Entre Muros e Segredos cap 26
Amor de verdade é quando você apoia o outro no momento em que percebe a sua fraqueza.
O advogado entrou e esperou Silveira se aproximar. Os dois se sentaram no banco da mesa da cozinha, que Pedro já havia limpado. Então, o advogado explicou a eles que, por ser muito antigo e de propriedade da família Silveira, o prédio também era considerado um patrimônio histórico da cidade e do estado. Ele acrescentou que qualquer mudança, principalmente na arquitetura, precisaria passar primeiro pela Secretaria de Estado da Cultura e pela Secretaria de Urbanismo do município, a fim de evitar o risco de multas.
Silveira realmente não pretendia modificar a estrutura do prédio, apenas modernizar as instalações. No entanto, ele achava que apenas a autorização do CREA seria necessária, e isso poderia ser um problema caso fossem autuados.
— Pai, o arquiteto não lhe passou essas informações? — perguntou Pedro.
— Olha, essa parte de autorizações e documentos ficou sob responsabilidade do Breno. Eu deveria apenas supervisionar e dar apoio ao andamento da reforma.
— Então, Silveira, nada disso me foi repassado. Existe o risco de você receber uma multa por modificar um patrimônio tombado — alertou o advogado.
— Mas eu nem sabia que esse casarão, que sempre pertenceu à minha família, era tombado! — exclamou Silveira.
— Aqui estão os documentos do seu falecido pai, onde o estado e o município reconhecem a importância histórica do prédio — explicou o advogado, mostrando a papelada.
— É, pai, é verdade... O prédio é mesmo tombado — disse Pedro, com um ar de preocupação.
Todos se despediram, e Pedro ficou com seu pai para decidir o que fazer diante da situação. Era pouco mais de três horas da tarde. Ele observou a obra por um momento e decidiu subir para ver como estava Igor.
Ao chegar ao quarto, viu que seu companheiro estava no banho. Pedro trancou a porta, entrou no banheiro e encontrou Igor já ensaboado. O ex-garoto abriu os olhos e viu Pedro à sua frente.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou Igor.
— Está muito calor, e eu decidi tomar banho com meu namorado — respondeu Pedro, sorrindo.
— Acho que gosto dessa ideia... — disse Igor, também sorrindo.
Então sem perca de tempo Pedro afasta a espuma de sabão do rosto do garoto e começa a beija-lo, era um beijo muito apaixonado e gostoso, Igor adorava banhar ouvindo música e nesse momento de sua playlist estava tocando a música “ Angel baby” sua canção favorita, do cantor Troye Sivan, e naquele clima erótico/romântico Igor começou a apertar a bunda de Pedro, e Pedro retribua apertado a dele também, após o beijo os dois se olham com profundidade, então Igor fica de joelhos pega no membro de Pedro e começa a punhetar, e Pedro fecha os olhos curtindo a mão amiga, então Igor coloca na boca e começa a chupar, seu companheiro se surpreende e morde os lábios, então o rapaz coloca a mão na cabeça de Igor e começa a controlar a chupada, que estava sendo muito prazerosa para ambos, porém Pedro segura a cabeça de Igor antes que ele acabe gozando, então o ex-garoto se levanta, Pedro o abraça pelas costas, seu pau estava bastante babado devido ao tesão, Igor coloca a mão para trás e encaixa o pênis de seu companheiro na sua bunda, e enquanto Pedro vai cheirando o pescoço de Igor, Pedro começa empurrando aos poucos seu pênis, e Igor também vai empurrando a bunda para trás no pau do seu companheiro, que vai entrando, lubrificado apenas pela babinha que saiu do pênis de Pedro e pelo sabão no corpo de Igor, quando já estava todo dentro ele fala no ouvido de Igor “te amo” e Igor responde “também”, e então ele começa a socar devagar, enquanto isso a mão de Pedro pega o pau de Igor que estava duro e babando muito, Igor se ajeita coloca as uma das mãos na parede com cuidado já que seu outro braço ainda estava engessado, ficando um pouco mais empinando, Pedro então coloca as duas mãos na cintura de Igor e começa meter com força, o pênis grande e grosso de Pedro estava levando Igor ao prazer extremo, então sem se tocar o ex-garoto goza e Pedro goza no mesmo momento, Igor ficou de pernas bambas, e Pedro muito satisfeito, foi um dos melhores sexos que ele já tinha feito na vida e Igor também, os rapazes terminam seu banho e saem do banheiro, Igor observa que seu companheiro estava meio pensativo, distante.
— O que foi, Pedro? Se arrependeu do sexo?
— Claro que não! De onde você tirou isso?
— É que, do nada, você ficou estranho.
Pedro então virou-se para Igor e contou o que o advogado da sua família havia falado. Igor ouviu tudo atentamente enquanto enxugava o cabelo com a toalha. Enquanto Pedro falava, Igor também secava o cabelo do namorado. Quando Pedro terminou, ficou olhando para ele, até que Igor disse:
— Mas por que essa neurose justo agora?
— Como eu te disse, corremos o risco de levar uma multa por modificação no casarão.
— De forma nenhuma, Pedro. Isso não vai acontecer.
— Como não, Igor? O advogado da minha família mostrou um documento que comprova que o prédio é patrimônio do estado e do município.
— Não vai acontecer porque meu pai, antes de iniciar a obra, requereu a licença junto aos órgãos responsáveis.
— Como assim? Mas a gente não sabia disso — disse Pedro, surpreso.
— Esse negócio de hotel, pousada... A família do meu pai trabalha com isso há muito tempo. Tudo começou há quase cinco gerações, quando minha escancha avó, depois que todos os filhos casaram e saíram de casa, resolveu alugar os quartos para ajudar na renda. Assim nasceu nossa primeira pensão... e o resto é história.
Pedro deu uma risada porque achou engraçado o termo "escancha avó" usado por Igor. Ele era, de fato, cheio de bom humor, assim como sua avó materna. Então, Igor continuou:
— Olha, esses documentos que o advogado de vocês, por algum motivo, não tem, fui eu mesmo quem deu entrada junto com meu pai, antes mesmo de a gente vir morar aqui no casarão.
— Então não tem risco de multa! Graças a Deus! Vou ligar para o meu pai e avisar.
— Não precisa. Se houvesse risco de multa, ela já teria sido expedida no início da obra, não agora, quando já está quase na metade.
— Como é um órgão público, pensei que só estivesse demorando mesmo.
— Eles só demoram quando a obra é deles mesmos, tipo prefeitura que precisa de licença do estado, ou o contrário. Agora, quando é obra de terceiros, são rápidos como uma raposa para multar, embargar e parar tudo.
Pedro sentiu um forte alívio ao saber que estava tudo certo. Ele ligou para sua casa e contou ao pai, que também ficou tranquilo e informou o advogado. Algum tempo depois, o advogado confirmou que toda a documentação estava em dia e que as licenças realmente haviam sido emitidas pelos órgãos públicos. Assim, nada mais impediria a conclusão da obra.
No dia seguinte, Igor saiu cedo para fazer um trabalho de faculdade com seus colegas, mas acabou esquecendo o celular em cima da cama. Por volta das nove da manhã, sua avó ligou, e Pedro atendeu. Durante a conversa, dona Carmem contou que a mãe de Igor estava passando muito mal e precisava ser levada ao médico.
Pedro tentou tranquilizá-la:
— Fique tranquila, dona Carmem. Já estou indo buscá-la para levá-la ao médico.
Ele avisou seu pai sobre a situação e saiu imediatamente rumo à casa da avó de Igor. Chegando lá, levou Alessandra ao hospital, onde os médicos decidiram interná-la para estabilizar sua saúde.
A médica responsável pelo caso chegou e assumiu os cuidados. A situação era grave, pois, além do câncer de mama, Alessandra estava grávida, e o bebê não podia correr riscos. Pedro permaneceu na recepção do hospital com dona Carmem, quando, de repente, um número desconhecido ligou.
— Pedro, sou eu Igor.
— Oi Igor.
— Se ainda tiver em casa, tem como embrulhar meu celular e mandar aqui para a casa da tia da Rafa?
— Eu não estou em casa meu amor.
— Então está onde?
— No hospital aqui perto do centro.
— Aconteceu alguma coisa com você? Pergunta Igor preocupado.
— Comigo não, foi com sua mãe, ela passou muito mal e tive que trazer ela para cá as pressas, e ela acabou de ser internada.
Nesse momento a cabeça de Igor gira, ele muda de cor e quase caí, porém é amparado por Rafael que o segura, Pedro fica falando do outro lado chamando por Igor que não responde, então Rafael junto com melissa que estava com eles pegam o celular das mãos de Igor que estava muito assustado e conversam com Pedro, que explica toda a situação, então melissa diz que vai levar Igor até o hospital. Lá chegando o garoto corre e abraça sua avó que o conforta dizendo que vai ficar tudo bem, por volta das dezoito horas a médica vem e trás notícias, diz que a paciente está estável e que não corre nenhum perigo, o que ela teve foi uma forte pressão alta devido a gravidez o que é comum em mulheres que engravidam depois dos trinta anos, afim a mãe de Igor tinha trinta e oito anos, e que a paciente teria que ficar três dias em observação. Então Igor diz a sua avó para ir para casa, pois ele ficaria essa noite com sua mãe.
— Pedro, sou eu, Igor.
— Oi, Igor.
— Se ainda estiver em casa, tem como embrulhar meu celular e mandar para a casa da tia da Rafa?
— Eu não estou em casa, meu amor.
— Então está onde?
— No hospital, aqui perto do centro.
— Aconteceu alguma coisa com você? — perguntou Igor, preocupado.
— Comigo, não. Foi com sua mãe. Ela passou muito mal, e eu tive que trazê-la para cá às pressas. Acabaram de interná-la.
Nesse momento, a cabeça de Igor gira, ele muda de cor e quase cai, mas Rafael o segura a tempo. Pedro continua chamando por ele do outro lado da linha, mas Igor não responde. Então, Rafael, junto com Melissa, que estava com eles, pega o celular das mãos de Igor, que ainda estava muito assustado, e conversa com Pedro. Ele explica toda a situação, e Melissa decide levar Igor ao hospital.
Assim que chegam, Igor corre e abraça sua avó, que tenta confortá-lo, dizendo que tudo ficará bem. Por volta das dezoito horas, a médica aparece com notícias.
— A paciente está estável e não corre perigo. O que ela teve foi um pico de pressão alta devido à gravidez, algo comum em mulheres que engravidam após os trinta anos.
Afinal, a mãe de Igor tinha trinta e oito anos. A médica explica que ela precisará ficar em observação por três dias.
— Vó, pode ir para casa. Eu vou ficar aqui com a mamãe. Pedro, você pode levar minha avó?
— A Melissa vai levar vocês — respondeu Pedro. — Você, sua avó e seu amigo.
— Não, Pedro. Eu vou ficar — insistiu Igor.
— Vamos conversar um pouco lá fora.
Os dois saem do hospital para conversar.
— Pedro, é minha mãe. Eu preciso ficar com ela.
— Eu concordo com você. É sua mãe, e é sua obrigação cuidar dela agora.
— Então por que você está me dizendo para ir embora com sua irmã?
— Simples: porque hoje você não tem condições de ficar com ela. Olha só para você... Está nervoso, tremendo. Vai para casa, relaxa, dorme e amanhã você volta. Eu fico aqui com ela no seu lugar.
— Sério, Pedro? Obrigado, mas eu não quero deixá-la.
— Eu sei. Mas se você aparecer assim, chorando e nervoso, perto dela, vai acabar preocupando-a ainda mais. Isso pode agravar a situação. Você precisa estar forte na frente dela para que ela se sinta segura.
Igor abraça Pedro, entendendo que ele tem razão. Ali, de pé, os dois se beijam. Rafael, que estranhou a demora deles, foi ver o que estava acontecendo. Ao se deparar com os dois se beijando, colocou a mão na boca e voltou sem interromper ninguém, apenas em êxtase pelo babado que Igor nunca lhe contou.
O ex-garoto voltou para casa, enquanto Pedro ficou no hospital.
Pedro caminhou pelo corredor do hospital até o quarto onde Alessandra estava internada. A luz fraca e o cheiro característico do ambiente médico tornavam o espaço um pouco frio, mas, ao ver a mãe de Igor deitada, ele sentiu um calor familiar no peito.
Ela estava acordada, apoiada sobre travesseiros, e virou a cabeça assim que Pedro entrou.
— Pedro? Que surpresa… Cadê o Igor?
Ele sorriu, puxando uma cadeira para se sentar ao lado da cama.
— Eu mandei ele para casa. Ele estava muito nervoso, achei melhor que descansasse. Então, hoje à noite, eu fico aqui com você.
Alessandra arqueou as sobrancelhas, surpresa.
— Você o convenceu a ir para casa? Isso é um feito! Ele sempre quer bancar o forte, mas no fundo é um menino sensível.
Pedro sorriu.
— Eu percebi. Ele se preocupa muito com você.
Alessandra suspirou, relaxando um pouco.
— Que bom que ele tem alguém como você ao lado dele… Digo, vocês são muito amigos, né?
Pedro hesitou por um segundo e, então, decidiu que aquele era o momento certo. Ele pegou na mão de Alessandra e sorriu.
— Na verdade… Eu e o Igor estamos namorando.
Os olhos dela brilharam de surpresa e emoção.
— Mesmo? Ah, Pedro, que alegria!
Ela apertou a mão dele com carinho.
— Eu sempre quis que meu filho encontrasse alguém que realmente o amasse e cuidasse dele. E eu sei que você é essa pessoa.
Pedro sentiu um alívio gostoso no peito. Ele nem sabia que estava nervoso até ouvir aquelas palavras.
— Obrigado, Alessandra. Significa muito para mim.
Ela sorriu, e os dois passaram um tempo conversando, enquanto o hospital aos poucos mergulhava no silêncio da noite.
Enquanto isso, Melissa dirigia o carro, levando Igor, Rafael e dona Carmem para casa. O clima estava tranquilo até que Rafael, sentado no banco de trás, pigarreou e lançou um olhar sugestivo para Igor pelo retrovisor.
— Então… — começou ele, com um sorrisinho maroto.
— Então, o quê? — Igor respondeu, desconfiado.
— Eu vi. — Rafael disse simplesmente.
Igor franziu a testa.
— Viu o quê?
— Você e o Pedro. Se beijando. Na porta do hospital.
Melissa arregalou os olhos e soltou um gritinho animado.
— O QUÊ?! Como assim?!
Igor ficou vermelho na hora, afundando-se no banco do carro.
— Rafael, seu fofoqueiro!
Rafael começou a rir e deu um tapinha no ombro de Igor.
— Eu sabia! Eu sempre soube! Meu Deus, Igor, por que não me contou?!
— Porque eu sabia que você ia fazer exatamente isso! — Igor resmungou, cobrindo o rosto com as mãos.
— Ah, meu amor, agora é tarde! — Melissa provocou. — Então quer dizer que o Pedro é mesmo seu namorado? Meu Deus, eu shippo muito!
— Nem vem Mel você já sabia.
— Até que enfim esse moleque assumiu seu macho, diz dona Carmem que ria.
Rafael ria junto, se divertindo com a reação de Igor.
— Eu só digo que foi uma bela cena. Bem romântico.
Igor suspirou, derrotado.
— Ótimo… Agora nunca mais vou ouvir o fim disso.
Melissa sorriu de orelha a orelha.
— Acostume-se, maninho. Agora você é oficialmente o namorado do Pedro.
E, apesar da vergonha, Igor sorriu de canto. No fundo, ele estava feliz.
Melissa parou o carro em frente à casa de dona Carmem, que suspirou e sorriu para o neto antes de sair.
— Obrigada por me trazer, meus queridos. Agora vão descansar, e amanhã visitamos Alessandra de novo.
Igor desceu rapidamente para ajudá-la com a bolsa e dar um beijo carinhoso em sua testa.
— Boa noite, vó. Fica tranquila, tá?
— Boa noite, meu amor. E parabéns pelo namoro — ela piscou, cúmplice, antes de entrar em casa.
Igor suspirou e voltou para o carro, já sabendo que Rafael e Melissa não iam deixar o assunto morrer tão cedo. Assim que ele fechou a porta, Rafael se virou no banco traseiro com um sorriso travesso.
— Agora que a vó saiu, podemos falar sério!
Melissa riu.
— Sim, sim! Rafa quer detalhes! Eu também quero! Como começou esse romance, hein, Igor?
Igor revirou os olhos, cruzando os braços.
— Ah, gente…
— Sem essa! — Rafael insistiu. — Quero saber tudo! Quem tomou a iniciativa? Teve declaração? Quem deu o primeiro beijo?
Melissa fingiu estar indignada.
— Meu Deus, eu sou irmã dele e nem sei esses detalhes disso antes do Rafa! Isso é um absurdo!
Igor suspirou e afundou no banco.
— Depois eu conto, tá bom?
Rafael e Melissa se entreolharam e falaram juntos:
— NÃO!
Igor riu e balançou a cabeça.
— Vocês são insuportáveis!
— Mas você ama a gente — Melissa disse, sorrindo.
Igor bufou, mas não conseguiu esconder o pequeno sorriso no canto da boca.
Já era noite quando Pedro, sentado na poltrona ao lado do leito de Alessandra, ouviu passos no corredor. Logo depois, sua mãe, Paula, apareceu na porta segurando uma sacola com potes contendo comida.
— Olha quem! Eu trouxe um jantar decente!
Pedro sorriu e se levantou.
— Mãe! O que você tá fazendo aqui?
— Achei que você fosse gostar de uma comida de verdade — ela respondeu, entregando a sacola a ele. — Além disso, queria ver minha amiga.
Alessandra sorriu ao ver Paula entrar.
— Ah, Paula! Que bom te ver.
Paula se aproximou e segurou a mão dela com carinho.
— Como você está, minha querida? Pedro me contou que foi um susto e tanto.
Alessandra suspirou.
— Foi sim, mas já estou melhor. Obrigada por vir.
Paula sorriu e olhou para Pedro, que já abria o recipiente de comida com um sorriso satisfeito.
— Ele vai ficar bem alimentado, pelo menos — Alessandra brincou.
Pedro riu.
— A senhora sempre sabe o que eu preciso.
Paula olhou para o filho com carinho e depois voltou-se para Alessandra.
— Se precisar de qualquer coisa, me avise, tá bom? Não está sozinha nessa.
Alessandra apertou a mão dela, emocionada.
— Obrigada, Paula. Isso significa muito.
A noite seguiu com uma conversa leve e confortante entre as duas mulheres, enquanto Pedro finalmente matava a fome e sentia-se feliz por ver sua mãe ali, apoiando não só a ele, mas também a família de Igor.
Continua.....
Próximo capitulo na quarta feira.
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