O DINHEIRO...
- FAZEMOS ASSIM, HOJE PAGO EU NOUTRA OCASIÃO PAGAS TU.
- ASSIM É MAU NEGÓCIO PARA MIM, diz ela sorrindo, TU COMES DUAS BIFANAS...
- TENS QUE ADMITIR QUE SEI FAZER NEGÓCIOS, AHAHAH.

E lá fui eu buscar as bifanas, acabei por comprar 4, duas para mim e duas para ela, ela acabou devorando as duas bifanas que eu lhe comprei, e passamos o resto de uma boa viajem até Beja,.
Antes de eu ir apanhar um autocarro, que me levaria até á aldeia perto do meu monte, eu disse:

- VOLTAS PARA LISBOA NO DOMINGO???
- SIM, NO COMBOIO DA TARDE.
- E IMPORTAVAS-TE DE IR ACOMPANHADA POR MIM???
- FAZEMOS ASSIM O PRIMEIRO A CHEGAR, GUARDA O LUGAR AO OUTRO, PODE SER???
- COMBINADO...

E depois tivemos um momento em que ficamos os dois sem saber que fazer...ela ia-me dar um beijo na cara e eu estendi a mão para lhe dar um aperto de mão...acabou por vencer ela, e demos um beijo na cara...nem me importei de perder, LOL.
No Domingo seguinte fizemos uma viajem de comboio até ao Barreiro, e depois de barco até Lisboa bem agradável, falando muito, recordando algumas das nossas mais épicas discussões, e quando chegamos a Lisboa e nos iamos separar, eu disse:

- OLHA, PODES DAR-ME TEU CADERNO, QUE LEVAS AÍ CONTIGO?

Ela deu-me o caderno e eu escrevi o nº de telefone da casa onde eu estava morando em Lisboa, e digo:

- SE PRECISARES DE ALGUMA AJUDA, OU SIMPLESMENTE FALAR COMIGO, NÃO HESITES E LIGA-ME.
- ESTÁ BEM...OBRIGADA.

Demos então um beijo na cara, e ela foi para a casa dela e eu para a minha.
Chegou o Sábado seguinte, sem aulas, eu estava estudando no meu quarto, era de tarde, a minha namorada não podia sair comigo naquele dia, quando o telefone toca, e o meu senhorio me chama, eu fui atender era a Helena.

- OLÁ, QUIM.
- OLÁ HELENA, QUE BOA SURPRESA. ENTÃO COMO ESTÁS??'
- FARTA DE ESTUDAR...NÃO QUERES IR JANTAR E DEPOIS IRMOS AO CINEMA, SEI LÁ...
- CLARO QUE QUERO.
- OTIMO, E ONDE NOS ENCONTRAMOS?
- JARDIM DA ESTRELA, ESTÁ BOM PARA TI???
- SIM, NA ENTRADA, ÁS 18H30?
- COMBINADO...E HELENA...OBRIGADO POR TE LEMBRARES DE MIM.
- SI...SIM...ATÉ JÁ.

Estava radiante, fui logo dar um banho, por um perfume, vesti as calças de ganga, vesti a camisa, calcei os sapatos, penteei-me muito bem, e fui até ao Jardim da Estrela. vi uma senhora vendendo flores e comprei um ramo para oferecer á Helena.
Esperei por ela...e valeu a pena ter esperado...ela vinha deslumbrante, num vestido pelos joelhos, creme, decotado, via-se bem aquele espaço entre as mamas dela, grandes, balançando levemente, os ombros descobertos, trazia os cabelos soltos.
Eu fiquei olhando para ela, pensando como eu nunca tinha reparado nela...era uma mulher bonita, bem bonita é dizer pouco.
Ela chegou perto de mim, e diz:

- BOA TARDE, QUIM.
- OLÁ HELENA...ESTÁS LINDA...OLHA COMPREI-TE ESTAS FLORES...
- OBRIGADO...LOL...SÃO LINDAS.
- AINDA BEM QUE ME TELEFONAS-TE.
- ESTAVA JÁ FARTA DE ESTUDAR, PRECISAVA E ESTAR COM ALGUEM, DE CONVERSAR, E LEMBRI-ME DE TI.
- E FIZESTE BEM, PORQUE EU NO OUTRO DIA ESQUECI DE TER PEDIR O TEU NÚMERO DE TELEFONE.
- BEM VAMOS?
- SIM.

E começamos a caminhar lado a lado, conversando, rindo, e a ainda no Jardim da Estrela eu paro de andar, e digo-lhe:

- HELENA, NÃO QUERES SENTAR-TE UM POUCO AQUI NUM BANCO ?
- SIM...PODE SER.

Começamos a falar, nem dei pelo tempo passar, eram quase 20h00...fomos depois ao restaurante, escolhemos os pratos, e ela me pergunta:

- QUIM, TENS NAMORADA EM LISBOA??'
- PORQUE PERGUNTAS???
- PORQUE TU LÁ EM BEJA NAMORASTE MEIA ESCOLA, LOL.
- É JUSTO QUE PERGUNTES...SIM, MAS VOU TER DE A DEIXAR.
- ENTÃO???-
- HELENA...É UMA CHATA...UMA YES GIRL.
. YES GIRL???
- SIM...AQUELAS RAPARIGAS QUE CONCORDAM COM TUDO, MESMO ODIANDO...DIZEM SIM A TUDO...AS YES GIRL...

Ela desata a rir tanto, até já chora de tanto rir, e diz:

- PENSEI QUE O SONHO DE OS HOMENS FOSSEM AS MULHERS...AS YES GIRL, LOL.
- POIS MAS EU NÃO PENSO ASSIM, HELENA...PREFIRO AS CASMURRAS, COM MAU FEITIO, INTELIGENTES, MAS TAMBÉM DOCES E BELAS AO MESMO TEMPO... ASSIM COMO...UMA RAPARIGA QUE EU CONHEÇO.

Ela ficou calada, e com a cara corada de vermelho, e eu digo:

- SIM...FALO DE TI, HELENA. GOSTO DE TI, E ESTOU ADORANDO TE CONHECER... E ESTOU COM VONTADE DE TE CONHECER MELHOR AINDA...E GOSTAVA DE ME DAR A CONHECER A TI, TENTAR TE IMPRESSIONAR PELO BOM SENTIDO.
- QUIM...APANHASTE-ME DESPREVENIDA EU...
- HELENA...NÃO PRECISAS DE FICAR ASSIM... EU COMPRRENDO QUE TU NÃO ESTEJAS A PENSAR O MEMSO QUE EU...
- MAS ESTOU QUIM... SEU TOLO...GOSTO DE TI DESDE QUE TE CONHEÇO.
- GOSTAS??'
- SIM...MAS TU ANDAVAS SEMPRE COM RAPARIGAS, AOS BEIJOS NA BOCA...
- EU NÃO SABIA QUE TU...
- NEM EU QUERIA QUE SOUBESSES...
- E EU FEITO CEGO NÃO VIA...MAS HELENA...e eu segurei a mão dela, e ela aceitou que eu fizesse isso... FINALMENTE EU COMECEI A VER...E ADORO O QUE VEJO...UMA MULHER FORTE, INDEPENDENTE, CORAJOSA, COM UM FEITIO DIGAMOS QUE ELA SABE SE DEFENDER...E ALEM DISSO AINDA É LINDA...E GOSTA DE MIM...ACHAS QUE EU PODERIA PEDIR UMA NAMORADA MELHO???
- NA...NAMORADA??'
- SIM, HELENA...NAMORADA...
- NÃO NAMORO NINGUÉM QUE TENHA NAMORADA. diz ela com o mau feitio a vir ao de cima.

Eu sorri, e disse:

- É JUSTO...VOU ACABAR COM ELA, DEPOIS VOU Á TUA ESCOLA, LEVO UM ENORME RAMO DE FLORES E NA FRENTE DA ESCOLA INTEIRA, VOU ME DECLARAR A TI, E TE PEDIR EM NAMORO.
- NÃO TENS CORAGEM...
- QUERES APOSTAR??? SEGUNDA FEIRA, LÁ ESTAREI.

Tivemos o resto de uma noite bem agradável, fomos ao cinema e depois acompanhei ela a casa onde ela morava, e quando eu me ia embora ela ia dar-me um beijo na cara e eu estendi a mão e ela olha para mim, e diz:

- PODEMOS DAR UM BEIJO NA CARA...
- NÃO SENHORA...TENHO NAMORADA, PELO MENOS ATÉ AMANHÃ...UM APERTO DE MÃO ESTÁ MUITO BOM.

Ela desata a rir, e estende a mão e demos um aperto de mão...só que eu a puxei e lhe roubei um beijo na boca, e foi tão bom...e digo:

- ESSE FOI ROUBADO, O PRÓXIMO VAI SER DADO NA MINHA NOVA NAMORADA...SEM SER ROUBADO, HELENA.

CONTINUA