O Leitinho especial do meu irmãozinho | (CAPÍTULO 04 - Parte 01)
O fogo de Arthur, Lucas e Diego por Bonnie está cada vez maior, é picante. Mais o sentimento de prazer começa a bater contra o sentimento moral.
🔞 Antes de tudo isso tudo é um conto erótico FICTÍCIO!! nada disso e real, então quando você entrar no conto é chegando nas partes de comentários não venham com hipócrita e falso moralismo, dizendo "que nojento". Já que provavelmente você deve ter batido uma enquanto você lia o conto!!
Meus outros contos se estiverem interessados! 😉
— SAGA: O LEITINHO ESPECIAL DO MEU IRMÃOZINHO!
• Parte 01 (Início): /2025/04/conto-114130
• Parte 02: /2025/05/conto-114851
• Parte 03: /2025/05/conto-114932
— SAGA: CAT NOIR É O ANJINHO GULOSO.
• Parte 01 (Início): /2025/04/conto-114195
----
É sexta-feira de manhã, e a casa dos Carter tá um caos de malas e correria. Minha mãe, Liliane, tá toda animada, correndo de um lado pro outro com aquele sorriso de influencer, dizendo que a gente precisa dessa viagem pra “se reconectar como família”. Meu pai, Marcelo, tá com a cara fechada, resmungando enquanto carrega as malas pro Jeep Renegade. Não é só porque ele tá carregando tudo sozinho — tem algo incomodando ele, uma tensão que eu percebo no jeito que ele mal olha pra minha mãe. Mas eu não ligo muito pra isso. Meu foco tá no Bonnie e no que esses quatro dias na casa de praia podem significar. Bonnie, meu irmãozinho de 08 anos, tá pulando pela sala, o cabelo loiro bagunçado, olhos azuis brilhando, segurando um dinossauro de pelúcia. Ele tá de shortinho verde e camiseta de dinossauros, que abraça seus 1,11m de altura, a bundinha redonda marcada, todo feliz com a ideia de ver o mar. Eu, Arthur, 25 anos, só penso em como esses dias vão ser uma chance de levar as “missões” com ele pra outro nível, agora com Lucas e Diego na jogada.
Minha mãe, com aquele tom de quem tá gravando um stories, sugeriu que eu convidasse os caras pra “se divertirem e ajudarem com o Bonnie”. Ela não faz ideia do tipo de “cuidado” que eu, Lucas e Diego temos em mente. Eles toparam na hora. — “Obrigado novamente por nos convidar pra viagem de vocês à praia, Dona Liliane!” — diz Diego, com aquele jeito malandro, enquanto ajuda Lucas a colocar a mala no porta-malas do Jeep do meu pai. Como somos seis pessoas, meu pai vai na frente com as malas e as coisas pesadas, e minha mãe dirige o outro carro, um SUV branco, com eu, Bonnie, Lucas e Diego. — “Não foi nada, rapazes! Sei que é meio complicado pro Arthur cuidar do Bonnie sozinho na praia. Então, achei que seria legal ele ter a companhia dos amigos,” — responde minha mãe, com um sorriso animado, ajustando os óculos de sol.
Coitada da minha mãe. Se ela soubesse o que eu, Lucas e Diego estamos planejando pro Bonnie, aquele sorriso sumiria na hora. São 08:00, e enquanto dirigimos pro litoral, Bonnie tá no banco da frente, cantando musiquinhas da Patrulha Canina, balançando o dinossauro de pelúcia. Eu, Lucas e Diego, espremidos no banco de trás, trocamos mensagens no grupo do WhatsApp, zoando que vamos “dar muito leitinho pro pequeno”. Lucas manda uma foto da sunga apertada que trouxe, e Diego responde com um emoji de fogo. Meu pau já tá meio duro na bermuda, só de imaginar o que vem pela frente.
— “Arthur, tu já pensou onde a gente vai fazer a primeira missão?” — sussurra Lucas, se inclinando pra mim, os olhos castanhos brilhando de malícia. Diego, do outro lado, ri baixo, bagunçando o cabelo loiro ondulado. — “Eu voto pela praia, à noite, bem escondido,” — ele diz, e eu sorrio, o tesão subindo. — “Relaxa, a casa tem muitos cantos pra gente se virar. E a praia privativa é perfeita,” — respondo, mantendo a voz baixa pra minha mãe não ouvir. Bonnie vira pra trás, curioso. — “Missão, Tutu? Vamos brincar no mar?” — pergunta, a voz manhosa, e eu bagunço o cabelo dele. — “Claro, pequeno, vai ter muita brincadeira,” — digo, e ele bate palmas, alheio ao que tá por vir.
Chegamos à casa de praia às 11:00, e o lugar é um espetáculo. Moderna, com janelas enormes que mostram o mar azul-turquesa, uma varanda com redes balançando na brisa, e uma praia privativa só nossa, com areia branca e ondas calmas. A sala de estar é puro luxo praiano: sofás brancos, uma smartTV de 50 polegadas na parede, um mini-bar de madeira com garrafas brilhando ao sol, e uma vista que parece de revista. A cozinha é de cair o queixo, com uma ilha de granito preto, eletrodomésticos de inox e uma divisória de vidro pra sala de jantar, onde uma mesa de madeira acomoda oito pessoas. Cada quarto tem seu próprio banheiro, com banheira e chuveiro, e tem um banheiro comum pros visitantes, com uma banheira gigante que já me dá ideias.
— “Caralho, Arthur, isso aqui é outro nível!” — exclama Diego, jogando a mochila no chão da sala e correndo pra abrir o mini-bar, pegando uma cerveja. Lucas assobia, olhando as janelas. — “Tua família não brinca em serviço, hein? Isso aqui é tipo um resort,” — diz, e eu rio, orgulhoso. Bonnie tá maravilhado, correndo de canto em canto, o shortinho verde subindo enquanto ele aponta pros quadros de peixes na parede. — “Tutu, olha os peixinhos! Igual o meu quarto!” — grita, e eu o puxo pro colo, sentindo a bundinha redonda contra meu pau. — “Calma, pequeno, vamos ver tudo,” — falo, e ele se aninha em mim, chupando o dedo.
O quarto dos meus pais é um show à parte: cama king-size com lençóis de seda, varanda privativa com vista pro mar, e um banheiro com banheira de hidromassagem e chuveiro duplo. Meu quarto é mais simples, mas foda, com uma cama queen, paredes azul-marinho e uma banheira que eu já imagino usando com Bonnie. O quarto do Bonnie é perfeito pra ele: paredes azuis com desenhos de peixes, cama com lençóis de golfinhos, e ele já espalhou os dinossauros de pelúcia por aí. Os três quartos de hóspedes, onde Lucas e Diego vão ficar, têm camas queen e decoração náutica, cada um com banheiro privativo. — “Eu fico com o quarto do farol!” — diz Diego, apontando pra um com um quadro de farol. Lucas pega o do leme. — “Beleza, mas a banheira é minha à noite,” — brinca, e a gente ri, mas o olhar dele diz que ele tá pensando no mesmo que eu.
Meus pais se trancam no quarto deles, e eu ouço vozes abafadas — provavelmente brigando, como sempre. Bonnie tá inquieto, puxando minha mão. — “Tutu, quero a praia!” — pede, e eu troco ele pra um shortinho de banho vermelho, passando protetor solar, minhas mãos deslizando pela pele magrinha, o tesão subindo enquanto sinto a bundinha redonda. Lucas e Diego já tão de sunga — Lucas de azul, Diego de amarela —, e a gente desce pra praia às 13:00, o sol quente na pele, a areia queimando os pés.
Bonnie corre pro mar, rindo, a sunga vermelha grudada no corpo, e eu, Lucas e Diego montamos um guarda-sol. — “Olha o teu irmão, Arthur. Tá pedindo pra ser pego,” — diz Diego, os olhos verdes brilhando enquanto observa Bonnie pular nas ondas. Lucas ri, ajustando a sunga. — “A gente espera anoitecer, né? Mais seguro,” — sugere, e eu assinto, mas meu pau já tá duro só de imaginar. — “À noite, atrás das rochas. Ninguém vai ver,” — falo, e eles sorriem, cúmplices.
Bonnie volta correndo, molhado, e se joga no meu colo, a sunga marcando tudo. — “Tutu, a água tá gelada!” — diz, rindo, e eu passo a mão nas costas dele, sentindo a pele quente. — “Quer brincar mais, pequeno?” — pergunto, e ele assente, animado. Passamos a tarde na praia, Bonnie construindo castelos de areia enquanto eu, Lucas e Diego jogamos vôlei, trocando olhares que dizem mais do que palavras. Às 15:00, voltamos pra casa pra almoçar. Minha mãe fez uma lasanha, e meu pai tá calado, mexendo no celular, a tensão entre eles palpável. Bonnie devora a comida, falando de dinossauros, e eu troco olhares com Lucas e Diego, o clima pesado dos meus pais passando batido.
Após o almoço, meus pais vão “descansar”, e eu levo Bonnie, Lucas e Diego pra sala, onde a gente joga Mario Kart na smartTV. Bonnie tá no meu colo, se mexendo, e eu sinto a rola pulsar na bermuda. — “Tutu, quero missão,” — ele sussurra, só pra mim, os olhos azuis brilhando de ansiedade. Meu coração dispara, e eu olho pros caras, que tão fingindo prestar atenção no jogo, mas claramente ouviram. — “Hoje à noite, pequeno, na praia,” — prometo, e ele sorri, se aninhando no meu peito, chupando o dedo.
— “Porra, Arthur, teu irmão é insaciável,” — diz Lucas, baixo, pausando o jogo e se inclinando pra mim. Diego ri, abrindo outra cerveja do mini-bar. — “Tô louco pra ver ele mamar de novo. A praia vai ser foda,” — comenta, e eu assinto, o tesão me deixando inquieto. — “Só cuidado pra não fazer barulho. Meus pais não podem nem sonhar com isso,” — aviso, e eles riem, prometendo discrição.
Bonnie, alheio, pula do meu colo e corre pra pegar um dinossauro de pelúcia. — “Tutu, o T-Rex quer brincar!” — diz, fazendo sons de rugido e correndo pela sala. Eu, Lucas e Diego trocamos um olhar, e eu sei que a noite vai ser quente. Passamos o resto da tarde na varanda, Bonnie desenhando peixes num caderno enquanto a gente toma cerveja e planeja a “missão”. O sol começa a baixar, pintando o céu de laranja, e meu pau tá duro só de pensar no que vem.
Às 19:00, o sol já tá se pondo, e a praia tá vazia, o mar brilhando sob a luz do crepúsculo. Meus pais ficam na varanda, tomando vinho, o que me dá a certeza de que não vão descer tão cedo. Eu, Bonnie, Lucas e Diego pegamos uma mochila com toalhas, lubrificante e cervejas, e descemos pras rochas, um canto escondido onde a areia é macia e o mar não chega. A brisa tá fresca, e Bonnie tá animado, de shortinho de banho vermelho, o cabelo molhado de suor da correria. — “Missão na praia, Tutu?” — pergunta, pulando na areia, e eu sorrio, tirando a bermuda, minha piroca dura na mão.
— “Missão na praia, pequeno. Primeira parte: mamar o leitinho,” — falo, e ele se ajoelha na areia, rindo, os olhos brilhando sob a luz fraca do luar. — “Leitinho, Tutu!” — exclama, a boquinha rosada chupando minha rola, a língua ágil lambendo a cabeça, me arrancando um gemido rouco. Lucas e Diego tiram as sungas, as rolas duras balançando, e Bonnie alterna, lambendo os três paus com gula, o rosto melado de pré-gozo.
— “Tá gostoso, Tutu!” — ele diz, a voz abafada, e eu seguro o cabelo loiro, guiando ele. — “Engole tudo, Bonbon, pra ninguém ver!” — falo, a voz grossa, e gozo forte, quatro jatos grossos na boca dele, o sêmen escorrendo pelo queixo, brilhando na pele suada. Bonnie tenta engolir, mas um pouco escapa, e ele lambe os lábios, com aquele sorrisinho fofo. — “Tutu, teu leitinho é delícia!” — diz, todo guloso, e Lucas ri, gozando em seguida, melando o rosto do Bonnie. Diego goza no peito magrinho, e Bonnie ri, lambendo o que pode. — “Hmm, leitinho quente!” — exclama, o rosto uma mistura de gozo e suor.
Às 20:00, passamos pra próxima parte. Deito Bonnie na areia, pego o lubrificante da mochila e esfrego no cuzinho rosado, meus dedos entrando devagar, o calor apertado me fazendo gemer. — “Tá engraçado, Tutu!” — ele ri, se contorcendo, e eu lubrifico minha rola, entrando devagar, o ânus me envolvendo como um vício. — “Tá quentinho, Bonbon!” — falo, fodendo com estocadas lentas, depois mais fortes, o som da areia sob nós misturando-se com os gemidos dele. Bonnie goza, o pauzinho vazando na areia, e ri, — “Tô voando, Tutu!” — Fodo o cu por dez minutos, gozando dentro, o sêmen escorrendo pelas coxas magras. Lucas toma meu lugar, fodendo o cuzinho com força, e Bonnie goza de novo, rindo. — “Mais leitinho, Lucas!” — ele pede, e Lucas goza, melando o ânus. Diego vai depois, a rola grossa esticando o cu, e Bonnie tem um terceiro orgasmo, o corpo tremendo. — “Diego, tá quente!” — grita, e Diego goza, o sêmen pingando na areia.Às 21:30, voltamos pra casa, Bonnie exausto, mas feliz. No quarto dele, ele chupou nossas pirocas de novo, os três gozando na boca, o rosto brilhando de gozo e suor. — “Tutu, teu leitinho é o melhor!” — ele disse, com aquele ar de gula, suado e sorrindo, a voz manhosa me apertando o coração. Limpei ele com uma toalha, e ele adormeceu abraçando um dinossauro de pelúcia, o shortinho vermelho melado. Meus pais tão dormindo, e a casa tá silenciosa, o som do mar entrando pelas janelas. Eu, Lucas e Diego pegamos umas cervejas no mini-bar e fomos pra varanda, sentando nas cadeiras de madeira ao redor da mesa, o céu estrelado acima, a brisa fresca trazendo o cheiro salgado do oceano. — “Amanhã vai ser insano,” — disse Diego, abrindo a lata com um estalo, os olhos verdes brilhando de empolgação. Lucas assentiu, tomando um gole. — “O pequeno aguenta tudo,” — comentou, com um meio-sorriso, e eu forcei um sorriso, mas algo dentro de mim pesava.
Eu tava segurando a cerveja, o vidro frio contra a palma, olhando pras estrelas, mas minha cabeça não tava na promessa de mais “missões” com Bonnie. O que a gente fez na praia, o jeito que ele riu, lambendo nossos paus, me deixou feliz, mas também me fez sentir… sujo. Eu amo o Bonnie, mais do que tudo, e sei que Lucas e Diego também gostam dele, mas o que a gente tá fazendo é errado. É mais do que errado — é desprezível. Eu não aguentei segurar isso sozinho. Coloquei a cerveja na mesa, respirei fundo e deixei escapar: — “Vocês já pararam pra pensar que o que a gente faz com o Bonnie é… foda, tipo, moralmente podre? Que eu sou uma pessoa horrível por isso?”
O silêncio caiu como uma pedra. Lucas, que tava rindo segundos antes, ficou sério, o rosto moreno iluminado pela luz fraca da varanda. Diego parou com a cerveja na mão, os olhos verdes me encarando, surpresos. — “Porra, Arthur, de onde veio isso agora?” — perguntou Diego, a voz mais suave do que o normal, sem o tom malandro. Eu esfreguei o rosto, sentindo o cavanhaque contra as palmas, e suspirei. — “Não sei, cara. Eu amo o Bonnie, juro, e ele parece tão feliz com as ‘missões’, mas… ele não entende o que tá acontecendo. Ele é inocente, e a gente tá… sei lá, se aproveitando disso. Não é tipo… abuso?” — Minha voz tremia, e eu odiei soar tão fraco, mas precisava botar pra fora.
Lucas se inclinou pra frente, os cotovelos na mesa, e olhou pro mar, pensativo. — “Tu tá trazendo a real, Arthur. Eu também penso nisso às vezes. Não vou mentir, o Bonnie me deixa louco, e ver ele feliz é foda, mas… tem uma parte de mim que sabe que isso não tá certo,” — disse, a voz grave, quase um murmúrio. Diego assentiu, girando a lata na mão. — “É, cara, eu também sinto essa merda. Mas, tipo, a sociedade é tão hipócrita, sabe? Todo mundo aponta o dedo, mas ninguém fala das coisas que acontecem debaixo do tapete. E o Bonnie… ele gosta, né? Ele tá sempre rindo, pedindo mais.” — Ele tentou justificar, mas o tom dele mostrava que ele também tava incomodado.
Eu balancei a cabeça, tentando organizar os pensamentos. — “É exatamente isso que me fode. A sociedade é hipócrita pra caralho. Todo mundo finge que é santo, mas ignora o que realmente acontece. Eu penso na Alya Menezes, uma colega da faculdade de administração. No segundo ano, numa aula de ética empresarial, ela fez um trabalho sobre violência sexual e acabou contando, num momento de vulnerabilidade, que foi abusada por um tio paterno dos 11 aos 16 anos. — ‘Ele dizia que era nosso segredo, se você contar pra alguém eu vou te matar,’ — ela falou, a voz tremendo, e eu lembro do silêncio na sala, o professor sem saber o que dizer. Alya era a caçula de cinco irmãos: Hugo, Verônica, Ulisses, que é cadeirante, Joaquim, e ela. Só o Ulisses acreditou nela, junto com a esposa dele, Rebeca, uma psicóloga que trabalha com vítimas de abuso. Ulisses nunca confiou no tio e, antes de sair de casa, colocou uma câmera secreta no quarto da Alya, porque ela era a única filha mulher ainda morando com os pais. A câmera pegou tudo, mas quando ela denunciou, aos 18, a família não acreditou. A mãe dela, Sônia, o pai, Roberto, os irmãos, tios, primos… todos chamaram ela de mentirosa. As filhas do tio, uma de 27 e outra de 16 na época, bateram na Alya, chamando ela de ‘puta’, ‘piranha’, ‘cadela de esquina’. O tio foi preso, mas só ficou uma semana na cadeia. Ele tinha amigos policiais, advogados, juízes, que acreditavam nele e assediavam a Alya. Um juiz disse: — ‘Você tá destruindo a vida de um pai de família.’ — Um policial chegou a falar: — ‘Garota, você tem sorte de ser mulher, porque senão eu ia te comer na porrada por tentar destruir a vida do meu amigo. Sua vadiazinha de merda!’ — Eu lembro de olhar pra Alya, tão forte, mas tão quebrada, e pensar que nunca ia entender o que ela passou.”
Lucas ficou quieto, os olhos fixos na cerveja, e então falou, a voz baixa: — “Isso me lembra da minha avó materna, Dona Margarida. Ela morreu quando eu tinha 15 anos, mas antes disso, me contou coisas que nunca esqueci. Ela foi abusada pelo padrasto dos 9 aos 22 anos. Ele era um cara respeitado na cidade, dono de uma mercearia, e ninguém acreditava que ele era um monstro. — ‘Ele me levava pro quarto quando minha mãe saía pro mercado e dizia que era pra me ensinar a ser mulher,’ — ela me contou, chorando, já velha, com 70 anos. Foram anos de abuso, e quando ela tentou contar pra mãe, levou uma surra por ‘inventar mentiras’. Aos 22, ela fugiu de casa, casou com meu avô, mas nunca superou. Ela dizia que carregava uma vergonha que não era dela. E sabe o pior? O padrasto nunca pagou por nada. Morreu tranquilo, como ‘homem de bem’. Isso me fode, porque a sociedade protege esses caras, enquanto as vítimas são destruídas.”
Diego suspirou, tomando um gole longo da cerveja. — “É, isso é real. Eu lembro de um caso que bombou na internet uns anos atrás, em 2022, acho. Um cara, pastor de uma igreja pequena, foi preso por abusar de meninos na catequese. Ele gravava tudo, como se fosse troféu, e a polícia achou mais de 50 vídeos no computador dele. O pior é que a cidade defendeu o cara, dizendo que os meninos ‘provocaram’. Teve até meme zuando as vítimas, tipo, ‘eles queriam, então tá de boa’. Eu via aquilo e pensava: como a gente chegou num ponto em que abusar de criança vira piada? Mas, ao mesmo tempo, eu me pego aqui, com o Bonnie, e… porra, eu sei que é errado, mas ele tá tão feliz, sabe? É foda.”
Eu assenti, sentindo um nó na garganta. — “É isso, cara. A sociedade normaliza tanta merda, desde estupro até piada com pedofilia, e a gente cresce vendo isso como ‘normal’. Mas com o Bonnie… eu amo ele. Vocês também amam, eu sei. Ele é meu irmão, meu mundo, e ver ele rindo, pedindo ‘leitinho’, me faz sentir que tô dando algo que ele quer. Mas aí eu penso: será que ele quer mesmo, ou a gente tá manipulando ele porque ele não entende? Ele tem autismo, ele confia na gente cegamente. Isso não faz a gente igual aos monstros que a Alya, a Dona Margarida, e esses meninos enfrentaram?”
Lucas esfregou o rosto, claramente incomodado. — “Não sei, Arthur. Talvez a gente seja hipócrita, sim. A sociedade é uma merda, mas a gente tá usando isso como desculpa pra fazer o que quer com o Bonnie. Só que… eu não consigo parar. Ele é tão puro, tão feliz quando tá com a gente. Eu olho pra ele e penso: ‘Se ele tá sorrindo, talvez não seja tão ruim.’ Mas aí vem a culpa, e eu me odeio por pensar assim.”
Diego jogou a lata vazia na mesa, a expressão dura. — “Olha, eu vou ser honesto. Eu sei que o que a gente faz é errado. É abuso, ponto. Mas a sociedade é tão podre, tão cheia de gente que faz pior e sai impune, que eu penso: por que a gente não pode ter isso com o Bonnie? Ele não tá sofrendo, tá? Ele pede, ele ri, ele quer mais. Talvez a gente seja desprezível, mas… eu não vou parar. Não enquanto ele tiver aquele sorriso.”
Eu fiquei em silêncio, as palavras do Diego pesando como chumbo. Ele tava certo e errado ao mesmo tempo. A sociedade é hipócrita, sim, mas isso não justifica o que a gente faz. Eu pensei na Alya, na coragem dela pra contar sua história, e no Ulisses, que jogou baixo pra fazer justiça. Ele postou as gravações do tio, com permissão da Alya e das famílias de outras 39 vítimas, numa pasta online que expôs vídeos, áudios e fotos dos abusos. O tio, que saiu da prisão em uma semana por causa dos contatos, virou alvo nas ruas. Ele foi linchado, ficou paraplégico, perdeu os braços, as pernas amputadas, cego de um olho, preso a uma cama pra sempre. Ulisses também expôs os policiais, advogados e juízes que assediaram a Alya, destruindo a vida deles. Mas a Alya nunca perdoou a família — a mãe Sônia, o pai Roberto, os irmãos Hugo, Verônica, Joaquim, os primos que a agrediram. Hoje, ela vive com Ulisses, a cunhada Rebeca, e as sobrinhas gêmeas Brenda e Briana, tentando reconstruir a vida. A família dela, e principalmente as primas, filhas do tio, pagaram caro pelo descrédito, mas isso não apaga a dor da Alya.
— “A gente não é como esse tio, né?” — perguntei, quase implorando por uma resposta que me aliviasse. Lucas balançou a cabeça, mas não respondeu. Diego olhou pro mar, pensativo. — “Não sei, Arthur. Talvez a gente não seja tão ruim quanto ele, mas… a gente não é bom. Só que eu amo o Bonnie, e enquanto ele quiser, eu vou continuar. A sociedade que se foda com a hipocrisia dela,” — disse, e se levantou, pegando outra cerveja.
Eram 22:10, e a conversa na varanda tava pesada demais. — “Vamos tomar banho e dormir. Amanhã a gente pensa melhor,” — sugeri, e Lucas e Diego assentiram, cansados. Subimos, cada um pro seu quarto, e eu tomei um banho quente na minha banheira, a água quente escorrendo pelo corpo musculoso, mas não levando a culpa. Eu sei que amo o Bonnie, e Lucas e Diego também. Ele tá feliz, mas isso não apaga o que a gente é. Talvez a gente seja hipócrita, como a sociedade que a gente critica, mas com Bonnie, parece diferente. Pelo menos, é o que eu digo pra mim mesmo pra dormir.
Mas agora, às 02:00 da madrugada de sábado, eu não consigo dormir. Tô deitado na cama queen do meu quarto, as paredes azul-marinho iluminadas pela luz fraca do abajur, a janela aberta trazendo o som do mar. A escrivaninha de madeira tá bagunçada com meu celular e uma garrafa d’água, e a banheira no banheiro privativo ainda tá úmida do banho. Minha cabeça tá um caos. A conversa com Lucas e Diego na varanda não sai da minha mente — a culpa, a hipocrisia, as histórias da Alya, da Dona Margarida, dos meninos abusados. Mas tem algo mais me incomodando: a moralidade, ou melhor, essa porra de “falsa moralidade” que a sociedade joga na nossa cara. No fundo, mesmo me sentindo culpado, eu sei que dar “leitinho” pro Bonnie, ver ele mamar com gula, encher o cuzinho dele de gozo quente, é a melhor coisa do mundo. E eu sei que Lucas e Diego sentem o mesmo. É errado, é foda, mas… e daí? Bonnie tá feliz, e a gente também.
Eu pego o celular e mando uma mensagem no grupo: “Tô sem sono. Vem pro meu quarto, quero falar.” Lucas responde com um “Tô indo” e Diego com um emoji de olhos abertos. Em cinco minutos, os dois batem na porta, e eu abro, ainda de bermuda, o cabelo castanho molhado do banho. Lucas, de regata preta, tá com cara de quem também não dormiu, os olhos castanhos cansados. Diego, de moletom cinza, o cabelo loiro ondulado bagunçado, traz uma cerveja na mão, mesmo sendo duas da manhã. — “Porra, Arthur, tu não deixa a gente dormir, né?” — brinca Diego, jogando-se na cadeira da escrivaninha. Lucas se senta na beira da cama, esfregando o rosto. — “O que foi agora? Mais crise de consciência?” — pergunta, meio sério, meio zoando.
Eu me sento na cama, as mãos no joelho, e respiro fundo. — “É, mais ou menos. Tô pensando na conversa de mais cedo, sobre a culpa, a moral, essa merda toda. Mas, tipo… eu tô começando a mandar um foda-se pra isso. A sociedade é uma hipocrisia do caralho, e eu não sei se quero continuar me sentindo mal por fazer o Bonnie feliz. Ele ama as ‘missões’, ele pede mais, e eu… eu amo dar isso pra ele. Vocês também, né?” — Minha voz sai firme, mas tem um tom de desafio, como se eu quisesse que eles confirmassem o que eu já sei.
Diego ri, tomando um gole da cerveja. — “Porra, Arthur, tu leu minha mente. Eu tava pensando a mesma coisa. A gente ficou falando de culpa, de abuso, mas, cara, o Bonnie tá rindo, tá pedindo ‘leitinho’, tá feliz pra caralho. A sociedade é uma bosta, cheia de gente que faz pior e sai rindo. Então, foda-se a moral. Eu quero continuar com o Bonnie, porque ele é nosso, e ele ama isso.” — Ele fala com uma convicção que me surpreende, os olhos verdes brilhando na penumbra.
Lucas assente, mais contido, mas com um brilho nos olhos. — “É, eu também tô nessa. Eu amo o Bonnie, e ver ele sorrindo, lambendo a gente, é… foda, é perfeito. A moralidade é uma mentira. Todo mundo esconde merda, e a gente pelo menos tá sendo honesto com o que sente. Mas eu não vou mentir, ainda penso na minha avó Margarida, no que ela passou. Só que isso me faz querer proteger o Bonnie ainda mais, sabe? Não machucar ele, só… dar o que ele quer.”
Eu me inclino pra frente, os cotovelos nos joelhos, e solto um suspiro. — “Exato. A sociedade é uma farsa. Todo mundo finge ser santo, mas ignora o que realmente acontece. Eu penso na Alya Menezes, na merda que ela passou com o tio paterno. E não é só o abuso, é o que veio depois, com a família dela, os outros tios, os primos, a ex-esposa do tio e as filhas dele. A mãe da Alya, Sônia, e o pai, Roberto, nunca pediram desculpas. Eles perderam a filha pra sempre, e hoje vivem isolados, sem contato com a Alya ou o Ulisses. O Hugo, a Verônica e o Joaquim, irmãos dela, tentaram se reaproximar, porque têm filhos e não querem que os sobrinhos cresçam sem a tia. Mas a Alya não perdoa, e eu entendo. Ela fala com os sobrinhos, leva presente, mas com os irmãos, é só frieza. O tio materno da Alya, o único irmão da Sônia, é o único que ela respeita, porque ele nunca soube do abuso e sempre foi bom pra ela. Já os sete irmãos do Roberto, pai dela, cortaram o tio abusador, mas também não apoiaram a Alya na época, então ela não fala com eles. A ex-esposa do tio, Clara, e as filhas, Mariana e Letícia, pagaram caro. A Mariana, que tinha 27 na época, perdeu o emprego de professora quando os vídeos do pai vieram à tona, e a Letícia, que tinha 16, foi internada por depressão depois de ser hostilizada na escola. Elas bateram na Alya, chamaram ela de ‘puta’, e hoje vivem na sombra da vergonha. A Alya não sente pena, e eu também não. Eles escolheram proteger um monstro.”
Lucas balança a cabeça, a expressão dura. — “Isso é o que me fode. A sociedade protege esses caras, e as vítimas viram as vilãs. Minha mãe, quando descobriu o que minha avó Margarida passou, ficou possessa. Antes da Dona Margarida morrer, minha mãe, Clara, decidiu destruir a reputação de ‘homem de bem’ do padrasto da minha avó, o Otávio. Ele abusou da Margarida dos 9 aos 22 anos, e minha mãe descobriu que ele também abusou de outras meninas na cidade, algumas que engravidaram dele. Ela rastreou os amigos do Otávio da época, juntou relatos, e expôs tudo numa rádio local, em 2005, depois que ele já tinha morrido. Mas o pior foi a minha bisavó materna, Dona Eulália, mãe da Margarida. Ela sabia dos abusos e batia na filha, chamando ela de mentirosa, dizendo que queria ‘destruir a família’. Minha mãe confrontou a Eulália, já velha, com 85 anos, e jogou tudo na cara dela: os abusos, as surras, a culpa que a Margarida carregou. A Eulália teve um ataque cardíaco na hora, e minha mãe, sem nenhuma piedade, virou as costas e deixou a velha morrer. — ‘Ela fez o mesmo com a minha mãe, então que morra sozinha,’ — minha mãe me contou, com uma frieza que me deu arrepios. Mas quando ela falava da Margarida, era só amor, saudade. Ela dizia que a avó nunca superou, mas merecia justiça, mesmo que tardia.”
Diego toma outro gole, a lata quase vazia. — “Porra, isso é pesado. Mas é isso, né? A sociedade deixa esses monstros livres, e quem sofre é quem não tem culpa. Eu lembro daquele caso do pastor, em 2022, que abusava de meninos na catequese. A cidade defendeu ele, disse que os meninos ‘queriam’. E os memes, cara, os memes zuando as vítimas… isso me dava nojo. Mas sabe o que me fode mais? É que a gente tá aqui, fazendo o que faz com o Bonnie, e eu sei que é errado, mas… eu não quero parar. Ele tá feliz, a gente tá feliz, e a moralidade pode ir pro inferno. A sociedade é uma mentira, e a gente tá só vivendo o que sente.”
Eu me levanto, caminho até a janela, o som do mar me acalmando, mas também me desafiando. — “É isso, Diego. A moralidade é uma farsa. Todo mundo aponta o dedo, mas ninguém olha pro próprio rabo. A gente sabe que o que faz com o Bonnie é… sei lá, é abuso, no fundo. Ele não entende, confia na gente cegamente por causa do autismo. Mas ele tá rindo, pedindo mais, e isso é o que importa. Eu penso na Alya, na Margarida, e sei que a gente não é como aqueles monstros. Eles destruíram vidas, fizeram sofrer. O Bonnie não tá sofrendo, tá? Ele tá feliz, e isso é mais do que a sociedade dá pra maioria. Então, foda-se. Eu amo ele, vocês amam, e enquanto ele quiser, a gente continua.”
Lucas se levanta, batendo a mão no meu ombro. — “Tu tá certo, Arthur. A gente ama o Bonnie, e ele ama a gente. A sociedade é podre, deixa passar coisa pior e julga o que não entende. Eu não vou parar, porque o sorriso dele é tudo pra mim.” — Ele fala com uma convicção que me faz sentir menos sozinho.
Diego termina a cerveja, jogando a lata na lixeira. — “Então tá combinado. Foda-se a moral, foda-se a culpa. O Bonnie é nosso, e a gente vai fazer ele feliz. A sociedade que lide com os próprios demônios.” — Ele sorri, mas é um sorriso meio triste, como se soubesse que a gente tá se enganando, mas não liga.
São 03:00, e a conversa morreu. — “Vamos dormir, senão amanhã a gente não aguenta o Bonnie,” — digo, e eles riem, o clima mais leve, mas ainda carregado. Lucas e Diego voltam pros quartos, e eu deito na cama, olhando pro teto. A culpa ainda tá lá, mas é pequena, abafada pela imagem do Bonnie rindo, lambendo os lábios, pedindo “leitinho”. A sociedade é uma hipocrisia, e a gente tá só sendo honesto com o que sente. Pelo menos, é o que eu digo pra mim mesmo para finalmente dormir.
---------------------
BEM PELO FATO DO CAPITULO TEM FICANDO BEM GRANDE EU VOU PROVAVELMENTE DIVIDIR ELE EM TRÊS PARTE. COMEÇANDO COM ESSA PARTE 01!
É COM EU HAVIA DITO, O CAPÍTULO 04 SERIA UM DOS MAIS IMPORTANTE DESTA HISTÓRIA. PRINCIPALMENTE PARA DEBATE O CONTEXTO DE ATÉ QUE PRONTO EXISTE A "MORAL", JÁ QUE MUITOS SÃO OS QUE O CONDENAM, PORÉM NO OFF VEM PARA SITES COMO ESSE PARA LEREM UM CONTEÚDO VISTO COMO "ERRADO" OU "NOJENTO" PARA NÓS COMENTÁRIOS DIZENDO QUE É UM "CONTO PEDÓFILO, COM TRÊS HOMENS E UM MENININHO" — QUE PROVAVELMENTE VOCÊ BATEU UMA PUNHETA LERDO O CONTO...
❤️ Contos Eróticos Ilustrados e Coloridos ❤️👉🏽 Quadrinhos Eroticos 👈🏽
Comentários (1)
J: Que merda que ficou esse capitulo, nem li ate o final pq virou só "A sociedade..."
Responder↴ • uid:wc4b720k