Pagando a aposta pro meu primo. PARTE 60
Falei pra Breno e Jefferson que ali eu meus Boys vivemos momentos muitos deliciosos, eles sacaram.
Ficamos conversando por um tempo. Dinei havia perdido completamente o sono depois de dormir a festa inteira. Até que, depois de calcular que haviam passado bons minutos e com isso o povo da minha família provavelmente já estava dormindo, falei que a gente podia ir. Para surpresa de Jefferson, Gil também tinha dormido. Ele quis saber o que faria.
— Fica a seu critério — falei. — Ou você acorda ele e desce com a gente, ou fica aí e aproveita que ninguém vai estar aqui. Curtam o momento a dois.
Ele pensou por um minuto e decidiu não acordar Gil, concluindo que, se ele havia apagado daquele jeito, devia estar exausto.
Enquanto Dinei ficava ali, mexendo no celular, completamente alheio ao que estava acontecendo ao seu redor, eu percebi que Breno chamou Jefferson para um canto. Os dois se afastaram um pouco, falando baixinho, e por um momento, vi os dois trocando olhares cheios de malícia, como se estivessem tramando algo.
Breno sorriu de um jeito que eu conhecia bem — aquele sorriso que aparecia quando ele tinha uma ideia ousada ou quando estava prestes a fazer algo que sabia que iria chamar atenção. Jefferson, por sua vez, parecia igualmente animado, como se estivesse completamente a bordo do que quer que Breno estivesse propondo.
De repente, eles me chamaram, e eu me aproximei, curioso, mas sem fazer ideia do que me esperava.
— Oi! — cumprimentei, levantando as sobrancelhas, esperando alguma explicação.
— Renato, tô pensando em fazer uma bagunça lá no vestiário durante o banho. O que você acha? — disse Breno, com um sorriso malicioso no rosto.
Eu olhei para os dois, meio sem acreditar no que estava ouvindo.
— Olha, se aquele vestiário falasse, eu estava frito! — respondi, rindo. — Mas, gente, vocês estão pretendendo fazer o que? Porque eu estou indo tomar meu banho!
Eles olharam para Dinei, que continuava focado no celular, e então Jefferson falou fazendo um aceno quase imperceptível: Breno quer que a gente veja ele dessa vez.
Eu disse para Breno que isso era uma coisa que era pra ele decidir com Dinei e assim lembrei dele pegar a toalha.
— Gente, levem a toalha! — disse eu, mostrando a que estava em minha mão.
— Pega a nossa, amor — falou Breno.
Dinei abriu a bolsa que trouxeram e pegou a toalha que usariam. Jefferson se aproximou de Gil e, com muito cuidado, o acordou.
— Estamos indo para o vestiário. Você quer ir? — perguntou ele.
Gil apenas resmungou algo, virou para o outro lado e voltou a dormir.
Jefferson resolveu deixar Gil dormindo e foi no vestiário conosco. Apagamos a luz do varandão, e saímos rumo ao vestiário, porém como estava um verdadeiro breu, foi preciso acender a lanterna do celular para iluminar o trajeto.
Abri o cadeado e o portão, e ao entrar, vi um vestiário totalmente diferente do que era antes. Ele estava completamente reformado: os armários de cimento tinham sido substituídos por armários de ferro. O banco de concreto que existia no meio agora era de ferro, com uma tábua de madeira por cima. Azulejos e pisos brancos agora davam uma aparência limpa ao local.
Eu estava de queixo caído com a mudança do vestiário e comentei com meus amigos que, antes, aquele lugar era super simples — nem parecia o mesmo local.
— Foi aqui que uma das transas mais loucas da minha vida aconteceu— falei.
— Interessante — disse Breno, já tirando a roupa.
Ele abriu o registro e entrou debaixo de um dos chuveiros. Jefferson fez o mesmo.
Dinei olhou diretamente para Jefferson e depois para mim, franziu a testa e balançou a cabeça positivamente, como se estivesse gostando do rumo daquilo.
— Vocês dois vão ficar aí só olhando? — perguntou Breno.
Eu e Dinei tiramos a roupa e também fomos tomar banho nos chuveiros próximos.
Enquanto nós todos tomávamos banho, era impossível não olhar para o corpo uns dos outros. Mas todos faziam isso disfarçadamente, e ali, pelo menos por enquanto, ninguém estava excitado.
Breno foi em direção a Dinei e o abraçou, compartilhando o mesmo chuveiro. Começaram a se beijar. Jefferson desligou o chuveiro e sentou-se no banco para observar os dois se pegando.
Passados alguns minutos, o esposo de Gil me chamou, fazendo um gesto com a mão para que eu ficasse em silêncio e me sentasse próximo a ele naquele banco. Estranhei, mas, como até então ele sempre foi um cara respeitador, sentei.
Ele então se aproximou e sussurrou:
— Daqui a pouco, vamos seu amigo Breno a socar em Dinei. Só observe.
Eu estava ali, observando, enquanto Breno e Dinei se beijavam com uma intensidade deliciosa de se ver.
Breno, sempre o mais ousado, começou a se mover de uma maneira que deixava claro que ele queria mais. Seus beijos se tornaram mais profundos, e suas mãos começaram a explorar o corpo de Dinei com uma agilidade que não passou despercebida. Dinei, no início, correspondia, mas logo percebeu que Breno estava tentando levar as coisas para um lado que ele não estava pronto para ir.
— Breno... — Dinei murmurou, afastando-se um pouco, com um olhar suspeito.
Breno não parou. Em vez disso, ele olhou para mim e para Jefferson, como se estivesse nos incluindo naquele momento sem dizer uma palavra. Seus olhos brilhavam com uma intenção clara: ele queria que aquilo fosse mais do que apenas um momento entre ele e Dinei.
Dinei percebeu a direção que as coisas estavam tomando e afastou-se completamente, agora com um olhar mais sério.
— Breno, para — ele disse, o que fez Breno parar imediatamente.
— O que foi? — perguntou Breno, já com um tom de frustração na voz.
— Eu sei o que você está tentando fazer — Dinei respondeu, cruzando os braços. — E eu não vou transar aqui com eles assistindo.
Se for assim, não rola! — disse Dinei.
— E por que não rola? — perguntou Breno, já imprensando o namorado contra a parede e demonstrando uma certa irritação.
— É porque eu não curto! — respondeu Dinei.
— Mas curte ficar manjando a pica do Macho do seu amigo, de ver ele meter! — Breno retrucou.
— Amor, precisa falar desse jeito? você tá me constrangendo assim... — Dinei falou, assustado.
— Cara, você só me decepcionou hoje. Fez eu passar maior raiva, ficou bêbado, desrespeitou o Renato e vomitou! Isso sim é um constrangimento. Amanhã a gente vai ter uma conversa muito séria a respeito disso. — Breno falou, saindo e vindo em nossa direção, se secando com a toalha.
Dinei ficou ali, meio sem saber o que fazer ou dizer. Fui até ele e dei a minha toalha para ele se secar.
Eu o trouxe para perto dos outros.
Fui logo dizendo:
— Não sei quem teve essa ideia, mas já vou adiantando que começaram errado. Breno, você tem que jogar limpo e não pressionar o Dinei. Acha que vai conseguir alguma coisa assim?
Voltei para Dinei e disse:
— Senta aqui, amigo.
Convidei Dinei a sentar, tentando acalmar o clima.
— Calma, rapaziada — afirmou Jefferson.
Jefferson, no entanto, tomou a frente e se dirigiu a Dinei:
— Rapaz, seu namorado tem planos para vocês dois. Ele não queria te assustar. Assim como eu tive o desejo de ser assistido, Breno tem os desejos dele, e você tem os seus. Ele gosta mais de um lado hard da relação sexual e me pediu ajuda para apimentar a relação de vocês. O que é bom pode ficar melhor ainda. Concorda?
Dinei disse que vendo por aquele lado sim.
Breno interrompeu, dizendo:
— Então, amor…Você sabe que a gente precisa trazer algo novo para a nossa relação.
Jefferson falou:
— Eu estou aqui só para dar dicas e direcionar vocês na hora H.
Ele olhou pra mim e piscou o olho, completando:
— Renato está aqui... para... para...
Jefferson, percebendo que Jefferson estava perdido nas palavras, entrou rapidamente:
— Para filmar!
Na verdade, Jefferson estava inventando tudo aquilo na hora, só para convencer Dinei.
Dinei me olhou, depois para Jefferson, e suspirou fundo:
— Mas filmar? Pra quê isso?
Jefferson respondeu com naturalidade:
— O vídeo é só um detalhe, Dinei. Pode ser gravado no seu celular, se você preferir, e vai ficar com você. Você decide o que fazer com ele depois. Mas acredite, quando você ver como tudo vai acontecer, você e o Breno vão se conectar de um jeito totalmente novo.
Dinei parecia curioso.
— E como isso funcionaria?
Jefferson percebeu que ele já estava entrando no jogo e foi direto ao ponto:
— Só tem uma condição: se você topar, vai ter que seguir todos os comandos que eu disser. Sem hesitar, sem questionar. Você pode confiar em mim, Dinei. Eu sei o que estou fazendo. Breno vai estar com você o tempo todo, e eu vou guiar vocês dois numa foda intensa e gostosapara vocês dois.
Dinei baixou a voz, ainda desconfortável:
— Não sei... eu tenho vergonha. Você me vendo dando pra ele.
Jefferson soltou uma risada baixa e provocou:
— Mas você já me viu comendo o Gil, rapaz!
Dinei ficou sem resposta, e Jefferson continuou:
— Eu vi no seu olhar que você gostou do que viu.
Dinei confessou o que já sabíamos:
— Na verdade, eu estava admirando você. Sei que não devia, mas te achei viril demais.
Jefferson sorriu, percebendo que Dinei estava cedendo.
Breno balançou a cabeça lentamente, os olhos fixos em Dinei, indignado com o que acabara de ouvir.
— E você fala isso na minha cara? — ele disse, a voz carregada de incredulidade. — Você é um puto incubado!
Jefferson interveio rapidamente:
— Segura a sua onda aí, rapaz! — disse Jefferson, com um tom irônico, mas firme. — Se não, eu deixo vocês aqui e vou dormir.
Breno cruzou os braços, claramente ainda irritado, mas Jefferson continuou, sem perder a postura:
— E outra, não fica condenando o cara não. Porque, vamos combinar, você também manjou a minha rola. A diferença é que ele deixou isso transparecer. Ele não disfarçou.
Jefferson voltou a falar com Dinei:
— Eu sei que você curtiu e está tudo tranquilo! Eu tô aqui peladão na sua frente. Vamos fazer a mesma dinâmica daquele dia. Só que hoje, você e Breno são o foco. E daqui a pouco, quando ele te comer gostoso, vou bater uma assistindo você gemer na pica dele.
Dinei corou, mas não respondeu. Jefferson já sabia que ele estava entregue, e Breno, ao lado, parecia confiante de que tudo aconteceria como planejado.
Mesmo assim, Dinei veio até mim.
O que você acha?
Olhei para ele e fui sincero:
— Isso é uma decisão sua. Mas não faz nada por pressão ou só porque Breno quer.
Dinei suspirou e falou para Jefferson:
— Mas não vai ser bacana… Olha o clima? Breno está ainda está bolado comigo.
— Estou não, Dinei! — retrucou Breno, impaciente. — Só perco a paciência com essas suas frescuras.
Jefferson interveio:
— Mas isso pode até ajudar nesse sentido. Confia no pai, você não vai se arrepender. Breno vai ser teu macho hoje.
Dinei trocou olhares com Jefferson e depois com Breno, até finalmente concordar com um aceno de cabeça.
— Tá bom... eu aceito.
Jefferson sorriu e disse:
— Só pra deixar claro: você vai ter que fazer tudo que for pedido. Sem hesitar, sem questionar. Topa?
— Sim, claro confirmou Dinei.
—Ótimo. Agora voltem a se pegar debaixo do chuveiro. Falou Jefferson.
Enquanto eles iam para o chuveiro, puxei Jefferson de lado e avisei:
— Se o Dinei quiser desistir, é pra parar. Está me ouvindo?
Jefferson ergueu as mãos, como quem garante que tudo estava sob controle.
— Claro, Renato! Eu só não disse isso para ele, porque na primeira oportunidade ele ia vir com frescura. E o Breno tá doido pra usar o cara.
Enquanto Dinei e Breno se dirigiam banhavam no chuveiro, Jefferson me pediu para pegar o celular do Dinei começar a gravar, e segui atrás dele.
O vapor do chuveiro quente já começava a encher o ambiente. Dinei estava um pouco tenso, mas Breno, com um sorriso tranquilo, começou a massagear suavemente seus ombros, ajudando-o a relaxar.
— Breno, lembre-se de que dominar não é só impor, é também entender o que o outro precisa — disse Jefferson em voz baixa, enquanto observava os dois. — Dê carinho, mas mantenha a firmeza. Ele precisa se sentir seguro para se entregar cem por cento para você.
As gotas de água escorriam por seus corpos, realçando cada músculo e curva. Jefferson observava com atenção, orientando com uma voz firme:
— Breno, lembre-se: o controle está nos detalhes. E você, Dinei, entregue-se. Mostre a ele que você sabe obedecer.
Breno acenou com a cabeça, absorvendo as palavras de Jefferson. Ele começou a deslizar as mãos pelas costas de Dinei, misturando toques firmes com carícias. Dinei, que no início parecia hesitante, começou a se soltar, deixando escapar um suspiro de alívio. Jefferson observava atentamente já estava de pau duro devido ao todo clima.
— Isso aí, Breno — Jefferson incentivou.
Jefferson, satisfeito com o que via, deu um passo para trás, permitindo que os dois explorassem esse momento juntos.
Breno, no entanto, com os olhos fixos em Dinei, segurou seu rosto com as mãos molhadas.
— Se ajoelhe.
Dinei, já submisso, respondeu com um leve aceno, seus lábios entreabertos enquanto se ajoelhava lentamente diante de Breno.
— Você sabe o que eu quero — disse, em um tom que não deixava dúvidas.
Jefferson, observando de longe, falou mais instruções:
— Agora, Dinei, leve a pica dele para mais perto dos seus lábios e dê um beijo, isso! Agora você vai chupar essa pica demonstrando para o seu macho o quanto você adora chupar o pau dele, mas sempre mantendo o contato visual com o seu Macho.
Dinei, olhava para Breno com uma expressão de desejo. Com movimentos lentos e precisos, ele começou a chupar Breno, dedicando-se completamente ao prazer do seu macho.
Breno, por sua vez, não conseguia disfarçar as reações. Seus gemidos ecoavam pelo ambiente, e seu corpo se contorcia a cada movimento habilidoso de Dinei. Ele colocou as mãos na cabeça de Dinei, mostrando que até o ritmo da chupada era ele controlava.
— Isso, assim mesmo... Você tá fazendo direitinho, puto.
Jefferson, observando de canto, não pôde evitar um sorriso de satisfação. Ele sabia que havia feito o certo ao orientar Breno e garantir que Dinei entendesse seu papel.
— Dinei, mostre a ele que você está disposto a agradar. E Breno, só curta o que seu puto está lhe oferecendo.
Dinei, com as mãos firmes na picw de Breno, começou a explorar com a boca,
todo o pau do seu macho, da cabeça até as bolas,alternando entre movimentos lentos e intensos, sempre atento às reações do parceiro. Breno, com os olhos fechados e a cabeça levemente inclinada para trás, segurava os cabelos de Dinei, guiando-o com firmeza.
— Isso... assim mesmo — Breno murmurou, sua voz rouca de prazer.
Breno, com um olhar carregado de desejo e intimidade, aproximou-se de Dinei e o colocou seu corpo contra a parede, havia uma tensão entre eles . Lentamente, Breno desceu, seus lábios deslizando por toda a curva das costas de Dinei, até alcançar a região da bunda dele. Ele usou a língua para explorar o rabo do amado, provocando gemidos que escapavam dos lábios de Dinei.
Breno alternava entre a suavidade da língua e a leve penetração dos dedos, o que fazia Dinei perder o fôlego. De olhos fechados, Dinei se entregava completamente, seu corpo respondendo com pequenos movimentos, até que, começou a rebolar, demonstrando que estava gostando.
Breno, percebendo a entrega total de Dinei, não resistiu. Resolveu mostrar sua dominação, suas mãos encontraram a bunda do amado, e os tapas que seguiam eram acompanhados por sussurros carregados de provocação: "Safado... Ordinário...". De longe dava pra ver as marcas vermelhas ali deixadas.
Jefferson batia uma punheta enquanto Breno estava dominando o controle da situação. Com um aceno discreto, Jefferson sussurrou para Breno:
— Agora é hora de fazer esse puto gemer. Levante ele e o prepare.
Breno, seguindo a orientação, virou Dinei de frente para ele. Os olhos dos dois se encontraram, e Breno lhe deu um beijo. Dinei, logo se entregou ao momento. Quando o beijo terminou, Breno segurou o rosto de Dinei e disse:
— Eu vou meter no seu cú. Eu não quero frescuragem. Eu quero ver fogo em você. Quero que você me mostre o quão safado você é.
Breno, então, posicionou Dinei contra a parede fria do banheiro, contrastando com o calor dos corpos. Com um movimento lento e calculado, ele preparou Dinei, usando os dedos para garantir que ele estivesse mais relaxado. E como não tinha nem creme e muito menos lubrificante, ele teve que improvisar usando sabone e cuspe.
— Relaxe para mim — sussurrou Breno, enquanto Dinei respirava fundo, entregando-se completamente.
Quando Breno finalmente o penetrou, Dinei que choramingava gemendo de prazer e dor.
— Você está me deixando maluco gemendo desse jeito.— Breno murmurou, seus lábios próximos ao ouvido de Dinei, enquanto suas mãos seguravam firmemente sua cintura.
Dinei, perdido no prazer, respondeu com gemidos curtos e palavras entrecortadas:
— Não pare... por favor...
Jefferson, observando de longe, sorriu satisfeito, vendo suas dicas serem colocadas em prática.
— Isso aí, Breno. Mantenha o ritmo. O puto está gostando.
A cena era intensa, cheia de tesão, com Breno guiando cada movimento e Dinei entregando-se completamente.
Jefferson observou por um momento, vendo Dinei completamente entregue, seus olhos fechados e o corpo arqueado em resposta aos movimentos de Breno. Com um sorriso satisfeito, Jefferson sussurrou:
— Agora é contigo, Breno. Mostre a ele quem manda.
E foi nesse momento que Breno decidiu mostrar sua pegada de macho, assumindo o controle total da situação. Ele segurou Dinei com firmeza pela cintura, aumentando o ritmo dos movimentos e metendo mais forte.
— Você gosta disso, não é? — Breno perguntou, sua voz rouca e carregada de desejo, enquanto dava um tapa firme nas nádegas de Dinei, provocando um gemido alto e involuntário.
Dinei, perdido no prazer, respondeu entre gemidos:
— Sim... eu gosto...
Breno não parou, aumentando ainda mais, parecendo um animal no cio. Ele inclinou-se para frente, seus lábios próximos ao ouvido de Dinei, e sussurrou:
— Eu sabia que você era um puto. Só faltava você assumir esse lado.
Dinei, completamente dominado, respondeu com um suspiro tremulo:
— Eu sou seu... só seu puto.
Breno, então, segurou Dinei com mais força, seus dedos marcando a pele do parceiro enquanto socava gostoso. Cada movimento era calculado para levar Dinei ao limite, alternando entre força e carinho, mas sempre mantendo o controle.
— Você é um safado— Breno murmurou, seus lábios próximos ao pescoço de Dinei, enquanto suas mãos exploravam o corpo do parceiro que só gemia recebendo as estocadas
Dinei, completamente entregue, respondeu com palavras entrecortadas:
— Isso meu homem! Que gostoso!
Breno, com um movimento firme, segurou Dinei pela cintura e o posicionou de quatro, sua voz saindo em um tom de comando:
— Agora, assim. Vou lhe dar o que você merece…
Dinei, completamente entregue, empinou as bunda e apoiou as mãos na parede do banheiro, seus gemidos ecoando no ambiente úmido e quente.
— Mais... mete mais!— ele suplicou, sua voz trêmula e carregada de desejo.
Breno não precisou ser solicitado duas vezes. Ele segurou firmemente os quadris de Dinei e começou a se mover com uma intensidade ainda maior, cada metida mais forte e profunda que a anterior.
— Isso... caralho! Aiiin — Dinei gemeu, sua voz quase um suspiro, enquanto sentia o corpo de Breno contra o seu.
Eu, filmava cada cena com as mãos tremulas devido ao tesão. A visão dos dois era irresistível: Breno, dominador e implacável, e Dinei, completamente submisso, entregue ao prazer. Por um momento, desviei o olhar para Jefferson, que estava sentado em um banco próximo, se masturbando lentamente enquanto observava a cena hipnotizado.
— Você está filmando isso direito? — Jefferson sussurrou para mim, sua voz rouca de desejo.
— Estou... — respondi, sem conseguir desviar os olhos da cena por muito tempo.
Dinei, com um sorriso provocativo nos lábios, resolveu testar os limites de Breno. Ele parou por um instante, olhou diretamente para o seu macho e soltou:
— É só isso que você sabe fazer? Você não falou que queria dominar a situação? Que seria meu macho alfa? Anda, mostra do que você é capaz de me dominar de verdade!
— Você quer mais? — Breno perguntou, sua voz carregada de desejo.
— Sim... me mostre que você faz mais que isso — Dinei respondeu, sua voz desafiadora, mas ainda carregada de submissão.
Breno, parou de repente, surpreso com a audácia de Dinei. Ele olhou para Jefferson, buscando algum tipo de reação, e Jefferson não perdeu a oportunidade de aproveitar ainda mais aquela situação.
— Breno, esse puto quer mais — disse Jefferson, com um tom de voz que misturava ironia e desafio. — Não tenha dó. Sacia esse safado.
Breno respirou fundo, sentindo a provocação de Dinei, olhou para Dinei com uma expressão de quem estava gostando daquele jogo de desejo, e então falou, com uma voz grave:
— Seu vagabundo. Já está com o cu atolado na minha pica e ainda quer mais?
Sem esperar resposta, Breno deu um tapa firme no rosto de Dinei. Dinei, surpreso com a reação, mas ainda com um olhar provocativo, mordeu o lábio inferior, como se estivesse pedindo por mais.
— Tá bom, Vou te arregaçar — Breno continuou, ajustando a posição e segurando Dinei com mais força. — Já que você quer mais, você vai aguentar.
Breno intensificou o ritmo, entregando-se completamente à dominação que Dinei tanto provocara. Breno estava focado em socar forte, tanto que metia sem dó e mais firme, e Dinei, embora tentasse manter a pose de provocador, não conseguia disfarçar os gemidos que escapavam de sua boca.
Breno tirou toda a sua pica e a enfiou de uma vez só no cu de Dinei, sem piedade. Dinei tentou sair mas Breno o segurou:
— Está fugindo de que? Você não estava pedindo mais?
Dinei confirmou que queria mais e foi penetrado mais uma vez, soltou um gemido alto mas não reclamou. Breno repetiu o gesto várias vezes, cada vez com mais força, fazendo Dinei sentir cada centímetro da sua pica entrando e saindo, dominando-o completamente.
Breno, inclinando-se para frente, sussurrou no ouvido de Dinei:
— Viu como você se transforma com pica no rabo? Vou meter até cansar nesse cuzão.
Breno, sem perder o ritmo, pegou Dinei no colo com uma força surpreendente, segurando-o firmemente enquanto caminhava em direção ao espaço onde Jefferson estava. Jefferson, percebendo a cena, levantou-se rapidamente e desocupou o banco para os dois.
Breno deitou Dinei no banco, sua voz saindo em um tom de desafio:
— Você quer ver o que eu posso fazer? Você quer mais?
Dinei, deitado na posição de frango assado, olhou para Breno com provocação, ele forçou expressão de choro, mas servia para excitar ainda mais o parceiro.
— Me mostra... — ele sussurrou, com seus dedos apertando os mamilos do próprio peito, provocando gemidos altos.
Breno, sem piedade, penetrou Dinei mais uma vez, com suas metidas fortes e profundas, mostrando quem estava no controle.
— Me pede rola! — ele disse, sua voz rouca de prazer carregada de autoridade.
Dinei, completamente dominado, respondeu entre gemidos:
— Meu macho... mete sua pica dentro de mim, mete gostoso!
Breno guiava cada metida e Dinei entregava-se completamente. Eu, ainda filmando, sentia a excitação crescer a cada gemido, a cada socada, a cada palavra trocada entre os dois.
Breno, sentindo o prazer se acumular, respirou fundo e olhou para Jefferson, buscando orientação.
— Tô quase gozando — ele disse.
Jefferson, sem perder a postura, deu um aceno afirmativo e respondeu com firmeza:
— Você até pode gozar dentro, mas ele é puto, e puto bebe o leite do macho com prazer. É a recompensa dele.
Breno, sentindo que estava chegando ao êxtase, parou por um instante e olhou nos olhos de Dinei:
— Ajoelhe-se e abra a boca.
Dinei, obediente, ajoelhou-se rapidamente, seus olhos fixos em Breno enquanto abria a boca, esperando sua recompensa por ser um verdadeiro submisso. Breno, então, segurou a cabeça de Dinei com firmeza e urrou depositando sua porra na boca de seu puto, enquanto Dinei engolia cada gota.
Quando terminou, Dinei abriu a boca para Breno, mostrando que havia engolido tudo, e depois virou-se para a câmera, repetindo o gesto, sua expressão de submissão e prazer era evidente.
— Seu gostoso! — Breno murmurou, puxando Dinei para um beijo intenso e carregado de paixão.
Diante do gozo deles, algo dentro de mim começou a se agitar. Não era apenas tesão, era algo mais profundo, uma angústia que surgiu do nada e tomou conta de mim. Parei de gravar, deixei a câmera de lado e me sequei com a toalha que estava por perto, enrolando-me nela como se fosse uma proteção contra aquela sensação que não conseguia nomear.
— Eu vou pro varandão — disse, de repente, sem mais explicações.
Breno e Dinei pararam o que estavam fazendo e olharam para mim, confusos.
— O que foi, Renato? Tá tudo bem? — perguntou Breno.
— É nada, deixa pra lá — respondi, evitando o olhar para eles.
Era difícil explicar. Eu tinha sentido tesão, sim, com todo clima do vestiário. Mas, no fundo, havia algo que em mim não se preenchia. Mais uma vez, eu estava ali, assistindo os outros, gravando, observando, enquanto meu próprio corpo clamava por algo que eu não estava recebendo.
Havia um fogo em mim, uma necessidade de ser tocado, de ser desejado, de transar. Eu sabia que essa chama estava lá, sempre esteve, mas meus boys estavam longe, e eu não sabia quanto tempo mais conseguiria aguentar essa distância. Era como se eu estivesse sempre à margem, sempre observando, mas nunca realmente participando.
Ao chegar no Varandão, vi que Gil ainda estava dormindo. Decidi acordá-lo. Afinal, era bom que ele participasse do que estava rolando no vestiário.
— Gil, acorda — chamei, balançando-o levemente.
Ele resmungou, ainda meio grogue, mas depois de algumas sacudidas, finalmente abriu os olhos.
— O que foi, Renato? — perguntou, esfregando o rosto.
— Vai lá no vestiário, leva sua toalha — disse, tentando manter a voz neutra. — O Jefferson está lá com Breno e Dinei.
Ao ouvir isso, Gil levantou na hora, e sem dizer nada, pegou a toalha e seguiu rumo ao vestiário, deixando-me sozinho no Varandão.
Não demorou muito para que Breno e Dinei aparecessem, chegando ao Varandão um pouco preocupado.
— Renato, o que aconteceu? — perguntou Breno, sentando-se ao meu lado. — Você saiu do vestiário do nada, sem falar nada.
— Foi alguma coisa que a gente fez? — Dinei completou, com um tom de voz mais cauteloso.
Eu respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas. Mas como explicar algo que eu mesmo não sabia lidar?
— Não, não foi nada disso — respondi, evitando o contato visual. — Eu só... tenho meus motivos.
Eles trocaram olhares, claramente insatisfeitos com a resposta, mas decidiram não pressionar. Em vez disso, eu desconversei, tentando mudar de assunto.
— Por que vocês voltaram sem os outros? — perguntei, tentando soar natural.
Breno soltou uma risada meio indignada.
— O Gil botou a gente para correr! — disse ele, com um tom de frustração. — Falou que só ele e o Jefferson iam ficar lá, e que ninguém mais ia assistir.
Dinei concordou com a cabeça, acrescentando:
— Ele estava sério, Renato, então voltamos.
Gil estava certo. Ele estava querendo um momento íntimo com o Jefferson, e eu entendia isso. O fato de que eu, Dinei e Breno tínhamos assistido uma vez não dava direito de estarmos sempre lá, invadindo a privacidade deles. Era justo que eles tivessem seu espaço.
— Ele tá certo — falei, com um tom mais firme. — Eles merecem ter seu momento sem a gente ficar olhando.
E se entreolharam, mas não disseram nada.
— Vou tentar dormir — falei, me deitando no colchão — Estou esgotado.
Fechei os olhos, tentando me desconectar de tudo, o que de fato aconteceu lá, tanto que nem vi Gil e Jefferson chegarem do vestiário.
Fui acordado cedo pelo Ricardo. Não só eu, mas também meus amigos, já que ele entrou no varandão gritando:
— Fala, rapaziada! É sério que vocês vão ficar aí dormindo enquanto já tem um sol torrando lá fora? Partiu piscina!
Fazendo pouco caso, eu e meus amigos fomos nos espreguiçando, levantando e arrumando nossas camas. Depois, seguimos para a cozinha para tomar café.
Fui o primeiro a chegar. Minha mãe me deu bom dia e perguntou o que eu tinha achado da festa.
Falei que tinha adorado. Ricardo acertou em cheio ao fazer aquela festa. A gente estava precisando de momentos assim.
Meus amigos foram chegando e se acomodando à mesa, enquanto minha mãe ia falando o que tinha para o café: pão com presunto e queijo, leite e café.
Ela continuou:
— Então, Renato, hoje algumas pessoas vão voltar. Como você sabe, sua tia também vai estar aqui. E eu estou realmente preocupada com relação ao Anderson. Será que ele vai querer falar com ela?
— Mas, mãe, é um risco que ela corre, entende? Aquele ditado, né? O não ela já tem, agora ela vai correr atrás do sim.
— E você acha que…
Antes que ela terminasse, cortei:
— Sim, mãe. Tudo pode acontecer. Anderson é imprevisível.
Ela então se virou para meus amigos e perguntou:
— E vocês, também adoraram a festa?
As respostas foram positivas, mas Jefferson finalizou:
— Foi a primeira festa da sua família em que participei, e fui muito bem recebido. Fiquei super à vontade. Agora entendo por que o Renato é tão gente boa… A senhora e seu Josival são maravilhosos!
Minha mãe sorriu, agradeceu e comentou:
— Meu marido e os tios de Renato também falaram muito bem de você, Jefferson. Eles gostaram muito de te conhecer.
Letícia entrou na cozinha toda posuda, de biquíni, com uma tanga amarrada na cintura e óculos de sol na cabeça.
— Bom dia, gente! — disse, antes de avisar à minha mãe que ia pegar um pouco de água na geladeira.
Não resisti e perguntei:
— Nossa, já vai entrar na piscina?
Ela riu, fez uma cara de deboche respondeu:
— Meu amor, eu já tô na piscina há muito tempo! Se tem uma coisa que eu vim fazer aqui, é tomar banho de piscina.
Então falei:
— Então aguarde, que daqui a pouquinho a gente chega lá, né, gente?
Meus amigos concordaram, e Gil comentou com minha cunhada:
— Mulher, que corpo é esse?!
Ela, modesta, respondeu:
— Nossa, corpo normal, gente.
Aproveitei e brinquei com Gil:
— Não elogia muito, senão ela se acha!
Com a saída de minha cunhada o assunto continuou, e Minha mãe então perguntou para Dinei:
— E aí, rapazinho, melhorou?
Ele, super sem graça, respondeu:
— Sim, eu melhorei.
Breno, sarcástico, não perdeu a chance:
— Primeira vergonha do ano registrada com sucesso!
Minha mãe, sempre superprotetora, olhou para Dinei e aconselhou:
— Menino, tenta maneirar na bebida. Assim, você aproveita mais a festa.
Dinei respondeu à minha mãe que tinha aproveitado a festa do seu jeito, e aproveitou tanto que acabou ficando embriagado. Nós, já satisfeitos e com a pança cheia de tanto comer, decidimos nos trocar para entrar na piscina. Eu, Dinei, Breno e Gil ficamos de sunga. Acho que sempre gostamos de nos mostrar, e fui percebendo aos poucos que o Breno também tinha essa veia exibicionista. Já o Jefferson preferiu entrar na piscina com um short de praia, mais discreto.
Depois de mergulharmos e zoar um pouco na água, começamos a conversar. Aproveitando que a Letícia estava deitada tomando sol, distante da conversa, o Gil puxou o assunto sobre o que havia acontecido no vestiário durante a madrugada. Ele estava curioso para saber dos detalhes, já que tinha chegado depois, e o Jefferson tinha comentado que ele tinha perdido a oportunidade de ver o casal Breno e Dinei numa transa.
— Você nem deveria saber, já que escolheu dormir — brincou Dinei, rindo.
— É verdade, eu apaguei tanto que nem lembro que o Jefferson tentou me acordar — justificou Gil, meio sem graça.
Breno, então, entrou na conversa e contou toda a história:
— Foi tudo ideia do Jefferson na hora. Dominar o Dinei foi uma experiência muito gostosa, não vou negar.
Dinei, com um sorriso malicioso, virou para o Gil e disse:
— Depois eu mostro o vídeo para você.
— Teve vídeo?! — perguntou Gil, incrédulo.
— Sim, eu filmei — confirmei. — A ideia não foi minha, mas foi interessante ver e gravar aquilo tudo.
— A gente ainda não assistiu, mas deve tá um tesão — completou Breno, rindo.
— Ah... mas não foi só a gente que aproveitou não — disse Breno, rindo e jogando água em Gil e Jefferson.
Dinei riu e completou:
— Vocês demoraram horrores depois que saímos.
Jefferson entrou no assunto, dizendo:
— Eu tive que dar uma comparecida, né!
Gil completou, rindo:
— Até saí do vestiário mais leve e relaxado.
Jefferson então virou para mim e perguntou:
— Por que você resolveu sair do vestiário?
Fui sincero:
— Ah, gente, não é nada com vocês, mas às vezes me bate aquele vazio da solidão, entende? Eu estou há meses sem dar uma trepada. Tocar punheta não é o suficiente. E isso tem me torturado.
Houve um silêncio, mas quebrei o clima lembrando:
— Jefferson, foi graças à minha saída que eu acordei o Gil, que foi ao seu encontro.
Jefferson me agradeceu e então falou, tentando ajudar:
— O lance é conversar com eles e colocá-los a par da situação.
— Eu já falei para eles — confirmei.
— E o que você acha disso? Eu falo sobre você... esquece eles — Jefferson perguntou, sério.
— Eu acho um egoísmo! Tipo, eles estão lá juntos, lógico que transam, e eu aqui. Eu sempre tive essa visão desde que Manuel foi para lá. Cheguei a falar para ele sobre isso, que era sacanagem ele estar lá sozinho enquanto eu e Anderson estávamos aqui de boa.
Jefferson então perguntou, com um tom mais sério:
— Já pensou em terminar?
Gil interveio rapidamente:
— Nossa, se ele terminar com Anderson, ele morre!
— Pensar... pensar, não! — respondi. — Mas na nossa última conversa, eu falei que, se eles se sentissem presos ou não quisessem mais, era só falar.
Jefferson continuou:
— Eu tô te perguntando porque eu também não ia aguentar ficar tanto tempo sem transar. Digo isso porque, depois que eu me separei da minha ex, não ficava sem sexo, mas isso não vem ao caso.
Até que Ricardo aparece, carregando um saco de carvão. Meu pai vem logo atrás, com algumas bolsas de mercado. Ricardo deixa o saco de carvão do lado da churrasqueira, lava as mãos, tira a camisa, Eu noto meus amigos reparando no corpo do meu irmão enquanto ele tira a camisa, e de bermuda ele pulq na piscina.Percebo também que Jefferson fica olhando a reação de Gil, mas em nenhum momento ele fala nada.
Após Ricardo entrar na piscina, ele vem conversar com a gente. Sem muita discrição, ele brinca:
— E aí, tomaram muito banho no vestiário ontem?
Todos ficam sem graça, mas então eu reforço:
— Ué, você deu a chave pra gente pra tomar banho, não é?
Ele ri, e o pessoal vê que era uma brincadeira e desconversa. Pergunto para o meu irmão onde está o resto do povo. Ele me responde:
— Os pais de Anderson foram até em casa levar comida da nossa festa para a Amanda almoçar, e o tio Júlio simplesmente foi embora, alegando que tinha que dar uma passada na casa da família da mulher dele, que fica em Resende.
— Gente, mas aquela vaca não sabe cozinhar não? — solto me referindo a Amanda.
— Renato, só tô falando o que eu sei... A mãe deve saber mais — responde Ricardo, dando de ombros.
Quando meus pais entraram na piscina, não demorou muito para eu perguntar à minha mãe sobre o lance da minha tia levar uma marmita para a vaca da Amanda. Antes de responder, ela olhou para Letícia e Ricardo com um olhar de acusação, como se soubesse que a fofoca tinha partido de um dos dois.
A resposta dela me deixou completamente sem palavras:
— Renato, eu sei que você não gosta da Amanda. Eu também não vou muito com a cara dela, desde aquela palhaçada que ela fez. Mas ela é filha da sua tia, que só está preocupada com a filha. Coisa de maternidade, você entende? Sua tia me perguntou se podia preparar um prato e levar para ela. Eu ia negar? Claro que não! Além do mais, sobrou comida pra caramba ontem. O povo bebeu mais do que comeu. Temos que saber separar as coisas.
Meu pai completou: Meu filho, é uma coisa tão pequena. Para nós, não muda nada.
Eu ainda sem palavras, mudei o foco e perguntei ao meu irmão quem voltaria pro sítio. Ele diz:
— Convidei todo mundo, porém ninguém do pessoal do serviço, além do Thiagão, se mostrou disposto a vir. Alegaram que tinham outros compromissos, e daí, por esse motivo, o Thiagão desanimou de vir. Da capoeira, até agora só o Naldo, o André e o Felipe que virão.
Ficamos um bom tempo na piscina. Ricardo até encontrou uma bola, e acabamos jogando vôlei dentro d'água. Por um instante, enquanto a bola ia e vinha, percebi o quanto aquela cena teria sido impensável algum tempo atrás. Eu e Ricardo, juntos, em um momento leve e descontraído.
Alguns minutos se passaram, e meus tios chegaram. Minha tia, chegou animada, acenou para mim antes de se juntar aos meus pais. Notei que, a todo momento, seus olhos me acompanhavam. Era evidente que ela estava ansiosa para falar com Anderson, mas, por ora, decidi apenas aproveitar aquele momento com meus best.
Fiquei na piscina por mais um tempo, sentindo o calor do sol até que, mais tarde, resolvi sair e fui para o varandão.
No varandão, sentei-me por alguns instantes e respirei fundo, tentando organizar as palavras que usaria naquela ligação tão importante. Sabia que cada frase precisava ser cuidadosamente escolhida para tocar o coração de Anderson. Depois de refletir sobre os pontos que abordaria, mandei uma mensagem para ele avisando que ligaria. A resposta foi um simples "ok", mas era o suficiente.
Quando ele atendeu, estava na sala, deitado no sofá sem camisa, visivelmente cansado.
— Estou de ressaca — disse ele, com uma voz rouca. — A virada foi boa, bebemos bastante. Os amigos de César são gente boa, mas tem um tal de Lucas que eu não curti muito. Não gosto dele.
Ele não entrou em detalhes, e eu decidi não pressionar. Preferi falar sobre minha própria virada, mas evitei mencionar a pegação com Naldo e seus alunos. O foco daquela conversa era outro, mais profundo e delicado.
— Seus pais foram incríveis na festa — comentei, tentando puxar o assunto para onde eu queria. — Eles surpreenderam todo mundo com a simpatia e o carinho.
Ele sorriu ao ouvir isso.
— Que bom que eles estão voltando aos poucos a falar com vocês. Isso é um bom sinal.
Foi então que senti que era o momento certo. Respirei fundo e disse:
— Anderson, eu preciso falar uma coisa com você... Aliás, preciso pedir uma coisa.
Ele ficou em silêncio por um instante, então respondeu:
— Pode falar.
— É sobre sua mãe... — comecei, hesitante.
Imediatamente, sua expressão mudou. A preocupação estampou seu rosto:
— Fala, Renato. Aconteceu alguma coisa com ela?
— Calma, não é nada grave — respondi, tentando acalmá-lo. — Sua mãe desabou ao me abraçar depois da virada. Ela está cheia de sentimentos, Anderson. Ela quer saber como você está, quer manter contato. E, amor, eu senti verdade nela.
Ele ficou em silêncio, escutando atentamente cada palavra que eu dizia. Continuei:
— Ela me contou que se arrepende de ter dado ouvidos ao seu pai e à Amanda. Não foi só um choro de lágrimas, Anderson. Foram soluços carregados de arrependimento.
Ele suspirou e disse:
— Que bom que vocês tiveram esse momento.
Mas eu sabia que precisava ir além.
— Não foi só isso, Anderson... Ela me pediu para falar com você. Sua mãe quer se aproximar, meu amor. Ela está esperando por isso.
Ele hesitou.
— Renato, você sabe que isso é muito difícil para mim. Eu amo minha mãe, mas não sei se estou pronto para lidar com isso.
— Anderson, escuta o que ela tem a dizer. Ela está esperando por isso. Poxa, não custa nada tentar... Olha, você já perdoou meu irmão. Quem sabe sua mãe seja a próxima?
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, pensativo.
— Eu não sei se é uma boa ideia...
— Eu prometi a ela que tentaria ser a ponte para que vocês se falassem — insisti. — Amor, ela está lá fora, esperando por esse momento. Deixa ela falar o que sente, e depois você decide o que fazer. Estarei com vocês a todo momento.
Ele respirou fundo e, finalmente, concordou.
— Tá bem... Vou me preparar. Assim que estiver pronto, te aviso.
Enquanto Anderson se preparava, fui até lá fora, onde minha tia aguardava ansiosa. Assim que comuniquei que ele havia aceitado falar com ela, seu rosto se iluminou com um sorriso nervoso, mas logo a preocupação voltou.
— Posso levar seu tio? — perguntou, hesitante.
— Dessa vez, acho melhor ser só você — respondi. — Se tudo correr bem, na próxima incluímos ele.
Ela concordou e foi falar rapidamente com meu tio antes de me acompanhar até o varandão. Estava visivelmente nervosa, estalando os dedos e mexendo as pernas sem parar enquanto aguardava a ligação do filho.
— Tia, fique calma — disse, tentando tranquilizá-la. — O fato de ele ter aceitado falar com você já é um bom começo, não acha?
— Sim, Renato... Mas será que vai dar certo? Será que ele vai me perdoar?
— Isso eu não posso afirmar — coloquei uma mão em seu ombro. — Mas estou na torcida. Fale com o coração, como fez ontem.
Os minutos seguintes pareceram horas, cada segundo carregado de expectativa. Finalmente, o telefone tocou. Era Anderson.
— Tia, é ele — disse, segurando o celular. — Respire fundo e fale com o coração.
Atendi a videochamada. Anderson apareceu na tela, agora vestindo uma camisa azul. Seu olhar era sério, e ele esperava que eu dissesse algo.
— Oi, Anderson! Estou aqui com sua mãe, e ela quer falar com você. Vou passar o telefone para ela.
Quando entreguei o celular para minha tia, vi seus olhos marejados. Ela segurou o aparelho com cuidado, como se carregasse algo precioso.
— Oi, mãe! — disse Anderson, a voz neutra, mas perceptivelmente tensa.
Minha tia respirou fundo antes de responder, a emoção transbordando em sua voz embargada:
— Oi, meu filho! Que saudade eu estava de você... Você está lindo.
Anderson permaneceu em silêncio, e ela continuou, tentando manter a calma, mas com a voz trêmula:
— Sinto tanto a sua falta... Não saber de você me preocupa demais. Quando descubro alguma coisa, é porque pergunto para sua tia, e ela me diz que você está bem. Eu sei que está magoado conosco, e eu... estou muito arrependida.
Anderson estreitou os olhos. Sua voz saiu firme:
— Arrependida de quê?
Minha tia me olhou por um instante, como se buscasse apoio, e voltou a encarar o filho.
— Arrependida de ter me deixado influenciar pelo seu pai e sua irmã. Eu devia ter lutado para que você não saísse de casa. Devia ter sido mãe de verdade. A mãe do Renato uma vez me disse que o amor materno deve superar tudo, que é incondicional. E nisso... eu falhei.
Anderson respirou fundo. O silêncio que se seguiu foi pesado. Então, ele falou:
— Mãe, para ser sincero, eu não pretendia falar com vocês tão cedo. Quando eu mais precisei, vocês me deixaram à própria sorte. Meu mundo estava um caos, eu só queria ouvir que não estava sozinho. Mas, ao invés disso, vocês simplesmente me apagaram da existência.
Ele fez uma pausa, como se buscasse as palavras certas, e continuou:
— E você se arrepende do principal? De ter me excluído por causa do meu relacionamento com Renato?
Minha tia hesitou. Seus olhos me encontraram por um segundo, como se buscassem coragem. Então, com a voz embargada e lágrimas escorrendo pelo rosto, ela disse:
— Meu filho... Pelo amor de Deus! Eu me envergonho só de pensar que te perdi por causa do meu preconceito. Sim, foi preciso te perder para eu perceber o quanto estava errada.
Anderson abaixou a cabeça, pensativo. Quando ergueu os olhos novamente, sua expressão era um misto de alívio e cautela.
— Mãe, preciso deixar algo claro: se você não aceitar meu relacionamento com o Renato, essa conversa não adianta nada. Nós estamos juntos, e isso não vai mudar. Ele me apoiou quando ninguém mais estava ao meu lado. Ele é parte da minha vida, e eu não abro mão disso.
Minha tia ficou em silêncio por alguns segundos. Depois, com a voz suave e carregada de compreensão, respondeu:
— Anderson, eu estou vendo a relação de vocês com outros olhos agora. Eu errei, meu filho. Julguei sem tentar entender, sem enxergar o amor entre vocês.
Anderson pareceu surpreso com a sinceridade dela, mas ainda não havia terminado. Olhou para o lado e estendeu a mão para Manuel, convidando-o a entrar na conversa.
— Mãe, eu quero que você veja com seus próprios olhos. O Manuel também é nosso namorado. Nós três estamos juntos, e ele faz parte da minha vida tanto quanto o Renato.
Minha tia ficou paralisada por um instante. Manuel, com um sorriso tímido, acenou.
— Tia, Anderson mora comigo. Nos cuidamos, nos apoiamos. Ele já está trabalhando, e só quero que você veja que ele está feliz.
Minha tia olhou para cada um de nós, como se enxergasse o filho de uma maneira completamente nova. Lágrimas continuavam a escorrer pelo seu rosto, mas desta vez não eram de tristeza. Eram de aceitação.
— Gente... — ela começou, a voz embargada. — Não sei direito o que dizer. Mas, se vocês estão felizes assim, eu vou apoiá-los. Passarei por cima de todo orgulho.
Anderson sorriu pela primeira vez naquela conversa. Um peso parecia ter saído de seus ombros, e eu senti um alívio imenso. Finalmente, a ponte que eu tentava construir estava se solidificando.
Ele respirou fundo antes de falar, como se cada palavra carregasse meses de silêncio.
— Mãe, eu te perdoo. Mas preciso que entenda: vou me aproximar aos poucos. Não vou te passar meu número agora, mas prometo que te ligarei, porém de modo restrito. Algumas coisas não se resolvem da noite para o dia.
Minha tia assentiu, compreendendo que aquele era o limite dele naquele momento.
— Eu entendo. E vou respeitar seu tempo. Só... só fico feliz que você esteja disposto a tentar.
Anderson fez uma breve pausa antes de concluir:
— E eu não quero falar sobre o pai. Nem sobre a Amanda. Para mim, Amanda já morreu. Ela não existe mais na minha vida, e nada vai mudar isso.
Minha tia baixou os olhos, ferida pelas palavras dele, mas não contestou.
— Se precisar falar comigo — ele continuou, agora num tom mais suave —, fale com o Renato. Ele me avisa, e eu ligo para você.
Minha tia me olhou, buscando conforto.
— Tudo bem, meu filho. Eu entendo.
Anderson respirou fundo e, com um tom mais leve, disse:
— Tchau, mãe. Feliz Ano Novo.
— Tchau, meu filho. Obrigada por falar comigo. Feliz Ano Novo para vocês.
Ela segurou as lágrimas enquanto a chamada era encerrada. Por um momento, ficou em silêncio, segurando o celular com as duas mãos, como se ainda estivesse processando tudo.
Eu sabia que aquela conversa não apagava as dores do passado, mas era um recomeço. Um primeiro passo na direção certa.
— Renato — ela finalmente falou, voltando-se para mim. — Obrigada por ser a ponte entre nós. Eu sei que não vai ser fácil, mas estou disposta a tentar.
Eu sorri, sentindo um misto de alívio.
— Tia, ele vai ligar para você. Ele só precisa de tempo. E eu vou estar aqui para ajudar no que for preciso.
Depois que minha tia saiu, decidi ligar para meus boys, agora a sós. Quando Anderson atendeu, eu o parabenizei, dizendo que ele havia dado um passo importante. Em seguida, expliquei que precisava falar com os dois. Manuel logo se juntou à ligação.
Dessa vez, fui direto ao ponto:
— Estou no meu limite, pessoal. Não sei mais o que fazer. Não estou aguentando... Preciso ser tocado, entendem?
Houve um silêncio do outro lado da linha, até que Anderson, com um tom compreensivo, respondeu:
— Renato, aguenta só mais um pouco. Estou esperando a experiência do meu trampo acabar, só te peço isso: espera.
Manuel, por sua vez, tentou aliviar a tensão com uma brincadeira:
— É difícil, cara. Passar por isso é pra poucos. — Ele riu, mas logo acrescentou: — Você tá no cio, é? A carência é dificil, principalmente quando você tinha dois e agora nenhum. Aguenta firme
Não consegui evitar uma risada amarga.
— A questão não é só a vontade de transar, Manuel. É mais do que isso. É a falta de uma presença, de um homem que me dê afeto e carinho.
Manuel tentando ser prático sugeriu:
— Vamos dar um vale-night para ele Anderson! Assim ele se alivia e sossega, né, Renato?
Manuel soltou uma gargalhada, mas Anderson o cortou:
— Manuel, cala a boca! — Ele voltou a falar comigo, agora mais sério: — Renato, eu não sei como lidar com isso. Sinceramente, não sei o que fazer.
— Eu também não sei — admiti. — Mas estou aqui, falando abertamente sobre o que estou passando.
Anderson suspirou:
— Renato, o que você quer que eu faça? Por vídeo, você diz que não se sente satisfeito. Pode parecer egoísta de minha parte, mas não penso em terminar e muito menos em abrir a relação.
— Tudo bem — respondi, frustrado. — Só liguei para isso. Agora vocês estão informados. É fácil pra vocês, né?
Desliguei o celular, sentindo um misto de alívio e irritação. Minutos depois, recebi várias mensagens de Anderson, pedindo que eu tivesse paciência. Ele explicou que a experiência dele estava chegando ao fim, que só então a ele iria dar um rumo na vida.
Já Manuel, apesar das brincadeiras, mostrou um lado mais sensível:
— Eu sei como é passar por isso, Renato. Aguenta mais um pouco, cara. Em breve, vamos nos encontrar.
Quando voltei, notei que Felipe e André já haviam chegado. Eles estavam à mesa, conversando com meu irmão. Passei por eles, cumprimentei todos rapidamente e entrei na piscina, onde meus amigos estavam.
Letícia e os outros logo quiseram saber como havia sido a ligação com minha tia e o Anderson. Expliquei que Anderson a perdoara, mas deixou claro que se aproximaria aos poucos. Todos pareceram entender a delicadeza da situação.
Pouco depois, Jefferson mencionou que iria embora depois do almoço. Perguntei o motivo, e Gil explicou que, como André e Felipe já haviam chegado, era provável que Naldo também aparecesse em breve. Jefferson, que não gosta do cara, achou melhor ir embora antes.
— Mas e se ele nem vier? — questionei.
Breno, sempre prático, sugeriu:
— Fica até ele chegar. Quando ele aparecer, eu e Dinei vamos embora com você, aproveitando a carona.
Jefferson topou a ideia e foi beber com meu pai e tio, revezando com eles na churrasqueira.
Agora, só eu e meus amigos estávamos na piscina. Virei para Dinei e perguntei:
— Você está bem? Curtiu mesmo a foda no vestiário?
Ele olhou para Breno e admitiu, com um sorriso tímido:
— Não foi exatamente como eu havia planejado, mas foi... diferente. E eu amei. Quero mais. — Ele provocou o namorado com um olhar malicioso.
Ri da situação e concordei:
— A sensação de servir um macho é realmente maravilhosa, né?
Gil deu uma gargalhada e brincou:
— A gente precisa mesmo de um macho pra nos colocar no nosso devido lugar.
— É isso, Dinei — continuei, rindo. — Você pode ser o Dinei cheio de frescura no dia a dia, mas entre quatro paredes vira o puto que o Breno adora.
Breno confirmou, com um sorriso de satisfação:
— Essa é a visão, Renato! — Ele então revelou que havia conversado com Dinei na madrugada e que parecia que ele finalmente entendeu que é sempre bom se reinventar. — E tudo fica melhor sem frescuras, né, amor? — completou, olhando para Dinei.
Dinei corou, mas concordou com um aceno de cabeça, enquanto todos riam da situação.
Gil, em tom de deboche, virou para mim e disse:
— Renato, você acredita que esses dois safados depravados queriam me assistir com o Jefferson de novo? Ah, mas eu mandei eles irem pra puta que pariu! Exigi que eles saíssem do vestiário. Só depois é que eu me entreguei pro Jefferson.
Ele fez uma pausa, como se estivesse revivendo o momento, e continuou com um sorriso maroto:
— E, como sempre, ele fez o serviço completo. Ontem, ele estava especialmente inspirado. Me virou pelo avesso, e eu... adorei.
Porém, fomos interrompidos. Ricardo pulou de ponta na piscina, fazendo um estardalhaço, enquanto Felipe e André entraram mais calmamente pela escada.
Eu conhecia André da roda, mas nunca fomos próximos. Ele tinha mais contato com outros caras, e eu creio que meu irmão se juntou a eles após romper a amizade com Anderson.
André era moreno claro, com um corpo atlético e bem cuidado. Seus olhos negros e o cabelo crespo, cortado à máquina rente, davam a ele um ar despojado, mas com um jeito marrento que não passava despercebido. Ele tinha aquela postura de quem sabe que chama atenção e não se importa de ser o centro das atenções.
Usava uma bermuda larga e uma corrente prata fina no pescoço, detalhes que combinavam com seu estilo. Os pêlos do peito, provavelmente aparados com máquina, mostravam que ele tinha um certo cuidado consigo mesmo, mas sem exageros.
André não era alto, entrava num lugar com um andar lento, quase desleixado, mas com uma confiança que deixava claro: ele . Aquele sorriso maroto, que aparecia de vez em quando, só reforçava a vibe de quem não levava desaforo pra casa.
Depois do que havia visto na noite anterior, minha visão sobre eles era completamente diferente. Eles entraram na piscina, e eu não pude evitar um sorriso discreto, lembrando das cenas que haviam ficado apenas entre nós.
Felipe, depois de um tempo, se aproximou de nós com um sorriso tranquilo no rosto.
— Oi, gente, tudo bem? — cumprimentou, com uma voz calma e amigável.
— Oi, querido! — respondi, retribuindo o sorriso. — E aí, como estão as coisas?
— Tudo tranquilo, graças a Deus — afirmou ele, com um tom de alívio.
Então, aproveitei o momento para perguntar algo que estava me incomodando desde que eles chegaram.
— Desculpa perguntar, mas cadê o Naldo? Meu irmão falou que ele viria, mas até agora vocês chegaram e ele não apareceu. Tem alguma informação a respeito?
Felipe não hesitou. Ele foi direto e sincero, como sempre.
— Adivinha, né? Mulher dele. Enchendo o saco — disse ele, com um pouco de frustração — Mas ele virá. Pelo menos foi o que ele disse.
Parecia que a mulher com quem Naldo estava não era tão trouxa quanto os outros pensavam. Se Naldo não estava ali, era sinal de que, por algum instante, ela conseguia fazê-lo ceder.
Felipe nos olhou com um ar de curiosidade e um pouco de preocupação.
— Vocês contaram pra alguém o que viram no campo? — perguntou ele, com um tom de voz que tentava parecer casual, mas que não escondia a ansiedade por trás da pergunta.
Eu me adiantei a responder, tentando aliviar a tensão.
— Não, Felipe. Não falamos nada.
Mas Breno, sempre mais direto, não perdeu a oportunidade de acrescentar:
— Nem tinha lembrado daquela cena até agora, pra ser sincero.
Felipe pareceu aliviado por um momento, mas logo tentou justificar o motivo da pergunta.
— É que, sabe, é que o André — ele começou, mas eu o cortei antes que pudesse continuar.
— Gato — interrompi, olhando diretamente para ele —, minha preocupação inicial era de você estar sendo chantageado ou abusado. Mas, como é o caso e você mesmo mostrou estar gostando da situação, não tem por que a gente falar nada.
Felipe ficou em silêncio por um instante, como se estivesse processando minhas palavras. Então, ele deu um sorriso.
— É... — admitiu ele, com um tom mais leve. — Eu só não queria que isso virasse fofoca, sabe? Mas, se vocês não falaram, então tá tudo bem.
Breno deu uma risadinha, como se a situação fosse engraçada.
— Relaxa, Felipe. A gente não é de ficar espalhando as coisas dos outros. Além disso, cada um com sua vida, né?
Felipe acenou com a cabeça, parecendo finalmente à vontade.
— É, vocês têm razão. Obrigado, gente.
Enquanto Felipe se afastava em direção a André e ao meu irmão, fiquei observando ele por um momento, e uma pergunta surgiu na minha cabeça:
Será que não passava pela cabeça de Ricardo a respeito de Felipe ser tão próximo de André?
Eu sabia que Ricardo era um cara tranquilo, mas também era perceptivo. Tudo bem, Felipe não era afeminado, e talvez isso fizesse com que algumas pessoas não notassem nada de diferente nele. Mas, depois que ele dançou naquela festa, ao meu ver, só não via que ele era gay quem era cego.
Mas, ao mesmo tempo, eu me perguntava se Ricardo tinha percebido. Será que ele via aquela proximidade de Felipe entre André e Naldo como algo inocente? Ou será que ele sabia, mas escolhia não comentar, respeitando o espaço de cada um?
Se bem que, antes de eu ver André voltando pelo mesmo caminho que Felipe no campo, também não tinha passado pela minha cabeça se rolava algo ali. As coisas pareciam tão naturais, tão simples, que eu nunca tinha parado para questionar. Mas agora, com tudo o que eu tinha visto e ouvido, era difícil não pensar no assunto.
Enquanto eu ainda refletia sobre isso, Jefferson se aproximou da borda da piscina, segurando uma tábua de churrasco cheia de carne assada.
— Gente, aproveitem que a carne já está pronta — disse ele, com um sorriso largo. — Vamos almoçar antes que esfrie!
A galera começou a sair da piscina, deixando Felipe, André e meu irmão Ricardo ainda na água. Eu me juntei aos meus amigos que estavam se dirigindo para a área de churrasco, onde a mesa já estava posta com saladas, pães e outros acompanhamentos.
Enquanto almoçávamos, Naldo finalmente chegou. Ele cumprimentou todo mundo com um aceno descontraído e um sorriso meio envergonhado.
— Desculpa o atraso, pessoal — disse ele, enquanto se dirigia à mesa onde estavam meus pais para os cumprimentar— Cheguei numa hora boa!
Ele aproveitou e preparou seu prato, que diga-se de passagem, era um prato de pedreiro.
Foi só então que Felipe, André e Ricardo saíram da piscina, pingando água e rindo de algo. Eles se secaram rapidamente com as toalhas que estavam por perto, prepararam o seu prato de comida e se juntaram a Naldo na mesa, completando o grupo.
Depois do almoço, como já havia dito, Jefferson resolveu partir, levando consigo Gil, Breno e Dinei. Eles se despediram de todos, mas, assim como Naldo fez na festa da virada, Jefferson preferiu não chegar perto da mesa onde Naldo estava. Apenas acenou de longe e disse:
— Falou, galera!
Esperei alguns minutos antes de entrar na piscina. E quando entrei poucos minutos depois meu tio Josival entrou na água e, com um ar meio sem jeito, veio até mim.
— Renato — começou ele, com uma voz baixa e um pouco hesitante —, queria te agradecer por, de alguma forma, ter aproximado minha esposa do nosso filho. Ela me contou que Anderson disse que não quer falar sobre mim, mas mesmo assim ela está muito feliz. Você não sabe o quanto ela sofreu esses meses sem contato com ele.
Eu respirei fundo, tentando escolher as palavras certas.
— Tio, é um assunto delicado — expliquei, com um tom sincero. — Eu acompanhei de perto o quanto Anderson ficou mal com o afastamento de vocês. E, pra ser honesto, eu entendo os motivos dele não querer, pelo menos por agora, um contato com você. Afinal, você contribuiu muito para a saída dele de casa e influenciou a tia a se afastar também.
Ele ficou em silêncio por um momento, como se estivesse processando minhas palavras. Então, sem dizer mais nada, apenas acenou com a cabeça e saiu da piscina, deixando-me sozinho com meus pensamentos.
Com as horas passando, Felipe, depois de uma ligação, resolveu ir embora. Mas, ele foi embora com André, com a alegação de que iriam dividir um Uber. A desculpa pareceu convincente. Naldo, decidiu acompanhá-los até o portão.
Decidi sair da piscina, já que não havia mais ninguém para conversar ali. Ainda com a toalha enrolada na cintura, caminhei até o banco próximo ao jardim e me sentei, aproveitando o momento de tranquilidade.
Não demorou muito para Naldo retornar. Ele me viu sentado no banco e se aproximou, com um ar descontraído.
— Posso sentar aí? — perguntou ele, com um meio sorriso.
— Pode, desde que não fale dos meus amigos. — respondi, sendo sincero.
Ele se aproximou e sentou do meu lado, carregando aquela energia característica dele.
— E aí, Renato? Tudo bem? — perguntou ele, enquanto eu mexia no celular.
— Tudo tranquilo — respondi, tentando manter a conversa leve. — E você? A mulher deixou você sair hoje?
Ele riu, mas o sorriso dele foi um pouco forçado.
— Ah, ela sempre dá um jeito de encher o saco, mas no fim eu sempre dou um jeito de escapar — disse ele, com um tom de brincadeira que não escondia completamente a frustração.
Eu não perdi a chance de brincar com ele.
— Pois é, mas tem gente aqui que ficou indignado com o seu atraso, viu? — falei, com um sorriso maroto.
Naldo riu de novo, mas dessa vez pareceu mais genuíno.
— Já imagino de quem você está falando. Deixa ele reclamar. Eu chego quando eu quero, não preciso dele, ele que precisa de mim — respondeu ele, com um ar de quem não estava nem aí.
Foi então que eu decidi abordar um assunto que estava me incomodando desde o dia anterior.
— Naldo, deixa eu te explicar uma coisa sobre ontem — comecei, com um tom mais sério. — Eu não tinha a pretensão de assistir nenhum de vocês transando. Só queria confirmar algo. Até tive a confirmação, mas, depois de ver você ali com ele, na minha cabeça, o Felipe estava sendo abusado. Até disse isso mais cedo a ele.
Naldo riu, mas não foi uma risada de deboche. Era mais como se ele estivesse acabado de ouvir um absurdo.
— Sabe qual é o seu problema, Renato? — ele disse, olhando diretamente para mim. — Você tem uma mania de me achar o vilão da história só porque eu e seu amigo não deu certo.
— Não é assim — respondi, tentando me defender. — Você me deu motivos para não ser tão seu fã.
Ele suspirou, como se estivesse cansado de discutir, mas decidiu explicar seu lado.
— Olha, Renato, eu não sou o monstro que você pensa que eu sou. O Felipe veio até mim, sabia? Eles sempre vêm até mim, Renato. Foi assim com Gil, com Amanda e com Felipe. No caso do Felipe, um certo dia eu notei ele lá na arquibancada, assistindo as garotas jogar vôlei. Quando a partida acabava, ele ia embora. Comecei a reparar que ele começou a ir com mais frequência ao ginásio, mesmo sem ter ninguém ali que ele conhecia, já que não falava com ninguém.
Ele fez uma pausa, como se estivesse relembrando os detalhes.
— Com essas idas frequentes, nos dias que tinha roda ele começou a ficar mais tempo, ficando alguns minutinhos observando a roda de capoeira antes de ir embora.
Naldo continuou, com um tom mais leve, como se estivesse contando uma história casual.
— Um certo dia, enquanto Felipe estava indo embora, André me pediu licença e foi até a saída. O cara tinha notado que aquele garoto era um vizinho novo da rua dele e resolveu dar em cima, jogar a real no moleque. Perguntou o nome dele, e ele prontamente disse que era Felipe. O moleque queria ir embora, mas desistiu depois que André perguntou se ele morava na rua X. O menino respondeu que havia se mudado para lá há poucos meses.
Ele riu, como se achasse graça na situação.
— Ao ser questionado sobre o que fazia ali, Felipe disse que ia lá só para ver as garotas jogar vôlei. Mas André foi mais esperto, falando que sempre via o novo vizinho ficando até a roda começar.
Naldo fez uma pausa, olhando para mim como se quisesse garantir que eu estava entendendo.
— Renato, naquele momento, eu nem sabia que André curtia esses lances. O André era o caçador, e a presa era o Felipe, entendeu?
Ele continuou, com um tom mais sério.
— Felipe explicou que só ficava ali já que não tinha nada pra fazer em casa. André, ainda mais incisivo, falou o que via: o moleque olhando para o corpo suado da rapaziada. Felipe não negou e nem confirmou. Então, André chamou o garoto para ir atrás do ginásio. Felipe hesitou, tentou enrolar, mas André foi direto e disse que esperaria por ele lá. Enquanto aguardava, André chegou a pensar que Felipe não cederia. Mas, depois de alguns minutos, o garoto apareceu e, segundo André, lhe fez um boquete gostoso.
Naldo fez uma pausa, como se estivesse avaliando minha reação.
— Depois deste dia, o rapaz não foi mais ao ginásio por um tempo, até que um dia ele apareceu com o André, demonstrando interesse em participar da roda. Como ele já havia assistido algumas aulas, nem foi preciso uma aula experimental. Ele já entrou na lista de alunos.
Ele riu de novo, como se achasse graça na situação.
— Depois, perguntei a André sobre essa tal aproximação com o garoto. No começo, ele desconversou, dizendo apenas que Felipe era um vizinho novo na rua. Mas percebi que ele ficou meio nervoso, então soltei: "É só isso mesmo? Porque, pra mim, você tá traçando esse rapaz..." Ainda comentei que, pra mim, estava de boa, já que ele sabia que, de vez em quando, eu também comia uns viados. Foi aí que ele largou os rodeios e confirmou: estava mesmo comendo o cara. E, sem cerimônia, ainda me ofereceu: se eu quisesse, podia traçar também.
Naldo fez uma pausa, olhando para mim com um ar de quem estava revelando um segredo.
— Não deu outra. Naquele mesmo dia, eu convidei o Felipe para me ajudar a guardar as coisas no final da roda. André, nesse dia, não esperou o Felipe, sacando o que eu queria. Aí, lá na sala onde eu guardo os equipamentos, eu joguei a real para o Felipe, dizendo que eu sabia do que tava rolando entre ele e André e que eu queria comer ele também.
Ele fez uma pausa, como se estivesse avaliando minha reação.
— Felipe estava nervoso. A voz trêmula, hesitante, denunciava sua timidez. Negava, dizendo que não fazia aquilo, mas eu falei calmamente que o próprio André me havia contado sobre ele, e que eu sabia muito bem do que ele gostava.
Mencionei que sabia que ele era o vizinho de André, e isso parecia mexer com ele. Seus olhos começaram a evitar o meu, a inquietação ficava mais evidente, e ele pediu para sairmos da sala de equipamentos, mas eu o tranquilizei, dizendo que estávamos só nós dois ali, que o resto já tinha ido embora.
Quando percebeu que realmente não havia mais ninguém por perto, Felipe baixou a guarda, relaxando um pouco, embora ainda mantivesse um olhar cauteloso.
Mas logo ele me olhou. Um olhar que desceu por mim, dos pés à cabeça. Algo que eu interpretei como um interesse.
Sem perder tempo, tirei meu pau para fora. A decisão estava ali, clara. Falei que ele podia escolher, entre a minha pica, ou poderia sair. Que não ia forçar ele a nada.
Ele pediu pra eu não falar nada pra ninguém e ali mesmo se ajoelhou como um bom aluno e me chupou. Cara, Claro que não rolou só boquete.
Naldo terminou a história com um sorriso, como se estivesse satisfeito por ter esclarecido as coisas.
— Então, Renato, é isso. Não foi eu que fui atrás do Felipe. Ele veio até nós. E, no fim, tudo foi consensual.
Então eu olhei para Naldo, tentando processar tudo o que ele havia acabado de me contar.
— Deixa eu ver se eu entendi... — comecei, com um tom de desconfiança. — Vocês então basicamente formam um trisal, já que se pegam, mas não estão em um relacionamento sério?
Naldo riu, como se a pergunta fosse engraçada.
— Não é bem assim, Renato — ele respondeu, com um ar descontraído. — Ninguém ali está num relacionamento sério, ninguém está se prendendo a ninguém. O Felipe e o André podem pegar quem eles quiserem. André inclusive tá com uma mina e a única pessoa que tem um relacionamento comigo é a minha mulher.
Eu franzi a testa, ainda tentando entender a dinâmica daquela situação.
— E alguém além de vocês sabe dessa relação? — perguntei, indiretamente querendo saber se meu irmão sabia de algo.
Naldo fez uma pausa, como se estivesse pensando na melhor forma de responder.
— Olha, Renato, isso não é algo que a gente fica espalhando por aí. Além de seus amigos e você? — ele fez uma pausa, olhando para mim com um ar sério —, não, ninguém sabe.
Fiquei em silêncio por um momento, refletindo sobre o que ele havia dito. Era difícil conciliar a imagem que eu tinha de Naldo com a história que ele estava contando.
— Entendi — respondi, finalmente. — Mas, Naldo, você entende por que eu fiquei preocupado, né?
Naldo acenou com a cabeça, como se entendesse perfeitamente.
— Eu entendo, Renato. Mas, acredite, o Felipe sabe o que está fazendo. Ele não é nenhum garoto inocente. E, no fim, gosta do que está rolando, tanto que muitas das vezes ele é quem nos procura.
A gente ficou lá trocando ideia até que meu irmão chegou do nada e soltou:
— Nossa, que raridade ver vocês dois conversando assim, hein?
Eu entrei na zoeira e falei:
— Ah, foi mais por falta de opção mesmo, meus amigos já tinham vazado.
Antes que o Ricardo perguntasse o que a gente tava falando, o Naldo já cortou:
— Eu vim saber sobre como está o Anderson e o Manuel.
Meu irmão e Naldo foram para onde meus pais estavam, e eu fiquei ali, observando e refletindo sobre tudo que tinha acabado de ouvir de Naldo. Detesto admitir, mas, por mais que Naldo possa ser difícil de lidar, desta vez ele está certo. Se há um consenso entre eles, se todos estão se entendendo e se divertindo, então não há problema algum.
No final do dia, tanto o Naldo quanto meus tios foram embora ao escurecer, deixando só eu, meus pais, o Ricardo e a Letícia no sítio.. A gente precisava deixar o lugar limpo pra entregar a chave pro dono no dia seguinte. Como o prazo era até o meio-dia, a gente resolveu arrumar tudo ainda de noite. Assim, se meu pai quisesse vazar mais cedo no outro dia, não ia ter problema.
No dia seguinte, acordei lá pelas 9h30, e meu pai já tava com aquela pressão de voltar pra casa. Nada como a nossa cama, nosso cantinho. Peguei minha mochila e vazamos pra casa.
Na tarde desse mesmo dia, o Anderson me ligou. Ele estava a caminho da padaria e disse que queria trocar uma ideia. Confesso que fiquei curioso, porque o Anderson não era muito de ligar assim do nada. Ele começou falando que tinha se expressado mal no dia anterior, principalmente quando pediu pra eu esperar.
Ele falou:
— Cara, é só ter um pouco de paciência. Minha experiência no trabalho tá acabando, mas tem mais uma coisa que eu preciso resolver.
Eu, curioso, perguntei: — Tipo o quê?
Ele só respondeu: — Você vai saber na hora certa.
Ele ainda lamentou não estar presente como gostaria, mas insistiu:
— Confia em mim mais do que nunca. É a única coisa que te peço neste momento. Tenho umas coisas que preciso resolver aqui.
Aí, depois de um silêncio, ele soltou:
— Olha, a primeira coisa que eu vou fazer quando o período de experiência do trabalho acabar é sair da casa do Manuel. Vamos continuar, mas eu prefiro morar sozinho, nem que seja numa kitnet do que ficar naquela casa com ele.
Fiquei meio sem reação. Sabia que o Anderson e o Manuel tinham seus atritos, mas eu já tinha dado esses atritoscomo resolvidos. Ele continuou:
— Não é que eu não goste dele, mas morar com Manuel é muito difícil. É complicado.
Depois da ligação, fiquei pensando naquilo. O que será que ele tava tentando resolver? Será que tinha algo a ver com o Manuel? Ou era coisa do trabalho? Enfim, a cabeça tava a mil. Decidi que ia esperar, mas já tava com aquela pulga atrás da orelha. No fim das contas, aquele dia tinha sido cheio de conversas estranhas. E, pelo jeito, as coisas ainda iam dar mais volta antes de se encaixarem.
Link do grupo para trocarmos ideia a respeito desse contos https://t.me/+s1Po-Cr8yMA1NzMx
Comentários (3)
Edson: O conto é excelente, embora tenha perdido toda aquela densidade sexual do início. Ainda achei estranha a colocação do Anderson para o Renato: "Ele explicou que a experiência dele estava chegando ao fim, que só então a ele iria dar um rumo na vida". Entretanto, o período de experiência no emprego é para efetivar a contratação, ou seja, isso sinaliza que Anderson continuará em Joinville. Não sei como isso pode mudar a realidade do Renato quanto a ter o toque desse que ele agora resolveu chamar de "amor". rsrs Por outro lado, as entrelinhas das falas de Anderson quanto a Manuel, César e seu amigo Lucas dão a entender que o relacionamento entre todos eles tem sido bem mais do que algo casual. Enfim, acho que o Renato padece da ausência não só do calor de seus dois boys, mas também da falta de transparência quanto ao que realmente vem se passando no dia-a-dia de Anderson, Manuel e outros personagens que participam da vida de ambos em Joinville.
Responder↴ • uid:1eqry4303cmn3Alison: Eita fiquei curioso agora
Responder↴ • uid:40voci0lm9kkSemaj: Pelo ultimo paragrafo, ainda teremos um tempo lendo seus contos. E é uma coisa gostosa de se ler. Todos os sentimentos vem a tona. Lhe desejo uma boa escrita.
Responder↴ • uid:jthypmg6pblc