{O Condomínio} Seu Jairo
O último capítulo é dedicado a revelar a história de Seu Jairo. Do surgimento do seu gosto por garotinhas e suas calcinhas a fundação de O Condomínio.
{O conto está ficando muito extenso, para não ficar cansativo, irei dividi-lo em partes}
As peças de dama deslizavam sobre o tabuleiro surrado, cada movimento ecoando como um tique-taque no silêncio opressivo da cela. A madeira gasta rangia sob os dedos calejados de Seu Jair, que empurrava uma peça preta com movimentos calculados, quase mecânicos. Seus olhos fundos, marcados por décadas de histórias não contidas, mal piscavam sob a luz mortiça da lâmpada fluorescente que piscava irregularmente.
Do outro lado, Paulo tamborilava os dedos no joelho magro, os olhos escuros fixos no tabuleiro, mas a mente claramente em outro lugar. A cela era um cubículo de concreto úmido, o ar impregnado do cheiro de suor envelhecido, cimento mofado e o ranço ácido de desinfetante barato. Os murmúrios distantes de outros presos e o eco metálico dos passos dos guardas nos corredores formavam o cenário sonoro daquela noite.
Jogar damas sempre fora o passatempo favorito de Seu Jair. Mas, naquela noite, suas mãos tremiam levemente, sua atenção dispersa. O juiz já batera o martelo — idade avançada, bom comportamento e já ter cumprido um terço da pena — era questão de horas até conseguir sua liberdade condicional.
Toda vez que um guarda passava pelo corredor, seu coração acelerava, as veias do pescoço saltando sob a pele enrugada. "Qualquer momento agora", pensou.
Paulo sorriu ao concluir uma jogada astuta, bloqueando a peça preta de Jair com um movimento certeiro.
— Quero ver como você sai dessa — disse, orgulhoso.
Seu Jair suspirou, movendo outra peça sem entusiasmo.
— O que eu quero mesmo é sair daqui.
Paulo riu baixo, um som rouco que ecoou nas paredes frias.
— Não acredito que vai mesmo embora sem me contar sua história. Tanto tempo juntos e você nunca abriu o bico.
Empurrou outra peça branca, cercando as pretas. Seu Jair ajeitou os óculos tortos no nariz, respirou fundo. Aquela não era a primeira vez que ouvia aquele pedido. Sempre fora bom em guardar segredos.
— É uma história complicada. Nem sei por onde começar.
Paulo deu de ombros, um sorriso de canto nos lábios.
— Começa do começo, ué. Não é como se eu tivesse outro compromisso.
Jair hesitou. Mas então lembrou-se: lá fora, o irmão de Paulo o ajudaria a recomeçar. Uma nova vida, um novo emprego e até uma nova identidade: Jairo. E Paulo, ali dentro, fora mais que um companheiro de cela — fora um amigo.
O velho coçou o queixo, a barba por fazer arranhando seus dedos. Seus olhos percorreram o tabuleiro como se buscassem respostas ali.
— Tá bom… Mas guarda só pra você.
Paulo se ajeitou no colchão fino, os olhos brilhando como os de uma criança prestes a ouvir um conto proibido.
— Palavra de preso.
Seu Jair respirou fundo. Era hora de abrir a porta do passado.
— Minha mãe morreu quando eu tinha quatro anos. Mal tenho lembrança dela. Ficamos só meu pai e eu. Ele era pedreiro, homem da roça, rústico. Não tinha jeito com criança. Como não tinha quem cuidasse de mim, me levava pras obras. Cresci no meio de homens.
Ele fez uma pausa, os olhos perdidos em algum lugar distante. Paulo não interrompeu.
— Anos se passaram. Eu devia ter uns 7 ou 8 quando meu pai começou a namorar. Parece que finalmente superou o luto e quis arriscar novos relacionamentos.
— Aí, finalmente, você teve contato com uma mulher! — Paulo cutucou, os olhos estreitando.
— Pois é. Até gostei no início. Eles saíam, e eu ia junto. Mas depois, meu pai começou a trazê-la pra casa. E sempre que ela vinha, ele me mandava dormir cedo.
Paulo soltou uma risada abafada.
— Claro. Ele não queria você vendo certas coisas.
Jair não sorriu. Apenas continuou, a voz mais grave.
— Mas o relacionamento não durou. Depois dela, vieram várias. Meu pai virou um mulherengo. Quando eu tinha uns 9 ou 10 anos, surgiu uma diferente das demais: Michele.
O nome saiu como um cuspe.
— Ela era a mulher mais safada que meu pai já trouxe. Agarrava ele na sala, mesmo comigo ali. Meu pai me mandava dormir, mas ela dizia que eu já era grandinho, que era bom eu ver certas coisas pra não virar viado. Meu pai, que não entendia nada de criação, acreditou.
— Eita! Agora a história ficou interessante. E aí?— Paulo inclinou-se para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos.
— Ela sentou no colo do meu pai e arrancou a camisa e o sutiã. Foi a primeira vez que vi peitos ao vivo, até então era só por fotos de revista. Meu pai olhava pra mim, sem graça. Mas ela não ligava. Quase enfiou o peito na boca dele.
Paulo ouvia, a expressão dividida entre espanto e fascínio. Jair prosseguiu.
— Depois, empurrou meu pai no sofá. Com ele deitado, puxou as roupas dele. Eu já tinha visto meu pai pelado em casa, mas nunca o pau dele daquele jeito… duro, enorme. A Michele parecia se divertir em fazer aquilo na minha frente. Tirou a calça e a calcinha. E então eu vi a buceta dela.
Paulo assobiou, os olhos arregalados.
— Já tinha visto alguma antes?
— Só em revistas que meu pai escondia. Mas, pessoalmente, foi a primeira… Ela era raspada, mas os pelinhos já estavam crescendo novamente. Dava pra ver a rachinha, o grelo saliente…
— E aí?
— Ela montou nele. E ele meteu nela, tudo na minha frente!
— Porra! Você gostou de ver?
— Meu pau ficou duro. Mas eu estava mais envergonhado do que excitado.
— É normal. Você era só um menino.
— Pra Michele, isso não era um problema. Nos outros encontros, ela até me pôs na brincadeira!
— Puta merda, sério?!
— Meu pai estava deitado no sofá, e ela chupando ele. Eu, sentado no outro sofá, tentando assistir TV, mas meus olhos não saíam deles. Até que, em uma dessas, ela me olhou e sorriu. "Tá gostando de olhar, né, safadinho? Quer um pouco?"
— Caralho! Ela era muito galinha!
— Eu virei rápido pra TV, fingindo que não via. Mas ela levantou e veio até mim. Ajoelhou na minha frente, enfiou o dedo no elástico do meu short… Na época, meninos quase não usavam cueca, e meu pau pulou pra fora, duro. Ela fez um carinho, achou "fofo". E depois começou a chupar.
Paulo engoliu em seco.
— E você?
— Senti tudo ao mesmo tempo. Prazer, vergonha, nojo.
— E seu pai?
— Ficou lá, rindo, como se fosse normal. Uma brincadeira.
— E ela parou por aí?
— Nada. Depois sentou no sofá, arreganhou as pernas e pediu pra eu enfiar meu pau nela.
— Puta que pariu!
— Olhei pro meu pai, esperando que ele me tirasse dali. Ele só gesticulou: "Vai". Tentei enfiar, mas não consegui. Tava nervoso, meu pinto não ficou duro o suficiente. Ela pegou meu pau e tentou colocar dentro. Não deu certo. Aí ela disse: "Se com o peruzinho não dá, vai ter que usar a língua". Empurrou minha cara contra a virilha dela e mandou eu lamber.
Paulo soltou um som entre um riso e um grunhido.
— Ela era safada demais! E o que você achou?
— Odiei. Ela estava molhada, aquela baba gosmenta escorrendo. Os pelinhos espetando minha língua…
— Nossa! Pena que seu pai conheceu ela naquela época. Se você fosse mais velho, ia adorar uma madrasta dessas!
— Sei lá. Fiquei com trauma. Nem as revistas do meu pai eu quis mais ver.
— Ter trauma de buceta é foda, hein! Isso passou?
— Em parte. Já namorei, casei, comi muita buceta na vida. Mas, acho que por causa da experiência ruim com a Michele… eu gosto mais das bem novinhas. Lisinhas, delicadas, limpinhas. Nada babando, nada pinicando. Só aquela pele macia e rosinha. Além disso, sou eu que fico no controle, sabe?
Paulo sorriu, um brilho de cumplicidade nos olhos.
— Na minha situação, comeria qualquer uma que aparecesse. Mas você… conseguiu ter acesso a bucetinhas assim, "bem novinhas"?
Jair ficou quieto por um momento, os olhos perdidos no vazio. Três nomes ecoaram em sua mente como um sussurro sujo: Bia. Maria do Socorro. Flávia.
A cela ficou em silêncio. O tabuleiro de damas, esquecido. O passado, agora, respirava entre eles.
BIA
A luz amarelada da lâmpada fluorescente piscava de vez em quando, lançando sombras trêmulas nas paredes de concreto.
Jair respirou fundo antes de continuar, seus dedos calejados tamborilando na borda do tabuleiro.
— Felizmente, o namoro com a Michele não durou. Meses depois, meu pai conheceu uma mulher mais normal. Margarida.
Paulo inclinou-se para frente, interessado.
— Ela já tinha dois filhos. Bia, de nove anos, e Breno, de sete.
Paulo sorriu, um brilho malicioso nos olhos.
— Humm, então a menina era da sua idade?!
— Eu era um pouco mais velho. Um ou dois anos, talvez. — Jair fez uma pausa, os olhos perdidos na memória. — O importante é que Margarida herdara a casa do falecido marido. Só tinha dois quartos, mas os cômodos eram grandes e a casa era ajeitadinha. Meses depois, o namoro estava dando certo, e Margarida nos convidou para morarmos com ela e os filhos.
Paulo disse, sorrindo maliciosamente:
— E você, que só vivia com homens, agora morava com duas mulheres, hein!... Elas eram legais com você?
Jair franziu a testa, como se revivesse cada momento.
— Margarida era mais carinhosa comigo do que meu pai. Fui entendendo o que era ter uma mãe. Já com os filhos dela... era uma relação de amor e ódio. Brigávamos e brincávamos bastante.
— O bom era que ela te tratava como filho, né?
Jair hesitou. Seus dedos se apertaram em volta de uma peça de dama.
— Sim, mas... tinha uma coisa que me incomodava. Como eu era menino, ela me tratava igual ao Breno, como se eu também tivesse sete anos.
— Como assim?
— Por exemplo, quando chegava a hora do banho do Breno, ela me mandava entrar junto. No início, achei normal. Dois garotos, nada demais. Mas o Breno não sabia se ensaboar direito... — Jair fez uma pausa, os dedos contraindo-se sobre a peça de dama que segurava. — Aí, no meio do banho, Margarida entrava para ajudar.
Um tremor percorreu seu corpo ao relembrar.
— Na primeira vez, eu me encolhi todo, cobrindo-me com as mãos. A água escorria quente pelas minhas costas, mas eu tremia como se estivesse gelada. Ela nem sequer olhou na minha direção, ocupada só com o Breno. Eu ficava ali, parado, com um nó na garganta, tentando me fazer invisível.
Seus dedos apertaram a peça com força.
— Me sentia um idiota por ficar parado ali, com as mãos no pinto e a mulher dando a mínima.
Então tentei agir com naturalidade, tentando terminar o banho o mais rápido possível. Mas então ela se virou para mim. Me encarou, eu com o pinto exposto. "E você Jair? Está tudo bem, precisa de alguma ajuda?". O sangue subiu tão rápido que até meus ouvidos queimaram. Abanei a cabeça, mas já era tarde — ela tinha visto tudo.
Paulo soltou uma risada baixa.
— Apesar disso, parece que dessa vez vocês deram sorte. Ela era bem melhor que as outras mulheres que seu pai namorou.
— Sim. Mas continuava me tratando como uma criança pequena. Depois do banho, ela nos levou enrolados na toalha até o quarto. E a Bia estava lá, deitada na cama, desenhando. — Jair cerrou os punhos. — Margarida tirou a toalha do Breno e começou a secá-lo. Eles agiam com naturalidade, como se fosse normal. Só eu fiquei chocado de ver a menina olhando o irmão pelado."
— Isso é normal, cara.
— Pra eles, talvez. Mas eu cresci cercado de homens. Na minha cabeça, mulheres não viam homens pelados e vice-versa, a não ser casais ou pais com filhos. — Jair respirou fundo. — Aí Margarida me viu parado e perguntou: "Jair, quer que eu te enxugue também?" A Bia olhou pra mim e sorriu. Eu me virei e me sequei sem tirar a toalha.
Paulo riu, imaginando a cena.
— E quando foi a vez dela se trocar? Ela também ficou com vergonha?
Jair fez uma cara de indignação.
— Margarida simplesmente mandou o Breno e eu sairmos do quarto pra dar privacidade à filha.
— Errada ela não estava. Já era uma mocinha pra ficar pelada na sua frente.
— Porra, Paulo! Vai ficar babando ovo dela? Eu era mais velho que a Bia! No mínimo, devia ser a mesma regra pra todos!
Paulo ergueu as mãos, rindo.
— Que seja. Mas o que isso tem a ver com você estar preso?
Jair ficou irritado, os olhos escurecendo.
— Você não queria que eu contasse minha história? Então ouça!
Ele respirou fundo, tentando se controlar.
— No sábado, descobri outra tradição daquela família. Margarida dava um banho caprichado nos filhos, juntos. Os meninos chamavam de 'banho especial'. Ela lavava o cabelo deles e esfregava seus corpos com bucha. E eu, como novo integrante da família, tive que participar.
Paulo sorriu, malicioso.
— Então foi sua chance de igualar as coisas com a Bia!
— Nada disso. Só os meninos ficaram pelados. A Bia tomou banho de calcinha! — Jair apertou os lábios. — Enquanto Margarida esfregava o Breno, eu fiquei parado, me cobrindo. A Bia ria da minha vergonha. Depois foi minha vez. Margarida esfregou meu corpo, e eu me protegia como podia. Mas teve momentos que não tinha jeito.
Ele fechou os olhos por um instante, como se revivesse a humilhação.
— Quando ela mandou eu levantar os braços pra esfregar minhas axilas, fiquei com o pinto de fora na frente da Bia. Ela olhava sem disfarçar e ria.
Paulo assobiou baixo.
— Nossa, imagino a vergonha!
— E o pior ainda estava por vir... — Jair engoliu em seco. — Margarida mandou eu esfregar meu pinto e puxar a pele pra lavar a cabeça. Achei estranho, porque meu pai nunca tinha falado disso. Tentei puxar, morrendo de vergonha, mas a pele era apertada demais. Margarida, impaciente, tentou ela mesma.
Paulo arregalou os olhos.
— Ela pegou no seu pau e tentou puxar a pele? Na frente da filha?
Jair assentiu, os nós dos dedos brancos de tanto apertar a peça de dama.
— Pois é. Quase morri de vergonha. Achei muito constrangedor a mulher pegando no meu pinto. E a Bia ainda olhava e ria.
Paulo assobiou novamente, imaginando a cena.
— Ela disse que eu tinha fimose. A Michele tinha falado isso também, mas só então entendi o que significava. Margarida disse pra eu não me preocupar, porque o Breno também teve, e ela conhecia uma pomada que resolveu esse problema no filho.
— Puta merda, já sei onde isso vai dar.
— Pois é. — Jair esfregou o rosto, cansado. — Ainda no banho, ela jogou shampoo no meu cabelo e mandou eu ir esfregando. Aí não teve jeito, tive que ficar com pinto de fora, para o deleite da filha. Depois, foi a vez da Bia. Margarida passava a bucha com tanta força que o corpo da menina ficava vermelho. Na hora de lavar a bucetinha, mandou o Breno e eu nos virarmos de costas. Fiquei puto, mas tive que obedecer.
Paulo riu da raiva de Jair por uma coisa que aconteceu há várias décadas.
— Quando pude me virar, a Bia já estava com a calcinha levantada de novo. Mas era aqui que eu queria chegar.
— Finalmente! — Paulo zombou, erguendo as mãos.
Jair ignorou e continuou, a voz mais baixa agora.
— As calcinhas de criança daquela época não eram estampadas e coloridas como as de hoje. Eram de um algodão branco vagabundo. A calcinha molhada grudou na virilha da Bia, e eu praticamente podia ver a bucetinha dela. Era totalmente diferente da Michele e das mulheres das revistas. Era lisinha, sem pelos, só uma rachinha no meio.
Paulo soltou um som baixo.
— Nossa, fiquei de pau duro só de ouvir.
— O pior é que eu também fiquei na hora. — Jair olhou para o teto, como se buscasse forças. —Senti um tesão tão forte que meu pinto acordou na hora. Parei de esfregar o cabelo e cobri meu pinto às pressas. Margarida mandou eu esfregar a cabeça mais um pouco. Tive que levantar as mãos, e as duas viram minha ereção. A Bia começou a rir, mas a mãe xingou ela. Disse que eu não precisava ter vergonha, que o Breno também ficava assim às vezes, e isso era normal.
Seu Jair fechou os olhos, como se ainda sentisse o peso daquela humilhação.
— Depois de lavar o cabelo da Bia, nós três nos revezamos no chuveiro pra nos enxaguar. Margarida saiu pra buscar nossas toalhas e a pomada. Ficamos sozinhos. Eu não tive coragem de olhar pra Bia. Fiquei parado, olhando pro chão, cobrindo meu pinto com as mãos. Breno foi o primeiro, quando acabou, foi minha vez. Tive que me expor de novo pra tirar o shampoo. A Bia olhou pro meu pinto e disse: "Olha, ficou pequeno de novo". Fiquei super constrangido. Quis responder que podia ver a perereca dela através da calcinha molhada, mas Margarida voltou na hora."
Paulo soltou uma risada abafada.
— Ela trouxe três toalhas e a pomada. Mandou Breno e eu sairmos pra Bia se enxaguar com privacidade. Nos levou pra sala, secou o filho, enquanto eu me secava. Em seguida, mandou o Breno levar as toalhas para o varal e ir se vestir. E me mandou deitar no sofá. Estava com vergonha, mas obedeci.
Jair fez uma pausa, como se buscasse forças para relembrar o que veio a seguir.
— Ela passou um pouco da pomada no dedo e começou a massagear meu pinto. Eu sentia o produto frio contrastando com os dedos quentes da mulher. Eu me arrepiava com os toques. Margarida usava uma mão para segurar meu pinto de pé e puxar a pele na medida do possível. Com a outra mão, ela massageava o prepúcio sobre a cabecinha, justamente a parte mais sensível. Além da vergonha, tive medo de ficar duro novamente. Margarida percebeu meu desconforto, e tentou me tranquilizar: "Não precisa ter vergonha. Eu fiz isso no Breno, e resolveu. É pro seu bem".
Paulo se divertia com a situação.
— E a Bia?"
— Ela ficou no banheiro, seu cabelo era grande e precisou de mais tempo. Torcia para Margarida acabar rápido. Mas para meu azar, a menina surgiu. A toalha enrolada no cabelo, e o corpo nu, exceto pela calcinha molhada e transparente. Curiosa, foi até a mim. Achou graça da cena. Parou do lado da mãe, de frente pra mim, assistindo de pertinho. — Jair engoliu em seco. — Como eu estava deitado, meu rosto ficou na altura da virilha dela. Conseguia ver os lábios lisinhos e carnudinhos que se escondiam inutilmente dentro da calcinha transparente.
Ele respirou fundo, a voz mais rouca agora, quase um sussurro áspero.
— Aquela visão... os toques da mãe... foi demais. Não consegui controlar. Meu corpo reagiu sozinho — meu pau ficou latejando, cada veia pulsando, e um calor começou a se espalhar, subindo da barriga até o peito. A respiração falhava, os dedos dela pareciam dar choques que me faziam arrepiar...
Paulo inclinou-se para frente, os olhos fixos.
— E então?
— Então gozei... saiu uma gota transparente e pegajosa, depois outra. Margarida afastou a mão como se tivesse tocado em algo quente demais. A Bia franziu a testa, tentando entender. E eu... eu só fiquei ali, ofegante, com o corpo ainda tremendo, sem saber se devia me envergonhar ou simplesmente deixar aquela onda de prazer me levar por completo.
Paulo assobiou baixo, ajeitou o pinto duro dentro da roupa.
— E a Margarida? Como foi a cara dela quando isso aconteceu?
Jair olhou para o chão, a voz saindo em pedaços:
— Ela... travou. Ficou parada uns dois segundos, os olhos grudados no meu pau, a boca entreaberta. Aí piscou rápido, como se tentasse apagar a imagem. Então disse "Isso é... normal." A voz dela falhou no meio, ficou fina. "Não se preocupe." Olhou pra todo lado, desesperada. "Só preciso limpar antes que suje o sofá". Ela olhou para os lados procurando um pano ou um papel, tinha pressa pois as gordinhas já tinham deslizado pelo meu pau, e já contornavam meu saco tem direção ao sofá.
Jair esfregou o rosto com as mãos.
— Breno tinha levado nossas toalhas para por no varal. A Bia ainda tinha a dela enrolada no cabelo. Margarida olhou pra mim, pro meu pinto, pra filha... Então pediu a calcinha da menina.
— Sério?
— Foi a alternativa mais perto que ela achou. Mas a Bia ficou parada, perplexa. Sem tempo, a mãe agarrou a barra da calcinha e puxou pra baixo num movimento seco. A menina gritou "Mãe!", mas já havia perdido a roupa íntima. A menina se cobriu tão rápido que não pude ver nada. Margarida esfregou a peça contra minha virilha a tempo de preservar o sofá.
Paulo ficou boquiaberto.
— Caralho.
— Pois é... Então Margarida ficou de pé, e disse para eu terminar de me limpar. E saiu, levando a filha pelada para o quarto. Peguei a calcinha da Bia e esfreguei no meu pau. Olhei dentro do tecido, bem onde ficava a perereca dela, e senti outra onda de prazer. Esfreguei aquela parte na ponta do meu pinto e fui girando os dedos, imaginando Margarida me tocando na frente da filha. Outra gota saiu. Ainda bem que tinha a calcinha da Bia pra me limpar.
— Nossa! Que delícia! Então foi aí que surgiu esse gosto seu por garotinhas!
— Por garotinhas e por calcinha de garotinhas! —acrescentou Seu Jair, com um sorriso safado no rosto.
O silêncio pesou entre eles, interrompido apenas pelo tinir ocasional das peças no tabuleiro de damas. Jair estudou o jogo por um longo momento antes de fazer sua jogada, movendo uma peça com dedos que já não tremiam como antes.
— E depois, como elas reagiram? — perguntou Paulo, quebrando o silêncio.
Jair inclinou-se sobre o tabuleiro, os cotovelos apoiados nos joelhos. Seus olhos, opacos como vidro fosco, permaneceram fixos nas peças quando respondeu:
— Graças a Deus, Margarida nunca mais tocou no assunto. Me ensinou a passar a pomada sozinho para evitar outros acidentes. Já a Bia...
Ele fez uma pausa calculada, deixando o silêncio se espalhar pela cela úmida enquanto um guarda passava arrastando os pés no corredor externo.
— Ela não me deixou esquecer. Sempre que me via pelado no banho ou trocando de roupa, soltava uma piada. "Cadê o pintinho bravo de ontem, hein?", ou algum outro comentário idiota dizendo que "ele estava dormindo agora". Mas com o tempo, fui aceitando que meninos não precisam ter vergonha, e foi ficando natural elas me verem durante as trocas de roupa ou no banho.
Paulo soltou uma risada seca que ecoou nas paredes de concreto.
— Mas você nunca conseguiu ver ela pelada?
Jair moveu uma peça preta com cuidado excessivo, fingindo concentração no jogo.
— Consegui. Naquela noite mesmo, algo despertou em mim.
Paulo inclinou-se para frente, os olhos brilhando de curiosidade mórbida. Jair respirou fundo, como um homem se preparando para confessar seu pior crime.
— Esperei todos dormirem. A lua entrava pela fresta entre as cortinas, iluminando o corpo da Bia. Afastei o lençol centímetro por centímetro, com cuidado para não acordá-la. Quando levantei a camisola, vi uma calcinha rosa-bebê com um laço vermelho desfiado...
Ele fez uma pausa, a língua passando pelos lábios ressecados.
— Meus dedos tremiam enquanto desviava o tecido de algodão para o lado, revelando aos poucos o que tanto desejava ver. Quando percebi que Bia continuava imóvel, respiração lenta e profunda, ganhei coragem para descer a calcinha até o meio das coxas. Ali estava, completamente exposta diante de mim — uma pepequinha infantil, rosada e imaculada, sem um único fio de pelo. Mais suave que qualquer coisa que eu já tivesse tocado antes.
Jair fechou os olhos, como se pudesse rever a cena em sua mente.
— Minha mão esquerda permaneceu suspensa no ar, hesitante, enquanto a direita encontrava meu próprio corpo já excitado. Os movimentos eram rápidos e precisos, contidos pelo medo constante de que ela pudesse acordar. Quando a sensação chegou, foi quase dolorosa de tão intensa — um jorro mínimo que mal chegou a manchar o tecido do meu short.
Paulo sentiu seu pinto latejar, e enfiou a mão dentro da calça. Jair prosseguiu:
— Todas as noites seguintes foram iguais. Eu observava, tocava-me em silêncio, limpava qualquer evidência. Bia nunca suspeitou - atribuía o deslocamento das suas calcinhas ao sono agitado ou ao elástico gasto. E eu, como um ladrão noturno, continuava a roubar esses pedaços de inocência.
O tabuleiro de damas ficou esquecido entre eles. Paulo fechou os olhos por um longo instante, os dedos contraindo-se involuntariamente.
— Mas você só olhava? Nunca... — a voz dele falhou por um segundo — nunca chegou a tocar?
Jair esfregou o polegar na peça de dama, limpando uma sujeira imaginária.
— O medo era maior que a vontade. Cada noite eu prometia a mim mesmo que iria mais longe, mas quando via ela dormindo tão quietinha... — sua mão tremeu levemente — a respiração dela, tão calma... Eu não conseguia.
Paulo umedeceu os lábios, inclinando-se para frente.
— E quando ela foi crescendo? Imagina, com o corpinho começando a mudar... Os peitinhos nascendo, a bucetinha ganhando corpo...
— Não tive a chance de a ver mais velha — respondeu seu Jair, com um tom de resignação que carregava um peso de frustração. — Não sei por quê, mas meu pai e Margarida terminaram poucos meses depois.
— Nossa, que pena! — lamentou Paulo, sem esconder sua frustração.
— Sim — respondeu seu Jair, com um suspiro que parecia carregar anos de desejos reprimidos. — O máximo que eu fiz foi, no dia da mudança, ir ao banheiro e pegar a calcinha que a Bia tinha usado. Levei de recordação... — Ele fez uma pausa, como se estivesse revivendo aquele momento, e continuou:
— Depois disso, fiquei anos só me contentando em ver garotinhas na rua. Adorava ir a parques, via tantas calcinhas que até perdia a conta. Mas nunca pude realizar meus desejos, pelo menos até virar pai...
Paulo olhou eufórico para o amigo, diante dessa revelação. Seu Jair prosseguiu.
— Quando carreguei Maria do Socorro pela primeira vez, sabia que agora seria diferente. Ela era minha filha, ela era minha menina!
Continua...
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Comentários (4)
Bittersweet-Fable: quem diria que o seu Jairo já tinha passado por experiências assim na infância também. Um personagem como ele é difícil de imaginar quando criança. Gostei muito da primeira parte.
Responder↴ • uid:16mw5mgjifnaMatheus: Muito daora seu conto
Responder↴ • uid:3qbevjl8kcobra: assino em baixo do comentario ( ada )
Responder↴ • uid:3sy0m98Ada: Abri o site no justo momento da postagem. Li o conto extasiado. Adorei que o conto terá mais partes , mais triste por não poder mais ler sobre as crianças do condomínio.
Responder↴ • uid:13q38f80a2ta