O Declínio de Nicole - Parte 1/6
Após ouvir a conversa de suas colegas, Nicole descobre um novo prazer em sua vida, mas que também vem com consequências.
Era um dia qualquer.
Seus colegas da sétima série estavam barulhentos como sempre.
Era seu dever gritar de volta com eles, pois a professora logo chegaria.
“Silêncio!”
A menina ergueu sua voz, assustando os meninos que conversavam em uma rodinha.
“Ah, é a Nicole de novo.”
“Lá vem a chata.”
Nicole ouviu de seus colegas e mordeu os lábios.
Aquele tipo de gente era quem ela mais detestava. Pessoas bagunceiras, que praticavam a desordem.
Como poderia ela ser a chata da situação, se são eles quem estão incomodando? Ela não conseguia entender.
“Hunf.”
Ela resmungou, arrumando seus cabelos alaranjados para trás. Eles estavam presos por trás de seus ombros em marias-chiquinhas baixas.
De nada adiantava, no fim das contas, ela seria sempre vista como a chata, então cruzou seus braços e se sentou em sua carteira, enquanto seus colegas corriam para fora da sala.
Seu olhar se voltou para baixo, onde estava seu caderno sobre a mesa.
Ali, ela continuou anotando as coisas que precisava fazer durante o dia.
Nicole morava somente com sua irmã mais velha e sua mãe, que costumava trabalhar o dia inteiro e só voltava durante a noite. Então era seu dever ir ao mercado, fazer o almoço e cuidar da casa.
Essas tarefas eram divididas com sua irmã mais velha, é claro, mas sabia que ela era ocupada demais, então Nicole fazia questão de ficar com a maior parte delas.
Desta forma, ela se sentia útil. Era uma menina madura, dedicada e esforçada.
Ela também era a representante da classe, por isso seu dever era garantir que seus colegas estavam se comportando e indo bem nas aulas.
Não havia ninguém da turma com quem ela não tivesse conversado, então não tinha como ela se sentir solitária… não é?
Nicole chacoalhou a cabeça para os lados e continuou anotando em seu caderno.
Eram tantas coisas, ela não podia se distrair, mas algo chamou sua atenção.
“Ai, gente… Namorar é tão bom!”
Disse Vitória, uma colega sua.
Nicole virou seu rosto para trás, com a intenção de ouvir a conversa escondida.
Namorar… Isso sim era algo que ela sequer conseguia se imaginar fazendo. Não, definitivamente não. Ela era muito nova para isso.
Ao mesmo tempo, ela não conseguiu evitar de pensar, como seria namorar?
O único menino de quem ela já chegou a gostar, ela jamais admitiria em voz alta.
Seus olhos se ergueram para Renan, um menino ruivo que estava do outro lado da sala.
Seu rosto, levemente coberto por sardas, começava a corar enquanto ela virava a cabeça para trás disfarçadamente, a fim de ouvir a conversa.
“E você já………………… Perdeu sua virgindade?”
Quem falou foi Larissa, outra colega sua.
Os olhos de Nicole se abriram com surpresa.
Virgindade?
“Dói um pouquinho no começo, mas depois que você acostuma, é super gostoso. Hihihi!”
Vitória respondeu.
Por conta de sua distração, Nicole sentiu que perdeu uma parte da conversa, mas ainda conseguia entender tudo que diziam.
Ela já tinha ouvido de ‘virgindade’ antes e era sempre quando o assunto era…
“E vocês? Já... tiveram a primeira vez?”
Larissa perguntou outra vez.
Primeira vez? Não tinha como disfarçar dessa vez, ela tinha certeza do que elas estavam falando naquele momento.
Sexo. Sua mãe já havia conversado com ela sobre isso uma vez.
Era algo sujo, repugnante, que só os meninos gostavam. Ela jamais aceitaria fazer esse tipo de coisa.
Mesmo assim, Vitória, que tinha a sua idade, já havia feito… Era inconcebível para ela.
Da mesma forma que ouvia ali, ela já tinha ouvido os meninos conversando sobre aquele assunto antes e era sempre a coisa mais nojenta do mundo.
“Ah… Ainda não. Sabe como é, né? Ainda tô esperando a pessoa certa e tal…”
Ela ouviu de Juliana e Samara, que também eram suas colegas, para seu alívio.
Pelo menos Vitória era a única menina da turma que se envolvia com aquele tipo de coisa. Mais tarde Nicole teria uma conversa séria com ela.
“E você? Como foi a sua primeira vez?”
Ela ouviu Vitória perguntar, ao que Larissa respondeu…
“F-Foi legal…”
Aquele era seu limite. Nicole não aguentava mais ouvir aquela conversa.
Então Larissa também havia feito… aquilo?
Seu rosto repleto de sardas estava completamente corado.
É óbvio, ela também namorava, igual Vitória.
O problema era esse.
Mais tarde ela levaria este problema para a diretoria. Namoro deveria ser estritamente proibido, já que as meninas inocentes da sua turma estavam sendo corrompidas pelos meninos.
Mas ela não aguentaria ficar quieta daquele jeito.
Ela precisava dizer alguma coisa.
E assim, Nicole se levantou.
“Ei!! Do que vocês pensam que estão falando?!”
A menina apontou o dedo para elas.
“Mesmo no recreio, aqui é uma sala de aula. Vocês não podem ficar falando de coisas obscenas!”
As meninas ergueram o rosto para ela, surpresas.
“Coisas obscenas?”
Larissa perguntou.
“Sexo?”
Vitória complementou.
“Aí! Falou de novo! Vocês estão agindo feito meninos! Falem de outras coisas! Coisas de meninas!”
Nicole mordeu os lábios e encheu as bochechas depois de gritar com suas colegas.
“Para de encher o saco e vai siriricar logo, Nicole.”
Samara ergueu os ombros para ela e virou o rosto para o outro lado.
“Siriricar?”
Nicole ergueu as sobrancelhas, sem entender.
Aquela palavra ela não conhecia.
Do que sua colega estava falando?
“Samara! Não ensina esse tipo de coisa pra ela! A Nicole é muito pura ainda!”
Juliana se levantou de onde estava e foi até a menina mais baixa, tampando seus ouvidos.
Por mais que pudesse ver que as outras meninas ainda discutiam, Nicole não conseguia ouvir nada direito.
Não é como se ela pudesse focar no que estava acontecendo, de qualquer forma. A palavra nova que havia ouvido a distraía.
“Como assim siriricar?”
Nicole abaixou as mãos de Juliana, que se manteve abraçada nela, e chamou a atenção de Samara mais uma vez.
“Ué, brincar de DJ. Nunca ouviu falar?”
A menina respondeu, complicando ainda mais para Nicole.
Ela não fazia a mínima ideia do que a outra estava falando.
“Masturbação, sabe?”
Vitória perguntou e, após ver a reação confusa de Nicole, Samara completou em seguida.
“Espera, você tá falando sério? Você nunca se masturbou na vida?”
O que ela deveria responder? Aquilo era algo bom? Ou ruim?
Se vinha da boca de Samara, com certeza não era algo bom, mas ela já tinha visto aqueles olhares antes.
É o tipo de coisa que as pessoas sempre fazem quando estão a menosprezando.
Ela não podia se humilhar na frente de suas colegas.
“É… É claro que já!”
Nicole apertou os olhos, seu rosto mais vermelho que um tomate.
Estava envergonhada de si mesma, não só por conta do assunto, mas porque estava mentindo.
As outras meninas, por outro lado, ficaram em silêncio.
“Você é mesmo uma criancinha ainda, né?”
Samara ergueu o canto da boca, quase rindo.
“Ei, Samara! Deixa ela em paz! A Nicole ainda é muito pura pra esse tipo de coisa!”
Enquanto Juliana gritava com a outra, Vitória somente ria e ao seu lado, Larissa se perdia nos pensamentos.
Era sempre assim. Nicole abaixou a cabeça e correu para fora da sala.
Ela nunca seria tratada como realmente era, não importava o que fizesse.
Que diferença fazia ela saber ou não o que era aquilo que Samara havia falado? E se tinha feito ou não, qual era a importância?
Ela não conseguia entender.
Mas de nada adiantaria correr naquele momento, a aula já ia começar.
Quando a professora chegou, Nicole tentou prestar atenção. Talvez mudar o foco fosse ajudar.
Depois de marcar a prova de matemática para a próxima semana, a professora dividiu a turma em duplas.
Para Nicole, isso não fazia diferença alguma. Ela era a representante de turma, no fim das contas, então deveria se dar bem com quem quer que fosse sua dupla.
Depois de juntar suas carteiras, ela se juntou com outra colega sua, Yasmin, seguindo a ordem de sua professora. A lição seria fácil de fazer, elas trabalhariam juntas para resolver questões de matemática.
Ao olhar para a folha de questões, sua mente dispersou.
Enquanto Yasmin começava a escrever na folha ao seu lado, Nicole só conseguia pensar na conversa que teve antes.
Apesar de tudo, o que mais a incomodava era não saber o que era ‘masturbação’. O que ela mais queria era correr para casa e pesquisar, mas não aguentava mais a ansiedade.
Seu olhar então se voltou para a menina ao seu lado.
Yasmin não era exatamente uma amiga sua, mas era quieta o suficiente para guardar um segredo. Ou, pelo menos, é o que ela esperava.
Mas será que Yasmin saberia? Nicole encheu suas bochechas vermelhos.
Só um jeito de saber.
“Ei, Yasmin…”
Nicole cochichou para ela, chamando sua atenção.
Sem responder nada, Yasmin somente olhou para ela de canto.
Tomando coragem, a menina de cabelos alaranjados se aproximou da orelha da outra e cochichou outra vez.
“Você sabe o que é masturbação?”
Ouvindo a pergunta dela, Yasmin congelou.
Seu rosto corou e ela abriu a boca em mínimos centímetros.
Mas para falar o quê? Como ela poderia responder algo repentino assim, no meio da aula?
Em vez de responder, Yasmin voltou seu rosto para a folha de exercícios e continuou escrevendo.
Ao seu lado, Nicole derrubou a própria cabeça sobre a carteira.
Não podia acreditar no que havia feito.
Se Samara mencionou aquilo primeiro, com certeza era algo sujo. Como ela pode perguntar isso a outra menina daquele jeito?
Ela queria morrer.
E passou o resto da aula assim.
Chegando em casa, ela foi para a cozinha preparar o almoço.
Ela estava faminta e a presença de sua irmã não ajudaria em nada, precisava de privacidade.
Durante a tarde, aproveitou que sua irmã saiu e correu para a salinha do computador.
Abriu o site de busca e digitou.
‘Masturbação’.
Seus olhos focados se arregalaram.
O resultado dizia: “O ato de estimular os órgãos genitais com o intuito de alcançar o prazer, que pode, ou não, resultar em um orgasmo.”
Orgasmo? Aquela palavra ela já tinha ouvido, mas não tinha certeza do que era.
Quando pesquisou, o que surgiu ali foi “é o ponto culminante da resposta sexual, marcando o ápice da excitação sexual.”
“Eu sabia!”
A menina firmou seus punhos, sentindo-se na razão.
Tinha a ver com sexo. Ela estava certa em chamar a atenção das meninas. Aquilo era mesmo algo sujo.
Porém… Não era o suficiente.
Sua curiosidade ainda estava ativa, ela precisava saber o que era exatamente masturbação.
Seus olhos desceram pela página de busca até que ela encontrou algo chamado ‘masturbação feminina’.
Então tinha diferença entre homens e mulheres? Apesar de ser algo sujo, aquilo parecia interessante.
Ela se lembrou das aulas de ciências, quando aprendeu sobre o corpo humano e sexualidade.
Por mais que fosse algo sujo, era só aula, então tudo bem ela ler isso para aprender também, não?
Nicole ergueu os ombros e continuou lendo.
Depois de decorar tudo o que estava no site, a menina se levantou da cadeira, pronta para testar.
Primeiro passo: Procure um lugar confortável.
A palavra ‘conforto’ a fez lembrar de sua cama, então voltou para o seu quarto. Seria o ideal, já que precisava de privacidade.
Ela tirou suas roupas e sentou na cama somente de calcinha e sutiã.
Seu corpo era pequeno, menor do que o de suas colegas tanto em altura quanto proporções. Seu sutiã ainda era infantil já que ela mal tinha seios e sua calcinha se encaixava perfeita em sua bunda pequena.
Segundo passo: Encontre a melhor posição.
O texto havia dado algumas dicas, mas já que ela estava na cama, por que não permanecer deitada?
Nicole esticou suas pernas e encostou a cabeça no travesseiro.
Terceiro passo: Lubrifique-se.
Ela não tinha certeza do que aquilo significava, mas talvez sua saliva fosse o suficiente, não?
Nicole se sentiu nojenta ao lamber seus dedos do meio e indicador.
Quarto passo: Toque suas zonas erógenas.
Ela não tinha ideia do que aquilo significava. O texto mencionava rosto, lábios, barriga e pernas, mas não fazia sentido algum.
De qualquer forma, Nicole continuou tocando seu corpo nesses lugares, lambuzando-os com sua saliva.
Quinto passo: Avance aos poucos.
Naquele momento, a menina hesitou por um tempo.
Sua própria mãe já havia lhe dito uma vez. Aquele lugar era especial e só servia para fazer xixi.
Os únicos momentos em que ela deveria ficar mexendo era para lavar. Sua mão tremeu enquanto ela lentamente se aproximava de sua calcinha branca com bolinhas amarelas, lentamente alcançando o monte pubiano.
Nicole esticou seu braço mais para baixo e passou os dedos por seus lábios por cima da calcinha, sentindo-os afundar na pele fofa.
Aquilo realmente era bom. Alguma coisa em sua virilha parecia esquentar, ou coçar, ela não tinha certeza. Sua respiração estava ficando mais pesada.
Seu medo de mexer naquela região era tanto que ela não teve a coragem de tirar sua calcinha e mexer diretamente. E também, a qualquer momento sua irmã poderia chegar em casa, então precisava tomar cuidado.
Sexto passo: Toque seu clitóris.
Ela já tinha estudado os órgãos sexuais, então sabia onde ficava. Era inclusive um lugar que foi ensinada a lavar durante o banho, mas sabia também que era sensível. Dificilmente passava a mão por aquele lugar, com medo se machucar.
Esse era outro motivo para manter sua calcinha.
A menina pressionou seus dedos exatamente no lugar que ficava seu clitóris e começou a mexer lentamente.
Fazia movimentos circulares, depois para cima e para baixo, pouco a pouco sentindo a coceirinha aumentar. Sua virilha estava quente, suas coxas finas se fecharam com tesão.
Então isso era masturbação, ela concluiu.
Nicole fechou os olhos, deixando aquela sensação se espalhar por seu corpo.
Seus glúteos se contraíam enquanto ela erguia a parte inferior de seu corpo em cima da cama, apoiada somente pelos ombros e pelo tornozelo.
Era uma sensação gostosa, como ela nunca havia sentido antes.
Quanto mais ela movia seus dedos, mais prazer ela sentia e ainda mais ela queria sentir. A velocidade do movimento então foi aumentando.
“Ah…”
Nicole deixou um gemido sair sem querer, mas não se importou.
Estava sozinha, completamente entregue àquele prazer.
Suas pernas lentamente se abriram, apontando sua virilha para o alto, enquanto seu quadril se movia por conta própria.
Mesmo por cima da calcinha, aquela sensação era tão gostosa.
Seu corpo inteiro estava quente, mas, mesmo assim, sentia um frio na barriga.
Algo estranho estava acontecendo com seu corpo.
Suas pernas e sua virilha estavam tensas, duras, aquilo não era normal, mas ela não conseguia parar.
Sétimo passo: O orgasmo.
Sem parar, Nicole sentiu aquela sensação se espalhar por seu corpo enquanto sua mente amortecia.
De repente, depois de todo aquele movimento, se sentia fraca, exausta.
Ela desabou seu corpo sobre a cama, descansando enquanto suspirava sem parar.
O que era aquilo? Ela se perguntou, mas a pergunta era óbvia.
Era masturbação.
Não conseguia acreditar em como aquilo era bom.
Por que ninguém contou a ela antes?
Apesar da felicidade, no fundo ainda sentia culpa.
Sua mãe havia sido muito clara sobre não tocar naquele lugar se não fosse para limpar, mas…
Não tinha problema se fosse por cima da calcinha, não é?
Nicole sorriu com suas bochechas vermelhas e passou a mão por sua calcinha branca com bolinhas amarelas, deslizando seus dedos por dentro dela.
Ao puxar a borda para cima, a menina olhou para baixo e viu o estado que o interior de sua calcinha estava, o que a fez saltar da cama no mesmo momento.
Ela correu para o banheiro e puxou a peça pelas pernas, enfim erguendo-a para perto do rosto. A parte de baixo de sua roupa íntima estava encharcado, ela nunca tinha visto aquilo antes.
Assustada, Nicole abaixou sua mão e tocou sua vagina por baixo. Seus dedos passaram por entre seus lábios deslizando. Era como se ela tivesse salivado por ali.
Aquilo era normal? Será que estava doente?
Ela trouxe sua mão para perto do corpo e misturou seu lubrificante natural entre os dedos e os abriu, deixando que formassem ligações úmidas entre eles.
Aquilo era… Nojento.
Qual era a diferença entre ela e as meninas que julgou naquela manhã? Ou entre os meninos que só falavam de sexo?
Estava decidida, ela nunca mais faria aquilo de novo.
Nunca mais.
Comentários (8)
@BURN0013: A maioria das meninas quando estão na idade de se descobrir,se realizam na masturbação,é uma delicia poder ensinar e ao mesmo tempo vê las se acabando de gozar nas calcinhas infantis TELE-BURN0013
Responder↴ • uid:1elrrsr03cr79Virilidade 19: Belo conto, vc escreve num que gosto de ler Parabéns. Que até o conto 6/6 se tornar um best seller Valeu é dez
Responder↴ • uid:ba527wuj2s01Cachinhos Dourados: A se eu soubesse escrever como vc, meus contos seriam bem melhores
Responder↴ • uid:1e9bpfz6zy3d5Mister Satan: Ótimo conto. Uma dica: tenta escrever períodos mais longos. É um pouco ruim de ler quando a cada frase você pula uma linha.
Responder↴ • uid:fi07ooxv26Tippy123: Não se preocupe, escrevo neste estilo de propósito pra facilitar a leitura e manter um ritmo.
• uid:1dvpgab2b8bvsPe: Quando sairá parte 2?
Responder↴ • uid:6su7apdoiklPe: Muito bom, por favor continue!!!
Responder↴ • uid:6su7apdoiklTippy123: Fico feliz que tenha gostado!
• uid:1dvpgab2b8bvs