#Assédio #Incesto #Teen

Amor de Filha (Parte 5)

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Priscila Neném

Relatos de como desenvolvi meu relacionamento com meu pai, parte 5

ESSE RELATO É UMA CONTINUAÇÃO!

Eu sei como pode ser maçante descrever algumas situações, mas eu preciso que entendam que estou resumindo tudo o que posso. No entanto, algumas entrelinhas são importantes. Por exemplo, eu ter ido pra casa da Larissa. Eu não queria ir, estava afetuosamente apegada ao meu relacionamento proibido e não conseguia engolir que teria de ficar uma semana sem ele. Talvez porque na adolescência sentimos coisas demais.

Na manhã, antes da viagem, fizemos sexo. Coloquei minhas malas no carro e não chorei. Afinal, ia ficar estranho eu ficar chorando só porque meu pai foi viajar. Naquela idade, isso seria estranho demais. Ele me prometeu que ia ficar tudo bem, e assim eu fui.

A casa da Larissa era legal, ficava num bairro maneiro de classe alta e a casa dela também tinha piscina. Mas Larissa tinha um segredo em casa que eu só descobri depois que estava lá. Os pais delas estavam insuportáveis, e brigavam por tudo o tempo todo. Eram duas pessoas que não toleravam um ao outro, e insistiam em brigas idiotas.

Na primeira noite, ela chorou no quarto e confessou o quanto estava odiando aquela situação. E sim, eu sei que parece besteira, mas esse relato é importante em um marco histórico na minha vida. Meu desenvolvimento como mulher foi uma descoberta para mim, como o amor que eu sentia pelo meu pai. E ali, na casa dela, eu tive outras visões sobre minhas descobertas pessoais.

Naquela primeira noite, não consegui dormir. Toda hora eu olhava o celular, e Larissa também estava envergonhada com a situação. No fim, resolvemos ficar conversando, até que realmente ficou muito tarde e ela finalmente dormiu. Meu pai já tinha respondido minhas mensagens, mas a distância estava me deixando ansiosa..

Quando levantei no meio da noite, com o celular na mão, fui na cozinha da casa dela e peguei água do bebedouro. Levei um susto quando vi que o pai dela estava acordado na sala assistindo TV. Seu Luiz era um homem bonito. Ele tinha tatuagens no braço, barba grande e era bem alto. Larissa disse que o pai dela tinha uma firma de logística em sociedade com um tio, e que até isso era motivo de briga entre os pais dela.

Eu ia pra cama, ou ao menos pensei em ir. Mas eu me lembrava de como eu ficava quando meus pais brigavam, e era muito ruim. Tipo, era horrível. E ao invés de ir dormir, fui lá. E ele quase se assustou quando me viu chegar perto dele, e sentar na outra ponta do sofá. Eu fiquei meio sem graça, cruzei as pernas e ele permaneceu sério.

— Não tinha que estar dormindo, mocinha? — Ele parecia bravo, e eu apenas concordei.

Eu me olhou com atenção, olhou para minhas pernas, me viu apoiar as mãos no joelho e levantei uma sobrancelha. Mas ao invés de olhar mais, continuou sério. Ele não pareceu nenhum pervertido interessado, ele realmente parecia estar muito bravo com a situação.

— O senhor sabia que a Larissa fica chorando toda vez que o senhor e a dona Maria brigam? — Ele limpou o rosto, coçou a barba e suspirou cansado. — Minha mãe traiu o meu pai. — Ele me olhou com cuidado, mas não me interrompeu. — Era uma traição de longa data e meu pai fazia igual o senhor. Ficava tentando, brigando e empurrando com a barriga, uma coisa que não tinha mais jeito.

— Vamos fazer assim, Priscila. Não fode aquilo que não é da sua conta. — Ele me olhou sério, mas não se moveu. Só parecia chateado. Ele desceu os olhos pra minha pensa de novo, depois olhou pra minha cara e fez uma negativa. — Vai deitar e vai dormir. E deixa isso pros adultos resolverem, tá legal?

— Tá bom. Mas olha, a Larissa gosta do senhor e também gosta da dona Maria. Ainda dá tempo de não estragar as coisas, e separar do jeito certo.

Ele não falou nada, eu só saí, fui pro quarto da Larissa e me deitei. Peguei o telefone e mandei mais algumas mensagens pro meu pai. Acabei por dormir. No dia seguinte nos arrumamos e o seu Luiz nos levou pra escola. Naquele mesmo dia, quando voltamos pra casa dela, fomos pra piscina.

Larissa queria contar sobre o namoradinho dela, e eu aproveitei para falar sobre meu “lance proibido”. Disse que ele tinha ido viajar, e acabei contando pra ela que tinha perdido minha virgindade. Tipo, ela adorou quando eu falei que não tinha doído e que foi incrível.

— Nossa, que legal. A minha primeira experiência foi rápida, nojenta e dolorida. Acho que eu devia ter feito com um cara mais velho. — Nós rimos. — Mas e aí? Você não falou quantos anos ele é mais velho que você. Tipo, uns dez?

Eu fiz uma negativa, e dei uma mentirinha. Porque meu pai era vinte e três anos mais velho.

— Vinte. — Ela arregalou a boca. — Ele é divorciado, mas eu não gosto de falar muito. Porque tipo… Se alguém realmente desconfiar, vai dar muita merda.

— É tipo um amigo do seu pai? — Eu concordei, mentindo de novo. — Caralho! Que pervertido! Ele não tem nenhum amigo assim não? — Eu dei risada — Sei lá, tipo… O Felipe é meio sem graça.

— E feio. — A gente riu juntas.

A mãe dela chamou a gente pra comer, a gente almoçou e depois fomos assistir um filme. Ao fim da tarde, o pai dela chegou. Ao que percebi, naquele dia, a mãe dela cutucou ele de todas as formas, mas ele não revidou e nem entrou na discussão. Larissa se aliviou, porque ela realmente estava com vergonha por eu estar ali presenciando as brigas.

Meu pai não achava legal um pai ficar em cima da filha com mensagens a todo momento, principalmente por causa da nossa situação. Ele realmente tomava cuidados que eu ainda não tomava, e me fez prometer que meu celular estaria sempre bloqueado. Em todo caso, ele evitava palavras safadas nas mensagens, mas dizia estar com saudades e que estava fazendo o possível para se adiantar e vir embora o quanto antes. Aquilo me deixava de coração quente, e ainda mais ansiosa. Meu pai, meu amor, tinha saudades. Saudades da filha, e da namorada também.

E assim como no primeiro dia, Larissa dormiu e eu fiquei no celular. Conversei bastante com meu pai, e novamente fui beber água quando o sono bateu. E lá estava o seu Luíz de novo. Só então eu havia notado que ele esperava a Larissa dormir, descia pra sala e levantava antes dela. Larissa não sabia que ele não estava mais dormindo no quarto.

Eu fui pegar a água, mas dessa vez ele foi até a cozinha. Eu só olhei ele chegando, bebi um pouco de água e vi ele encostar no balcão da pia do meu lado. Eu fiquei com vergonha, mas não sei se ele chegou a reparar. Eu estava sem sutiã e tinha o peito bem bicudo, a blusa do pijama era curta, só o short que não. Mas enfim, ele foi perguntar da Larissa.

— Ela te fala alguma coisa? — Ele perguntou sério. Mesmo que ele não tenha gostado, acho que ele ouviu minhas palavras na noite passada.

— Só o de sempre. Que está cansada, que não aguenta mais… è dificil pra cabeça da gente.

— Eu traí a mãe dela. — Ele soltou, enquanto eu quase engasguei com o copo de água. — Tentei acabar com o relacionamento e a mulher entregou tudo pra minha esposa. Já faz um tempo, mas de lá pra cá virou um inferno. E com o tempo só piorou.

Eu coloquei o copo na pia, tentei pensar em algo, mas só fui sincera.

— Conta pra ela, antes da dona Maria transformar isso em algo pior, e ela ter ódio do senhor. — Ele bufou cansado. — Já foi, já aconteceu. Mas não precisa piorar. Ruim está de qualquer forma.

Dessa vez ele concordou, e eu fui dormir com aquilo na cabeça. No dia seguinte, fomos à escola. Na saída Dona Maria nos buscou, e nos deixou em casa. Foi uma tarde tranquila, passamos juntas e eu fiquei conversando com meu pai ao fim da tarde como todos os dias. À noite, Dona Maria fez o jantar, ficou cutucando o seu Luíz e falando várias coisas, mas ele não revidava. Apenas deixou acontecer. Ele me olhou de um jeito, fez um sinal como se fosse pra eu sair da mesa, então eu pedi licença e falei que ia ao banheiro.

Eu só fui até o corredor e fiquei quieta. Lá eu ouvi, ele contou pra Larissa na frente da dona Maria que tinha traído ela, o tempo que ele fez isso, como ele tentou desfazer o processo e o porquê ele e a mãe dela não se suportam mais. Desconfortável, decidi que não ia mais voltar pra mesa, mas dona Maria perdeu o controle.

Sabe, em todas as situações da vida, nós mulheres nunca gostamos de estar erradas. E eu percebi isso mais uma vez. Minha mãe, quando traiu meu pai, não ficou puta porque meu pai descobriu a traição, ficou puta porque com isso, ela estava na mira do erro. Ela não tinha razão. E assim dona Maria também ficou.

A mulher virou um dragão, porque simplesmente não tinha mais segredos para atacar o seu Luíz. Aí partiu para a chantagem emocional, disposta a derrubar ele com os anos de carga sentimental que ela havia dedicado a ele. E o pior, ele decidiu que ia embora. E ela ficou mais puta ainda.

Larissa entrou na discussão, e falou uma grande verdade: — Ué, mãe. A senhora não quer perdoar, mas não quer que ele vá embora? O quê a senhora quer, viver de inferno?

Eu ouvi o tapa na cara dela, daqui. Quando perdemos a razão, só pioramos as coisas. Aquilo me fez lembrar de quando minha mãe me bateu também. Depois de perder seus argumentos para pressionar meu pai, ela vivia estressada. Foi um inferno pra coitada da Larissa. Até que a mãe dela resolveu se trancar no quarto e a casa virou uma sessão de choro e desespero. Eu abracei ela, acalmei ela e por fim, dormimos juntas.

No dia seguinte, o pai dela estava colocando várias malas no carro. Ele nos levou no silêncio, fomos pra escola e dessa vez ele desceu do carro. Larissa abraçou ele e chorou muito, mas dessa vez o choro dela tinha mais alívio. Nós fomos pra escola e ficamos muito juntas. Porém, quando foi no horário da saída, a mãe dela não veio nos buscar.

Ela ligou pra mãe, o pessoal foi saindo e a gente ficando. Logo ela ligou pro pai dela, depois de muito tempo esperando ele foi nos buscar. Ele nos levou pra casa, e chegando lá a casa estava fechada. Resumindo: chamamos a polícia. Dona Maria ficou maluca, disse que Larissa defendia macho abusivo, o pai dela e que não ia entrar em casa. Que era pra ela e o pai ficar na rua.

O que dona Maria não entendia, é que de algum modo, tentando obter a razão, ela piorou tudo. Resumindo: Larissa pegou ódio da mãe. Porque o pai, mesmo errado, ainda estava tentando resolver a situação. Já a mãe, estava surtando.

No fim, a polícia foi embora. Tentou apaziguar a situação e orientou os cuidados que deveriam ter, por causa das menores presentes. Mas foi apenas orientação, no fim, eles concluíram que era uma briga de marido e mulher. Então seu Luíz conseguiu pegar minhas coisas lá dentro, algumas coisas da Larissa, colocou nós duas no carro e foi embora.

Larissa ficou chorando com ódio da mãe e eu acabei voltando pra minha casa vazia mesmo. Não falei com minha mãe, mas liguei pro meu pai. Tio Luiz precisava trabalhar e ficou de buscar Larissa de noite. Meu pai, como um bom pai, fez o que pôde, e disse que ia voltar mais cedo. O único cuidado, era não deixar Larissa entrar no quarto dele.

À noite o pai dela buscou ela, e eu fiquei sozinha. Era estranho ficar em casa sozinha, e claro que eu fui pra cama do meu pai. Mas o que mais me surpreendeu, foi uma ligação do seu Luís no meu telefone.

Eu fiquei surpresa. Era tarde da noite, mas ele parecia bem.

— Larissa pediu pra eu ligar. Ela já estava dormindo, não quer ir pra escola amanhã e está com vergonha. Disse que você é uma boa amiga e não precisava ver isso.

— Tá tudo bem. Quando ela voltar pra escola, a gente conversa melhor.

— Ela não vai voltar. Ela quer morar com os avós. Ela gosta do meu pai e da minha mãe, e não quer ficar nem comigo e nem com a mãe dela.

Eu suspirei desanimada, e triste. Mas olhei no relógio, eram quase duas horas da manhã e tinha um barulho de vento distante no telefone. Me deu um frio na barriga e uma sensação diferente, que eu não sabia o que era. Mas o pensamento veio. Larissa estava dormindo naquele horário. Seu Luiz não precisava me ligar.

— Seu Luiz…? — Ele continuou quieto, então perguntei. — Era só isso? É que tá meio tarde. Era só isso o que o senhor queria?

— Era. Era sim. — Eu não senti confiança, mas me senti levemente nervosa. — Bom, se quiser, eu e a Larissa te pegamos de manhã e te levamos pra escola. Até seu pai chegar, posso te ajudar.

Eu concordei imediatamente, porque não tinha pensado naquilo.

— Nossa, vou precisar. Eu tinha me esquecido disso. Valeu seu Luíz.

— Beleza, até amanhã.

Eu quase não dormi direito. Por algum motivo eu não cosengui deixar de olhar o horário da ligação, a imagem do tio Luiz e pensar no sexo com meu pai. Sexualmente falando, o seu Luíz era muito atrativo. E aí eu me perguntei: Será que eu estava conseguindo olhar para outros homens? como quando você tem apreço por um detalhe, tipo cabelos pretos. E aí você só olha para mulheres de cabelos pretos. Será que eu tinha um fraco por homens mais velhos?

Enfim, tentei não pensar muito nisso, mas mal dormi. Na manhã seguinte, fui até a portaria, o carro do seu Luíz chegou, e quando ele abaixou o vidro, a Larissa não estava no carro. Eu apenas entrei e ele contou que tinha acabado de vir da rodoviária.

Então eu percebi, por isso ele ligou de madrugada. Ele já sabia que Larissa ia embora e que ia me buscar sozinho. Aquilo me deu um frio na barriga, mas ele ficou em silêncio em uma boa parte do trajeto. Eu me sentia… estranha, sabe? Se eu estava indo, tinha que voltar. E eu fiquei pensando nisso…

— Vou ter que deixar um quarteirão antes, tá bom? — Aquilo era óbvio, eu já tinha sacado que tinha algo errado. Então, apenas concordei. Ele ficou mais um tempinho sem nada dizer e eu esperando ele chegar.

Quando ele estacionou o carro, ele não falou nada. Eu peguei a mochila que tinha ficado no meu pé, coloquei a mão na porta pra abrir, mas ele segurou meu pulso e eu olhei pra ele. Ele ficou me olhando sério, eu fiquei sem me mexer e senti o coração palpitar.

— Preciso descer… — falei baixinho, ele parecia estar pensando bastante, mas apenas concordou e soltou meu pulso.

Eu desci, fechei a porta e comecei a andar. Olhei pra trás umas três vezes e ele ficou com o carro parado e me olhando. Meu coração estava disparado, e eu não contei pra ninguém que a Larissa tinha ido morar com os avós, e nem que o pai dela tinha me levado. Eu estava me enfiando em algo, só sentindo o frio na barriga.

Fiquei ansiosa, saí da escola e pensei em chamar um uber, mas sabe quando o frio na barriga te guia? Fui sorrateiramente andando na mesma rua que o seu Luís me deixou, e ao longe já avistei o carro estacionado. Ele não tinha me dito que ia me buscar, mas foi lá. E eu só entrei, ele ligou o carro e eu coloquei o cinto.

— Obrigada. — agradeci, assim que ele já tinha andado alguns metros.

— É… Você resolveu meu problema, e eu agora resolvo o seu. Nada mais justo. — Ele parecia mais tranquilo, mas aí entrou num assunto peculiar. — Seu pai vai voltar logo?

— Não consegui falar com ele hoje, mas acho que sim. Minha mãe não gosta que eu fique sozinha, então deve estar acelerando ele pra voltar.

— Se quiser, eu posso te buscar amanhã. — Eu mordisquei os lábios, me mexi sem graça e neguei. — Tá legal. — Ele respirou fundo, ficou decepcionado e xingou baixinho. — Vou só parar no caminho, beleza? Tem uma auto peça no caminho que eu quero aproveitar, mas é coisa rápida. — Eu concordei. — Quando ele parou o carro, olhei o comércio ao redor e tirei o cinto. — Vai descer?

— Vou. Tem um MC ali. Enquanto o senhor pega sua peça, vou pegar um lanche pra eu almoçar. — Ele concordou, me viu saindo, trancou o carro e foi pra auto peça.

Logo eu fui pra fila do lanche, que estava cumprida, mas chegou a minha vez e eu pedi um lanche. Antes d’eu terminar o pedido ele entrou na lanchonete e ficou do meu lado. Eram dois lanches, duas batatas e um refri grande. Ele logo riu quando viu, coçou atrás da nuca e comentou baixinho:

— Porque toda bonequinha bonitinha come igual um dragão?

Eu dei risada, fiquei corada e o moço falou o valor. Ele sacou o cartão dele, não me deixou pagar e passou o lanche no cartão. A gente saiu, fomos pra perto do carro e o cara da autopeça estava do lado de fora.

— Aê, Luizão! — Seu Luiz levantou a mão e cumprimentou o cara. — Sua filha? Rapaz, mas tá grande, eim! Parabéns, eim!

Nós entramos no carro, seu Luiz desfez o sorriso e saiu xingando.

— Velho do caralho, minha filha…. Vai se fuder. — Eu comecei a rir, enquanto ajeitava o lanche no meu colo. — Velho cuzão da porra. Cê ri né?

Eu nem percebi como tinha ficado à vontade rindo. E comparando, né? Seu Luiz falava palavrão como se fosse a coisa mais linda do mundo, e meu pai tinha momentos pra xingar. E os motivos pelo qual eu estava comparando, eu não fazia idéia.

— Ele me confundiu com a Larissa?

— E ainda meteu os parabéns. Mané otário. — Ele me olhou rindo.

— Pelo menos eu tô de parabéns.

Ele rachou de rir, e eu também.

— Vou ter que concordar com ele. — Eu guardei a risada, sorri de lado e olhei pra janela. — Fica de boa. — Ele percebeu meu acanhamento. — Não vou insistir pra fazer nada.

Eu ouvi aquilo e tive minha confirmação. Então ele queria alguma coisa… Meu umbigo sentiu um frio gostoso, e meu coração palpitou do jeito errado.

— É que eu já tenho namorado. — Ele levantou a sobrancelha e concordou chateado.

— Muleque deve mandar bem, né.

— Homem. Ele deve ter a mesma idade que o senhor. — confessei.

— Meu caralho. — Ele riu nervoso. — E eu com medo de pegar cadeia e esse cara zerando a vida.

Eu dei uma risada sem graça, e quando ele chegou perto do condomínio, eu acionei o botão para ele entrar. Ele não falou nada, só entrou. Quando chegou na porta de casa, mostrei qual era e ele parou na frente. Eu fui pegando os pacotes de lanche, ele saiu, deu a volta e me ajudou. Nós entramos em casa, eu fui direto pra cozinha e ele foi junto. A gente deixou as coisas em cima da ilha e ele deu uma olhada ao redor.

— Obrigada, seu Luiz.

Ele concordou.

— Se seu pai não se importar, eu levo você amanhã e te busco, numa boa. Se não quiser, tá de boa. Não era pra você ficar aqui sozinha. Se a Maria fosse menos fodida, cês podiam ficar lá.

— O senhor foi pra onde?

— Eu fui pra um quarto no galpão da logística. A Larissa achou uma merda, não dormiu direito… Até eu alugar alguma coisa, eu vou ficando lá.

Eu acompanhei ele até a porta, andei do seu lado e ele chegou até a saída fechada.

— Eu ligo, se precisar. Se meu pai não voltar, acho que vou precisar da carona. — Ele enfiou as mãos no bolso e me olhou de cima para baixo. — Mas eu aviso.

Eu estava rosada, e ele parecia pensar em alguma coisa.

— Avisa sim. Se quiser outro lanche e outro coroa de merda pra te dar os parabéns, a gente faz o rolê de novo. — Eu comecei a rir. — Pelo menos a gente ri dessas porra.

— O senhor é engraçado.

— É… — Ele riu desanimado. — Eu vou nessa.

Ele abriu a porta, eu fechei e fui na janela. Fiquei olhando ele partir e com uma sensação estranha na porta do estômago. Pensativa, fui ao banheiro me trocar e baixei minha calcinha. Eu estava tão lambuzada, que eu podia jurar que tinha me tocado. Tinha uma mancha na minha calcinha e uma babinha entre meus lábios, e minha boceta estava tão sensível…

Não pensei duas vezes, e liguei pro meu pai. Ele precisava voltar para casa. A vontade de fazer sexo estava me doendo as coxas.

— Oi, está tudo bem?

Eu mordisquei os lábios, estava sentada na cadeira da cozinha, de vestido e com a minha calcinha em cima da mesa, enquanto eu lanchava e olhava o tamanho da mancha que eu tinha feito, sem me tocar.

— Oi, pai.

— Consegui um voo. Chego de madrugada, tudo bem?

— Tá bom. Comprei lanche pra agora, e vou deixar uma janta pronta pro senhor. — Ele deu uma risadinha e eu fiquei vermelhinha. Com a nossa intimidade ele já tinha me referido a um prato de comida algumas vezes. — Pai?

— Oi?

— Agora que tô em casa, não preciso tomar cuidado. Não é? Eu estou sozinha, e em casa não tem perigo.

— Pode falar, neném. Estou no hotel.

— Estou sentindo sua falta, pai. Muita. — Ele ficou quieto, suspirou e eu continuei. — O senhor também sente minha falta? Igual quando o senhor transou com a mãe, porque não estava se aguentando?

— Sinto… — Ele suspirou. — Espera o pai chegar, neném. Isso vai passar daqui a pouquinho.

— Tá…

— Tá com tesão, tá? Tá molhadinha com saudade do pai?
Eu me mexi na cadeira, respirei devagar e rocei a boceta no acento.

— Tô pai…

— Porra… — Ele respirou fundo, eu mordi os lábios e ele xingou de um jeito que eu não entendi. Mas o celular dele fez barulho. — Eu vou atender, neném. Te ligo depois.

Eu deixei o telefone na mesa, me segurei no balcão, mexi mais meu quadril e me movi de novo. Minha boceta raspou no frio da cadeira, ao mesmo tempo que o telefone vibrou. Dessa vez, não era meu pai. Era o Seu Luiz.

Eu fiquei imóvel, pensei em não atender, mas eu estava molhada. Estava com tesão. E foi ele quem começou aquilo… Peguei o telefone, coloquei ele no ouvido, respirei devagar e me mexi de novo.

— Seu Luiz? — perguntei baixinho.

— Tá fazendo o quê?

Eu senti meu peito disparar, meu corpo quente e minha boceta raspar no geladinho da cadeira de novo. Estava gostoso.

— O que você quer? — suspirei, mas não enrolei dessa vez — O que você quer comigo?

— Você está suspirando? — ele perguntou curioso, e com um pouco de cuidado — O que porra cê tá fazendo?

Eu deixei o telefone cair, me segurei na bancada, abri minha boca e rocei minha boceta. Não… eu não estava pensando no meu pai. Eu estava pensando no seu Luiz, nos braços dele e nas mãos grandes. Pensei nas mãos dele me segurando, batendo na minha bunda e ele falando um monte de palavrão enquanto me fodia.

Foi ele quem me deixou molhada. Foi ele quem fez aquilo e eu não estava me aguentando. Meu pai tinha que voltar! Eu precisava que ele voltasse, e me comesse com urgência! Minha boceta estava babada, meus pensamentos gritando e a minha imaginação me maltratava.

— Ahnhhnnn… — Eu gemi, deixei o ar do peito escapar e senti meu corpo estremecer.

Eu quase não consegui respirar com aquela nova sensação. Naquele dia eu descobri que minha apegação sexual, era em caras mais velhos. E ainda com o ar entrecortado, eu levantei da cadeira e vi o molhado na bandeja do assento. Eu babei todinha, e me masturbei no geladinho da cadeira. Então olhei pro telefone em cima da mesa, e a ligação estava ativa. Nervosamente, coloquei ele na orelha, e ouvi um silêncio, até o seu Luiz perceber que eu voltei pra linha.

— Me deixa te ver de novo, bonequinha. Eu tô louco pra te fudê. Só me deixa te ver novo.

— Eu tenho namorado. — respondi com um sorrisinho pervertido e gostoso.

Eu havia acabado de descobrir onde estava minha sazonal tendenciosa. Eu era uma adolescente, apaixonada por homens. Em barba, em palavras pesadas ditas no momento certo. Em súplicas masculinas com voz grave. Em homens! Homens como o meu pai, e homens como o Luiz.

— Ele tá aí, não é? — Ele parecia ansioso. — Aquele fodido tava te comendo quando liguei? Porra, eu te ouvi gemendo…!

— Tchau, seu Luiz. Preciso desligar.

— Me deixa te ver de novo! — ele pediu mais uma vez.

Eu engoli devagar, mordi meus lábios e gostei de ouvir ele pedindo. Mas meu coração, ainda era do meu pai.

— Seu Luiz, eu tenho namorado. Não vai dar certo.

Eu desliguei, e quando menos percebi eu comecei a rir de um jeito matreiro. Ele confessou que queria me comer. E era insanamente gostoso ouvir aquilo, daquela forma. E o melhor de tudo, meu pai ia fazer isso no lugar dele.

No que eu estava me transformando? Simplesmente me dei conta, que as barreiras sexuais da minha cabeça, podiam me dar prazer além do que eu tinha de realismo para viver. Eu tive um orgasmo na cadeira, pensando nas mãos de um homem que nunca toquei. E toda a minha conclusão, era que meu pai precisava chegar logo.

Eu tinha entendido, pela primeira vez, o que era uma carga de cunho sexual. Um acúmulo de desejo. Quantas vezes alguém não se encontrou com alguém, teve seu âmbito sexual ativado e não pôde fazer nada? Uma situação, uma pessoa. Uma zona de trabalho, negócios, comércios… O tesão ficou guardado para um banho, um quarto, sua esposa, seu namorado.

O que eu posso dizer vai assustar muitas pessoas, mas é real. Nos casamos e vivemos para um só, mas o nosso gatilho sexual não é único. Talvez você já deve ter transado com seu namorado, pensando naquele amigo, naquele parente, naquele lugar, naquela pessoa que conheceu por alguns segundos…

E naquela noite, tomei meu banho, vesti somente uma blusinha fina e deitei na cama do meu pai. Ele ia chegar de madrugada, e eu tinha uma carga sexual, provocada pelo pai da Larissa, dentro de mim. Eu queria fazer sexo. Eu precisava fazer sexo, ao menos para aliviar meus pensamentos.

VOU CORTAR O CONTO AQUI PARA NÃO FICAR MAIOR DO QUE JÁ ESTÁ. ESPERO VÊ-LOS NA CONTINUIDADE. EU NÃO QUERO MENCIONAR EM COMO DESCREVER ESSA TRANSFORMAÇÃO É BOM PARA MINHA CABEÇA, ENTÃO ME DESCULPE OS DETALHES. EU REALMENTE TENTO RESUMIR MUITAS COISAS. ATÉ A PRÓXIMA!

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Comentários (9)

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  • Henrique: Muito lindo seu conto, feliz por vc e seu pai espero que continue louco para ler outra parte

    Responder↴ • uid:mnjaxlya6n2
  • Milico_Sgc: Esse conto é perfeito, acompanhando todos os capítulos

    Responder↴ • uid:1d4gmltylc0r
  • Leitor de amor: Conto muito bem, nunca li algo tão bom aqui. Envolve muita emoção, não pula direto pra ação, mas diz o contexto dos eventos que se segue. Todavia quando for falar do sexo, tenta descrever um pouco mais os detalhes, suas sensações. O seu conto já está ótimo.

    Responder↴ • uid:ona09kum9c
  • Pensar não dói.: Não há dúvida: esta é a melhor sequência de contos deste site.

    Responder↴ • uid:6suhf7lxic
    • Putinha: Tem tele ou Zan gi

      • uid:1daic2bc43
  • Nathy: Eu não tive nada com meu pai, nem teria. Mas me identifico aqui, nessa parte... Eu sempre tive atração por homens mais velhos.

    Responder↴ • uid:gsua3kt0j
  • Papacu: Bom de verdade! E explica muita coisa, de verdade!!!

    Responder↴ • uid:yb0tbkv4
  • Futchamp: Relação de pais e filhos são as melhores, queria achar alguém que pegue a mãe , ou tem vontade, tele futchamp123

    Responder↴ • uid:1dai1nuqrc
  • Angg: Cara esse conto e muito bom.

    Responder↴ • uid:beml0ta5d4