Como comecei a me viciar

Oii, meu nome é Gabi, é a primeira vez que escrevo e gostaria e contar como entrei nesse vício da pornografia.

Eu não lembro exatamente o dia, mas lembro da sensação. Eu tinha apenas nove ou dez anos quando tive o primeiro contato com conteúdos adultos. Era curiosa demais, inocente demais, e ainda não entendia o peso daquilo que eu estava deixando entrar nos meus olhos e na minha mente. Naquela época, não parecia nada demais — só imagens, vídeos, uma descoberta apressada sobre algo que eu mal sabia o que era. Logo depois eu parei. Por alguns anos, parecia que aquilo tinha ficado para trás.
Mas quando eu tinha doze anos, tudo voltou. Só que, dessa vez, não era apenas curiosidade. Eu estava completamente perdida sobre os meus pensamentos, totalmente isolada, pois eu tinha mudado de escola. Com o tempo, as minhas notas começarama cair e eu fiquei MUITO mal mentalmente, e voltei a assistir e ler coisas relacionadas a sexo. E percebi que aqueles conteúdos me davam uma espécie de alívio rápido. Comecei a conversar com homens mais velhos em alguns apps e percebi que aquilo era uma sensação maravilhosa. Eu me sentia desejada cada vez q algum homem falava putaria comigo.

No começo, eu nem queria admitir. Dizia para mim mesma que era normal, que todos faziam o mesmo, que não havia problema nenhum. Mas a verdade é que eu estava presa sobre isso. Eu não controlava mais a vontade de assistir, de repetir, de buscar sempre mais. Era como se minha mente estivesse programada para correr para aquela tela cada vez que eu me sentia vazia. E eu me sentia vazia quase o tempo todo.

Eu tentava me convencer de que conseguia parar quando quisesse. Mas, cada vez que eu dizia “vai ser a última vez”, eu voltava de novo. E cada recaída vinha acompanhada de uma sensação ainda maior de fracasso. Eu estava me perdendo, e o que me assustava era que ninguém ao meu redor percebia. Era uma batalha silenciosa, travada entre eu e eu

Mas a sensação deliciosa de ser desejada por outros homens só cresciam. A vontade incontrolável de ser usada e descartada por um homem era maior do que eu podia controlar e isso mexia comigo de todas as formas. Antes eram apenas conversas provocativas, hj em dia me vejo mandando vídeos e fotos, obedecendo homens n importa oq eles me pedissem. Isso se tornou parte de mim, mas ainda me sinto culpada por não conseguir me livrar disso.