Acho que estou apaixonada pela minha irmã...

Alguns dias atrás minha irmã me deu um beijo e desde então eu só consigo pensar nela, no beijo dela, no corpo dela e como, talvez, eu queira transar com ela...?

Oi! Tudo bem?

Meu nome é Luna. Sou nova aqui mas, pelos contos que li por aqui, acho que este é o lugar certo pra compartilhar a doidera que tem sido vida nos últimos dias e, quem sabe, descobrir o que fazer com essa situação delicada em que me encontro.

Vamos lá, primeiro, um pouquinho de contexto. Eu tenho uma irmã gêmea idêntica, ou quase, já que ela é exatamente 1 centímetro mais alta que eu. O nome dela é Luci. Nós temos 14 anos, fazemos aniversário no fim de Outubro, e durante todos esses anos nós dividimos o mesmo quarto, os mesmos brinquedos, mesmas roupas, mesmo computador, maquiagem, tudo! Sempre fomos muito íntimas e nunca tivemos problema em ficar pelada na frente uma da outra (até pq a nudez é algo bem normal aqui em casa) e tava tudo certo, afinal, somos irmãs e eu nunca havia sentido nada por ela, apesar de sempre ter achado ela bonita e, mais recentemente, cada dia mais gostosa. Mas digo isso num sentido de alguém que se olha no espelho e se acha bonita e gostosa. Pq meio que é isso que somos uma para a outra. Pelo menos fisicamente. Mas tudo isso mudou pouco a pouco menos de uma semana, quando Lucy me beijou...

Então, indo para a história... Na última sexta-feira, enquanto caminhávamos da escola para casa, eu estava contando pra Lucy que a garota que eu gosto tinha me chamado pra sair no fim de semana e que eu estava super hiper mega nervosa, já que este seria meu primeiro encontro, ainda mais pq a garota é 2 anos mais velha, já teve uma namorada, é super inteligente e descolada enquanto eu sou só uma batatinha...

_ Você não é uma batata, _ Lucy me disse, interrompendo meu lamento de desespero, _ Você não é uma batata pq isso significaria que EU me pareço com uma batata. E eu sou incrível! _ Disse transbordando uma autoconfiança que às vezes eu invejo.

_ Eu queria ter essa sua autoconfiança...

A conversa continuou, comigo tentando explicar para minha irmã que A GAROTA MAIS LINDA DA ESCOLA tinha ME chamado para sair e que, mesmo com meu vasto conhecimento adquirido lendo centenas de romances autorais de escritoras sáficas no wattpad, eu não me sentia preparada para essa situação. E ela insistindo que não tinha nada demais e bastava eu ter confiança.

_ Não é tão simples!! _ Repeti pela milésima vez, quase gritando no meio da rua. _ E se ela quiser me beijar?

_ E qual o problema? É só você beijar ela de volta, ué! Não é isso que você quer?

_ É... Mas é que... É que eu… Eu não sei beijar... _ Fui perdendo a voz a medida q respondia, com vergonha.

_ Você não sabe beijar? _ Lucy ficou surpresa. _ Agora cê vai me dizer que você ainda é bv...?

Silêncio...

_ VOCÊ AINDA É BV!? _ Lucy perguntou, com uma mistura de diversão e incredulidade.

_ XIIIU!!! Não precisa gritar pra cidade toda ficar sabendo! _ Explodi em partes iguais de raiva e embaraço.

_ Então você tava mentindo quando disse que beijou aquela garota no anime festival?

_ Sim... _ Respondi sem conseguir encarar minha irmã.

Continuamos andando em silêncio por mais algum tempo, até chegarmos numa pracinha isolada, próxima da minha casa.

_ Então você é bv? _ Ela perguntou.

_ Sim.

_ Então você não sabe beijar, certo?

_ Certo.

_ E você está com medo de beijar a garota que você gosta por medo de estragar as coisas com ela?

_ Uhum...

_ Mas você quer beijar essa menina, correto?

Apenas acenei em concordância.

_ Então você vai deixar de beijar a menina com medo de ela não querer ficar mais com você na chance de vc beijar mal?

Não respondi.

_ É... Parece fazer muito sentido. _ Ela disse com ironia, por fim.

_ Pra você é muito fácil, né? Todos os garotos querem ficar com você. Você pode beijar quem você quiser! E, como você não gosta de nenhum deles, não tem problema se as coisas não forem tão bem. É só partir pro próximo. Mas no meu caso eu não posso me dar ao luxo de ir pra próxima garota caso as coisas não deem certo, não é como se tivesse opção nessa cidade (vivemos numa cidade bem pequena, onde quase não tem gente LGBT, muito menos da nossa idade). Então as coisas tem que ser perfeitas nesse encontro.

_ Entendo... _ Ela disse, parando e parecendo refletir por um instante. _ Então eu acho que vou ter q te ensinar.

_ O que? _ Perguntei, confusa.

_ Acho que vou ter que te ensinar a beijar, então. _ Ela disse séria, sem o menor indício de estar brincando.

_ E como você pretende me ensinar a beijar? _ Perguntei de forma irônica, sem que por um momento sequer passasse pela minha cabeça que o que iria acontecer poderia acontecer.

Minha irmã estava parada ao meu lado, bem próxima de mim. Nós estávamos paradas no meio da praça. Eu tinha minha mochila pendurada no ombro por apenas uma das alças enquanto Lucy carregava a sua em uma das mãos.

_ Bom... _ Ela disse, colocando sua mochila no chão, num tom de praticidade absoluta, muito característico dela. _ Só existe uma forma de aprender a beijar. _ Ela se aproximou de mim, passou a mão esquerda pela minha cintura e levou a direita à minha nuca. Sua língua encontrou a minha...

Eu não vou descrever aqui como foi essa experiência. Meu primeiro beijo. Eu não seria capaz... Eu poderia dizer quão quente e macia era a língua da minha irmã. Como seus lábios eram suaves, úmidos e traziam o gosto de menta. Ou como me arrepiei ao sentir suas mãos correndo pelo meu corpo, apertando meu quadril e puxando suavemente meu cabelo. Mas nada, absolutamente nada disso faria jus à coisa em si.

A coisa toda não durou muito tempo. Eu acho... E quando acabou eu estava em choque. Não tava entendendo o que tinha acabado de acontecer. Minha vontade era de ficar puta. Brigar com minha irmã, perguntar que porra ela estava fazendo. Mas, em algum lugar lá no fundo, uma parte de mim estava atônita, paralisada em êxtase. Eu estava, de forma geral, confusa demais para ter qualquer resposta. Por isso, apenas fiquei ali, parada, encarando minha irmã.

E eu deveria estar fazendo uma careta terrível, pois, assim que Lucy se afastou, abriu os olhos e olhou para mim, ela caiu na risada.

_ Que foi maninha? Alguma coisa errada? _ Ela perguntou, aparentemente achando muita graca naquela situação toda.

Eu tentei articular uma resposta, mas só consegui balbuciar sons incoerentes enquanto articulava de forma desconexa.

_ Hey! Relaxa! _ Ela disse ainda rindo.

Durante esse breve momento, vendo minha irmã rindo, qualquer que tenha sido a parte de mim que sentiu prazer com seu beijo foi suplantada pela ira.

_ Que porra foi essa!? _ Perguntei quase gritando.

_ Que foi? Eu achei que você queria aprender a beijar pra conquistar a garota lá. _ Ela disse com sarcasmo ainda com um sorriso nos lábios.

_ É! E EU QUERIA PERDER MEU BV COM ELA! _ Nesse ponto eu queria ter gritado mais um monte de coisa, mas eu só não conseguia. E antes que as lágrimas viessem à tona, eu saí correndo pra casa.

Desde então duas coisas vem acontecendo: 1) Eu não estou falando com minha irmã; e 2) Eu não consigo parar de pensar na minha irmã.

Obviamente eu desmarquei o encontro com a crush. Pq eu não tinha a menor condição de nada. Passei o fds na cama e provavelmente não teria saído dela se ainda estivesse de férias. E tem quase uma semana q eu tenho evitado minha irmã, oq é bem difícil pelo fato de dividirmos quarto.

No início eu sentia raiva sempre que via ou lembrava dela. Mas a lembrança do beijo dela fodeu com minha cabeça e sempre que vem a imagem dela na minha mente, por mais que eu ainda sinta raiva, eu também sinto desejo, e curiosidade...

De repente, alguém que eu via praticamente como meu reflexo, era pouco mais que vagamente familiar, quase um desconhecido. Eu passei a prestar mais atenção nela. Principalmente nos pequenos detalhes que nos tornam diferentes. Seu corpo sutilmente mais magro que o meu, com o mais lindo par de seios do mundo que estão cada dia maiores. As curvas de suas coxas ligeiramente grossas. O cheiro de seu suor... Ah o cheiro de seu suor...

Seria de se esperar que, sendo gêmeas idênticas e tendo praticamente a mesma vida, nosso cheiro fosse exatamente o mesmo, mas não. Ela tem um cheiro sutil mas bem característico. Eu não sei explicar o cheiro dela, mas é bom. Muito bom. E a cada dia que passava era mais e mais difícil lidar com a presença do cheiro dela (e dela) à minha volta. Porém eu seguia firme na missão de ignorá-la, até ontem.

Ontem, depois que a gente chegou da escola, Lucy foi correndo tomar banho e se arrumar para sair pois tinha combinado de sair com algumas amigas nossas (eu tbm fui convidada, mas decidi não ir, uma vez q minha irmã iria). Após Lucy tomar seu banho, foi minha vez, e quando voltei para o quarto, enrolada apenas na toalha, vi que, na pressa de sair, Lucy acabou deixando seu uniforme usado jogado em cima da cama. Fui pegá-lo para jogar no cesto quando senti o cheiro dela.

Ontem foi dia de educação física, então o perfume do suor dela estava ainda mais forte. Um cheiro intenso de suor limpo e cristalino e grama cortada. Antes de ser capaz de formar um pensamento que fosse, eu já inspirava fortemente com a camiseta dela cobrindo meu rosto, como se o seu perfume fosse tão fundamental para me manter viva quanto o ar que o levava aos meus pulmões. De canto de olho vi a calcinha que ela havia usado o dia inteiro, embolada no meio da calça. Eu queria dizer que vacilei, que hesitei, que pensei que o que eu estava prestes a fazer era errado, antes de pegar sua calcinha e cheirá-la.

Com toda certeza tinha um cheiro muito mais forte que sua regata. Um cheiro acre intenso com um toque de urina no fundo. Após uma longa inspiração eu corri, tranquei a porta do quarto e me joguei na cama da minha irmã, com a calcinha dela sobre meu nariz e boca. Minha mão rapidamente desceu até minha bucetinha. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que eu já estava completamente encharcada?

Eu toquei meu grelinho como nunca antes e estava tão molhada que o barulho dos meus dedos esfregando freneticamente minha bocetinha era audível através da porta fechada. Todos os meus gemidos foram (parcialmente) abafados pela calcinha da minha irmã. E enquanto eu me tocava sentindo o maravilhoso cheiro de sua bucetinha, eu a imaginava nua, sentando e rebolando na minha cara, gemendo meu nome e gozando na minha boca.

Não resisti. Após poucos minutos eu tive o orgasmo mais intenso da minha vida inteira. Gozei tão forte e tão gostoso que por vários minutos após terminar de me tocar eu ainda tinha espasmos e sentia o mundo girar de levinho a minha volta. Não preciso dizer que acabei molhando um pouco a cama da minha irmã, mas como não foi nada demais, deixei pra lá na esperança de que, até a hr q ela fosse pra cama, o molhado já teria secado ela não notaria. Tentei deixar a cama da minha irmã mais ou menos como estava antes de eu me masturbar e gozar nela. Joguei sua roupa suja no cesto e pronta para não pensar mais nela ou no que eu havia feito a pouco. Então eu vi um bilhete que ela deixou sobre a mesa do computador.

Para encurtar, no bilhete ela dizia que sentia muito pelo que havia feito, que se arrependia e que não imaginava que me deixaria tão mal. Que foi uma brincadeira estúpida que ela achou que, por sermos irmãs, eu não acharia nada demais. E que queria que eu voltasse a conversar com ela.

Enfim, agora eu não sei o que fazer. Não sei se deixo tudo pra lá, esqueço que tudo isso sequer aconteceu, e as coisas voltam ao normal (se é que é possível as coisas voltarem ao normal) ou se tento correr atrás de realizar esse desejo pervertido e doentio de trasar com minha irmã gêmea. Por favor, me digam o que devo fazer!! T-T

obs: adaptei o relato acima de forma que não ficasse tão grande, omitindo um monte de detalhes e floreando algumas partes, porém tudo isso é baseado em fatos 100% reais and I'm freaking out! ;u;