Para ti, Rosa
É dedicado a uma mulher, decerto que muitos homens pensam e sentem o mesmo que eu. Amamos as nossas mulheres e não temos medo de o dizer... Amo-te.
Bom dia a todos.
Vou fazer já um aviso, se esperam um conto fantasioso com mulheres de sonho, e gajos com paus anormalmente grandes, e com muito sexo á mistura, esqueçam, parem já de ler, aqui neste conto não vão encontrar nada disso.
Este é um site de contos eróticos, e erotismo e pornografia são duas coisas muito distintas, embora possam estar interligadas, mas não deixam de ser distintas.
Este conto acaba por ser a história de um amor, entre um homem e uma mulher, juntos á 45 anos, dos quais 42 casados.
Mas vamos ás apresentações dos protagonistas, que sou eu, Joaquim, ou Quim, e a principal protagonista a Rosa, a musa inspiradora da minha existência, a muita querida e amada companheira.
Sim porque ela não é minha, ela é uma mulher independente que me deu a alegria de partilhar a sua vida comigo, nesta viajem que começámos juntos, e que tanta alegria me dá, mesmo nos momentos mais, digamos conturbados, nos apoiamos um ao outro, e todos superamos, e acreditem que ao longo de 45 anos foram bastantes. Mas o amor, vence tudo.
O modo como nos conhecemos, não foi dos mais ortodoxos, pois eu conheci a Rosa no dia em que ela me colocou umas algemas nos pulsos e me levou preso para a esquadra...só que nesse dia ela não me prendeu só os pulsos, prendeu o meu coração e a minha alma também.
A profissão dela, já adivinharam, era polícia, mas a minha não era bandido, LOL, não, embora para a conhecer eu tornar-me -ia num bandido...valera a pena, mas eu sou um agente de seguros.
Descrevendo a Rosa fisicamente na época em que a conheci, ela era uma mulher alta, olhos castanhos, cabelos longos castanhos claros, que ela usava apanhados, cara redonda, lábios não muito grossos, ela era uma mulher com algum peso a mais, mas não muito, cor da pele branca, uns seios bem desenvolvidos, cintura fina, ancas largas, um rabo bem feito, coxas de largura normal.
Eu, sempre tive problemas de excesso de peso quando era criança e adolescente, mas aos 16 anos, começo a fazer exercício físico, entrei para um clube de atletismo, perdi peso, ganhei músculos, e como sou alto, e cuidava da minha aparência, e além disso, quando perdi o peso, ganhei confiança com o meu corpo, e era um engatatão, não podia ver um rabo de saia, que eu queria levar a senhora ou a jovem para a minha casa, e passar um tarde ou uma noite a conhecer ela carnalmente...era um play boy da treta, LOL.
Geralmente quando tinha relações sexuais com alguma delas, depressa as largava, por vezes pelas suas próprias irmãs, ou melhores amigas...ou mesmo pelas mães delas, e em alguns casos nem as avós me escaparam.
Isto aconteceu quando eu fui morar sozinho, deixei a casa dos meus pais aos 17 anos, fui trabalhar, e estudava de noite, e arranjei uma casa para ir morar sozinho. Estávamos em 1974.
Mas voltando á Rosa, em 1979, acontece que numa festa numa coletividade, num baile, aquilo começou com uma briga entre alguns homens, e eu sem conhecer nenhum dos que andava á pancada, vi-me envolvido, pois um deles esmurrou-me na cara, e eu respondi, e vieram os amigos dele, e bem, a certa altura chega a GNR, e graças a Deus, a Rosa, que na altura tinha entrado para a GNR havia pouco mais de 1 ano, foi também destacada para ir com a restante patrulha, até porque haviam várias senhoras e jovens que poderiam precisar de ser revistadas, e naquela briga até haviam mulheres envolvidas, algumas por vingança de outra lhe ter tirado o namorado, digamos que houve alguns ajustes de contas a serem resolvidos.
Bem, a GNR chega, quem consegue escapar, escapa, mas eu embora tentasse não consegui sair a tempo e a Rosa, imobilizou-me, e algemou-me e levou-me para a carrinha, e eu e mais 7 ou 8 homens fomos presos.
Já na esquadra, quem vai recolher o meu depoimento??
A Rosa, e foi aí que eu reparei bem nela, enquanto lhe fornecia os meus dados, e vá-se lá saber o porquê, começo a olhar para ela, de uma maneira diferente daquela que eu olhava para as mulheres na altura, porque sou sincero, eu queria era leva-las para a cama, e mais nada, nunca na minha vida eu pensava já em ter alguma relação mais séria.
Eu começo a olhar para ela, e como eu escrevi, comecei a interessar-me por ela, não que a acha-se mais bonita que outras que eu já tinha conhecido, mas porque ela tinha algo especial.
Bom passei essa noite numa cela, e na manhã seguinte fui libertado, e fui para casa, dei um banho, e aos domingos, quando não tinha nenhuma companhia feminina eu ia almoçar com os meus pais, pois digam o que disserem, nada melhor que uma comidinha feita pela nossa mãe, para reconfortar a alma, e que saudades eu tenho da comida da minha mãe.
Bom, mas eu não conseguia deixar de pensar naquela GNR, que me prendeu, e sinceramente fiquei bastante confundido com esse pensamento só nela...nunca nenhuma mulher me tinha deixado assim, e eu nem a conhecia ainda.
Nesse domingo, depois do almoço, na altura eu tinha uma Vespa, fui até á esquadra onde tinha passado a noite, para de alguma maneira a ver novamente, e tive muita sorte, porque ela estava a sair do turno dela, e ela sai da esquadra vestida normalmente, ela estava com uma saia pelo joelho azul escura, uma camisa branca e um casaco vermelho, estava com os cabelos soltos, e umas botas de cano alto castanhas escuras, lembro-me como se ainda a estivesse a ver agora.
Segui ela, ela caminhou até á paragem de um autocarro, esperou uns minutos e depois montou-se no autocarro, e eu segui o autocarro até que ela desceu, e mais uma vez tive sorte, porque ra perto da casa onde eu morava, uns 10 min se caminhássemos a pé.
Ela entrou num prédio, e eu ainda esperei uns minutos, mas ela já não desceu e eu fui-me embora.
Durante a semana, entre o meu trabalho, eu na altura trabalhava já na companhia de seguros, e saia do escritório e por vezes ainda ia fazer cobranças, eu não tinha oportunidade de a ver, mas no sábado trabalhava só até ao meio dia, e não tinha de fazer as cobranças, fui até á esquadra...é que eu pensava nela o dia todo, mas que raios se passava comigo, parecia bruxedo.
E dei sorte outra vez, e ela estava a sair da esquadra, e eu não iria perder a oportunidade de falar com ela, e quando ela se afastou um pouco da esquadra, eu a abordei e eu disse:
- BOA TARDE, PEÇO DESCULPAS POR A ESTAR A INCOMODAR, MAS A SENHORA PRENDEU-ME FAZ HOJE 8 DIAS NUM BAILE...LEMBRA-SE?
Ela estava um pouco surpreendida, não esperava ser abordada ali no meio da rua, e disse:
- SIM RECORDO-ME...MAS QUE QUER?
- PRIMEIRO PEDIR-LHE DESCULPAS...E SE ME PERMITIR ACOMPANHAR ESTE PEDIDO DE DESCULPAS COM UM LANCHE ALI NAQUELA PASTELARIA...
- MAS VEM PEDIR DESCULPAS POR TRE SIDO PRESO??? ESTÁ BOM DA CABEÇA???
Eu fiquei sem saber que responder, e resolvi segui um concelho do meu avô paterno:
SE FICARES ATRAPALHADO NUMA CONVERSA COM ALGUMA MULHER, NÃO MINTAS, ELAS SABEM LOGO. FALA A VERDADE.
- BEM, disse eu, NA VERDADE ISSO ERA UM PRETEXTO PARA CONVERSAR CONSIGO, A VERDADE É QUE EU DESDE AQUELE DIA QUE NÃO CONSIGO DEIXAR DE PENSAR EM SI, E GOSTAVA DE SABER O PORQUÊ, E PARA SABER, TENHO DE A CONHECER MELHOR, E ISSO SÓ DEPENDE DE SI, PORTANTO MAIS UMA VEZ ESTOU NAS SUAS MÃOS.
Ela olha para mim, e sorri, e diz:
- ESTÁ A VER QUE FALAR A VERDADE É SEMPRE MELHOR??? SIM ACEITO O SEU CONVITE PARA LANCHAR, ATÉ PORQUE NEM ALMOCEI HOJE.
Até hoje quando ás vezes eu lhe pergunto porque é que ela aceitou o meu convite naquele dia, ela limita-se a sorrir, dá-me um beijo na boca e diz que está respondida a minha pergunta.
Bom, o que é certo é que aquele lanche durou até á hora do jantar, pois começamos a falar, a conhecermo-nos e eu fui percebendo porque eu não conseguia deixar de pensar nela... eu percebi que eu acabaria por colocar um anel no dedo dela, pois depois de conhecer tanta mulher, ela era aquela que eu procurava.
Passamos depois a sair mais vezes, e naqueles tempos, não era como é agora...agora primeiro vai-se para a cama e depois conhecem-se as pessoas, e depois acaba por haver tantos divórcios, na altura conheciam-se as pessoas e depois então se ia para a cama.
Podem até achar contraditório o que eu escrevi, eu já referi que eu levei para cama logo no primeiro ou segundo encontro dezenas de mulheres...sim é verdade, mas não me casei com nenhuma, como acontece hoje em dia, e aí está a diferença, mas os tempos são outros.
Pedi ela em namoro uns meses depois, e ela aceitou, e foi quando a levei a conhecer os meus pais, eu só levei uma mulher para os conhecer e foi a Rosa.
Depois eu fui conhecer os pais dela, e os 6 irmãos, os meus cunhados hoje em dia, e naquela família...bem 2 estiveram no exercito, um na marinha, outro na força aérea, e os outros 2 na polícia, e a Rosa era a mais nova deles todos...o meu sogro também foi GNR.
Começamos á procura de casa, e só depois de compramos casa é que nos casamos.
Foi em Fevereiro de 1982, estava um dia horrível, um frio de rachar, chovendo a cântaros, mas havia um raio de sol que me iluminou quando a vi entrar na igreja acompanhada pelo pai dela...sim era ela, estava tão bonita, naquele vestido de noiva simples, ela nunca foi mulher de usar roupas muito sofisticadas, até porque eu sempre lhe disse que a melhor roupa dela, era ela toda nua.
Bom, casamo-nos, fomos para o copo de água, e nessa noite, já era de madrugada, quando eu lhe peguei ao colo para entrarmos na nossa casa, ela estava nervosa...eu não estava menos.
Ela durante o nosso namoro disse que havia prometido á mãe que se casaria virgem, e eu sabe lá Deus como, fiz mesmo das tripas coração para a ajudar a cumprir aquela promessa...mas foi bastante complicado, pois eu desejava fazer amor com ela cada vez que a encontrava, e então naquelas tardes que passamos a pintar a casa, e arrumar ela, antes do casamento, nem vos conto como foi complicado resistir-lhe.
Mas ali estávamos os dois, ambos com 25 anos, na nossa casa, já casados, e ela estava deslumbrante naquele vestido...entrei com ela na nossa casa, carregando-a nos meus braços, eu vi tantas vezes essa cena nos filmes que íamos ver ao cinema, que eu jurei que lhe faria o mesmo no dia em que casaríamos.
Quando a pousei no chão, já no nosso quarto, ficámos nos olhando, sabíamos o que iriamos fazer dali a momentos, e ela começa a despir o vestido de casamento, e fica em lingerie, e eu ia começar a despir-me e la pediu para ser ela a despir-me.
E despiu-me todo até eu ficar só em cuecas, e bem e o meu...amiguinho a querer romper as cuecas de tão crescido estava... ela corou quando viu o estado em que eu estava...mas era impossível não estar de outra maneira, pois ela com aquele soutien, com as mamas quase saindo dele, aquelas cuecas sensuais, e aquelas meias de liga tudo em branco... não dava para resistir, nem eu queria, LOL.
Quando eu comecei a tirar-lhe o soutien e depois as cuecas e a ela despe as meias, e ficámos nus em frente um do outro.
Ela já sabia que eu tinha feito sexo com outras mulheres, nunca lhe escondi nada, mas eu ali naquele momento não estava prestes a fazer sexo com uma mulher qualquer...era com ela, Rosa, a mulher da minha vida...e se eu fizesse tudo errado...se ela não gostasse de estar comigo...
Ela apesar de estar também nervosa ela pergunta-me:
- QUE SE PASSA QUIM...PARECES NERVOSO...
- E ESTOU...E SEU EU NÃO...E SE TU NÃO GOSATRES DE ESTAR COMIGO...E EU FAÇO TUDO ERRADO...
- EU ESTOU NA MESMA QUIM...TENHO MEDO DE NÃO GOSTARES DE FAZER AMOR COMIGO...
Mas ela avança dois passos e abraçou-me e eu a ela, e nos beijamos na boca e depois...foi magia que aconteceu, dois seres desejosos de dar e tirar prazer um do outro.
Rebolando naquela cama, nos acariciando, beijando, eu chupando as mamas dela, ela gemendo e sorrindo, ou ela mamando no meu pénis ... olhando-me nos olhos, vendo a minha cara de prazer, e quando chegou o momento de ela se colocar em cima de mim, oferecendo-me a sua vagina, e nos envolvemos num 69, louco...louco...ela oferendou-se cada vez mais, estava ansiosa de ser possuída pelo seu maxo, ambos soubemos quando chegou esse momento, os nossos corpos já suados pediam a gritos que nos uníssimos para sempre, selando assim o nosso amor, e ela rebola, estávamos ambos nervosos, ela por ir sentir o meu membro ereto dentro da sua gruta de prazer, e eu nervoso para que não a magoa-se, e quando eu me meti em cima dela, senti o corpo dela estremecer de desejo... demos mais uns beijos na boca, ela diz com a voz rouca que estava pronta, a vagina dela estava bem lubrificada, e eu aos poucos fui penetrando ela...rompi o hímen dela, ela gritou de dor, mas abraçou-me em seguida e pediu para que eu não para-se, e eu continuei entrando dentro de corpo dela, até que ficámos completamente unidos, ambos respirando depressa...ela movia a cabeça para um lado e paar o outro, eu perguntei se ela estava bem, ela responde que nunca esteve tão bem na vida dela, pois estava unida ao amor da vida dela.
Entrelaçamos as mãos, e comecei a mover-me entrando e saindo dela, aumentando o ritmo a pouco e pouco, até ela gemer e berrar, eu a ver aquelas mamas grandes dela balançando, os bicos delas castanhos escuros se movendo daquela maneira quase que me hipnotizam, e ela enrola as pernas dela na minha cintura e começa a gritar para que eu não pare, e eu cada vez mais estou mais entusiasmado, a cama começa a bater na parede, e de repente ...CATRAPUM...a cama se desmancha toda, e caímos com o colchão no chão...mas nem isso nos fez parar, continuamos assim, até que eu dou um urro e encho o ventre dela com o meu sémen...
Esperei um pouco de tempo, dentro dela, aos beijos na boca, e ela dá a volta, fica por cima de mim e começa a mover as ancas, e depois começa a subir e a descer pelo meu pénis, e eu vendo aquelas mamas maravilhosas indo para cima e para baixo, consoante ela subia e descia, via a cara dela sorrindo, e depois mordendo os lábios, até que ela tem um espasmo violento, solta um gemido rouco...ela teve um orgasmo, mas não para de se mexer e em seguida tem outro, e depois outro, e só acaba quando ela se deita por cima de mim, encosta a cabeça dela ao meu peito, e diz:
- QUERIDO TEMOS DE FAZER ISTO TODOS OS DIAS...
- SUA ASSANHADA...QUER DIZER ...A MENINA QUE QUERIA CHEGAR VIRGEM AO CASAMENTO, AFINAL É UMA ASSANHADA...
- JÁ VISTE A SORTE QUE TIVESTE???
- PARECE QUE SIM... TU SÓ ME DÁS SORTE...AMO-TE TANTO...
- E EU A TI...AINDA BEM QUE TE PRENDI NAQUELE DIA...
- E NÃO SÓ ME ALGEMAS-TE MAS FOSTE UMA LADRA NESSE DIA.
- UMA LADRA???
- ROUBAS-TE-ME O CORAÇÃO...
E le sorriu e beijou-me na boca e dormimos assim com o colchão no chão, entrançadinhos um no outro e quando acordamos repetimos a dose...e quando fomos arranjar a cama, estava um bilhete escrito pelo meu padrinho de casamento, o meu primo Helder:
SE ESTAVA CAMA DE MANHÃ AINDA ESTIVER INTEIRA É PORQUE SÃO OS DOIS MUITO FRAQUINHOS...
Mais tarde nesse dia, no almoço de família, disse ao meu primo que a cama se desmanchou toda, e ele fartou-se de rir, e deu-me uma valente palmada no ombro. A Rosa ouviu a conversa e ficou bastante corada, LOL.
E assim prosseguimos a nossa vida, trabalhando, fazendo amor com ela no resto do tempo, até que ao fim de 2 anos ela disse que estava grávida.
Eu sempre desejei ser pai, fiquei super feliz e mais quando o médico disse que eram gêmeos, e uns meses mais tarde nasceu o meu Luís e a minha Luísa...e nos mudamos de casa, para uma casa maior, pois os bebés mais cedo ou mais tarde precisariam cada qual do seu quarto.
Depois veio o Fernando, a Maria e finalmente o António, este já não fora programado, estávamos já ambos com 47 anos, e ela toda atrapalhada diz-me que está mais uma vez grávida.
O António não foi planeado, mas de certa maneira, veio preencher um vazio nos nossos corações todos, de mim, da Rosa e dos nossos filhos mais velhos, pois a Maria...ela faleceu num estupido acidente de transito, quando tinha 14 anos, e eu nunca mais me perdoarei, pois quem ia a conduzir era eu... sei que o acidente não foi minha culpa, mas existem tantos ses dos quais eu jamais me vou perdoar...se ela não fosse comigo...se eu não tivesse ido por aquela estrada...se eu tivesse ficado em casa...sei lá tantos ses... todos os dias á noite falo com a Maria, ela é a minha estrelinha lá no céu, e eu vou até é rua, para sentir ela vir.me tocar com a sua luz.
Sei que isto é tudo invenções da minha cabeça, mas é a minha maneira de a sentir perto de mim.
Agora vou escrever na para a Rosa diretamente, pois ei que ela vai ler, este conto.
Rosa, nem sabes nem sonhas sequer como tu és importante para mim. Não te consigo dizer por palavras, muito menos escrever, o que significas para mim.
Fizeste de um play boy de treta, o homem mais feliz que existe, quando decidiste partilhar a tua vida comigo, e iniciamos juntos esta aventura cheia de alegrias...tristezas, mas que viver ela ao teu lado, é tudo que eu sempre quis.
45 anos Rosa... nem acredito como me pudeste aturar 45 anos, sim é certo que te zangas-te comigo tantas vezes, e nem quantas vezes apanhei dores de costas por ter de ir dormir no sofá, mas tu ias sempre de madrugada ver com eu estava, conto-te agora, que eu fingia dormir, e tu vinhas ajeitar o cobertor, e me fazias uma festa nos cabelos e depois ias-te deitar, e na manhã seguinte estavas tu com cara de brava para mim, resmungando...até que eu te fazia sorrir, quando te agarro pela cintura, e coloco a minha cara no teu ombro, e começo a beijar-te na cara, e tu ralhando para eu me afastar, e eu teimoso não saio, até sou mais ousado e te agarro nessas mamas e as apalpo, e tu começas a dizer que os nossos filhos estão a acordar, e eu digo-te para irmos fazer outro.
Começas a chamar-me tarado, agora de velho tarado, porque sentes o meu pênis ereto e duro, roçando nas tuas nádegas... nunca precisei desses comprimidos azuis, nem de outro estimulante, basta teu sorriso, o teu cheiro, o teu toque para eu ficar digamos pronto para a brincadeira...e agora que temos a nossa casa só par nós, o que não falta é brincadeira...quem diz que o sexo aos 60 anos não presta...tenho pena dessa pessoa.
Trouxeste-me á vida de novo quando a nossa Maria faleceu...eu mergulhei numa depressão, e bebia para esquecer, pensei que a solução para a minha culpa estava no fundo de alguma garrafa de vinho.
Tu, apesar da tua dor, nunca me culpas-te de nada, nem precisavas eu culpo-me ainda hoje em dia, mas a certa altura deste-me a maior prova de amor que eu poderia algum dia pedir.
Estava uma noite de chuva, eu passei-a quase toda numa taberna bebendo, nem sei como cheguei a casa.
Estavas me esperando, com os nossos filhos, e tinham as malas feitas...em cima da mesa da sala estava uma caixa cheia de garrafas de vinho e só me disseste:
- EU NÃO CONSIGO VIVER CONTIGO ASSIM, NEM TEUS FILHOS, QUE PRECISAM DE UM PAI, E EU NÃO CONSIGO SER PAI E MÃE DELES... TENS AÍ O VINHO QUE TU TANTO AMAS AGORA, SE PREFERES O AMOR DELE AO MEU E DOS TEUS FILHOS, QUE SEJAS FELIZ BEBENDO.
E foste embora com os nossos filhos... estiveste fora uns meses até que eu, um alcoólico, depois de andar em reuniões e tratamentos, consegui ficar sóbrio 3 meses, e fui ter convosco, e vos pedi perdão. Nunca mais bebi uma gota de álcool na minha vida.
Eu só me ajoelhei aos teus pés 3 vezes na minha vida, até hoje, foi quando te pedi em namoro, em casamento, e quando eu julguei que te perderia para sempre, quando levaste o tiro que quase te matou.
Passei as 3 semanas mais horríveis da minha vida, tu no hospital lutando pela tua vida, e eu sem poder fazer nada... senti-me um inútil, e um mentiroso pois tinha de olhar para os nossos filhos e transmitir esperança a eles, quando eles viam que nos meus olhos a esperança era pouca, o médico chegou mesmo a dizer que me fosse preparando para o pior, e eu zanguei-me contigo, gritava sozinho, em desespero, chorando que nem um bebé - LUTA PELA VIDA SUA CABRA. NÃO TE ATREVAS A DEIXAR-ME.
E um dia acordas, eu estava no hospital, e vieram chamar-me, a enfermeira dizia que os milagres acontecem...e quando vi teus olhos abertos, renasci.
E quando recuperas-te eu ajoelhei-me a 3ª vez aos teus pés e te implorei que deixasses as patrulhas.
Ao fim de uns meses estava s a fazer trabalho de secretaria, eu sei que foi apenas para me sossegar, que tu adoravas patrulhar as ruas, mas nem sabes o alívio que foi para mim quando deixas-te as patrulhas.
Estamos os dois já reformados, vamos finalmente fazer aquela viajem de autocaravana, vamos percorrer este mundo só nós dois.
És a mulher com quem eu sonhava partilhar a minha vida, és minha amiga, amante, companheira, uma mãe incrível, uma avó babada...és a minha Rosa, linda, com espinhos onde eu me pico por vezes, mas que tu depois vens curar a minha ferida com todo o amor e carinho.
Que faria eu sem ti??? Não sei nem quero nunca saber.
Confesso-te que eu tenho 3 desejos na minha vida...ser feliz ao teu lado, que os nossos filhos sejam tão felizes como eu sou contigo, e que morra antes de ti, pois não quero sentir a dor de te perder.
Sabes que eu deixei de acreditar em Deus quando a nossa Maria partiu, mas se de alguma maneira eu ainda me puder juntar a ela, quero-lhe pedir perdão, que ela me reconheça e me abrace, e que ela me dê a mão, e a outra a ti, pois eu quero passar a minha eternidade, se isso existe, ao teu lado, pois eu sem ti, não sou nada.
Comentários (1)
Lex75: Linda declaração de ❤️❤️❤️. Beijos a ti e á tua Rosa.
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