Goblin Harém — A Conquista
Sinos limitaram o fim da orgia.
Já era de manhã quando saímos. Existiam outras caverna com escadarias ainda mais profundas. E dali rumamos de volta ao porto.
As brumas densas envolviam a cidade entre as nuvens, tornando difícil distinguir as formas ao redor. Eu me aproximei dos quadros de marcações e ordens de caçada, onde inúmeros nomes estavam listados. Meus olhos percorriam as listas, procurando ansiosamente pelo meu próprio nome, ou o de Fælyva.
Ao meu lado, muitos outros estavam na mesma situação, examinando as listas com a mesma inquietação. Estávamos todos no porto aéreo, cercados por barcos que flutuavam prontos para partir. Algumas embarcações, distantes, aguardavam para se aproximar das docas.
Alguns barcos estavam sendo descarregados, com gruas enormes levantando caixas e barris, enquanto trabalhadores braçais se moviam rapidamente, organizando a carga acima de carroças e carros a vapor. Sacarias eram empilhadas em grandes armazéns portuários, onde ficariam estocadas até serem enviadas em outras viagens, quase ninguém vivia ali. Existiam poucas casas, e quase nenhum prédio inteiro, só ruínas eram vistas pela inclinação da cratera ao redor do coliseu.
Era uma cidade sem nome, um posto de troca e gestão de recursos. Se quer existia algum governo, com os guardas usando vestimentas de guildas de comércio.
O som das gruas e o murmúrio dos trabalhadores enchiam o ar, criando uma sinfonia caótica que contrastava com a tranquilidade das nuvens ao nosso redor.
— Achei! — acreditava que a Fælyva estava ao meu lado, mas ela tinha se afastado, a procurei e encontrei enquanto ela observava as armas numa tenda improvisada.
— Você encontrou nossos nomes? — ela me perguntou quando me aproximei.
— Estamos na Bela da Alvorada.
— O que isso quer dizer? — ela não me encarava ao inquirir.
— Não sei. Acho que é o nome de uma caravela.
— E o nome da guilda?
— Não estava escrito.
Ela pareceu decepcionada. O atendente, reparando nas curvas da mulher, me puxou de lado e iniciou o papo torto:
— Uma arma, e ela comigo durante essa tarde. Vocês não parecem ter ouro. — o sotaque dele era diferente, desacostumado com a linguagem de sal. — Você deu a sorte grande, goblin, e pode fazer outros felizes. Pode ficar rico sem levantar a adaga, é comum que as jovens sejam prostituídas nos primeiros anos. Para ajudar com as proteções. Sem armas e sem armaduras vocês só vão para um lugar, para baixo.
O velho era um vulpino. Pelos alaranjados, focinho longo. Marcas vermelhas nos pelos abaixo dos olhos. As vestes surradas.
Reparei que a humana nos escutava e me afastei do peludo.
— Que arma você costuma usar?
— Espada.
— E escudo?
— Não. De duas mãos. A minha quebrou durante a luta. Acho que foi um encantamento, a lâmina virou pó. — Fælyva se mostrava irritada. — Posso transar com ele. Sem armas eu não sirvo para nada.
— Não quero a minha mulher fodendo com outros. — observei.
— E o que você pode fazer para nos proteger? Na guilda vão nos enviar aos piores lugares. Isso se não nos venderem como escravos para os povos do oceano.
— Posso fazer magias.
— Magia de cura? — ela ironizou, e depois agradeceu. — Não que tenha menos valor. Obrigado por ontem. — a ruiva passou as mãos acima dos seios onde a nova cicatriz a marcava. — O que digo é, como lutar contra uma serpe com isso?
— Tenho como usar outras magias. E tenho isso. — tirei a adaga da bolsa e ofereci para mulher. Ela pegou:
— Melhor que nada. E que magias são essas?
— Magias. — não queria dizer na frente do vendedor já irritado. Magia era conhecimento, e conhecimento devia ser guardado. — Não importa. Vamos procurar a porra da Bela da Alvorada. — e a puxei. Vi que ela queria uma espada montante na parede improvisada, e escutei do vendedor:
— Estão na Bela da Alvorada. — ele percebeu que paramos, atentos, e foi dito como agouro. — É a Gor’mek, uma guilda de caçadores. Vocês estão fodidos. Acha que uma adaga vai ser suficiente? — ele correu e sussurrou para mim. — Um boquete, duas gozadas com ela engolindo.
Me afastei e puxei a ruiva de novo.
— Uma gozada só, então?
— Vai se foder. E obrigado pelas informações. — particularmente não era do tipo ciumento. É só que, aquela mulher era minha preciosidade. Não deixaria qualquer filho da puta encostar nela. Se fosse uma vadia, e eu pudesse assistir, bom, certamente apreciaria.
A bruma ao redor parecia se dissipar ligeiramente enquanto nos aproximávamos do imponente navio, suas velas hasteadas com um leve brilho dourado.
Ao chegar, a movimentação era intensa. Trabalhadores braçais, com músculos à mostra e rostos suados, organizavam caixas e barris com uma eficiência impressionante. Gruas mágicas levantavam cargas pesadas, enquanto humanos e outros seres se moviam rapidamente, garantindo que tudo estivesse em ordem.
Entre os trabalhadores, alguns chamavam mais atenção. Um anão de barba trançada e olhos cegos, que parecia murmurar encantamentos enquanto movia caixas com uma facilidade sobrenatural. Um elfo de pele azulada e orelhas pontudas, coordenando as operações com gestos elegantes. E um orc de aparência feroz, com tatuagens tribais cobrindo seus braços, que rugia ordens aos demais.
Enquanto observávamos a cena, alguém de patente se aproximou. Ele era um humano alto, com uma cicatriz que atravessava seu rosto:
— Vocês começam hoje. — ele afirmou, e com os olhos buscou por alguém, uma criatura que se aproximou sem que fosse necessário diálogo entre eles. — Sigam com Brum. Ele mostrará a Bela da Alvorada e explicará as funções de cada um. Duas regras importantes. Siga o que for ordenado. E não atrapalhe quem está seguindo o que foi ordenado.
O tal Brum era um artrópode de cabelos negros, com dorso humano, mas com oito patas ele informou com certo cansaço:
— Serei o responsável para que morram como guerreiros e não como retardados. — ele tinha um ar professoral. — Sejam bem-vindos a Gor’mek. Não tem muito o que explicar. Recebemos missões. Caçamos monstros. Por vezes os capturamos e vendemos. Por vezes matamos e vendemos os pedaços. Viajamos sem nunca permanecer no mesmo lugar por mais de um quarto de estação. Aliás, a Gor’mek tem várias caravelas, e tem uma especial para os desertores capturada.
— Não vamos deserdar. — a ruiva explicitou.
Conhecia desertores, eles eram crucificados. Toda estação tinha algum infeliz exposto na praça, isso durante toda minha infância. Alguns morriam no primeiro dia, outros duravam até quatro dias pregados.
— É claro que não. Nunca ninguém deserdou na Gor’mek. Eles diminuem a nobreza das guildas com desertores, por isso os capturamos, ou matamos, antes de qualquer deserção oficial. Estão avisados. — ele fez questão de encarar a ruiva e depois a mim, se certificando de que entendemos.
Anuí descemos a escadaria principal.
Deixamos o pouco que tínhamos na cabine, que seria só nossa. A caravela podia levar duzentos pessoas, mas tinha pouco mais de cinquenta entre os presentes.
Se quiséssemos ficaríamos em quartos separados, o que evitei.
Depois fomos levados ao quarto das armas.
Uma grata surpresa.
Eles emprestavam o primeiro armamento, mas teríamos que devolver.
Aquilo aumentava as chances de sobrevivermos!
Armadura de couro, do porte de anão, para mim. Brunea com anéis para ela.
A espada de duas mãos que ela levantou me cortaria ao meio com um só golpe.
Quando não peguei nenhuma arma Brum estranhou:
— Um goblin mago?
— Feiticeiro. — a diferença era simples. Magos possuíam estudos e aprendiam magias, levando anos até conseguirem criar as primeiras magias. Feiticeiros criavam encantamentos, e nunca um era igual ao outro, mesmo que fossem parecidos.
Brum perdeu o interesse.
Ele aconselhou que Fælyva deixasse a espada no quarto, e a armadura também, ela obedeceu e seguimos de volta ao convés.
Não tinha segredo.
Trabalho. Primeiro ajudando a carregar e arrumar caixas com grãos e especiarias, depois, quando levantamos vôo ficamos encarregados, junto de outros, da limpeza das cabines, corredores, e o que mais fosse necessário.
Durante a noite, de volta à cabine, Fælyva afiou a espada, e depois ela veio até a cama.
Peguei as mãos dela e coloquei em cima do meu pal.
— Pensei que estava para fora. — ela observou e eu não perdi tempo, coloquei a rola para fora e fiz ela pegar:
— Melhor assim?
Ela moveu a cabeça negativamente, mas sorriu, segurando minha pele e iniciando uma punheta leve.
O quarto era iluminado por pequenos cristais nas paredes de madeira. Além da cama, um baú e um armário de parede. Era uma cabine apertada, com uma cama de solteiro.
Ficávamos bem próximos.
Abaixei as vestes dela, uma camisa fina, quase transparente de tanto que foi usada.
Imaginei quem ela era, e não vi motivos para não a conhecer melhor:
— Me conta de você? De onde você era?
— Para que quer saber?
— Não sei. Não está curiosa também?
— Não.
Dei de ombros. Ela continuou na punheta e eu fui até os peitos dela.
As duas mãos apertando, ordenhando a mulher.
Ela levantou as mãos e prendeu os cabelos ondulados. Os fios vermelhos ficaram num rabo de cavalo.
Minha boca nos peitos dela, suguei até ela me olhar irritada. Eu ri e ela também, apertando minha pica, punhetando com mais raiva.
A virei na cama. Ela deitou, já tirando as roupas. A imitei e nu deitei entre as pernas dela. A pica encaixava fácil. Ela ficava molhada tão rápido que me perguntava em silêncio o motivo. Será que ela tinha tesão em mim?
Não.
Impossível.
Ela abria as pernas segundo a minha vontade, comigo mandando e ela obedecendo. Por vezes eu mandava ela fazer algo apenas para ela me obedecer. Um beijo. Ficar de quatro. Segurar a boceta aberta. Eu tirava a pica e mandava ela punhetar. Depois colocava na boceta dela e subia até a boca da ruiva, mandando ela chupar a própria boceta no gosto do meu pal. E depois voltava a meter.
Quando tirei o caralho da boceta dela e comecei a punhetar perto da boca, ela soube, não falou nada, só abriu a boca e engoliu a porra que inundou a boca de menina.
Eu tinha um dom de saber a idade das pessoas:
— Você tem dezessete anos?
Ela fez que sim com a cabeça.
— Nasci em Pedra da Forte. Uma cidade entre as nuvens. Meu pai vivia no oceano, ele pescava. Quase todo mundo lá era igual. Uma cidade pequena, numa ilha flutuante minúscula. Tudo o que fiz foi treinar. Quando escolhi a arma, peguei a maior que podia segurar. E você? — ela bebia água de um jarro próximo da cama, eu fui até ela, e com uma toalha comecei a enxugar o suor nela:
— Órfão de Gran’Vasta. Não existem muitas mães de goblins. Pequeno demais para usar armas. E sem força para treinar com os anões. Não fosse mestre Vilkas, um feiticeiro local, não sei o que seria. Da mesma idade que eu existiam outros seis feiticeiros. Acredita? Na mesma cidade.
— Algum mago?
— Não. Nenhum. Nem entre os nobres.
Depois foi a vez dela me banhar com toalha e água de jarro.
Deitamos juntos, com os corpos próximos.
— Sério? — ela reclamou da minha pica endurecendo sem demora. — Amanhã será o mesmo, trabalho o dia inteiro. E eu ainda vou cozinhar.
— Só mais uma gozada.
Ela suspirou.
— Só mais três. — tentei, e ela negociou:
— Duas e vamos dormir. E levanta, não vamos suar na cama.
Ela ficou em pé, de costas para mim. As mãos na parede e a bunda empinada.
A levei para perto do baú, sentei no baú e apoiei as mãos nas costas dela, os cabelos brilhando carmesins. A boceta com lábios carnudos inchados e bem vermelhos de perder a virgindade e foder constantemente desde então.
Segurei na bunda enorme e nossos corpos voltaram a se unir.
A boceta apertando a pica e eu metendo forte, com ela rebolando até encaixar inteiro. Dentro dela eu fodia, e se esticasse os braços, quase deitado em cima dela, podia alcançar os peitos se movendo de acordo com a intensidade da foda.
Ela gemia, não olhava para trás. De olhos fechados eu sabia, ela imaginava outro a fodendo. Não importava. Quem teria tesão em goblin.
Permanecemos ali, voltando a suar, até eu ordenar:
— De joelhos. — ela sentiu que a goza não demoraria e se ajoelhou, já abrindo a boca. Meu leite entrou quente e podre. E a cara dela de nojo fez minha pica querer explodir de tão dura.
Ela se afastou, encostando com as costas na parede.
Sai de cima do baú e caí de boca na bocetona dela. Eu cuspia e enfiava para dentro os dedos, um, dois, três, quarto, cinco. Com o punho, de baixo para cima, soquei a boceta dela mamando na pele ao redor, deixando marcas da minha boca na boceta de dezessete anos.
Ela gemia, e quando gozou se abaixou um pouco. Ofertando a boceta arreganhada, ela segurava os lábios com as duas mãos, abrindo, exibindo a boceta para mim. Eu apertava meus rosto contra a pele quente, e a mão que entrava até o pulso entrou até metade do braço. Permaneci. Ela gozou. E levou bastante tempo, mas ela gozou de novo, soltando a boceta, me afastando. Não a obedeci, eu mandava nela. Permaneci ali a chupando, mamando na boceta molhada, atolando a mão e metade do braço na boceta me engolindo e ela foi forçada a gozar de novo.
Ela caiu de pernas abertas, tremendo, e nós beijamos pela primeira vez.
Ainda nos beijando ela começou uma nova punheta e eu gozei nós peitos dela.
Fomos até a cama, nos olhamos, e quando minha rola ficou dura de novo ela só aceitou. Abrindo as pernas ela me recebeu, e eu adormeci metendo na boceta dela enquanto dava a sétima gozada da noite.
A rotina se instaurou.
Por vezes eu passava horas do dia alimentando a magia das velas, isso até acabar minha mana. Nessas noites não podia Fælyva, só dormia, exausto. Por vezes era lavar o convés inteiro, eu e outros casais, já mais experientes com as viagens.
A caravela atravessava o ar entre as nuvens. E por dias não se via nada, só as brumas das pesadas nuvens.
Quando chovia todos se afastavam do exterior. A tempestade tinha raios que atravessavam o ar entre as velas, e os ventos podiam arremessar qualquer um para fora do navio. Para energizar as velas se utilizava uma sala dentro da caravela, e nessas tempestade sempre dois ou mais, entre os com poderes para encantar, permaneciam lá, para o caso de um raio dificultar a viagem.
Fælyva começou a cozinhar, e todos reclamaram.
Eu achava a comida dela uma merda, mas não podia reclamar, afinal, dormia com ela. O sexo se tornava mais e mais intenso. Comigo gozando entre dez e vinte vezes nela, sempre dentro, ou na boceta ou na boca. Ela não dava o cu, e eu não tinha tesão em estupro, meu tesão era em obrigar, fazendo-a acreditar não ser capaz de resistir, o que era diferente de violência pura e simples.
Partiu dela a ideia, com a boceta cheia de porra no meio da noite:
— De onde eu vim. É comum um homem ter mais de uma mulher.
— Você não ficaria com ciúmes?
— Não. — ela foi bem clara. Senti até uma dor no coração, mesmo que a entendesse.
— Você não pode ter outros homens.
— Eu não quero outros homens! Não aguento nem um goblin. — ela reclamou comigo atolando a mão direita na boceta a recebendo molhada como de costume. — É disso que estou falando. Você nunca se satisfaz. Se existirem duas esposas você pode se acalmar. Aliás, pelo bem da próxima. Que tal três?
— E como isso seria?
— Podemos comprar. — ela disse simplesmente. — Uma escrava. Ou duas. O que também facilitaria na hora da luta.
— E nas refeições. — adicionei de forma impensada. Agora era ela irritada. — Não foi o que quis dizer. Você sempre reclamada de trabalhar na cozinha.
— Sim! — a ruiva ganhou um pouco de entusiasmo reparando que minha ideia não era tão ruim para ela. Mesmo que fosse bom mesmo é para mim.
Assim, quando foi avisado de terra a vista e a grande cidade de Val’Abismo surgiu, nos despedimos da Bela da Alvorada direto ao mercado de escravos.
Foi interessante. Para dizer pouco. Descobrimos algo importante. Éramos pobres.
Éramos muito pobres!
Uma escrava podia custar até mil moedas de ouro. Com as mãos baratas, e nada apetitosas, custando no mínimo cem moedas.
A missão que pegamos na praça central, exterminar criaturas nos primeiros três andares do calabouço, pagava seis moedas de ouro.
Fora que precisávamos nos alimentar.
A guilda fornecia um tipo de ração, grãos e cereais, duas vezes ao dia. Não dava para viver disso. As roupas também. Eles forneciam armas e armaduras, mas roupas estavam surradas e velhas.
— Brum disse que temos seis dias para voltar. — Fælyva chamou minha atenção enquanto atravessávamos a área residência, depois do porto. — Talvez consigamos outros trabalhos.
Não tinha tanta esperança. Apesar da visão da ruiva com a espada bastarda me animar. Era beleza e poder numa só pessoa.
Parecia agressiva.
— O que foi? — ela chamou minha atenção.
— Nada. — e observei um mapa numa esquina.
A cidade era um espetáculo de tranquilidade nas ruas da área residencial.
As casas, construídas com madeira e pedra, tinham telhados inclinados e chaminés de onde saía uma fumaça suave, sinal de lares aquecidos e confortáveis. Carruagens a vapor passavam ocasionalmente, seus motores sibilando suavemente enquanto transportavam moradores para seus destinos.
À medida que avançávamos, a paisagem mudava. As ruas planas deram lugar a abismos de escadarias íngremes, que desciam em direção a áreas sombrias da cidade. As escadas eram de pedra antiga, desgastadas pelo tempo.
Descemos com cuidado, cada degrau nos levando mais fundo na cidade.
Existia outra cidade, ainda unida à primeira, mas com moradores distintos, nessa as residências eram escavadas nas paredes por longos corredores, e praças surgiam, acima de despenhadeiros que guiavam às águas distantes, quilômetros abaixo da ilha flutuante.
O calabouço que nos aguardava era o mesmo de qualquer outra ilha flutuante. Era lá que ficavam os cristais etéreos, que sustentavam as ilhas no ar. Eram magias tão antigas que já não precisavam de recarga, coexistindo num sistema unificado entre arquipélagos e ilhas distantes.
A entrada que encontramos era uma porta de ferro maciço, parcialmente coberta por musgo e líquen. O ar ali era mais frio, e a luz do dia mal penetrava as brumas que envolviam a cidade.
Enquanto caminhávamos, víamos ao longe animais ferozes voando, suas silhuetas recortadas contra o céu nebuloso. Eram criaturas perigosas, que raramente se aventuravam perto da cidade, mas cuja presença era sempre sentida. Barcos voadores também cruzavam o horizonte, suas velas brilhando suavemente enquanto navegavam pelas correntes de ar.
Fælyva, com sua espada bastarda presa às costas, caminhava ao meu lado com a confiança advinda da inexperiência e da ignorância. Juntos, adentramos o calabouço, prontos para enfrentar o que quer que estivesse à nossa espera nas profundezas da cidade entre as nuvens.
Ao abrir a porta férrea, fomos surpreendidos por uma visão inesperada. Em vez de escuridão e paredes de pedra, encontramos um vasto salão aberto por baixo, iluminado por uma luz suave que filtrava através das brumas. À nossa frente, um abismo se estendia, com rochedos cobertos por faias gigantescas, cujas copas verdejantes se erguiam muito acima de nossas cabeças, alcançando alturas inimagináveis. Essas árvores eram maiores do que qualquer outra que eu já havia visto, suas raízes grossas e retorcidas se espalhando pelo solo e desaparecendo nas paredes rochosas. Era uma floresta nascida de magia ancestral.
Abaixo de nós, o oceano se estendia, suas águas escuras e agitadas prometendo uma morte certa para qualquer um que caísse. O som das águas ecoava pelo salão, criando uma melodia sinistra que contrastava com a beleza das árvores.
Uma ponte íngreme e estreita atravessava o abismo, ligando nosso lado do salão a uma plataforma distante. A ponte balançava ligeiramente com o vento, suas tábuas de madeira rangendo sob o peso de cada passo. Ao olhar mais de perto, pude ver ruínas de uma cidade esquecida entre as raízes das faias. Estruturas antigas e desgastadas pelo tempo se escondiam entre a vegetação, sugerindo histórias de um passado há muito perdido, talvez de antes do tempo da Grande Inundação.
Com Fælyva ao meu lado, sua espada bastarda brilhando à luz suave, avançamos com cautela pela ponte, prontos para enfrentar o que quer que estivesse à nossa espera do outro lado.
Comentários (1)
Rei K: Ótima escrita, continua que você tem grandes habilidades
Responder↴ • uid:7xbyqz1qrb6