Do bullying ao amor: o valentão me consquistou parte 2/5
PARTE 2
“Tá de boa, mano?”
“Quê? Ah, não é bem isso, é que...”
“É o quê? O Thiago? Se quiser, posso falar pra ele não sentar mais aqui.”
“Não, não precisa disso.”
“Tô achando que preciso, sim, agora que você é meu amigo.”
Ele falou como se o Thiago nunca tivesse sido nada pra ele. Os dois jogavam vôlei juntos, e, pelo que eu sabia, eram brothers de longa data.
“Se tá curioso, não quero mais amizade com ele. Chega de tapar o sol com a peneira: o cara é um valentão homofóbico, e eu não quero essa vibe ruim na minha vida.”
Fiquei de queixo caído. Eu sabia disso fazia mais de um ano, mas nunca imaginei que um amigo dele, logo o Alan, ia botar a boca no trombone assim.
“Desculpa mesmo por ter deixado ele te zoar por tanto tempo.”
Sorri. “Já te disse que tá de boa.”
Ele deu um aceno, e a gente juntou as coisas quando o sinal tocou.
Numa escola pequena como a minha, as fofocas voam. Não demorou pra eu descobrir que a vida do Thiago no colégio tinha virado de cabeça pra baixo, tanto quanto a minha. Ele foi cortado do time de vôlei, o que era uma baita parte da vida dele, logo no último ano. Também perdeu um monte de amigos, e os que sobraram meio que mantinham ele na geladeira.
Não vou dizer que fiquei feliz com isso, mas também não senti pena. Quem faz, paga, simples assim. Ninguém se safa sendo babaca pra sempre, e a agressão foi o estopim pra tudo desmoronar. Ele não sofria bullying – era grande demais pra alguém tentar –, mas também não tinha mais a galera do lado dele como antes.
Quando me assumi, aprendi que não vale a pena perder tempo se estressando com o que os outros pensam. Você só controla o que faz, então é você que tem que se manter na linha. Eu lidava com o Thiago do mesmo jeito de sempre: evitando ele como se minha vida dependesse disso. Se o pessoal não queria papo com ele, era escolha deles.
E, vamos combinar, era compreensível. Ninguém curte valentão ou intolerante, e ele tinha gritado pros quatro cantos que era os dois. Não fui eu que mandei ninguém se afastar, eles fizeram isso sozinhos. O Thiago armou a cama, agora tinha que deitar nela.
Lá por meados de janeiro, aconteceu algo que eu não esperava. Tava indo ao banheiro no meio de uma aula e, quando entrei, ouvi uns soluços. Meu primeiro impulso foi dar no pé pra dar privacidade pra quem tava ali, mas aí caiu a ficha: eu conhecia aquela voz. Conhecia até demais.
Era o Thiago, chorando sozinho no banheiro.
Tinha algo naquela cena, só de imaginar, que me fez parar. Mesmo assim, eu era a última pessoa que o Thiago ia querer ver ali, então dei no pé e fui pro banheiro do outro lado da escola.
Por algum motivo, não conseguia tirar da cabeça a imagem dele desmoronando daquele jeito. Eu não devia me importar, não era problema meu. Mas isso não me impedia de ficar matutando.
Mais pro fim do mês, rolou uma coisa ainda mais doida. De manhã, anunciaram que um carro que ficava estacionado todo dia lá fora tinha sido roubado. Foi um vandalismo pesado, e pediram qualquer pista que levasse ao culpado. No almoço, comentei com o Alan.
“Alguém roubou um carro. Que loucura.”
“Pois é, mas sabe o que ouvi?”
Levantei a sobrancelha. “O quê?”
“Falam que era o carro do Thiago.”
Fiquei de cara. Não parecia mais coisa aleatória. Quem fez isso provavelmente sabia de quem era o carro. Perguntei pros outros na mesa, e eles concordaram que devia ter sido de propósito, mas não tavam nem aí. Não é que comemoraram, mas deixaram claro que não se importavam com o Thiago ou as coisas dele.
Eu não sabia direito o que achava disso. Ele não merecia ter o carro ferrado assim, mas acho que fiquei mais encucado com a reação do pessoal. Por que isso me incomodava tanto?
Parte era porque as coisas continuavam ruins pra ele, mesmo depois de quase seis meses. Ele me deu um soco na cara, e isso foi foda. Mereceu a suspensão, fato. Mas será que merecia virar um pária por causa disso? Minhas marcas sararam, mas o Thiago ainda tava pagando o preço.
Falei pra mim mesmo que era besteira pensar assim, mas uma vozinha na cabeça cutucou: É mesmo?
Por mais que doesse, me forcei a olhar a situação de verdade, com mais frieza. Tudo indicava que ele, no mínimo, se sentia mal pelo que fez. Aceitou a punição sem chiar e parecia sincero nas desculpas. Também não tinha mexido comigo desde então. Sim, ele foi um valentão. Me zoava principalmente por eu ser gay. Mas... não tinha um ponto onde era suficiente?
Tentei imaginar o que alguém de fora, sem saber da história, pensaria ao ver a situação. Pra essa pessoa, o Thiago provavelmente pareceria só um cara calado, na dele, sem amigos, e que um monte de gente na escola não ia com a cara.
Se essa pessoa soubesse do que rolou, será que toda essa raiva acumulada contra ele ia parecer justa de repente?
Pensei naquele dia que o vi chorando no banheiro, semanas atrás. Mesmo nos meus piores momentos, nunca cheguei a esse ponto. Será que ele era mais frágil que eu? Aí me caiu a ficha: eu sempre tive alguns amigos pra me segurar. Pelo que eu sabia, o Thiago não tinha ninguém.
E então veio o pensamento mais incômodo de todos: as coisas que eu pensava sobre a situação do Thiago eram bem parecidas com o que os outros alunos provavelmente pensavam quando viam ele me zoando. Coisas tipo “não é da minha conta”, “não é tão grave”, “não sou eu que vou fazer alguma coisa”.
Lembrei de como era naquela época. Como eu teria me sentido se alguém tivesse peitado o Thiago e mandado ele me deixar em paz? Acho que teria sido grato pra caramba.
Fiquei matutando nisso por quase uma semana, até que uma coisa aconteceu que parecia um presente do universo, como se tivesse caído no meu colo. Em poucos dias, ia rolar uma assembleia na escola sobre bullying, e no final haveria um momento pra quem quisesse pegar o microfone e falar sobre experiências ou pensamentos.
Eu não achava que teria uma chance, e agora tinha uma bem na minha frente. A única dúvida era se eu ia agarrar essa oportunidade ou deixar passar.
Naquela noite, no jantar, tentei puxar o assunto com meus pais, meio nas entrelinhas.
“Ei, como a gente sabe se tá fazendo a coisa certa?”
Meu pai franziu a testa. “Em que sentido?”
Dei de ombros. “Sei lá, tipo, hipoteticamente. Tem algum sinal ou pergunta que dá pra fazer?”
Os dois pensaram um pouco.
“É uma pergunta complicada”, disse minha mãe. “Uma coisa que aprendi é que fica mais fácil ver as coisas com clareza quando não é com a gente.”
“É”, meu pai concordou, “mas acho que a escolha certa é sempre a que tem mais integridade. Tipo, qual você olharia pra trás, anos depois, e se sentiria bem. Por que tá perguntando?”
“Ah, só curiosidade.”
Eles pareceram meio desconfiados, mas, por sorte, não insistiram.
Naquela noite, deitado na cama, fiquei pensando. Imaginei que fosse uma situação com um estranho, tipo algo mandado pra uma coluna de conselhos. Também tentei pensar qual caminho teria mais integridade.
Os dois jeitos de olhar me levaram pro mesmo lugar. Eu sabia o que precisava fazer.
Eu tava tremendo enquanto esperava na fila pro microfone aberto na assembleia. Não sou lá o cara mais descolado ou confiante, e agora ia falar na frente da escola inteira.
Já tinha preparado o que ia dizer. Era minha única chance, e eu queria mandar bem. Passei um tempão ajustando as palavras, mudando uma coisa aqui, outra ali, até ficar do jeito que eu queria. Me esforcei mais nisso do que em qualquer redação da vida.
Cheguei no microfone, meti a mão no bolso e puxei a folha com meu discursinho.
“Pra mim, o pior do bullying é como ele te faz sentir menos humano. Você se sente um nada, como se não valesse a pena alguém se importar. Mas uma coisa que aprendi é que essa desumanização não vem só de porrada no vestiário ou ameaças na internet. Às vezes, é sutil, vai se acumulando com o tempo até você sentir o peso. E nem precisa ser de propósito; pode vir da indiferença ou até de um senso torto de justiça.
O que me dá medo nas pessoas, da nossa idade ou mais velhas, é como a gente aprende a odiar rápido. Vemos uma coisa, e o ranço que surge até pode fazer sentido, mas a gente se agarra nisso e usa pra ignorar tudo que a pessoa faz depois. Humanos são imperfeitos, e, pô, a gente ainda é praticamente criança. Fazemos burrada, falamos coisas que depois nos ferram. Perdoar é difícil, deixar pra trás é mais ainda, mas se a pessoa tá realmente tentando mudar, a gente precisa dar um crédito.
Eu não sou melhor que ninguém. Também guardo mágoa e sei como é ficar na dúvida se devo abrir a boca. Você pensa que não é da sua conta, que não cabe a você se meter. Mas a real é que você só controla o que você faz. Se você escolhe ficar calado, tá abrindo mão da única coisa que pode fazer pela situação. E tem alguém nesta escola que, eu acho, tá precisando de um amigo agora.”
Respirei fundo, juntando coragem pro gran finale.
“Eu te perdoo, Thiago Oliveira. Acredito que você tá arrependido e quer deixar pra trás o que rolou no último ano. Eu quero a mesma coisa.”
Saí do microfone e voltei pro meu lugar. O silêncio na sala era tanto que eu juro que dava pra ouvir um alfinete caindo do outro lado. Ninguém abria a boca. Parecia que ninguém nem respirava.
Se fosse filme, talvez o silêncio acabasse com uma palma lenta, mas, óbvio, isso não rolou. Só ouvi uns murmúrios. Ninguém sabia o que pensar do que eu tinha falado. Sentia os olhares queimando em mim.
Os vinte minutos até o sinal final foram um borrão. Não lembro nada do que os outros alunos falaram. Só sei que o sinal tocou, e eu me levantei pra vazar.
Ninguém veio falar comigo enquanto eu ia pro bicicletário. Só uma pessoa queria me encontrar, e ele esperou que eu fosse até lá.
O Thiago tava parado no bicicletário. Ele sabia que eu voltava de bike desde o ano passado, quando saímos juntos da escola na detenção. Eu ia pra minha bicicleta, ele pra caminhonete.
Ele me olhou por um segundo e depois baixou a cabeça.
“E aí, Mateus.”
Tentei sorrir de volta, de boa. “E aí, Thiago.”
Ele só disse uma coisa antes de vazar.
“Valeu.”
Naquela noite, meus pais falaram que queriam conversar. Meu coração já disparou, achando que vinha bomba.
“A escola ligou mais cedo”, meu pai começou.
Puta merda...
“O que... o que eles falaram?”, perguntei, já suando frio.
“Contaram uma coisa interessante, mas queremos ouvir de você”, disse minha mãe. “Manda a real.”
Beleza. Contei tudo. Falei como minha vida deu uma guinada depois do rolo, e como a do Thiago desandou. Disse que, apesar de tudo que ele fez, eu tava com pena. Ele parecia estar tentando ser uma pessoa melhor, mas o pessoal continuava com ranço. Contei que pedi conselho pra saber o que era certo e usei isso pra decidir falar sobre o isolamento dele na assembleia.
Quando terminei, olhei pros meus pais, morrendo de medo do que vinha. Os dois tavam com uma cara de raiva que eu só vi depois que apanhei. O que eles tavam achando disso?
“Mateus?”, meu pai chamou.
“Fala, pai.”
“Sou seu pai há dezoito anos, e posso dizer, com toda a sinceridade, que nunca tive tanto orgulho de você como agora.”
Minhas sobrancelhas voaram pra testa.
“Também tô orgulhosa, meu amor”, disse minha mãe. “Você fez uma coisa incrível. Escolheu o caminho certo quando quase ninguém faria isso. Tô muito feliz de ter você como filho.”
“Vocês não tão bravos?”, perguntei, ainda sem acreditar.
Meu pai riu. “Por que a gente ficaria bravo?”
“Sei lá...”
“Olha, Mateus, o que o Thiago fez foi foda, mas ele não te deu mais problema desde então. Se você perdoou ele de verdade, a gente também perdoa.”
Fiquei sem palavras.
Minha mãe cortou. “Mas ainda não acabou. Se você quer dar exemplo, precisa tentar ser amigo dele.”
Assenti. Sabia que não podia só falar bonito. Se eu dissesse na escola que perdoava o Thiago, mas continuasse fugindo dele, meu discurso ia ser só papo furado, só pra me sentir o bonzão sem cumprir nada.
“O que acham que eu devo fazer?”, perguntei.
“Começa com pouco”, sugeriu meu pai.
Beleza, com algo pequeno eu dava conta.
No dia seguinte, na hora do almoço, bati o olho no Thiago sentado no chão, encostado na parede, comendo sozinho. Sem dizer nada, sentei do lado dele.
Ele levou um susto. “Mateus?”
Acenei. “E aí, Thiago. Beleza?”
“Ãhn... acho que sim...”
Comecei a comer.
“Olha, não quero parecer mal-agradecido, mas... você não precisa fazer isso.”
Eu meio que achava que precisava, mas não falei.
“Tô fazendo porque quero. Falei sério ontem.”
Ele me olhou como se eu fosse de outro planeta.
Dei uma espiada no rango dele. Era um sanduíche caprichado, parecia bom pra caramba.
“De onde veio esse?”
“Isto? Eu que fiz.”
“Sério? Eu não passo de pão com pasta de amendoim.” “Você cozinha?”
Ele deu um aceno. “Um pouquinho.”
Acredita que, depois do climão inicial, o papo fluiu de boa? Continuamos almoçando juntos, e as coisas pararam de parecer um filme de ficção científica. Nunca imaginei, mas a gente tava virando amigo.
Depois de uns dias comendo com ele, o Alan me perguntou onde eu tava metido.
“Ah, tava com o Thiago.”
Ele arqueou a sobrancelha.
“Sério mesmo?”
Assenti. “Ele é de boa, cara.”
O Alan ficou com cara de quem viu um unicórnio, mas nada se comparou ao dia seguinte, quando levei o Thiago pra nossa mesa de sempre. Não falei nada, só sentei com ele e puxei papo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Depois de uns minutos, o Alan entrou na conversa, e os dois pareceram se dar bem de novo.
Eu nunca tinha percebido o quanto eu não sabia sobre o Thiago Oliveira. Ele era o valentão, e eu achava que isso bastava, mas agora que ele tava tentando recomeçar, vi que o cara não era ruim. Eu até curtia ficar com ele, trocar ideia. No começo, ele ficava meio na defensiva, como se tentasse sacar qual era a minha, mas com o tempo relaxou. Eu tinha pavor dele antes, mas, contra todas as odds, ele virou um dos meus melhores amigos.
Teve um dia que me dei conta que nem sabia a cor dos olhos dele. Dei uma olhada e levei um susto bom. Eram um azul-esverdeado, tipo mar, que casava perfeito com o cabelo castanho. Fiquei olhando um tiquinho a mais, até ele perceber.
“Que foi? Tô com algo na cara?”
“Quê? Não, é que nunca tinha reparado nos seus olhos.”
Ele me olhou meio desconfiado.
“Posso te perguntar uma coisa estranha?”
“Er... pode?”, falei, já meio tenso.
“Tudo bem se eu perguntar que tipo de asiático você é? Fiquei pensando.”
Dei uma risada depois de processar a pergunta.
“Tranquilo. Meu pai é japonês, e minha mãe é filipina.”
Ele sorriu e assentiu. Tinha esquecido como o cara era bonito.
As semanas passaram, e a amizade seguiu firme. Era bom. Parecia certo.
Logo depois do Dia de São Patrício, levei um susto. Era antes da aula, eu tava de boa, sem fazer nada, quando um cara que eu já tinha visto pelos corredores, mas não conhecia, veio falar comigo.
“E aí, Mateus. Acho que a gente nunca se apresentou. Sou Cristiano Souza.”
Apertamos as mãos.
“Você é novato?”, perguntei.
Ele confirmou. Era bem gato. Como a maioria dos caras da escola, mais alto que eu. Magrelo, mas com um cabelo cacheado e um sorriso que brilhava.
“Sei que é meio do nada, mas... você tá com par pro baile?”
Pra ser honesto, nunca tinha pensado no baile. Não planejava ir. Nem sabia que tava tão perto.
“Não.”
“Beleza, então... topa ir ao baile comigo?”
Pera, como é que é?
“Tipo... um encontro?”
“Olha, se quiser, pode ser só como amigos, mas eu prefiro como par mesmo. Tô meio a fim de você faz um tempo e pensei: quer saber? Vou arriscar.”
Pisquei umas vezes, atônito. Sair com caras não era algo que eu imaginava no ensino médio. Quer dizer, ser gay já é menos comum, e eu nunca me achei grande coisa. Era só o nerd asiático, mas esse cara tava a fim de mim?
“Tá tudo bem?”, ele perguntou.
“Não, é que... é inesperado.” Pensei por um segundo. Não tinha motivo pra dizer não.
“Claro, eu vou com você.”
Ele abriu aquele sorriso que iluminava tudo. “Como amigos ou como par?”
Devolvi o sorriso. “Como par.”
A parada toda deve ter me deixado mais animado do que eu imaginava, porque, quando cheguei na mesa do almoço, o Alan sacou na hora.
“Por que tu tá com essa cara de quem ganhou na loteria?”
Dei um sorrisinho tímido. “Arranjei um par pro baile.”
“Sério?!” Ele me deu um tapa nas costas, todo empolgado. “Que maneiro! Você tem que se encontrar com a gente, eu e a Miranda!”
Ele já tava com a Miranda fazia uns meses, então nunca precisou se preocupar com par.
“Beleza, combinado.” Virei pro Thiago. “E tu, vai pro baile?”
Ele me olhou meio estranho antes de responder. “Não, não é muito a minha. E também não tenho namorada pra levar.”
“Isso não é desculpa”, disse o Alan, todo animado. “Eu te ajudo a arranjar alguém. O baile é tipo um marco, tu vai com a gente.”
O Alan, o Thiago e eu ficamos bem grudados naquele semestre. Parecia natural que a gente curtisse essa juntos. O Thiago tava meio na dúvida, mas eu e o Alan demos um jeito de convencer ele. Tudo tava se ajeitando, e eu tinha um pressentimento que o baile ia ser daqueles pra guardar na memória.
Tive a experiência clássica de baile. Minha mãe me ajudou com a roupa, passei um tempão me arrumando, e meu pai me emprestou o carro pra ir até a escola. Quando cheguei, dei de cara com o Cristiano, que tava um arraso. O cabelo dele tava impecável com gel, e o sorriso era de tirar o fôlego. Ele até trouxe uma rosa pra mim, que prendeu na minha lapela.
“Tu tá um gato”, ele disse.
Fiquei vermelho e murmurei um obrigado.
Lá dentro, encontramos o resto da galera: Alan e Miranda, Thiago e Vitória Réis , uma amiga da Miranda que topou ser o par do Thiago. A gente se jogou na festa: tiramos aquelas fotos meio constrangedoras, dançamos (uns melhor que outros) e atacamos os comes e bebes. O Alan e a Miranda, já namorando firme, se beijaram, andaram de mãos dadas e dançaram sem vergonha.
O Thiago e a Vitória Réis não eram casal, então só curtiram como amigos no grupo. Eu e o Cristiano ficamos no meio-termo.
CONTINUA...
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Comentários (1)
Anônimo: Progressismo foi "bom" em alguns aspectos, mas no geral, destruiu a estrutura social ao qual não deveria ser totalmente destruída, o maior exemplo de homem gay respeito era o Clodovil, admirado além de quem era, além da ideologia, sabia bem como se comporta, sem força narrativas, lamentavelmente o que ocorre hoje é o contrário.
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