#Assédio #Estupro #Grupal

Bordel Renascentista

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ReiTentacular

Uma história sobre tentáculos na renascença.

Leilão num bordel de Florença.
— Tenho por nome a apresentação de um milagre. Nas bocetas aqui violadas, Deus se faz presente! — Federico, o cafetão mor do bordel se mostra alegre e receptivo, atraindo a atenção para o palco baixo de centro de uma ampla sala onde nobres transam e se embebedam junto de prostitutas. — Uma santa será ofertada, e aquele que pagar terá para si, aprazível, proteção e contenda! Bem sabem como é Roma, que para os padres couraça forma em bruxarias e encantamentos. Seriam todas deles se pudessem, e mesmo os nobres viveriam na miséria e na austeridade.
— Devoram tudo, são como gafanhotos! — gritou um Montefeltro, ele segurava as calças enquanto caminhava pelos corredores abarrotados de putas em lingeries ou totalmente nuas.
— São a própria besta! Anticristo é o que é Cristo nosso Senhor nas injúrias desses murmuradores! — um dos Vecchio, velho e equilibrado por uma puta gorda e pela própria bengala, caminhava do jardim de entrada à luxuosa sala do leilão.
— Não temam irmãos. Fodam! Fodam as bocetas! E os cus! Em nome de Jesus, não esqueçam dos deliciosos cus! — Federico retornava para si as falas. — Tragam ela, nossa pequena, bela e futura santa protetora de Florença!
Escutando o cafetão mor, duas putas se afastaram, indo buscar aquela anunciada.
Em outra ala do prostíbulo, já dentro do casarão, caminham por um corredor escuro, Lorenzo e Giuliano de Médici.
Os dois nobres representam a elite da elite.
São os dois que governam Florença, e não a Signoria, os nove priori.
É formada por títeres a tal Gonfalonieri de Giustizia.
— Não é estranho que de todas as casas nobres só a nossa não foi chamada para esse evento? Nos querem longe, ou há mais que não vejo?
— Vê o mesmo que eu, irmão. Agora se cala, que estamos em território inimigo. Chegamos como amigos, que para o festim mesmo sem o convite são vistos como de casa, e não serão expulsos, pois, com seu dinheiro as iguarias servidas foram compradas.
— Por mim, tomaríamos esse palacete, e pelas paredes verdes o vermelho se erigiria. Sua indulgência com os rivais perdura desde a infância. Essa é a semeadura do avesso ao afável em meus pensares.
— Para tu tudo é guerra. E os homens? Que aqui são felizes. Que culpa tem o Casarão Verdejante se um ou mais donos se revelam em intensões escusas? Não criemos inimigos além dos que já possuímos. E sabes, de lâminas refletidas me vejo mil vezes para cada inimigo, mesmo que mil e uma tenha para cada aliado, assim mantemos o poder. Equilíbrio favorável. Se aquieta e apascenta esse sangue belicoso.
— Sangue que é meu como é teu. E se em lâminas nosso número fosse menor que dos que anseiam a putrefação de nossos sonhos? Diferiria?
— Bem sabes como me sinto, então. Não me difiro. Para cada ranger de dente, um sorriso, e para cada dúvida, um elogio. Me acompanha e guarda na mente, não esqueça que o dito tem resposta, a morte, querido irmão, não resguarda reação. — abriram as portas, e advindos dos fundos da propriedade, o casarão que ocupava todo um quarteirão na área menos favorecida de Florença, entraram os dois no salão de leilões.
O povo que lá estava reagiu com entusiasmo. Alguns verdadeiros, outros falsos, no entretanto, a aclamação não se diferia aos ouvidos e olhares atentos dos irmãos.
— Vieram aqueles destinados a encerrar as ofertas, antes mesmo dessas terem início. — o cafetão mor se dirigiu aos irmãos numa mesura em muito sofisticada, quase uma pantomima. — E são bem-vindos, pois é vossa residência, como o é vossa rua, praça, e, até entre os desígnio divinos se faz cativa vossa catedral de Santa Maria del Fiore!
— E o motivo da falta de convite para esses tais senhores de tanto? — Giuliano principiou, sendo interrompido por Lorenzo:
— Que apresente a escrava. Veremos se vale essa incursão, ou nossas dúvidas.
— Perdoem esse mestre de putas. E, não ouso mentir quando assumo. Valores.
— Valores, cafetão? — Giuliano não controlava a raiva. — Quem aqui pode pagar mais que um Médici?
— Ninguém, de fato. E é sobre esses valores que principio minha defesa.
— Não há necessidade de defesa. — constatou Lorenzo. — Um homem é senhor de si e das próprias posses.
— Mas... — Federico se ajoelhou apontando, do centro do palco, à multidão. — Um homem não é senhor de seus clientes. E, que cliente insatisfeito retorna após ser ofendido?
— Que ofensa cometi ou cometeu meu irmão?
— A ofensa de resguardar mais que outros. Um leilão não é justo com tamanha riqueza. Me referia a dar uma chance, aos demais, pelo menos uma vez. E, em minha defesa, mesmo que desnecessária, guardei aos nobres Médici uma santa ainda mais poderosa.
— E quando aconteceria o próximo leilão?
— E esconderia o próximo leilão de nós? — os homens das demais famílias se juntavam numa glossolalia. Reclamavam, e só eram acalmados com chupadas nas rolas para fora das calças ou punhetas, tendo as putas as mãos nas calças abertas.
— Não tardaria, é certo, contudo, com a presença de ilustres visitas. Façamos ambos hoje, e, que entre a primeira. — a jovem era trazida inteira coberta num manto negro, ao lado dela duas putas de longos cabelos negros e seios tão grandes que caíam, na altura próxima aos umbigos. As mulheres retiraram o manto da jovem.
Ginevra é apresentada nua. E tem início o leilão:
— Começamos com peças de ouro. Não há espaço para prata nessa noite.
— Cento e cinquenta. Médici. — a voz de Giuliano não permitiu nenhum silêncio após a apresentação da jovem.
Ginevra tinha cabelos escuros, castanhos.
A pele era branca, e nas bochechas de menina tinha rosado.
Seios como de adolescente, com bicos quase sem cor, como a boceta sem pelos, o que, num bordel significava falta de virgindade.
Os pés eram delicados, pequenos, de unhas bem feitas.
E mesmo ao lado do anunciador, que não era o maior dos homens presentes, não chegava à metade da altura dele.
Tinha no rosto uma expressão de repugno.
E devido aos treinamentos, guardava músculos firmes no abdômen e nas coxas.
— Duzentos e cinquenta, aos Combio!
— Pisano, trezentos!
— Trezentos e cinquenta, aos Combio!
— Quatrocentos! Bronzino!
— Monteverdi, quatrocentos!
— Já temos quatrocentos, anda, afirma tua vontade! — Federico incitava o público. As putas ao redor, sobrevivendo de migalhas daqueles homens, falavam, e reclamavam, e se sentiam ofendidas e curiosas com o término da disputa. E das vozes se destacou Giuliano:
— Para não perdemos tempos, mil e quatrocentos.
— E esse é o motivo para não os convidar! — o Monteverdi bufou. E fez nova oferta. — Mil quatrocentos e cinquenta!
— Que seja então mil e seiscentos, aos Combio! Levaremos essa puta, ou santa, a nós será os dois! — e os homens comemoraram, com Giuliano se destacando outra vez:
— Dois mil e quatrocentos e cinquenta. Médici.
— Três mil. — a voz soou delicada. Veio da escadaria, alguém de lá vislumbrava a santa, e era como sussurro os dizeres dele.
— Quatro mil, aos Combio! Malditos sejam todos vocês!
— Malditos sejam os Combio! Pisano oferta Quatro mil e quinhentos.
— Cinco mil e quinhentos. — Giuliano suspirou, e dessa vez se fez silêncio.
— Sete mil e quinhentos. — soprou a voz da escadaria.
— Dez mil. — Lorenzo pensou reconhecer a voz. E perder àquela voz significaria problemas maiores que os imaginados.
— Dez mil e cinquenta, aos Combio! Minha última oferta!
— Onze mil, aos Médici. — cobriu Lorenzo.
O cafetão mor o declarou vencedor quando não existiu mais nenhum som, até às respirações permaneceram contidas, e dessa vez a festa foi geral.
As putas eram beijadas e enchiam as taças dos homens seminus, e algumas até voltavam a sentar nos homens, que deitavam pelo chão ou ocupavam cadeiras, poltronas e sofás.
Os tentáculos de Lorenzo, deixando a estola, por entre as pernas, além dos braços, num tom como de pele humana, como carne mal cheirosa, correndo pelo chão e dominando a escrava santificada.
A expressão no rosto da menina era de dignidade, mesmo quando ela foi segura com os pés longe do chão, tendo os tentáculos a levantando, guiando entre os muitos apreciando a beleza selvagem sendo adestrada.
— Aproveitemos a pequena, irmão. Vencer o próximo leilão será impossível.
— Nada é impossível a um Médici, Lorenzo. Aproveite e a transforme na maior das vadias, em breve me junto a ti com a próxima a ser leiloada. — os irmãos cochicharam. E depois Giuliano bradou a todos. — Que tragam a próxima! E outras mais se tiverem! Eu vou deflorar uma santa, e depois ela nos protegerá de invasores, bárbaros, e ateus!
— Ficarei com um dos quartos acima. — Lorenzo informou, e bastou um olhar para uma das putas, uma loira grávida, seguir com ele o guiando após o cafetão mor a encarar. Subiram pela única escadaria. Tendo o casarão três andares, o encontro foi previsível.
— Uma bela aquisição, Médici. — era o próprio Jacopo de Pazzi aquele a cumprimentar o vencedor carregando a criança com os tentáculos, a boceta se abria e recebia a grossura da carne, e entre os seios delicados os tentáculos marcavam a pele fina como seda. A boca da menina mamava em outro tentáculo, saboreando, se entregando por completo. Alguns dos visitantes do bordel batiam punheta observando a beleza no ar, outras putas ajudavam, também contemplando a perfeição.
— Pazzi. Sabia dessa cerimônia?
— Temo também não ter sido convidado. — ele, que falava como se decorado um texto, não fazia questão de fingir, ou mentir, com afinco. Tanto que nunca se sabia se falava a verdade, mesmo em assuntos óbvios. — Agora não saio sem igualar nossas santas. Tenho três, e vocês quatro, quantas mais se juntarão às nossas casas?
— Tanto poder sacro. O que planeja?
— Posso questionar o mesmo a ti. E lhe respondo o que me responderia vosso pai, ou irmão. Um bom homem cuida da própria casa. Em que diferimos?
— Paz e prosperidade, é o que busco manter.
— E, lhe questiono novamente. Em que diferimos?
— Em nada, espero. — Giuliano se juntou ao diálogo que atraía curiosos.
— Vamos, deixe aos Pazzi a próxima. Escuta que quando penso, planejo por dois.
Mesmo a contragosto Giuliano segue pela escadaria, e os irmãos se retiram.
— Lorenzo, ainda há tempo, me deixa, ao menos, dificultar a ele. E se quisermos, bem sabes, podemos ter a próxima também.
— E poderemos ter outras.
— Elas são raras! — Giuliano justificou. — Serão meses até que apareça outra. E ainda podem a enviar direto para Roma, maldito seja Sixto IV! Se esse leilão não fosse secreto ele teria ordenado a viagem de avaliação. E quantas voltaram nos últimos anos? Seis. Três que são nossas.
— E três que são dos Pazzi. E agora são quatro nossas e quatro que serão deles. Se aumentarmos para cinco eles irão ao estrangeiro, o que se deve evitar. O sangue de Florença permanecerá puro, é bom augúrio que mesmo a guerra, vindoura ou não, se planeje a partir de castidade.
— A castidade da batalha que se aproxima se assemelha ao dessa santa, alargada até o limite.
— Que seja por nós então. Não criemos desculpas para o atrevimento de novos inimigos.
— Você os teme, eu não. — Lorenzo não respondeu Giuliano, de fato, não era mentira.
Jacopo Pazzi observa de longe, ressentido com o poder dos Médici. Ele se dirige ao bispo Giordano, que permaneceu escondido atrás de uma puta de dois metros de altura, ruiva e de ancas com marcas de mãos de dezenas de homens:
— Serpentes. Devoradores campestres. Na cidade devemos esmagar isso!
— Aqueles forjados bucólicos se adaptam bem aos sopros das ruas e becos. Vivem livres lá, com os animais.
— E até fodem os animais.
— Alguns sim. E quem os julgaria?
— Eu os julgaria. E se a Signoria tivesse metade de minha voz já estariam todos enforcados pela cidade.
— Planeje em voz baixa, meu senhor. Aqui estamos entre animais diversos. Alguns nos seguem, outros aos rastejantes.
— E quais Deus escolherá?
— A besta foi pisada por Miguel, certamente.
— E o passado se repetirá.
A próxima santa é Tissaferne, que é comprada por Jacopo, por vinte mil moedas após dura disputa com os de Combio.
Enquanto se preparava para deixar o Casarão Verdejante, eis chegado, de surpresa, o arcebispo de Pisa, Francesco Salviati, com ele, uma carta aos de Pazzi, que, em agradecimento, negocia alguns meninos para o religioso:
— São bons pequenos?
— Os melhores! — o sotaque acentuado de Federico irritava Jacopo, que odiava intimamente os sodomitas. — E de quantos garotos falamos? Um só lhe basta, santificado arcebispo?
— Um só? Nem de longe.
— Quantos essa casa possui? — Jacopo de Pazzi exigiu.
— Na idade que preferem os tementes de Roma. Cinco.
— Então serão cinco os dessa noite. E alguma menina? Uma bem pequena, talvez? — Jacopo inquiriu com esperança, ganhando ranço e nojo na resposta de Francesco Salviati:
— Bocetas? — indignado o arcebispo prosseguiu. — Quero distância. Meus cinco meninos bastarão. E não é gratidão em minha voz, é orgulho. Me acompanha, irmão de Pazzi?
— Nem em sonhos. Digo, a responsabilidade guia meus sonhos essa noite. Me dedicarei à nova posse.
Jacopo segue para outra parte do bordel ao lado de Tissaferne, que inteira é coberta por um manto carmesim, sem que nada dela seja revelado, enquanto os cinco meninos rumam com o arcebispo para o oposto.
O bispo Giordano sem que ninguém se despedisse dele, falava sozinho tomando o caminho do portão principal do bordel:
— Ninguém para me comprar uma mísera puta! Ou um menininho... um homem vale o que carrega nos bolsos. E se for uma cruz, esses bolsos não valem porra nenhuma!
Sai Giordano irritado em meio a homens que chegam ao prostíbulo já bêbados, abraçados e cantando felizes.
Em um quarto do bordel, Lorenzo e Giuliano decidem usar Ginevra ali mesmo.
Os dois irmãos fodem a santa pela boca, cu e boceta, com a menina de quatro.
— Tão fina. — os tentáculos de Giuliano surgem da rola e do dorso, ele é uma aberração, com a carne negra em muitas ramificações abraçando a menina de quatro, a envolvendo pelas pernas, penetrando ao mesmo tempo a larga boceta estufada, e o cu, tão largo que as mãos do homem seguram a bunda da menina e ao tirar o tentáculo o cu permanece aberto.
— Teve educação, criança? Lê? E sabe da história? — Ginevra, totalmente dominada, com as duas mãos nas costas, seguras por tentáculos advindos do homem a frente dela, fez que não com a cabeça.
— É uma das crias do campo. Nascida de árvores e de rios. Talvez de cavernas. Quando capturadas tem dificuldade até para falar a língua dos homens. São natureza, e nada além, apesar de gozarem sem vergonha ou clausura. — a observação de Giuliano, com a boceta gozando no tentáculo a deflorando, era acompanhada do gozo do irmão, na boca da menina, com o tentáculo viscoso inundando a garganta da pequena.
— Engole, não cuspa. — ela tentava, mas era muito volume. — Te educarei com minhas filhas e esposa, e empregadas e vadias.
Ela tentou balbuciar algo, mas ele não se deu ao trabalho de retirar a pica da boca o chupando.
— Precisará conter o ciúmes de sua senhora. Saímos para beber e tu retorna com isso.
— De minha casa cuido eu.
— De sua casa cuida a sua senhora. E da última vez que não cuidou dela tive de lhe ter em minha residência por meses. As más línguas disseram sobre nossa relação. E alguns ainda pensam que somos mais que irmãos.
— Os dizeres de incrédulos e blasfemadores, que são perante os Medici?
Em outro quarto do bordel.
Tissaferne recebe a marca da família Pazzi nas nádegas. É usado um ferro quente que repousa na lareira após o grito da santa, acompanhado de choro contido.
E depois, em pé, os tentáculos de Jacopo a aguardam.
Tissaferne se revela sem o manto.
A nudez da adolescente de seios fartos, duros, empinados, é apreciada pelo patriarca dos Pazzi.
Ela usa duas argolas de ouro, nas pernas.
E no alto da cabeça tem dois chifres negros, pontudos.
Se enviada até Roma, seria degola ainda nos portões, antes de entrar na cidade sagrada.
Entre os ramos eram comuns. Santas com características animalescas.
Ela precisaria ser escondida dos demais. E até das outras santas.
A boceta tinha lábios como as pétalas de uma rosa, para fora, carnudos, acostumados.
A donzela segurou os tentáculos do homem, e enfiou na própria boceta, agarrando outro, punhetando enquanto era preenchida.
Os gemidos dela excitaram Jacopo, que se aproximou. Os outros tentáculos que corriam pelo chão se levantaram. A apertando nas coxas, nos peitos, na cintura, e até no pescoço.
A foda a deixava vermelha na pele nívea.
Os cabelos castanhos, longos e com leves ondas dançavam conforme o ritmo dos tentáculos a fodendo.
— Atrozes e nefastos, nossos inimigos. Dominaram a política e as leis. Criam as ordens e vivem de desordens. Quando cometem crimes, saem impunes, pois quem condena o próprio filho ou amante? Se é um inimigo, ou mesmo um não juramentado a pecar, as acusações preparam as penas. Longas prisões. E até a morte. — a voz de Jacopo incita o próprio.
— Meu senhor. — sem ar, arfando, ela tentava chamar a atenção dele ao segurar os tentáculos no pescoço a sufocando.
— Jure por meu nome. Lhes serão como pais e irmãos, os de Pazzi. E você lutará com nossos soldados contra a mácula dos caídos. Quero lhe escutar.
Ela tentou falar.
E ele apertou ainda mais o pescoço prestes a quebrar.
Ela buscou o chão, mas os tentáculos a levantavam pela boceta, gozando dentro dela.
Na boca, o tentáculo que entrava até a garganta jorrava porra, e quando deixou os lábios da adolescente o sêmen jorrou a banhando junto do gozo de muitos outros tentáculos.
— Escrava. Jure!
— Sou vossa escrava, de Pazzi! Uma escrava é o que sou! — na altura do útero dela luminescências surgiam em runas e escritos consagrados. A palavra tem poder. E esse poder não se quebra, apesar do esquecimento destruir tudo, contudo, ela não esqueceria, nem da dominação, que seria recorrente, nem da marca incandescente nas nádegas avantajadas.
— Nascida para servir é a mulher. Um cálice de porra.
Coberta de sêmen, e escondida no tecido em que foi apresentada no leilão, a santa sai ao lado de Jacopo, adentrando uma carruagem do lado de fora do bordel.
Na fonte do bordel, num átrio, o arcebispo está nu, enquanto um dos meninos, Graziele, de dez anos, de cabelos ondulados dourados, o chupa enojado. E Francesco chupa outro dos meninos, Tevaldi, o mais fortes dos rapazes, de quatorze anos, tenso cabelos pretos e curtos.
Ele força Graziele a engolir o sêmen dos outros e o dele.
E todos gozam e depois gozam se novo.
Graziele tenta fugir, mas é usada violência. Sendo o mais fraco escolhido por esse motivo. Ele é pálido e tem magreza acentuada nas costelas finas, e nas pernas sem nenhuma gordura. Os outros tem músculos, e são escudeiros em treinamento, já fortes como homens, o que diminui o interesse do religioso.
O domínio do menor é completo. E isso diverte o arcebispo.
Depois Francisco deflora um por um, até ser aplaudido pelos homens que estão além das janelas nos quartos, por três andares no luxuoso bordel. Desses alguns se embebedam, outras fumam, e alguns se envolvem com as putas de formas violentas, exibindo a força masculina aos espectadores. Sempre após um gozo a mulher revela o cu ou a boceta, para todos nas varandas, e quanto mais larga é a fêmea, mais longos são os aplausos e as comemorações.
Bêbado, Francisco Salviati quase adormece abraçado a um dos meninos, também exausto.
Voltando a si ele declama:
— Vejo em meus meninos o puro Jesus. Que é como ladrão na noite. Nos leva a sanidade e não nos permite resguardar uma só valia. Parte com tudo, e que nos resta se não solidão e avareza?
— O cu aberto? — um dos meninos tenta adivinhar. Era o caralho do arcebispo um verdadeiro colosso. E, de fato, os meninos mantinham as bundas para cima, ardendo depois de tanta rola.
— Quem dera. Nosso senhor não nos rasga apenas o cu. Ele leva a tudo. As mãos vão que não se fecham para escrever. Os dentes apodrecem. A pele coça. A barriga cresce e dói, em cada órgão. E não satisfeito nos aflige com doenças da alma e da mente. Que sobra se não desgraçados ansiando pela morte dispostos a se ajoelhar? Perdão, senhor! — o arcebispo chorava, e numa ação desesperada, já descontrolado de tão bêbado, ele agarrou o pescoço de Graziele.
Rogando e bradando pelo perdão do Deus dele, o arcebispo começou a afogar o menino.
O menino vomitava porra, e depois engolia, afogado pela mesma.
A fonte se encheu de sangue.
E adormecendo, homem e amantes pueris foram, novamente, aplaudidos, desse vez de pé.
Quando é quase novo dia, e os irmãos Médici se mantém eretos, dominando cu e boceta da nova escrava.
Eles a violam e comemoram a riqueza e o poder.
Os gozos se multiplicam e Ginevra jura lealdade. Ela juraria qualquer coisa para que parassem.
De mãos dadas saem os três, com o Federico os espiando em inveja:
— Nascidos no útero da glória. Que conhecem da vida esses que nos dominam? É mesmo crime matar ou estuprar uma filha de político? E assistir ao assassinato? E preconceito e heresia, se aplicam a um nascido nobre? Que tenho se não meus dizeres. Amaldiçoado seja todo aquele que nunca vislumbrou a falta de esperança e a certeza de um futuro sem nenhum amor.
— Agora é dama da casa de Médici. — Lorenzo garantiu, estendendo a mão para Ginevra subir na carruagem, distante das palavras de Federico, escutando apenas o irmão:
— E fique longe daquela com aliança na casa onde dormirá, poderá não despertar se me ignorar ou ter por troça.

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