{Condomínio} Seu Jairo (Continuação)
"Até então, eu não sentia nada diferente pela minha filha. Mas, quando ela tinha 8 anos, fizemos uma viagem para a praia, aí tudo mudou..."
Seu Jair parecia ter mergulhado em suas memórias, como se aquela conversa tivesse aberto uma porta que ele mantinha trancada há muito tempo. Seus olhos estavam distantes, quando ele continuou sua história:
— Quando minha filha nasceu, eu fiquei extremamente empolgado — começou seu Jair, com um brilho nos olhos que misturava orgulho e nostalgia. — Finalmente, eu tinha uma menina que seria minha, e eu podia fazer o que quisesse com ela!
— Aí você fez a festa? — perguntou Paulo, com um sorriso nos lábios e um brilho de curiosidade no olhar.
— Imagina qual foi a primeira parte do seu corpo que olhei quando ela nasceu? — respondeu seu Jair, sorrindo ao relembrar. — Mas acredita que não senti nada impuro? Fui inundado por um amor muito forte por ela. Maria era tão pequena e frágil. Só queria cuidar e proteger.
— Ainda era cedo, né? — comentou Paulo, com um tom que sugeria que ele já imaginava onde a história poderia chegar.
— Sim — admitiu seu Jair, com um suspiro. — Eu gosto quando elas já sentem algo, vergonha, prazer... Qualquer coisa. E olha que teve muitos momentos que eram pra ser tentadores... Quando tinha que limpar, dar banho... Depois que saiu das fraldas, ficava andando peladinha pela casa, sentava com as pernas abertinhas, até a linguinha aparecer, sabe?
— Sei... — respondeu Paulo, com um sorriso malicioso. — Estou surpreso de você não ter sentido nada. Minha rola tá dura só de ouvir isso! — disse, apertando o pinto por cima da calça, sem disfarçar o interesse.
— Bem... — continuou seu Jair, como se estivesse medindo as palavras. — A única coisa diferente que fiz até então foi... Quando ela começou a largar as fraldas, minha esposa comprou as primeiras calcinhas. E eu tenho um lance forte com calcinha infantil, sabe? Fiz questão de guardar de recordação a primeira calcinha que Maria usou na vida. Escondi ela junto com a calcinha que levei da Bia. E assim, comecei uma coleção secreta. Todo aniversário da Maria, eu guardava a calcinha que ela usou no dia. Até anotava na etiqueta a idade que ela tinha.
— Hum... É uma coleção interessante... — comentou Paulo, com um tom que misturava admiração e tesão. — Mas... quando que você passou a olhar sua filha de uma forma diferente?
— Quando ela tinha 8 anos... — respondeu seu Jair, com um tom mais sério, como se estivesse prestes a revelar algo que carregava há muito tempo. — Surgiu uma oportunidade para viajarmos para a praia. Foi uma viagem bem curta, chegamos na segunda e voltamos na quarta. Mas, até então, nunca tivemos condições de ir conhecer o mar. O patrão da minha esposa, um cara generoso, fechou a padaria nesses dias, enquanto contratou uma empresa para fazer uma pequena reforma no local. Ele convidou os funcionários para passar uns dias com ele no seu apartamento no litoral, e ainda podia levar os maridos e filhos. Era uma chance única, sabe? A gente nunca tinha visto o mar de perto, e a ideia de passar uns dias na praia, mesmo que rápido, era como um sonho que a gente nem sabia que tinha.
— Que bacana a atitude dele! — comentou Paulo, com um sorriso, mas já começando a sentir que havia algo mais por trás daquela viagem.
— Sim! — concordou seu Jair. — E ele ainda deu o transporte. Fomos na Kombi dele! E olha que a maioria não quis aproveitar. Além da gente, o patrão levou seus dois filhos, e só mais duas funcionárias foram.
— Mas é até melhor assim, pro apartamento não ficar lotado — observou Paulo, bastante interessado no caso.
— Verdade, e deu certinho — continuou seu Jair. — Eram três quartos. Ficou um pra ele e os filhos. Um para minha família e as duas colegas dividiram o outro. Mas tinha algo de estranho nele!
Paulo olhou para ele, intrigado. O jogo de damas, agora, parecia completamente esquecido, as peças imóveis sobre o tabuleiro.
— Esse papo está bem melhor que o jogo. O que tinha com o cara?
— Acho que era João que ele chamava... — começou seu Jair, com um tom mais cauteloso. — Estava muito calor na estrada, paramos em num daqueles postos de gasolina com restaurante que ficam na rodovia. O cara viu uma mangueira e deu um banho de mangueira nos meninos dele.
— Eles eram pequenos? — perguntou Paulo, já imaginando onde a história poderia chegar.
— Menores que a Maria. Deviam ter uns 7 e 5 anos — respondeu seu Jair. — Só sei que ele deixou os meninos peladões e meteu água.
— Ah, mas não tem nada de errado nisso — comentou Paulo, tentando manter o tom neutro.
— A questão é que ele ficou insistindo para eu fazer o mesmo com a Maria — continuou seu Jair, com um tom mais grave. — Então eu tirei o vestido dela e a deixei só de calcinha. E ele falou para eu tirar a calcinha dela, pra não molhar o banco do carro.
— Mas isso também não quer dizer nada — disse Paulo, ainda tentando justificar. — E sua esposa e sua filha aceitaram?
— Minha mulher estava no restaurante com as colegas — explicou seu Jair. — A Maria ficou um pouco envergonhada, mas aceitou. Ficou com o corpo encolhidinho no começo, mas foi relaxando aos poucos. Mas o João ficou muito concentrado nela, sabe? Dando muita atenção, jogando água toda hora... Muitos olhares...
— Como dizia meu advogado, nenhuma prova concreta contra ele, tudo circunstancial — comentou Paulo.
— Mas teve mais situações... "circunstanciais" nessa viagem — disse Seu Jair, baixando um pouco a voz. Seu tom ficou mais sombrio, e ele deslizou os dedos pelo tabuleiro, pensativo. — O pior de tudo é que eu acabei "contaminando" as provas...
Paulo arqueou uma sobrancelha.
— Como assim? — O que diabos quer dizer com "contaminando as provas"?
Seu Jair lançou um olhar discreto ao redor. Dois guardas passavam lentamente pela área, fazendo sua ronda. Ele se calou e ficou apenas observando as peças do tabuleiro, como se aquele jogo exigisse toda a sua atenção. Só quando os guardas se afastaram, ele voltou a encarar Paulo.
— Bem… — começou ele, soltando um suspiro. — A viagem seguiu tranquila. A Kombi estava cheia, mas o clima era de animação. João e eu éramos os únicos homens, e ele me convidou para ir na frente com ele, batendo papo.
Jair fez uma pausa, como se ainda pudesse ouvir o barulho da Kombi e o burburinho de conversa misturado com risadas ao fundo.
— Quando chegamos, nos acomodamos no nosso quarto. Era simples, mas confortável. Maria estava empolgada para conhecer o mar. Eu também, confesso. Então nos trocamos rápido. Minha esposa vestiu o biquíni novo que tinha comprado para a viagem. Foi a única que teve esse privilégio. Eu coloquei uma bermuda velha, e Maria usou um biquíni emprestado que minha mulher pegou com uma amiga. A filha dela era um pouco mais velha que Maria e o biquíni era um tamanho maior que nossa filha. A parte de cima dava para ajustar as alcinhas, mas a de baixo ficou um pouco frouxa, mas Maria era criança, não seria um problema.
— Melhor do que gastar dinheiro com um novo que ela talvez nunca mais usasse. — Comentou, Paulo, ao mexer uma peça do tabuleiro.
— Sim, foi o que pensei... Quando saímos do quarto, vi que os outros também estavam se aprontando. Todo mundo animado para ir à praia. O apartamento ficava a uns quatro quarteirões, então fomos andando. Notei que Maria puxava a calcinha do biquíni de tempos em tempos, ajeitando, sem reclamar. Estava tão empolgada que nem parecia se importar. Tagarelava sem parar com os filhos de João. Os meninos usavam sungas e camisetas de mergulho, perfeitamente ajustada ao corpo. João, também de sunga, levava uma prancha infantil para seus filhos.
Jair parou por um instante, como se pudesse ver aquela cena diante dos olhos.
— Quando chegamos à praia… Ah, Paulo, aquilo foi um choque — começou Jair, com um tom que misturava nostalgia e admiração. — Nunca tinha visto algo tão bonito. Aquele céu azul sem fim, o cheiro salgado no ar, as ondas quebrando lá na frente, e o vento… O vento parecia que queria nos levar junto. Maria parou ao meu lado, os olhos arregalados.
Ele sorriu, como se visse a filha pequena mais uma vez.
— “Pai, é grande demais!”, ela disse, segurando minha mão com força.
— E você? — perguntou Paulo, interessado, inclinando-se para frente, como se não quisesse perder nenhum detalhe.
Jair sorriu de leve, como se estivesse revivendo o momento.
— Eu ri e disse que também estava impressionado. Então tirei as sandálias e puxei Maria comigo, devagar, até onde a água alcançava nossos pés. Era gelada no começo, um choque gostoso que fazia a gente pular e rir a cada onda que chegava. Eu tentava segurar firme a mão dela, mas parecia que estávamos os dois aprendendo a andar de novo, tentando superar as ondas que quebravam em nossos pés. Dois peixes fora d’água. Enquanto isso, João e os filhos já estavam lá na frente, mergulhando com a naturalidade de quem já conhecia aquele mar há muito tempo.
Jair fez uma pausa, olhando para o tabuleiro, mexendo uma peça sem pressa, como se organizasse as lembranças na cabeça antes de continuar.
— Maria viu os meninos se divertindo, tentando subir na prancha, e os olhava com aquele brilho curioso no olhar. Quis ir até onde estavam. Minha esposa ficou na areia, conversando e bebendo com as colegas. Eu hesitei… O mar ali era forte, as ondas puxavam e empurravam com força. Dei só mais alguns passos à frente, mas já sentia o fundo da areia sumindo sob meus pés.
Ele umedeceu os lábios, como se ainda pudesse sentir o gosto salgado da água.
— João percebeu a insistência dela e veio até nós, trazendo os filhos junto. Perguntou se podia colocar a Maria um pouco na prancha. Eu assenti. Ele segurou minha filha pela cintura e a deitou sobre a prancha.
Jair franziu a testa, pensativo.
— A calcinha dela escorregou um pouco, deixando parte do bumbum à mostra. Mas João, rápido, ajeitou a peça de volta no corpo dela, sem dar muita importância. Maria ria, se divertindo. Ele, sempre atento, segurava a prancha e minha filha, guiando-a conforme as ondas vinham.
Paulo deslizou uma peça no tabuleiro, mas seus pensamentos estavam longe dali. Seu Jair continuou:
— Aí o João me chamou pra tomar uma cerveja. Deixamos as crianças brincando no raso, e a gente ficou ali na areia, de olho nelas, conversando.
Paulo, atento, acenou para que ele prosseguisse.
— As crianças se divertiam pulando as ondinhas que chegavam ali, mas tinha hora que vinha umas mais fortes e as derrubavam. A sorte era que a areia era fofa. Eles caíam, rolavam e riam. A Maria tava adorando. Mas tinha um problema... — Jair fez uma pausa, girando a peça entre os dedos. — A parte de baixo do biquíni dela escorregava o tempo todo.
— Mas ela chegava a ficar com a bucetinha de fora? — perguntou Paulo, com um tom que denotava um misto de curiosidade e excitação.
— Tinha hora que sim, a calcinha descia até o joelho — respondeu Jair, com um tom que carregava uma estranha satisfação. — Eu notava o olhar atento do João. Ele chegou a comentar como Maria era bonitinha.
— Nossa, e você? — quis saber Paulo, com um brilho nos olhos, como se estivesse completamente imerso na história.
— Foi estranho — admitiu Jair, com um tom mais introspectivo. — Era para eu ter ficado puto. Mas ver aquele homem curtindo de ver a pepeca da minha filha estava me dando um estranho prazer.
Paulo encarou o amigo com um sorriso malicioso nos lábios, os olhos brilhando de curiosidade e um certo voyeurismo. Ele se inclinou para frente, como se estivesse prestes a ouvir algo que o excitava.
— O sol escaldante daquela tarde de semana quase vazia na praia nos forçava a abrir mais uma cerveja. João, sempre atento, chamou as crianças para se hidratarem e reaplicarem o protetor solar.
Jair fez uma pausa na narrativa, seu rosto assumindo uma expressão peculiar, entre constrangimento e excitação contida.
— João começou a passar o protetor nos meninos e me ofereceu o frasco para minha filha. Enquanto eu aplicava o produto na pele já bronzeada de Maria, ele comentou casualmente: "Não esquece o bumbum, o biquíni dela vive caindo e pode queimar".
Paulo franziu a testa, captando as entrelinhas. — E você seguiu o conselho?
— Ele tinha mais experiência com praia que eu... E de fato, a calcinha estava sempre se deslocando. — Jair hesitou brevemente. — Acabei abaixando a parte de baixo do biquíni até metade das coxas. Fiquei surpreso com o contraste: sua virilha estava muito mais clara que o resto do corpo queimado de sol.
— Ela não estranhou? Uma menina da idade dela...
— Crianças não têm a mesma vergonha que adultos. — Jair justificou-se rapidamente. — Ela ficou corada, com um sorriso tenso. Tentou virar de costas para os meninos, mas acabou expondo-se ainda mais para nós.
— Aposto que o João adorou! — Paulo soltou uma risada carregada de insinuação.
— Ele tentou disfarçar, mas os olhos não mentiam. — Jair baixou a voz. — Quando virei Maria para passar protetor nas nádegas, notei João se ajustando na sunga. Acho que daria qualquer coisa para estar no meu lugar.
Paulo assobiou baixo. — Sem dúvida!
— Mas ele era astuto. — Jair continuou, a voz mais rouca. — Quando terminei, ele sugeriu à Maria: "Por que não tira essa parte de baixo? Ela fica caindo toda hora mesmo, você brincaria mais à vontade".
— Que safado! — Paulo explodiu em uma mistura de reprovação e fascínio. — E então?
— Maria corou profundamente e me olhou, esperando minha reação. — Jair respirou fundo. — Eu... entendi o jogo. E confesso que parte de mim gostou. Disse que ela podia tirar se quisesse, que ninguém repararia numa criança.
— A praia estava mesmo vazia? — Paulo inquiriu, tentando visualizar a cena.
— Quase deserta. — Jair confirmou, como se isso absolvesse tudo. — Dia útil, fora de temporada.
— Me diga que você deixou... — Paulo mordeu o lábio, completamente envolvido.
— Não mandei, só sugeri. — Jair defendeu-se, com falsa inocência. — Comentei que a calcinha parecia incomodá-la, perguntei se queria tirar.
— E ela? — A voz de Paulo saiu mais aguda na expectativa.
— Resistiu no início, disse que tinha vergonha. — Jair prosseguiu, justificando-se. — Mas expliquei que a praia estava vazia, e como ela era criança, que ninguém notaria...
Paulo inclinou-se para frente, completamente cativo.
— Ela hesitou... — Jair continuou, a voz mais rouca. — Então levei minhas mãos à cintura dela, dizendo que eu ajudaria. Antes que respondesse, a peça escorregou sozinha.
— Não acredito! — Paulo exclamou, entre choque e admiração. — Como ela reagiu?
— Ficou paralisada, corada... — Jair descreveu, com estranha ternura. — Mas não tentou se cobrir. Permaneceu diante de nós, completamente exposta.
— E o João? — Paulo perguntou, já sabendo a resposta.
— Quase babou. — Jair riu brevemente. — Tentou parecer casual, mas seus olhos grudaram nela. E... Sua ereção ficou mais evidente.
Paulo arquejou levemente, os dedos contraindo-se involuntariamente no ar. Seu olhar perdeu-se no horizonte por um instante, como se estivesse projetando mentalmente cada detalhe. Quando falou, a voz saiu mais rouca do que pretendia:
— Descreva para mim... Como era ela... assim... exposta?
Jair molhou os lábios antes de responder, um tremor sutil percorrendo suas mãos ao reviver a memória. Quando começou a falar, as palavras saíam entrecortadas, carregadas de uma estranha mistura de vergonha e fascínio:
— Era... um contraste tão inocente e ao mesmo tempo tão... — Ele interrompeu-se, buscando o termo certo. — A pele ali, sabe? Protegida o tempo todo pelo biquíni... branquinha como porcelana nova, quase luminosa contra o bronzeado do resto de seu corpinho. Dava para ver onde terminava o traje de banho... uma linha perfeita demarcando o que era para ficar escondido.
Paulo engoliu seco, os olhos escurecendo de interesse. — E... a... bucetinha dela?
Jair fechou os olhos por um momento, como se visualizasse a cena com perfeição. Quando os abriu, havia uma intensidade diferente em seu olhar:
— Era... normal. Uma criança. Os lábios eram fechadinhos e lisos, sem volume exagerado, só um leve relevo gordinho e delicado. A rachinha era bem definida, um cortezinho reto separando os dois montinhos. Mas tudo perfeitinho, nada daquela aparência que mulheres adultas têm. Com pele sobrando, escurecida e áspera.
Paulo soltou um som entre um gemido e um riso. — Criança não devia ser tão gostosa, porra...
— E depois? Ela se acostumou? — perguntou Paulo, a voz mais grossa que o normal.
— Demorou... — Jair sorriu ao lembrar, os olhos meio perdidos. — No começo, quando os meninos do João riram, ela tentou cobrir-se com as mãozinhas, corada até as orelhas. Mas depois que o João deu um berro neles, ela foi relaxando... devagar. — Ele fez um gesto lento com as mãos. — Primeiro deixou os braços caírem, depois relaxou o corpo... Até que...
Paulo inclinou-se para frente, esquecendo completamente o jogo de damas entre eles. As peças caíram no chão com um tinir discreto.
— Até que o quê? — ele pressionou, a respiração visivelmente acelerada.
Jair molhou os lábios antes de continuar, os olhos brilhando:
— Até que estava lá, sentadinha na areia, pernas bem abertas, concentrada construindo um castelo... O sol batendo de frente, iluminando tudo... — Sua voz baixou para um sussurro rouco. — A areia fina grudada nos lábios rosados, que estavam um pouquinho mais abertos agora, de tanto se movimentar... Dava pra ver o capuzinho, inchado do calor, e o buraquinho úmido lá no meio... Tudo salpicado de grãos dourados.
Paulo engoliu em seco, as mãos suando. — E as crianças? Notaram?
— Nada. — Jair deu uma risada baixa. — Só nós dois, João e eu, parados como estátuas, as cervejas esquecidas, só olhando... Cada vez que ela se inclinava para frente para pegar mais areia... — Ele fez uma pausa dramática. — Tudo se abria mais um pouquinho. Deixando o contraste da parte branca externa e a parte rosada interna mais evidente...
Paulo soltou um gemido abafado. — Caralho, Jair... — E sua mulher? — Paulo perguntou, mas sem real interesse, os olhos vidrados na descrição.
Jair encolheu os ombros: — Quando voltou do mergulho e viu, até abriu a boca pra reclamar... — Ele imitou a voz da esposa: — 'Cadê a calcinha dela?'
— E você? — Paulo pressionou, fascinado.
— Falei que tinha ficado frouxa. — Jair sorriu, orgulhoso do próprio engodo. — Ela fez cara feia, mas tava mais preocupada em voltar pras amigas e pra caipirinhas, sua bebida favorita.
— Menos mal porque ela poderia ter acabado com a festa — Paulo comentou, ajustando-se na cama dura da cela.
Jair concordou com um aceno, os olhos escurecendo ao reviver a memória.
— As crianças terminaram de construir o castelo de areia. Então começaram a correr pela praia em busca de conchas e outros adereços para decoração. A Maria já estava tão à vontade, andava normalmente pelas pessoas.
Paulo mordeu o lábio, imaginando a cena.
— E ninguém achou estranho? Tá certo que era criança, mas já tava grandinha pra andar com a bucetinha de fora!
— Alguns turistas ficaram encarando, uns com cara de escândalo, outros... bem, dava pra ver o interesse — Jair sorriu maliciosamente. — Tinha um velho sentado mais adiante que quase derrubou o copo quando ela passou correndo. A esposa dele deu um tapa na nuca do velho, mas ele continuou olhando.
— Ela percebeu os olhares?
— Nem por isso — Jair riu. — Tava toda inocente, animada com as conchinhas que achavam. E então, Paulo... — Jair baixou a voz para um sussurro rouco, os olhos escurecendo de excitação. — Ela se ajoelhou na areia, bem na nossa frente, com as mãozinhas também apoiadas no chão e o bumbum empinado no ar, redondinho e dourado pelo sol. As coxas dela, um pouco afastadas, deixavam tudo à mostra...
Paulo engoliu seco, apertando a cabeça do pau, que latejava com cada detalhe que ouvia.
— Tudo?!
Jair sorriu, malicioso, antes de continuar:
— Tudo. O cuzinho dela, apertadinho e rosado, como um botãozinho... E mais abaixo, a bucetinha, que agora ficava mais separadinha por causa da posição. Os lábios maiores, carnudinhos, abriam um pouco sob o peso do corpo, deixando ver os internos, ainda mais rosados. Cada vez que ela se mexia para colocar uma conchinha no castelo, dava para ver com mais detalhes!
Paulo soltou um gemido abafado, os músculos das pernas tensos.
— E o João... ele era só de olhar mesmo? Não tentou nada?
Jair esfregou a barba por fazer, os dedos ásperos arranhando a pele. Seus lábios se curvaram num meio sorriso, como se revivesse cada detalhe.
— Acho que ele não percebeu que eu estava curtindo. Ele tentou dar umas avançadas, mas sempre muito sutil. Devia ter medo de dar ruim comigo.
— O que ele tentou fazer? — Paulo pressionou, a voz mais rouca agora, a perna balançando num ritmo nervoso.
Jair soltou um suspiro lento, os olhos perdidos no passado.
— Um pouco mais tarde, as crianças quiseram voltar para a água. E minha filha queria ir na prancha de novo. — Ele fez uma pausa, a língua umedecendo os lábios secos. — João a carregou e a deitou sobre a prancha, segurando-a com uma mão bem no bumbum, sob o pretexto de evitar que ela caísse com o movimento das ondas. Mas não precisava segurar justo ali. E com o balanço da água... — Jair fechou os olhos por um instante, como se visse a cena. — Seus dedos deslizavam, apertando de leve, escorregando pela curva da bunda dela.
Paulo engoliu em seco, a mão descendo involuntariamente para o próprio quadril, como se quisesse conter a excitação crescente.
— Eh, você tinha razão. Ele tinha más intenções!
— Agora que você percebeu isso?! — Jair riu baixo, um som rouco e carregado de ironia. — Eu nem te contei o final! Quando íamos embora, as crianças estavam todas sujas de areia. O João tirou a sunga dos meninos e lavou no mar, encheu um pet de refrigerante com água. Depois levou os dois pro calçadão, com as pingolinhas de fora. — Ele fez uma pausa dramática, os dedos traçando círculos no ar, como se descrevesse os movimentos. — E lá foi ele, derramando a água na virilha dos filhos, esfregando devagar, limpando a areia... os dedos passando nas bolinhas.
Paulo arfou, os músculos do braço tensionados enquanto se ajustava no banco.
— Aposto que enquanto ele estragava as rolinhas dos filhos, ele ficou imaginando fazer o mesmo com a Maria.
— Imaginando, não. — Jair baixou a voz, quase num sussurro conspiratório. — Ele fez! O cara me perguntou se eu queria que ele enxaguasse minha filha com a água que sobrou!
— Aí sim, hein! O homem tirou a máscara! — Paulo soltou uma risada abafada, os dentes cerrados. — E você deixou?
Jair hesitou, os olhos piscando rápido, como se ainda questionasse a própria decisão.
— Fiquei na dúvida. Olhei pra menina, e ela parecia um bife à milanesa, de tanta areia grudada. Então... acabei deixando.
— E ele passou a mão na bucetinha dela, mesmo?!
— Sim. — A resposta saiu mais rouca, carregada de uma satisfação que ele não tentou disfarçar. — Ele começou derramando a água na virilha dela, esfregando suavemente... a água escorrendo entre as perninhas, molhando a pepeca por fora. Depois... — Jair respirou fundo, os dedos apertando o joelho. — O dedo dele acabou deslizando um pouco, afundando entre os grandes lábios.
Paulo soltou um gemido baixo, a mão pressionando contra o volume na cueca.
— Porra! Que safado! E sua filha, aceitou?
— Ela ficou toda vermelha! Morreu de vergonha. Mas eu fiz cara de bobo, estava morrendo de tesão! — Jair admitiu, a voz mais grossa agora. — E o João... claramente excitado, mal conseguia disfarçar o volume na sunga.
Paulo não resistiu, enfiou a mão no short para ajeitar o pinto duro, e Jair sorriu ao ver o efeito que suas palavras tinham.
— Quando João acabou de limpar a Maria, perguntei se ela queria vestir a calcinha do biquíni para ir embora. — Ele tomou fôlego, os olhos brilhando. — E você acredita que ela não quis?! Disse que era muito ruim andar com a calcinha caindo.
— Você está me zoando! — Paulo quase pulou do beliche. — Ela andou pelada até no apartamento?!
— Sim, por quatro quarteirões! Usando apenas o sutiã do biquíni e um chinelinho havaianas.
— Puta merda! E as pessoas? Elas não estranharam?
Jair ergueu os ombros, mas seus olhos estavam vivos, revivendo cada olhar, cada reação.
— Também tive esse medo, sabe?... Mas ninguém nos abordou. A maioria simplesmente ficou indiferente. Alguns olhavam, mas sem se importar muito, e outros demonstraram uma surpresa maior. Mas, fiquei surpreso como as pessoas encaravam com normalidade uma criança andando pelada na rua.
— Talvez porque fosse uma cidade de litoral. — Paulo respondeu, a voz mais controlada agora, mas ainda com um tremor de excitação. — As pessoas têm costumes mais liberais, como ir no supermercado de sunga ou biquíni, por exemplo.
— Pode ser... — Jair concordou vagamente, os dedos tamborilando no joelho desgastado da calça. Seus olhos escuros brilhavam com uma luz estranha, como brasas sob cinzas. — Mas o fato é que, desde aquele dia, passei a enxergar Maria com outros olhos. Quando entramos no apartamento, já levei ela direto pro banheiro social.
Paulo arqueou uma sobrancelha, a língua úmida passando pelos lábios rachados.
— Então você foi terminar o serviço que o João começou? — A voz saiu áspera, carregada de um humor negro que fazia Jair sorrir com um lado da boca.
O homem mais velho respirou fundo, como se revivesse o aroma do sabonete infantil.
— Fui, sim. A água quente escorria pelo corpinho dela, deixando a pele toda corada. Ensaboei cada parte... — Suas mãos grandes fizeram um movimento circular no ar. — Os bracinhos finos, as costas estreitas, aquelas perninhas que mal tinham começado a ganhar forma... Ela ria, achando graça quando eu fazia cócegas. — Jair imitou um riso infantil, mas o som saiu errado naquela cela úmida. — Mas quando chegou na parte de baixo... — Ele fez uma pausa dramática, os olhos fixos nas mãos que agora simulavam lavar algo invisível. — Aí ficou quietinha. Os olhinhos, sabe? Baixaram pro chão. As orelhas ficaram vermelhas que nem pimenta madura.
O som da porta da cela sendo batida por um guarda os calar. Quando o silêncio retornou, Jair continuou mais baixo:
— Então alguém bateu na porta, eu disse que podia abrir. João entrou dizendo "As mulheres tão indo pra uma danceteria aqui perto", ele disse. "Eu já tô velho pra essas coisas. Tem um bar com playground pra molecada... Quer ir comigo?"
Paulo soltou uma gargalhada seca.
— Ah, claro! O velho safado não podia esperar o banho da menina acabar pra perguntar isso? Ele só queria uma desculpa pra ficar olhando a Maria pelada.
Jair riu junto, mas havia algo mais naquele riso— algo que o fazia sentir um calor estranho na barriga.
— Pode ser... — Jair murmurou — Mas continuei lavando... bem devagar. Passei o sabonete entre as pernas dela, dedinho por dedinho. A Maria ficou toda encolhida, tentando se esconder de João. — Suas mãos grandes se fecharam no ar, demonstrando a pressão. — E o cara... aquele desgraçado ficou lá na porta, a respiração cada vez mais pesada...
Paulo imaginou a cena: a névoa de vapor quente, o cheiro do sabonete infantil, a água escorrendo contornando a bucetinha dela. Seus próprios dedos se contraíram involuntariamente.
— E ele ficou ali, na porta do banheiro, fingindo conversar, mas os olhos não saíam dela — Jair falou, a voz rouca de raiva contida. — Era só desculpa pra ficar olhando, o safado. Depois do banho, enrolei a Maria na toalha e carreguei ela no colo até o quarto. E acredita que o filho da puta veio atrás, fingindo manter a conversa... Mas só papo furado?!
Paulo soltou um riso baixo.
— É um lixo, mas não vou mentir... se fosse eu, também não perderia o espetáculo.
Jair cuspiu no chão da cela antes de continuar, os músculos da mandíbula tensionados.
— No quarto, a Maria saiu correndo da toalha direto pra mala, toda molhada ainda, os pezinhos deixando marcas no piso frio. Pegou a primeira calcinha que achou, uma de algodão amarelo, com a Branca de Neve estampada, já meio desbotada de tanto lavar. Vestiu tão rápido que quase tropeçou, os dedinhos tremendo de pressa. Queria se cobrir logo, né? Sabia que ele tava olhando.
Paulo inclinou-se para frente, os cotovelos apoiados nas coxas.
— E o tal bar? Existiu mesmo ou foi só invenção pra ver ela pelada?
— Existiu, sim — Jair respondeu, os olhos fixos em algum ponto distante da parede suja. — O playground era grande, igual ele falou. Aqueles trecos de metal pra escalar, cheio de tinta descascando, e um escorregador alto, daqueles que faz a roupa subir toda quando a criança desce. Coloquei um vestidinho azul nela, de alcinha, bem leve por causa do calor. Mas o João... o João não tirava os olhos daquela calcinha amarela. Toda vez que ela subia no brinquedo ou escorregava, a saia voava, e lá estava ela, a Branca de Neve sorrindo, enquanto aquele velho babão fingia que tomava cerveja.
Paulo observou o amigo com um sorriso cheio de cumplicidade.
— Você estava adorando, não é? — murmurou, a voz baixa como um sopro quente no ar pesado da cela. — Ver outros homens desejando sua filha.
Jair não respondeu. Mas o rubor que subiu de seu pescoço até as orelhas disse tudo o que Paulo precisava saber.
— Um tempo depois...— Jair continuou, a voz rouca, arrastada, como se cada palavra fosse arrancada das profundezas de uma memória envenenada. — Maria veio até mim, toda encolhida, os dedinhos torcendo a barra do vestido. Aproximou-se, quente de vergonha, e sussurrou no meu ouvido: "Minha perereca tá ardendo muito, papai". Os olhos dela estavam marejados, a voz um fiozinho frágil.
Paulo arqueou uma sobrancelha. Os músculos das coxas tensionaram sob o tecido gasto da calça. A mão direita fechou-se involuntariamente, as unhas cravando-se na palma.
— Porra. Aposto que foi por causa da areia! O que você fez?
Jair sorriu. Os lábios úmidos separaram-se devagar, enquanto os olhos, meio perdidos na penumbra, brilhavam como brasas.
— Disse que o papai precisava ver. Levantei a saia dela e puxei o elástico da calcinha pra frente — Fez uma pausa, os dedos reproduzindo o gesto no ar, como se o tecido invisível ainda deslizasse entre eles. — O João, que estava do outro lado da mesa, levantou pra espiar, fingindo preocupação. "O que foi? Machucou nos brinquedos?", ele perguntou, chegando mais perto. Maria percebeu o olhar dele e encolheu-se ainda mais. Expliquei que a pele estava irritada. Ele sugeriu a farmácia ali perto. Pagamos a conta e fomos.
Jair lambeu os lábios, a língua molhada passando lentamente, como se ainda sentisse o gosto salgado do ar da praia naquela tarde.
— O farmacêutico nos levou pra uma salinha atrás do balcão. Apertada, sem janela. O João ficou na porta, deixando-a entreaberta. Não tinha maca, só uma cadeira. O cara me mandou sentar e colocar Maria no meu colo. "Abaixa a calcinha dela", ele ordenou. A lanterna iluminou tudo — a pele rosada, inchada. Com os dedos, ele afastou os grandes lábios para examinar. O rosto da minha filha ficou vermelho como pimentão.
— "A vulva está bem irritada", ele disse. Receitou uma pomada. "Vou aplicar a primeira vez. Depois, você repete se ela reclamar de novo. E é melhor deixar sem calcinha pra arejar." Terminou de puxar a calcinha dela, dobrou-a e entregou-me.
Paulo não respirava. O pulso latejava, o sangue martelando nos ouvidos.
Jair prosseguiu, a voz mais baixa, quase íntima:
— O farmacêutico passou a pomada nos dedos e aplicou nela, massageando até absorver. Minha filha tremia, constrangida, tava toda encolhida, mas eu... eu tava durasso, tentando me conter para o farmacêutico não perceber.
Paulo olhou para a sua virilha. O volume era evidente. Então disse, sorrindo maliciosamente:
— Eu sei como é! E como foi na sua vez de passar a pomada?
— Como o passeio tinha acabado mais cedo, chegamos antes em casa. As mulheres ainda demorariam. João pôs um desenho para as crianças, e Maria sentou no meu colo... E toda hora ele olhava pra minha filha!
Jair interrompeu a frase, os dedos se apertando lentamente, como se ainda estivessem envolvendo a cintura estreita dela.
— Você tinha que ver como o João ficou, toda hora olhava discretamente para a Maria no meu colo!
— Mas é claro! Ele sabia que a menina estava só de vestido — sem nada por baixo.
— No meio do desenho, ela suspirou e virou o rostinho pra mim. "Pai...", ela sussurrou, com aquela voz meio trêmula, "tá ardendo de novo..."
— Paulo sorriu, um daqueles sorrisos que só homens trocam entre si.
— Pois é... - Jair esfregou as mãos, como se limpasse resíduos imaginários — Eu já tinha deixado a sacola da farmácia do lado do sofá.
A pomada saiu fria, um branco opaco no meu dedo indicador. Fiquei rodando ela entre os dedos pra esquentar, enquanto Maria se ajustava no meu colo.
Os cantos da boca de Paulo se curvaram num riso carregado de significado, os dedos batendo uma cadência nervosa no braço do sofá.
— Os passarinhos tavam cantando na televisão quando minha mão desceu, passando por baixo de sua saia. A pele dela ali era tão diferente, Paulo. Mais quente, mais macia... E úmida. Maria ficou completamente quietinha, só a respiração dela ficando mais rápida. Quando meu dedo encontrou... aquele lugar, ela prendeu o ar. Eu via os reflexos coloridos do desenho dançando no rosto dela, nos olhos meio fechados. João olhou novamente, mas o vestido o impedia de assistir a cena. Não liguei para ele, concentrado no jeito que o corpinho dela respondia a cada movimento meu. Até que ela deixou um gemidinho escapar.
Os dentes de Paulo apareceram num riso de lobo, os olhos escuros fixos em Jair.
— Porra! E o que você fez?
— Achei melhor parar. — Jair respondeu, a garganta contraída, as palavras saindo em fios roucos, como se cada sílaba arranhasse um segredo guardado a ferro. — Depois do filme, levei ela pra cama. Ela reclamou de novo, fazendo beicinho, aquela carinha de inocente que já não enganava ninguém. Mas eu sabia. Sabia direitinho o que ela queria. "Não pode passar a pomada toda hora, filha. A pererequinha está ardendo de verdade, ou é porque você gosta quando o papai faz carinho aqui?", perguntei, deslizando o dedo indicador devagar pela curva de sua virilha, só um toque, o suficiente para ela estremecer. Ela ficou corada, a pele cor de mel ficando quente, os olhos baixos, mas admitiu. "Porque é gostoso, papai", ela falou, tão baixinho que quase não ouvi, a voz dela um fio de seda úmido.
Paulo arfou, os dedos enterrando-se nas próprias coxas, as unhas marcando a carne dura sob o pano áspero da calça da prisão. Seu queixo estava tenso, os lábios entreabertos, a respiração pesada.
— Puta merda! E aí...?!
— Então disse que faria sem a pomada, só um pouquinho, para ela relaxar e dormir — Jair falou devagar, a voz nostálgica. — Levantei a saia dela, aquele tecido leve, cor de céu, subindo devagar, revelando as coxas macias, a pele morena e lisa. Fui passando delicadamente meus dedos na sua vulva, sentindo o calor, a umidade já se formando.
Jair olhou para o companheiro.
— Você tinha que ver, Paulo, como era macio e lisinho, como ela já estava aberta pra mim, docinha, pronta. A Maria fechou os olhos e relaxou, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo devagar. Senti suas pernas relaxando, caindo um pouco para os lados, os joelhos afundando no colchão, os grandes lábios se afastando, deixando o grelinho dela aparecer, rosado, inchadinho. Não resisti e explorei ali também, com a ponta do dedo, círculos lentos, cada volta mais firme. Senti Maria ficar arrepiada, a pele do estômago tremendo, a respiração ficando rápida, ofegante. Então começou a ter pequenos espasmos, o corpo dela se contraindo, os dedos agarrando o lençol. Até que comprimiu as perninhas, um gemidinho escapou, fino, doce, e ela ficou mole, derretida.
Jair suspirou. Tomou fôlego, e prosseguiu:
— Abaixei a saia dela, cobrindo aquela perfeição, e beijei sua testa, o cheirinho maravilhoso que só as garotinhas têm. "Boa noite, princesa, tenha bons sonhos! E não conte para mamãe esse nosso segredinho. Senão, nós dois estaremos encrencados."
Jair olhou para o companheiro de cela e ficou surpreso ao notar como Paulo estava ofegante, os olhos vidrados, a boca úmida, as mãos agora apertando a própria coxa com força, como se tentasse segurar algo incontrolável.
— Nossa, Jair, que experiência intensa! Você é um homem de sorte... — Paulo balançou a cabeça, a voz rouca, enquanto a língua umedecia os lábios ressecados. — E ela... guardou seu segredo?
— Guardou. Para ela também era conveniente o silêncio. Depois daquele dia, nossa relação ficou bem mais íntima. Eu despertei algo dentro dela. Maria sempre vinha se aconchegar no meu colo durante os filmes, pedia que eu a ajudasse no banho ou ficasse até adormecer... e então, quando menos esperava, aqueles dedinhos ágeis guiavam minha mão para dentro daquele calor úmido.
Paulo ergueu-se abruptamente, as articulações estalando como madeira seca, a pressão evidente contra o tecido da calça.
— Caramba, tá latejando... aqui nas costas... Vou deitar um pouco. Mas não para não, hein? Quero cada detalhe — murmurou, escalando a escada de metal até o beliche superior.
Jair acompanhou com os ouvidos o gemido do colchão sob o corpo do companheiro, seguido pelo farfalhar discreto de tecido sendo ajustado — depois, o ritmo cadenciado, abafado pelo cobertor, de uma mão trabalhando freneticamente, enquanto a respiração de Paulo se transformava acelerada e ofegante.
Jair percebeu o que o amigo estava fazendo. Não conteve o sorriso. O velho aproveitou o espaço liberado em sua cama e também deitou-se. Fechou os olhos, tentando recuperar as imagens de seu passado. Novamente se viu deitado com Maria, colocando mais uma vez a filha para dormir. Sua mão desceu em direção a virilha, o velho apertava a o prepúcio contra a cabeça de seu pau. Desde o incidente, ele não ficava mais duro, mas se fosse muito estimulado, mesmo flácido, seu Jair conseguia gozar. Enquanto se tocava, conseguia sentir as mãozinhas de Maria guiando o pai para debaixo da barra da camisola.
— Vai Jair, não pare de contar!
— No ano seguinte... — Jair prosseguiu, devagar, saboreando cada palavra, — os peitinhos dela começaram a despontar. Pequenos, firmes... ainda infantis, mas já com aquela curva suave. Dava pra ver os biquinhos durinhos marcando através do uniforme escolar. Mesmo ficando mocinha, ela insistia que eu ajudasse no banho. Eu adorava sentir aquelas brotinhos durinhos!
— E lá embaixo, Paulo! Ela já ficava molhada! — Jair sussurrou, sabendo exatamente o efeito que suas palavras tinham. — Daquele jeito inocente, sem entender direito, mas o corpinho dela já sabia... já respondia...
Jair esperou algum comentário de Paulo. Nenhuma palavra foi dita. Mas o velho percebia movimentos frenéticos e ofegantes vindo da cama de cima.
— Eu sabia que era errado... — ele murmurou, os dedos traçando círculos lentos no colchão fino. — Por isso nunca tomava iniciativa. Só respondia aos desejos dela. Mesmo depois de crescer um pouco, ela ainda guiava meus dedos para dentro da calcinha...
Paulo emitiu um gemido abafado lá de cima. Jair sabia exatamente o que ele estava fazendo – a mão enfiada nas calças do uniforme, os dedos se movendo em ritmo acelerado.
— Já tinha uns fios de cabelo crescendo lá...— Jair prosseguiu, fechando os olhos para reviver a memória. — A bucetinha dela estava mais encorpada, mais quente... E os peitinhos... Ele engoliu seco. — Aqueles conezinhos começando a aparecer me deixavam louco. Através do decote da blusa, dos buracos do braço... Eu via tudo, e ela sabia.
— Um dia, ela deitou no meu colo... — ele continuou, a voz mais grossa agora. — Costas apoiadas no meu peito, assistindo TV. Meus braços estavam em volta dela, fingindo um abraço inocente... Até que minhas mãos começaram a subir, devagar...
Paulo prendeu a respiração.
— Chegaram nos peitinhos... — Jair sussurrou. — Os biquinhos estavam durinhos, empinados. Fiquei esperando... Se ela reclamasse, eu diria que foi sem querer. Mas ela só ficou quieta... A respiração dela acelerou, o corpinho todo ficou tenso... E então...
Um rangido agudo veio do beliche superior. Paulo estava se contorcendo.
— Ela pegou minha mão e colocou *debaixo* da blusa... — Jair rosnou, sua própria mão descendo para o cós das calças. — Senti aqueles montinhos firmes, delicados... Fiquei louco. Joguei ela no sofá, arranquei short e calcinha... A parte de dentro da calcinha estava molhada, Paulo. Molhadinha... A natureza dizendo que ela queria, que estava pronta...
Um gemido gutural ecoou na cela. Paulo estava se masturbando abertamente agora, sem pudor.
— Ela me olhou... — Jair continuou, os dedos se movendo dentro das próprias calças. — Com medo, mas animada. Arranquei a blusa dela, e ela arqueou as costas para ajudar... Aí estava... Peitos pequenos e perfeitos, buceta rosada e inchada... Mergulhei meu rosto nela, chupando, mordendo de leve...
Jair fez uma pausa. Molhou os lábios com a língua. E continuou.
— Eu não conseguia resistir àqueles brotinhos dela. Cada dia que passava, a bucetinha da Maria se desenvolvia mais, ficando mais carnudinha...
Paulo emitiu um gemido abafado lá de cima. Jair sorriu, sabendo que tinha sua atenção total.
— Depois do banho, adorava carregá-la pelada no colo — continuou, os olhos brilhando no escuro. — Aquele corpinho úmido e quentinho contra o meu... Ela já sabia o que vinha a seguir e ria, ansiosa pelos toques que a faziam tremer.
O beliche rangeu quando Paulo se ajustou, sua mão claramente ocupada sob as cobertas.
— Eu começava pelos peitinhos — Jair prosseguiu, lambendo os lábios secos novamente. — Ainda pequenos, mas já tão sensíveis... Mamava neles como um bebê faminto. Ela arfava, os mamilos endurecendo na minha boca.
Paulo deixou um gemido escapar.
— Depois eu descia... Abria suas perninhas, afastava os lábios com os dedos... Ela já estava toda molhadinha.
Paulo prendeu a respiração.
— Passava a língua devagar, em círculos — Jair descreveu, os dedos se movendo em seu próprio corpo. — Ela arqueava as costas, os dedinhos agarrando o lençol... Os fluidos dela encharcavam a cama.
O beliche de cima balançou violentamente. Paulo estava perdendo o controle.
— Um dia... não deu pra segurar — Jair continuou, a voz mais grossa. — Passei a rola na entrada, sentindo como ela estava apertadinha, mas molhada o suficiente... E então empurrei.
Um gemido gutural ecoou na cela. Paulo estava se contorcendo.
— Ela gemeu — Jair sussurrou, os dentes cerrados. — Não era de dor... era de prazer. Fui devagar, sentindo cada centímetro... Ela abriu as pernas o máximo que pôde.
O som de pele batendo contra pele enchia a cela agora. Paulo estava quase lá.
— Quando senti que ia gozar, tirei e jorrei na barriguinha dela — Jair gemeu, sua própria mão acelerando. — Não podia arriscar engravidá-la... Mas depois disso, virou rotina.
Um baque surdo veio de cima quando Paulo arqueou as costas, seguido por um jorro úmido contra a parede. Ele tinha gozado, seu sêmen escorrendo pelo concreto sujo.
Jair riu baixo, sua própria mão trabalhando furiosamente agora.
— Ela vinha primeiro, sabia? — ele sussurrou, os olhos fechados. — Um tremor gostoso, apertando meu pau... E então eu enchia ela...
Com um gemido rouco, Jair também atingiu o clímax, imaginando Maria debaixo dele mais uma vez — os peitinhos novos tremendo, as pernas agarradas em sua cintura...
Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos. Curtindo o momento. Depois Paulo perguntou
— E sua mulher? Nunca descobriu?
— Depois daquilo, não tinha mais volta. Virou rotina. Até que... um dia, a mãe chegou mais cedo. A porta do quarto se abriu de repente, e eu levantei a cabeça, ainda com a boca cheia do gosto dela. Maria congelou, os olhos arregalados de terror. A mulher ficou parada na porta, pálida, como se tivesse visto um fantasma. As pernas dela fraquejaram, e ela se escorou na parede, a boca aberta, sem conseguir falar... E então... o mundo desabou.
— E foi assim que você veio parar aqui?
— Não. Ela nem prestou queixa. Mas me expulsou se casa, e pior... Colocou minha filha contra mim. Se repente, virei o vilão da história.
— Poxa, deve ter sido difícil. Mas pelo menos ela não te denunciou. Mas... Se sua mulher não abriu o bico, como você veio parar aqui?
— Isso é uma outra e longa história... A menina chamava Flávia. Mas vou deixar esse caso para outro dia.
Continua...
Parte 2 de 3
Vamos conversar? Diga que partes você gostou. O que poderia ser melhor? O conto está chegando ao fim, sobre o que você gostaria que eu escrevesse nas próximas histórias?
Eu respondo todos os comentários.
Beijos
Adoleta🌷
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Comentários (18)
Max: Adorei, confesso que me sinto muito mais excitado com os trechos de exibicionismo e nudez publica do que com as partes sexo explícito. Adorei ela peladinha andando pela rua kkk. Sobre futuros contos eu gostaria de algo parecido com "Meu tio minha vida" com uma garotinha ou garotinho, descobrindo o prazer do exibicionismo mas de forma gradual, com as situações de exibição aumentando pouco a pouco sempre com aquele constrangimento misturado com prazer. Uma coisa que você ainda não abordou nos contos foi a vida escolar das personagens, acho que em escolas podem acontecer muitas coisas interessantes, envolvendo só os alunos e dependendo até os professores. Enfim, como sempre sigo ansioso pelo próximo conto
Responder↴ • uid:1clt1dkwk82eMax: Ah e esqueci de dizer, apesar de gostar muito dos últimos contos, eu gostaria que os contos voltassem a serem em primeira pessoa, adoraria saber os pensamentos de uma garotinha peladinha percebendo que está chamando atenção dos homens, e gostando disso, mesmo morrendo de vergonha kkk
• uid:1clt1dkwk82eFrank4: Tenho que concordar com o Max dessa vez
• uid:1dkylbk05le0MSP: Aguardando a continuação...✌️😁🤭
Responder↴ • uid:g3jki1nd3Adoleta: Está a caminho rsrs
• uid:1clnio1u7u9dBittersweet-Fable: Você parece fazer crível a estirpe do Jairo e dos outros. Ainda assim faz a narrativa dele muito interessante. Poderia ser um pouco mais detalhado e aos poucos a relação dele com a Maria, mas como era um relato, foi fiel à proposta. Só poderia ter tido, por exemplo, a informação se houve algum reencontro entre eles e se sim qual a reação da Maria, etc. Mas muito bom, no geral.
Responder↴ • uid:1de528e57u82Adoleta: Olá amigo! Obrigada pelo comentário! Eu não sei escrever de forma objetiva kkkk, então foco em partes mais específicas. Mas eu acordei essa história no capítulo 5, chamado No Colinho do papai (título bem apelativo né 😁). É mais do ponto de vista da filha. Beijos
• uid:1clnio1u7u9dSeuAmante: Uma continuação da história da Miriã, depois que ela perdeu a virgindade com o pai,seria interessante ela descobrindo o prazer anal com outro morador do condomínio que tivesse uma ferramenta maior e mais empolgante com anuência do pai,ele tão protetor não deixaria a filha sozinha nessa hora.
Responder↴ • uid:kxrt55zAdoleta: Olá! Obrigada pelo comentário e pela sugestão! Beijos
• uid:1clnio1u7u9dada: Um conto que poderia ter continuação e " Cuidando do coleguinha da minha sala " ou poderia ser reescrito com mais detalhes e inclusão de mais uma personagem .
Responder↴ • uid:1e0pu683lcwaMax: Também adoro esse conto, a ideia de um menino em posição de submissão pra uma garota da mesma idade ou apenas um pouco mais velha é bem excitante.
• uid:1clt1dkwk82eAdoleta: É um tema que me excita muito também! Pretendo escrever sobre isso mais vezes!
• uid:1clnio1u7u9dada: Mais uma vez , um excelente conto . o que eu mais gostei foi que ele admitiu que ele é o vilão da historia. O sr. Jair/Jairo é um ótimo personagem , mas as crianças do condomínio ganham de lavada. Que tal um epilogo com as crianças para fechar com chave de ouro esta saga .
Responder↴ • uid:1e0pu683lcwaAdoleta: Obrigada pelo comentário, e pela sugestão!
• uid:1clnio1u7u9dcobra: muito bom é pouco , execelente é pouco , magistral é pouco , qualquer coisa que digo de grandioso ainda serei injusto , por favor e só posso falar assim ( continue por favor ) sem desmereçer o restante dos autores incluindo eu mesmo , muito bem escrito , como ja falaram conto grande e voce gruda na tela e não desgruda nem para ir ao banheiro , por favor continue e não existe parte boa só existe e tudo e de execelente qualidade . obrigado por me entreter durante um tempo na frente da tela e esquecer meu problemas que são muitos , obrigado .
Responder↴ • uid:3sy0m98Adoleta: Nossa, amei seu comentário! Significa muito pra mim! Beijos!
• uid:1clnio1u7u9dO Professor - Brasília: Conto grande, porém muito bem escrito.
Responder↴ • uid:1v7f4pqkAdoleta: Obrigada pelo comentário!
• uid:1clnio1u7u9d