Desabafo

O COMEÇO DE TUDO
Este é um desabafo, uma ferida aberta que carrego no peito, uma história que realmente aconteceu…
Quando Luiza conseguiu o emprego, nossa casa se encheu de esperança. Era um cargo em uma autarquia federal, com salário robusto, estabilidade e promessas de um futuro tranquilo. Para nossa família, era a realização de um sonho. Mas, logo após a contratação, vieram as viagens. A primeira missão a levou para uma cidadezinha isolada no interior do Amazonas, a 1.500 km de casa, onde passaria três meses coordenando um projeto em uma comunidade ribeirinha. Eu, Luiz, apoiei com todo o coração, sem imaginar o que aquele lugar nos custaria.
Nas primeiras semanas, conversávamos diariamente. Luiza me contava sobre o trabalho, os colegas, a rotina. Eram seis pessoas na equipe: quatro mulheres, incluindo ela, e dois homens. Hospedavam-se em um alojamento modesto, com quartos individuais, mas paredes finas que deixavam escapar qualquer som. A única distração era um barzinho precário onde jantavam. Após um mês, duas colegas pediram transferência, alegando dificuldades com o isolamento. Luiza ficou com outra mulher, Sofia, e os dois homens: Carlos, um coroa de 55 anos, experiente e carismático, e Lucas, um jovem de 28, atlético e falante. Continuei apoiando, mas algo mudou. Nossas ligações rarearam, ela falava pouco, e à noite seu celular estava sempre desligado. Um vazio começou a crescer em mim.
A esperança voltou quando Luiza veio passar um feriado de quatro dias em casa. Mas ela estava diferente. Evitava meu olhar, focava nas crianças e, no quarto, parecia distante. Insisti para fazer amor, e algo me chocou. Sua buceta, antes apertada e perfeita, estava mais “frouxa”. Ela se entregou, mas com uma intensidade nova, quase animalesca. Quando se posicionou de quatro, pedindo que eu metesse fundo no seu cu, meu sangue gelou. Estava claro que outro havia passado por ali. Ainda assim, ela estava irresistível, e gozei como nunca, mas com o coração apertado.
No dia seguinte, notei seus joelhos marcados, como se tivesse se ajoelhado por horas. Seus pés, aqueles pezinhos 36 que sempre me enlouqueceram — solinhas carnudas, enrugadas, tão sensíveis que ela mal aguentava cócegas —, estavam vermelhos, com as bordas endurecidas, como se tivesse andado descalça em terreno áspero. Tentei sondar sobre o trabalho, e ela disse que Carlos e Lucas eram “ótimos colegas”, mas que Sofia era reservada. À noite, fizemos amor novamente, e ela pediu algo inusitado: que eu chupasse seus pés antes de metê-la. Enquanto lambia suas solinhas, sentindo o sabor salgado e o relevo enrugado, ela gemeu alto, pedindo que eu mordesse os calcanhares. Depois, quis que a penetrasse enquanto segurava seus pés contra meu rosto. Gozei intensamente, mas a suspeita de que ela estava sendo comida por outro me corroía.
Levei-a ao aeroporto, nos despedimos com um beijo, e voltei para casa com um peso na alma. Decidi investigar. Após várias tentativas, consegui acessar sua conta de e-mail e encontrei mensagens de Sofia. Fingindo ser Luiza, escrevi: “Como tá por aí?” Sofia respondeu: “Você tá continuando com aquilo, né?”
Eu, confuso, perguntei: “Aquilo o quê?”
Ela disse: “Para de fingir, Luiza. Tô sabendo que você tá dando pro Carlos. E o Lucas também tá na jogada.”
Meu mundo ruiu. Respondi, atordoado: “Não sei do que tá falando.”
Sofia escreveu: “Menina, para com isso. Vai arruinar seu casamento. O pau do Carlos é um monstro, mas não vale sua vida. Eu pedi transferência por causa disso. O Lucas também tava me cercando.” Ela ainda revelou que, no começo, era só para “passar o tempo” naquele fim de mundo, mas que Luiza tinha virado “o brinquedo deles”. Meu coração estava em pedaços. O projeto era uma fachada para uma orgia, e minha mulher era o centro.