#Coroa #Grupal #Incesto

Uma noite em Palmas

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Lara

Há histórias que nos fazem questionar quem realmente somos. Histórias que exploram os limites do desejo, da culpa e da entrega. Esta é uma delas.

Tudo começou com uma carta. Uma carta cheia de segredos, revelada por acaso. Foi Camila quem me mostrou – ela, com aquele sorriso travesso e os olhos brilhando de curiosidade. "Isso vai te inspirar," disse ela, entregando-me as páginas escritas por uma tal Malu (troquei os nomes). E ela estava certa. Aquelas palavras ficaram gravadas em minha mente, e eu sabia que precisava transformá-las em algo maior. Algo que capturasse toda a intensidade daquela noite. Camila conta que foi uma carta escrita nos anos 90 para sua mãe, quando ela, Camila, devia ter uns 10 anos.
Reproduzo abaixo a carta. Acho que nada melhor que isso para dar conta do que teria ocorrido numa certa noite em Palmas, Tocantins

Querida Zélia,

Escrevo para te contar algo que aconteceu aqui comigo que me fez questionar muitas das coisas sobre as quais já conversamos. Você sabe como foi nossa vinda para o Tocantins. Foi uma luta, e vim para cá justamente para salvar meu casamento. Eu não aguentava mais viver no corre-corre de São Paulo, e vir pra cá fez o Joel realmente se dedicar à nossa vida de casado. Eu sei que ele dá seus pulinhos, mas... bem, a gente sabe, né? Você sabe o que já te contei.

Mas aconteceu algo na semana passada que me deixou meio baratinada. E quando digo baratinada, é porque estou tentando entender como me sinto sobre tudo isso. É uma mistura de culpa, desejo e curiosidade – sentimentos que eu nunca imaginei sentir tão intensamente. Vou tentar te contar tudo do começo.

Tudo começou quando Jessica chegou em casa aos prantos. Minha filha, que sempre foi tão forte e independente, parecia uma criança perdida. Ela estava inconsolável, balbuciando entre soluços que havia descoberto sobre a despedida de solteiro de Cauã, seu noivo. O casamento deles seria no próximo sábado, e ela soube, por amigos em comum, que a festa poderia ser... bem, algo mais do que uma simples comemoração.

"Uma orgia, mãe!" Ela gritou, enxugando as lágrimas com as costas da mão. "O que eu faço? Como posso confiar nele depois disso?"

Meu coração disparou. Eu sabia que Cauã não era perfeito – quem é? –, mas jamais imaginei que ele pudesse se envolver em algo tão vulgar. Pior ainda: logo veio à tona que meu marido, Joel, e meu filho, Jaime, também estavam envolvidos. Não havia nenhum dos dois em casa quando ligamos, e nossas suspeitas foram confirmadas por mensagens cifradas no celular de Jessica. Eles tinham ido à tal festa.

Foi então que tomei uma decisão impulsiva. Não sei se foi raiva, curiosidade ou pura indignação, mas disse a Jessica: "Vamos lá ver com nossos próprios olhos."

Ela hesitou, mas acabou concordando. Talvez quisesse confrontá-lo, talvez quisesse entender. Partimos juntas para o endereço que conseguimos arrancar de um amigo relutante. Era uma mansão afastada, nos arredores de Palmas, cercada por muros altos e iluminada apenas por tochas tremeluzentes.

Ao chegarmos, fomos recebidas por um homem vestido de preto, que nos entregou capas e máscaras sem dizer uma palavra. Parecia que todos ali seguiam o mesmo código silencioso. Entramos no salão principal, onde reinava uma penumbra sedutora, interrompida apenas por velas espalhadas pelas mesas e lustres baixos. Havia pessoas mascaradas por toda parte, movendo-se como sombras.

No centro do salão, preso a uma cadeira, estava Cauã. Nu, amarrado, vulnerável. Ele parecia confuso, excitado e assustado ao mesmo tempo. À sua volta, mulheres igualmente nuas circulavam lentamente, tocando-o com mãos delicadas, roçando seus corpos contra o dele. Algumas se ajoelhavam, chupando seu membro já ereto, enquanto outras sussurravam palavras provocantes em seus ouvidos.

"Vai se acostumando, Cauã," disse um homem alto, que parecia ser o mestre de cerimônias. Sua voz ecoava pelo salão. "A vida de casado vai ser assim: um monte de mulher que você não vai poder comer... a não ser que consiga se desamarrar."

Eu senti meu corpo reagir antes mesmo que minha mente pudesse processar o que estava acontecendo. Meu coração batia acelerado, e uma onda de calor percorreu minhas veias. Ao meu lado, Jessica estava paralisada, observando tudo com os olhos arregalados. Vi nela a mesma mistura de choque e fascinação que eu tentava esconder.

Cauã lutava contra as cordas, determinado a escapar. As mulheres redobraram seus esforços, lambendo, beijando, provocando até que, finalmente, ele conseguiu se libertar. Foi como se um interruptor fosse acionado. Ele agarrou uma das mulheres e a puxou para si, penetrando-a com fúria enquanto os outros espectadores aplaudiam.

Foi a senha para o caos. O salão mergulhou em uma atmosfera de luxúria desenfreada. Corpos se entrelaçavam, gemidos abafados enchiam o ar. No meio daquela meia-luz, senti mãos desconhecidas deslizando sob minha capa, puxando-me para um canto escuro. Um homem mascarado me tomou ali mesmo, rápido e intenso. Não resisti. Não quis resistir.

Logo outro homem se aproximou, posicionando-se atrás de mim. Ele me penetrou com força, enquanto o primeiro continuava a me possuir. Meu corpo respondia a cada movimento, e eu me entreguei ao prazer sem pensar nas consequências. Enquanto isso, vi Jessica sendo levada por dois homens para uma mesa próxima. Eles a inclinaram sobre a madeira polida, penetrando-a por trás e pela frente. Ela gemia baixinho, seus olhos fechados, completamente entregue.

Quando tudo terminou, voltamos para casa em silêncio. Não houve discussões, não houve explicações. Apenas o peso do que tínhamos visto – e vivido.

O casamento de Jessica aconteceu no sábado seguinte, como planejado. Cauã estava radiante, e minha filha parecia feliz – pelo menos na superfície. Mas durante a festa, notei alguns olhares trocados entre eles, algo que não conseguia decifrar. Mais tarde, Jessica me confessou, timidamente, que tinha fantasias sobre repetir a dinâmica daquela noite – com dois homens. Fiquei chocada, mas também intrigada. Será que aquela experiência despertou algo nela? Ou será que sempre esteve lá, adormecido? E eu também.... Eu até que repetiria, mas nem sei como fazer.

Hoje, dias depois, ainda me pergunto: quem eram aqueles homens? Poderia ter sido Joel, meu marido, ou Jaime, meu filho? A ideia de ter sido possuída por um deles me enche de culpa e excitação ao mesmo tempo. E Jessica? Será que ela também pensa nisso?

Admito para você, Zélia, que adoraria fingir que aquela noite foi apenas um pesadelo, algo que quero esquecer. Mas a verdade é que eu adorei. Adorei sentir o calor de corpos desconhecidos, a entrega absoluta, a perda de controle. E isso me assusta. Como posso reconciliar essa versão de mim mesma com a mulher que sempre achei que fosse?

Talvez nunca encontre respostas. Talvez essa seja a parte mais difícil de tudo isso: aceitar que somos feitos de contradições, de desejos que nem sempre entendemos.

Com carinho (e muitas dúvidas),
Malu

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Comentários (1)

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  • Saudoso: Bom conto, excitante e bem escrito.

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