#Assédio #Traições #Voyeur

Irma Aline parte 2

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Carlos continuou sentado à beira da cama por alguns minutos, imóvel, como se o corpo precisasse de tempo para aceitar o que viria. A mão ainda repousava sobre o jeans, sentindo o calor ali dentro. O tecido estava úmido, colando, como se o corpo tivesse transbordado mesmo sem movimento.

Levantou-se devagar, fechou a porta do quarto. Tudo estava escuro, mas ele conhecia cada canto da casa. Não acendeu a luz. Não precisava. Era como se o cheiro dela ainda servisse de guia. E estava ali — não no corpo, mas no cérebro, impregnado nos poros, nos pensamentos, nos dedos.

Deitou-se. Abriu o zíper. A respiração já estava pesada.

A mão deslizou por dentro da cueca com uma urgência silenciosa, como se estivesse tocando algo proibido mesmo quando estava sozinho. O membro estava rígido, quente, completamente molhado, como se tivesse chorado tudo que segurou durante aquela noite.

Começou devagar, os olhos fechados, e a imagem dela voltando como uma lâmina quente: a saia se abrindo, a abertura revelando só o bastante. A calcinha clara, justa, marcada bem no meio, com aquele tom mais escuro — a mancha viva de um corpo suado e real, com o amareladinho típico de quem passou o dia todo abafada ali, sem saber que alguém repararia nisso. Mas ele reparou. E agora não conseguia pensar em mais nada.

A mão se moveu com mais firmeza.

E no auge da excitação, as palavras vieram sozinhas. Baixas. Em sussurros quase infantis. Palavras que ele nunca teria coragem de dizer a ela — mas ali, no escuro, com o cheiro dela na cabeça e o toque dele mesmo no corpo, elas saíram:

— Aline… meu Deus, Aline…
— Que cheiro… que calcinha suada…
— Você nem sabe…
— Você me deixou louco com aquele cheiro de mulher… de xixi… de suor aí embaixo…

A voz embargava. As palavras vinham soltas, entre gemidos contidos e suspiros cheios de culpa e prazer.

— Essa calcinha molhadinha... marcada… tão tua, tão viva…
— Eu vi. Eu senti. Eu tô aqui, por tua causa…

E então o corpo todo tremeu. O movimento das mãos se acelerou. O corpo dele se curvou, os músculos retesados. Os gemidos abafados pela própria boca. O nome dela escapou mais uma vez, sussurrado entre os dentes:

— Aline…

O alívio veio como um desmoronamento. Quente. Molhado. Silencioso. Espalhado pela mão, pela barriga, pela cueca. Um tremor que vinha não só do corpo, mas da alma que já não podia mais negar: ele tinha atravessado uma linha — sozinho, mas profundamente entregue a ela.

Ficou deitado ali, ainda ofegante, com os dedos sujos, o coração disparado, e o nome dela pulsando nos ouvidos.

Aline.
Acordou suado.

O lençol ainda cheirava a esperma. O cheiro da noite anterior parecia ter colado no tecido, como a prova silenciosa de um momento que ninguém nunca saberia — mas que para ele agora era irreversível.

Se sentou na cama com o corpo mole, mas a mente acelerada. Não sabia se estava arrependido. Talvez um pouco. Mas a verdade é que, antes mesmo de sair do quarto, o nome dela já estava latejando de novo na cabeça: Aline.

Tomou banho, trocou de roupa, mas sentia que o cheiro dela ainda estava grudado na memória olfativa. Aquela mistura que não saía da pele: o calor abafado da virilha, o traço sutil de urina seca no algodão, o suor do dia marcando o centro da calcinha. Era isso. Isso que o enlouquecia. Porque não era falso. Não era produzido. Era verdadeiro.

Na igreja, naquele domingo, Aline estava lá. Sentada como sempre, postura ereta, mãos sobre o colo. A saia longa. A blusa clara. O mesmo rosto sereno que ela sempre usava. Mas agora, Carlos não conseguia mais vê-la com neutralidade.

Ela se virou ao notar sua presença e sorriu. Um sorriso limpo. Irmão.

Ele retribuiu com um aceno breve, mas por dentro, o estômago se revirava.

As imagens voltavam como socos: ela se abaixando. A abertura da saia cedendo. Aquela calcinha clara, com a mancha escura no centro, amarelada pelo calor do corpo, marcada pelo uso, por ela ser mulher, por ela estar viva. Ele engoliu em seco. Fechou os olhos por um segundo. Precisava respirar. Precisava não pensar. Mas ela estava ali.

Durante o culto, fingia prestar atenção nas palavras, mas o foco real era o jeito como ela se sentava. A forma como os joelhos se mantinham unidos, discretamente. Como os cabelos caíam de lado quando ela inclinava a cabeça em oração.

O cheiro não estava ali, claro. Mas Carlos sentia. Sentia na lembrança, como se o nariz tivesse guardado cada nota. O azedo suave do suor íntimo. O doce amargo do xixi envelhecido. O sal do tecido prensado contra a pele. Um cheiro que poucos entenderiam — que muitos considerariam impuro. Mas que para ele… era como se fosse um elixir. Um gatilho direto entre o instinto e o prazer.

Ao final do culto, cruzaram o corredor da saída. Aline estava sozinha por um instante, folheando o boletim da igreja.

Carlos pensou em ir embora.

Mas foi até ela.

— Bom dia, irmã — disse, com a voz quase embargada. — Dormiram bem ontem?

Ela sorriu, levantando o rosto.

— Sim, sim... foi uma noite tranquila. Obrigada mais uma vez pela pizza. Estava tudo ótimo.

Ele assentiu, olhando para os olhos dela, tentando fingir que era só mais uma conversa comum. Mas por dentro, cada palavra que ela dizia parecia sussurrada com aquele cheiro ainda pairando entre eles.

Queria dizer algo. Qualquer coisa. Mas não podia. Nem devia.

Apenas sorriu, e se despediu.

E enquanto saía, o coração batendo apertado, a mente dizia o que ele jamais ousaria falar:

“Você me marcou. Você ainda tá aqui. Dentro do meu corpo. No cheiro que ficou.”

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