O Dilema de uma Boa Esposa Pt. 03
Resumo: Eu, João Pedro, 32 anos, conto como minha vida virou de cabeça pra baixo depois que minha esposa, Ana Clara, decidiu trazer o Tales pra nossa história. O que começou com uma traição num clube em Salvador se transformou numa vingança ardente, com segredos expostos e um futuro incerto. Gravo tudo com uma câmera escondida e compartilho minhas aventuras no meu perfil, sempre com um toque picante e emoções cruas, enquanto penso no que vem pela frente.
Eu tô com o sangue fervendo, tão puto agora quanto naquela noite desgraçada, cinco semanas atrás, quando tudo desmoronou. Supliquei, me arrastei aos pés da Ana Clara, implorando pra ela não fazer isso, pra gente dar um jeito, consertar o que tava quebrado no nosso amor. Mas ela, com aquele olhar frio de quem já decidiu tudo, só jogou um “Fica na tua, João!” e foi em frente.
Não adiantava o que eu dissesse ou fizesse, Ana tava decidida a encontrar o Tales. Minha opinião? Pra ela, valia menos que o vento quente que sopra na praia de Itapuã. Então, lá fui eu, com o coração na mão, acompanhando ela até o tal clube na orla de Salvador, um point badalado onde a noite pulsa com axé e cheiro de maresia. Era pra “conhecer” o Tales, como se isso fosse mudar alguma coisa. Se o cara tivesse um pingo de noção, ia sacar minha raiva no olhar, no jeito que eu apertava o copo de cerveja até quase estourar. Mas ele? Ignorou. Não tinha “código de homem” com esse tal de Tales. Era cada um por si, e minha raiva só atiçava a química entre eles. Eu tava encurralado, sem saída. Qual era a opção menos dolorosa? Dar um soco na cara dele e acabar com essa palhaçada? Ou deixar a noite rolar e ver até onde a traição ia me cortar?
Se eu partisse pra violência, Ana ia desejar o Tales ainda mais depois que eu o deixasse no chão. Mas se eu deixasse a coisa acontecer, ela ia ter o que queria, e eu só ia engolir o orgulho com um gosto amargo na boca. No fim, era isso: Ana ia se envolver com um cara qualquer, sem me odiar, ou eu ia perder a cabeça, mandar o Tales pro hospital, e acabar preso, com Ana me odiando do mesmo jeito. Escolhi o caminho que doía menos, mas que ainda assim queimava como pimenta malagueta no olho.
Quando saímos do clube, com o Tales colado nela, o ar salgado de Salvador misturado com o perfume doce da Ana Clara, dei a ela uma última chance de voltar atrás. Ela sabia o quanto tava me destruindo, mas tava decidida. Ana queria o Tales, queria aquele momento, e nada mais importava. O jeito que ela balançava o quadril, rindo alto enquanto ele sussurrava no ouvido dela, era como se eu fosse só um coadjuvante na própria vida.
Ela tentou jogar um pano quente, dizendo que era “só uma noite”, “só uma aventura”, “só uma diversão”. Falou que me amava, que era só sexo, que não mudava nada. Palavras jogadas ao vento, tentando apagar o incêndio que ela mesma começou. Mas eu sentia o cheiro da traição, aquele cheiro azedo que mistura suor, perfume barato e promessas quebradas.
Na nossa sala, com o som do pagode ainda ecoando na cabeça, o vestido da Ana deslizou pro chão, como se fosse uma cena ensaiada. Ela ficou ali, de calcinha preta e salto alto, o corpo brilhando sob a luz fraca do abajur. Me pediu pra “relaxar”, pra sentar no sofá e “curtir”. Curtir? Nenhum homem que eu conheço aguenta ver a mulher que ama sendo tocada por outro. O ar tava pesado, o silêncio cortante, e eu não ia ficar ali pra assistir ao show. Peguei as chaves na bancada, com o coração batendo na garganta, e saí pro bar da esquina, onde o cheiro de cachaça e fritura me fez companhia.
Isso foi há cinco semanas, e a raiva ainda queima como brasa. Ninguém nunca me machucou tanto quanto Ana Clara e esse Tales. Cada um deles me deve uma dívida de sangue, e eu vou cobrar. Não consigo tocar nela, nem olhar nos olhos. Beijá-la? Impossível. Só de pensar na boca dela com o Tales, meu estômago revira. Ela sujou nosso casamento, nossa casa, nossa cama, e o nojo me consome. Pior ainda, ontem descobri algo que acabou com qualquer esperança de conserto. É hora de jogar minha própria bomba, de decidir se esse casamento ainda tem salvação.
Hoje, cheguei do trabalho, o calor de Salvador grudando a camisa nas costas, e Ana nem levantou os olhos da pia, onde lavava a louça com aquele barulho irritante de talheres batendo. O silêncio entre nós era mais alto que o trânsito da Avenida Sete. Pigarreei, tentando chamar atenção, mas ela continuou, como se eu fosse um estranho. Pigarreei de novo e disse, firme: “Ana, a gente precisa conversar.”
Ela virou a cabeça rápido, com um olhar de desprezo. “Nossa, agora tu quer falar, João Pedro? Depois de semanas me ignorando? Fala o quê?”
“Quero saber se ainda temos um caminho juntos. Esse casamento ainda vale alguma coisa?”
Ela cruzou os braços, impaciente, como se eu fosse um estorvo. “Semanas sem trocar uma palavra, e agora tu vem com essa? Fala logo o que quer, João.”
Pedi que ela sentasse à mesa, o cheiro de café frio ainda pairando no ar. Era tudo ou nada. Não queria jogar fora 15 anos, mas se fosse preciso, eu jogaria. Ana sentou, bufando, como se eu tivesse interrompido algo mais importante. Lancei minha primeira granada: “O que tu e o Tales tão aprontando?”
Ela me olhou como se eu tivesse falado em outra língua. “Do que tu tá falando, João? Não tem nada, a gente nem se fala! Tu só quer arrumar briga!”
“Não, Ana, não quero briga. Quero a verdade. O que tu e o Tales tão fazendo?”
Ela insistiu na mentira, com aquele tom de quem acha que engana fácil. Mas eu sabia a verdade. Os registros do celular dela, que eu peguei escondido, mostravam mensagens, ligações, encontros. Como ela podia ser tão descuidada? Joguei outra bomba: “Ana, ontem eu não fui pro trabalho. Passei o dia te seguindo e ao Tales.”
“Tu tá mentindo, João Pedro! Isso é baixo, até pra ti!”
“Parece que eu tô mentindo? Quer que eu te conte o que vocês fizeram ontem, tintim por tintim?”
Ela ficou quieta, o rosto pálido. Continuei: “Tu saiu de casa às 11h, pegou o carro e foi pro Shopping da Bahia. Estacionou na área dos fundos, onde o pessoal do delivery para. Esperou o Tales até 11h40, quando ele chegou num Honda Civic prata. Ele te levou pro restaurante Coco Bambu, onde vocês almoçaram, rindo e se esfregando como se eu não existisse. Saíram de lá às 12h50 e foram pro Hotel Fiesta, no centro. Quarto 312. Ficaram lá até 17h, e eu sei exatamente o que rolou, porque vi o jeito que tu saiu, com o cabelo bagunçado e um sorriso que não era pra mim. Quer que eu continue?”
Ana ficou sem palavras, o rosto vermelho como o pôr do sol no Farol da Barra. A vergonha misturada com raiva era palpável. “Tu me espionou, seu desgraçado?”
“Espionei porque não confio mais em ti! E agora, Ana, a escolha é tua. Ou tu liga pro Tales e traz ele aqui agora, ou eu mando tudo que sei pra esposa dele, pro chefe dele, pros teus pais. Fotos, mensagens, tudo. Tu escolhe.”
“Tu não pode fazer isso, João! Isso é chantagem, é crime!”
“Crime foi tu me apunhalar pelas costas. Tu disse que era só sexo, mas tá mentindo pra mim de novo. Liga pro Tales, Ana. Agora.”
Ela pegou o celular, com as mãos tremendo, e ligou. Chorava, mas eu não sentia pena. Uma hora depois, Tales bateu na porta. Ana não se mexeu, então eu disse: “Abre a porta, ou teu namoradinho vai se arrepender de entrar aqui.”
Eles entraram na cozinha, o ar pesado como antes de uma tempestade. Tales tava com cara de quem queria sumir, mas também com raiva. “Tu tá me chantageando, cara?”
“Senta, Tales, antes que tu se machuque. Eu sei tudo sobre ontem. Sei onde tu mora, sei da tua esposa, sei onde tu trabalha. Sei que tu usa o horário de almoço pra trair, enquanto teu chefe acha que tu tá fechando contrato. Se tu quer que isso fique entre nós, é melhor ouvir.”
“Eu largo ela, cara. Nunca mais me vê.”
Ana olhou pra ele, chocada, como se esperasse que ele lutasse por ela. Mas Tales era só um cara que queria se divertir sem pagar o preço. “Tarde demais, Tales. Vocês dois vão pagar caro por essa palhaçada.”
Olhei pra Ana e disse: “Pega tua bolsa e faz uma mala pra passar a noite fora.”
Ela não se moveu, com raiva e medo misturados no olhar. “Vai, Ana, ou tu sai só com a roupa do corpo. Tô esperando.”
Ela correu pro quarto, e eu fiquei com o Tales, que tava quieto, mas com cara de quem queria me dar um soco. Revirei a bolsa dela, peguei as chaves do carro que eu paguei, o cartão de crédito que tava no meu nome e o celular que eu dei. Deixei o cartão de débito com R$ 4.200 na conta conjunta. Era o que ela ia levar dessa vida que a gente construiu.
Quando Ana voltou com a mala, apontei pra porta. “Vão viver a vida de vocês. Espero que a esposa do Tales goste da novidade. Sai, Tales, antes que eu perca a paciência.”
Ana chorava alto, como se tivesse percebido tarde demais o tamanho do erro. “Me desculpa, João,” ela disse, com a voz embargada.
“Desculpa nada. Tu só tá arrependida porque foi pega.”
Fiquei cara a cara com o Tales. “Sai enquanto pode.” Ele levantou as mãos e recuou até a porta. Empurrei Ana pra fora e bati a porta com força. Ouvi os dois discutindo na varanda, mas já era problema deles.
Mudei as senhas da porta e da garagem, cancelei o cartão dela e desliguei o celular. Passei a noite organizando as provas – mensagens, fotos, vídeos da câmera escondida – pra enviar pra esposa do Tales, pro chefe dele e pros pais da Ana. A vingança vai ser doce, mas o que vem depois? Será que vou encontrar paz? Ou vou carregar essa mágoa pro resto da vida? Quero descobrir, e minhas aventuras tão só começando. No meu perfil no www.selmaclub.com, você vai encontrar mais histórias como essa, com detalhes quentes, cheiros, sons e emoções que te puxam pra dentro da trama.
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