Pagando a aposta pro meu primo. PARTE 57
A volta para casa foi bem tranquila. Conversávamos sobre várias coisas, mas algo chamou minha atenção: ninguém da minha família mencionou o clima pesado que Amanda deixou. Parecia que queriam evitar o assunto, o que, para ser sincero, era até um alívio. Decidi então fingir demência e seguir em frente.
Aquela noite, acabei dormindo na casa dos meus pais. Acho que ficar lá de vez em quando vai me fazer bem. Afinal, eles são minha família, e eu e meu irmão estamos voltando a nos entender aos poucos.
Já em casa, minha mãe resolveu desabafar. Ela disse: "Ah, eu vou ter que falar, senão não vou conseguir dormir de tanto que vou ficar remoendo isso. Aquela menina me irrita. A Amanda está merecendo uns corretivos. Seu tio até que tem pulso firme, mas sua tia... coitada."
Foi então que meu pai interveio, tentando encerrar o assunto: "Vamos deixar as coisas quietas, afinal você está falando da minha irmã. E outra, falar sobre isso não vai mudar o que aconteceu. Mas, se Amanda passou dos limites, passou. Tanto que seu tio veio pedir desculpas."
Resolvi dar a minha opinião sobre os fatos: "Eu acho super importante a gente falar sobre isso, porque é um assunto válido. Amanda manipula as pessoas; fez isso com o Ricardo e agora com meus tios. Quem sabe o que ela coloca na cabeça deles?"
Letícia concordou e ainda mencionou o ex da Amanda: "Sem falar no ciúme possessivo que ela tinha daquele ex. Pra tudo ele tinha que dar satisfação, virou até piada entre os meninos."
Ricardo, direto, comentou: "Ela não suporta o fato de que o irmão é gay. Ligava pra mim falando pra eu abrir os olhos com o Renato, sempre de forma pejorativa. Até hoje eu não sei se ela não suporta o lance do irmão ou se é algo mais geral, tipo homofobia."
Pra mim, ela não passa de uma homofóbica. Mesmo com Anderson longe, ela veio me provocar, me chamando de aberração. O que vocês têm que entender é que Amanda usa a religião para esconder o lado podre dela. Eu quero distância, mas se ela vier me provocar, não vou mais ficar quieto.
Minha mãe me abraçou e disse, olhando para o meu pai: "Chega de falar dessa menina."
Sentei no sofá, peguei o controle e liguei a TV. "Vamos ver o que tá passando de bom aqui." Meus pais foram para o quarto, e Letícia foi se banhar, dizendo que voltaria depois.
Fiquei na sala com meu irmão, e ele comentou: "Fui um burro em cair nessa! Como fui me deixar levar pela Amanda?"
Ri e falei que ele foi burro, um burro ao quadrado..
Ele sorriu de volta e admitiu: "Cara, eu errei feio com você. Me deixei levar pelas informações que a Amanda trazia e, quando vi o Anderson lá onde você mora, senti um ódio que só me lembro de ter ido direto pra cima dele."
Era bom a gente ter aquela conversa, ver a situação de todos os lados.
Eu o encarei e fui sincero: "Você estava transtornado aquele dia. Eu não te reconheci. Confesso que estava decidido a nunca mais falar com você, nem olhar na sua cara, por tudo o que disse e fez naquele momento."
Ricardo abaixou o olhar, lamentando: "Eu lamento muito por tudo e reconheço que fui um otário, um mané. Mas quero, acima de tudo, deixar claro que não sou homofóbico. O que eu fiz naquele dia foi porque, na minha cabeça, o Anderson era um abusador. Ele é mais velho, e, por acreditar nisso, fiquei ainda mais puto, já que vocês são primos e ainda assim insistiam nisso."
Eu estava decidido a fazer meu irmão entender de uma vez por todas: eu e Anderson não só estávamos apaixonados, mas éramos um casal.
Olhei para ele e falei, firme: "Ricardo, eu sei que é complicado pra você entender. Não é comum ver dois primos se relacionando, eu sei. Mas você precisa entender que, embora não seja algo tão comum hoje, ainda acontece. Num passado recente, era até comum primos se casarem e terem filhos. No meu caso e do Anderson, o que torna tudo mais complicado talvez não seja apenas o fato de sermos primos, mas de sermos gays."
Ricardo me ouvia atentamente, cada palavra minha parecia afundar na mente dele. Peguei o controle da TV e a desliguei. Nesse momento, Letícia surgiu na sala, de banho tomado, cheirosa, vestida em um babydoll, e se sentou ao lado do Ricardo. Logo percebeu o tipo de conversa que estávamos tendo.
Troquei um olhar com minha cunhada, buscando apoio, e continuei: "Em nenhum momento Anderson abusou de mim ou me forçou a algo. Simplesmente aconteceu, entende? Ele sempre teve relacionamentos com mulheres, mas, dessa vez, foi diferente."
Ricardo me olhou curioso e perguntou: "Mas como aconteceu? Nada acontece do nada... alguém deu em cima de alguém, né?" Ele terminou com um sorriso nervoso.
Letícia tentou intervir, mas eu a acalmei: "Deixa, Le! Tá tranquilo."
Voltei a olhar para meu irmão e, com um sorriso, confessei: "Tudo começou por causa de uma aposta. Estávamos jogando videogame e fizemos uma aposta enquanto tentávamos zerar o jogo. Eu perdi.
Ricardo ficou em silêncio, processando tudo o que eu disse. Balançou a cabeça:
"E?”
Olhei para ele com um sorriso e retruquei: "Tudo que você precisa saber é que eu não era tão inocente como você pensa, e se rolou, é porque ambos permitimos e quisemos que acontecesse.”
Ricardo voltou à questão que o intrigava desde a festa. "Mas é isso que eu não entendo! Se o cara curte mulher, como de repente começa a curtir homem? Olha só, você disse que já ficou com o Daniel, mas o cara namorava a Amanda, boa pinta! O Anderson sempre pegou as garotas mais bonitas da roda, e sem esforço."
Respirei fundo, decidido a ser ainda mais didático. "Tá, vou usar um exemplo que você conhece bem. Lembra daquele Carnaval que passamos em Angra?"
Ele concordou com a cabeça, atento. "Claro, lembro sim."
"Então, lembra quando a gente foi pro bloco das piranhas e começou a dançar em grupo? Eu dancei com o Daniel, você com o Dinei. Anderson dançou com o Cristiano, e o Gil com o Manuel. Lembra?"
Ele acenou positivamente, mas ainda confuso. "Sim, lembro, mas o que tem isso?"
"Bom, enquanto eu dançava com o Daniel, ele acabou ficando... excitado." Ricardo arregalou os olhos, surpreso com a minha revelação. Continuei: "Eu tive que ficar ali na frente dele até aquilo se acalmar. Agora, te pergunto: você ficou excitado dançando com o Dinei?"
Ricardo riu, meio desconcertado. "Claro que não! Foi na esportiva, já que todos estavam dançando. E eu jurava que Anderson curtia mulher.."
"Pois é," expliquei, "até então, o Daniel também se dizia hétero. Talvez ele ainda se veja assim. Mas, naquele momento, ele sentiu uma curiosidade diferente. E depois começou a jogar umas indiretas, mesmo estando com a Amanda. E só rolou algo entre a gente depois que eles terminaram. Com Anderson foi a mesma coisa. A gente foi se permitindo, até o negócio ficar sério. Gil e Naldo também eram um casal, apesar de Naldo ser o hetero top. E ninguém imaginava. E eles continuaram juntos mesmo com a fofoca e desconfiança do povo. Isso mostra que as pessoas nem sempre são o que aparentam. Acho que você esteve rodeado dessas pessoas sem nem perceber.”
Ricardo ficou em silêncio por um momento, processando essa informação. Ele olhou para mim com uma expressão de surpresa misturada com compreensão, como se de repente estivesse vendo tudo de uma nova forma.
Meu irmão ainda estava perplexo, mas curioso, e perguntou sobre o Manuel: "Como Manuel entrou na sua vida?"
Optei por resumir. "Manuel descobriu sobre mim e o Anderson e... bem, ele nos chantageou. Não tivemos outra saída, e ele acabou fazendo parte da nossa relação."
A indignação de Ricardo foi imediata: "Chantagem?! Por que esse desgraçado fez isso? Dá pra ver que ele é um cretino."
Tentei amenizar. "Por uma parte, sim, ele não foi legal. Mas, depois, Manuel me ajudou muito. Ele esteve ao meu lado, me deu carinho e apoio, especialmente quando o Anderson passava por aquelas crises existenciais."
Ricardo ficou em silêncio, ainda digerindo tudo, e Letícia também aguardava, atenta. Depois de um tempo, ele disse: "Depois de tudo o que ouvi, por mais confuso que pareça, as coisas estão começando a fazer mais sentido agora."
Depois de tudo, pedi a Ricardo não só que ele me entendesse, mas, acima de tudo, que me respeitasse. Só assim nossa reaproximação poderia dar certo.
Ele assentiu, com um olhar que refletia uma compreensão sincera. “Dessa vez eu aprendi, Renato. Talvez tenha sido tarde, mas aprendi. No meio desse caos todo, com você me ignorando, eu vi o quanto vacilei. Briguei por bobagem e isso só nos afastou.”
Ele se levantou, hesitou por um instante, e então pediu um abraço, que retribuí sem pensar duas vezes. Ao desfazer o abraço, com um sorriso provocador, comentei: “Vou subir pra tomar um banho, e você devia fazer o mesmo, porque senti o fedor quando te abracei!” Ele riu e me mandou ir à merda, mas disse que faria o mesmo quando eu liberasse o banheiro.
Debaixo do chuveiro, refleti sobre os últimos acontecimentos: Amanda causando aquele climão e acabando por expor a si mesma, minha tia não me questionando mais sobre o Anderson, e a aproximação inesperada com Ricardo, que, ainda que repentina, era muito significativa. Pensei nos boys também, imaginando o que eles estariam fazendo naquele momento e como reagiriam ao showzinho da Amanda. Decidi que ligaria para eles antes de dormir, só pra dar um alô.
Ao sair do banheiro, dei de cara com Ricardo, enrolado apenas em uma toalha, esperando ansiosamente para entrar. Ele me olhou e perguntou, rindo: “Tava batendo uma? Demorou pra carai.” Eu ri e respondi com um “Vai à merda”, seguindo para o quarto.
Enquanto me vestia, ouvi Letícia lá embaixo, preparando algo na cozinha. Ao descer, encontrei-a montando sanduíches para nós. Sentamos e, por um momento, conversamos a sós.
Ela comentou que achou muito importante a conversa entre mim e Ricardo. Expliquei que estava na hora de expor tudo, já que ele estava receptivo. “Ou ele me entende de uma vez ou se afasta de vez”, falei, mas ela me tranquilizou, dizendo que Ricardo, embora ainda estivesse absorvendo toda aquela informação, estava tranquilo e contente pela reaproximação.
"Ele até disse que o melhor de tudo isso é que vocês dois estão voltando a se entender," ela contou, sorrindo.
""Não estamos cem por cento, mas já é um começo," falei, rindo. Mesmo após tanto tempo afastados, a interação entre mim e Ricardo fluía como se não houvesse nenhum distanciamento entre nós. A intimidade parecia ter se reestabelecido naturalmente.
Ricardo surgiu na cozinha vestindo apenas uma samba-canção, aquele mesmo ar despreocupado e provocador de sempre. Observei por um instante: o corpo continuava o mesmo, definido, quase sem pêlos. Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele abriu aquele sorriso debochado que era sua marca registrada:
Admite aí, tava morrendo de saudade de mim, né?
Revirei os olhos, tentando disfarçar o início de um sorriso. Ele sabia exatamente como me tirar do sério.
— Você sabe que não é tão simpático quanto eu, né? — retruquei. — Mas, olha, vou admitir: apesar do ódio no coração, senti sua falta... só um cadinho.
Ele riu, como se aquilo fosse a maior vitória do dia, e pegou um sanduíche que estava na bancada. Com a maior naturalidade do mundo, serviu refrigerante no copo e se juntou a nós, se acomodando na mesa.
— Já contou pra ele, Letícia? — perguntou, olhando para ela com aquele jeito casual de sempre. — Que estamos pensando em fazer algo diferente este ano?
Letícia balançou a cabeça negativamente.
— Ainda não falei nada.
Ricardo então assumiu o controle da conversa, como de costume:
— Pois é. Estamos pensando em alugar um sítio para passar o Réveillon. O nosso natal vai ser algo mais tranquilo, só com a família. Mas pra virada quero uma festa mais animada, só que ainda não decidimos se vamos convidar nossos tios. Tenho vontade, mas, com a Amanda no pacote, fico com o pé atrás.
Ao ouvir a menção ao sítio, meu coração deu um salto. Aquele lugar carregava tantas lembranças especiais que só a ideia de voltar lá já me animava.
— No sítio? Aquele onde a gente costumava passar o Natal? — perguntei, já me deixando levar pela nostalgia.
— Esse mesmo — confirmou Ricardo, despreocupado.
Um sorriso escapou antes que eu pudesse controlar. Olhei para ele, cheio de expectativa:
— Então, posso convidar o Anderson e o Manuel?
Ricardo fez uma pausa, mexendo no copo de refrigerante, antes de responder.
— Pode, claro. E se quiser chamar outros amigos também, tudo bem. Quanto mais gente bacana, melhor.
Porém, ele suspirou, com aquele tom característico dele, e completou:
— Mas não cria muita expectativa. O Anderson provavelmente não vai aparecer. A gente não tá se falando, lembra?
A menção ao atrito entre os dois trouxe um peso inesperado à conversa. Mesmo assim, a possibilidade de reunir pessoas importantes pra mim me fez deixar isso de lado por um momento.
— De qualquer forma, seria incrível voltar lá — murmurei, já me imaginando no sítio, cercado por amigos e momentos que poderiam se tornar novas memórias.
Ricardo deu de ombros, voltando ao ponto inicial:
— O problema maior ainda é a Amanda. Pensar em convidar nossos tios significa lidar com ela também. E aí, é complicado.
Minha expressão se fechou. Era impossível não lembrar dos episódios desagradáveis.
— Pensar duas vezes é o mínimo. Do jeito que aquela vadia é cara de pau, é bem capaz de aparecer mesmo sem convite e ainda fazer outro show. Estragar a festa dos outros virou uma especialidade dela.— comentei, irônico.
Ricardo concordou com um sorriso de canto, mas Letícia foi quem tomou a palavra com firmeza.
— Essa ela não vai estragar. Pode ter certeza disso. Se precisar, eu mesma ligo pros seus tios pra perguntar se eles realmente têm interesse em trazer a Amanda. E, se eles tiverem, já deixo claro um monte de recomendações.
Ela cruzou os braços, já montando seu plano mental, e continuou:
— Porque, se precisar, eu mesma resolvo.
Dei uma risada curta e disse a eles:
— Já tô aqui torcendo pra que esse Réveillon aconteça. Seria bom demais voltar lá no sítio.
Letícia assentiu, animada, enquanto eu já começava a pensar de como seria esse encontro. A ideia do sítio parecia ganhar força, e, apesar das nuances e possíveis tensões, a expectativa de reunir tanta gente importante era algo que eu já começava a gerar expectativas.
Antes de devorar o último pedaço do meu sanduíche, falei:
— Bom, o lanche e o papo estão ótimos, mas vou subir pro meu quarto.
Aproveitei para agradecer pelo lanche e, de forma bem-humorada, pedi que fossem discretos na hora de dormir:
— Mesmo sendo visita, mereço uma noite de sono tranquila, sem barulhinhos e gemidos, né?
No quarto, mal me deitei e já peguei o celular para ligar para Anderson. Ele atendeu rápido, dizendo que estava ansioso para falar comigo, o que achei adorável. Contei para ele sobre o que tinha acontecido na festa de aniversário do tio Júlio. No início, ele não reagiu, mas, depois de ouvir todo o babado, achou bom que tudo tivesse vindo à tona. Me aconselhou a não abaixar a cabeça para Amanda e a me impor sempre que necessário.
Perguntei sobre Manuel, e ele me disse que estava dormindo. Quando perguntei a Anderson sobre como ele estava se sentindo na nova cidade, ele suspirou e revelou sua ansiedade para começar logo a trabalhar. Ele disse que precisava de algo para ocupar a mente, que não via a hora de se envolver em uma rotina que o tirasse daquela sensação de inquietação.
— Estou contando os dias.
Anderson suspirou, mas admitiu que estava ficando entediado sem um trabalho para ocupar o tempo.
— Sem nada para fazer, acabo ficando em casa o dia inteiro. Dá uma sensação de vazio, sabe?
Em meio à conversa, ele soltou algo que me pegou de surpresa:
— Gosto muito de falar com você, especialmente quando estamos só nós dois.
Para não prolongar o silêncio que se formou, respondi, com uma leve brincadeira, que também gostava de falar só nós dois, deixando claro que aquela ligação me fazia bem. Aproveitei para tranquilizá-lo, lembrando que ele começaria a trabalhar na próxima segunda e que, em breve, teria uma nova rotina, cheia de desafios e pessoas novas para conhecer.
Após a ligação, fiquei refletindo. Não era sempre que Anderson se abria desse jeito, mas, quando falava, sabia que era sincero e verdadeiro. Notei algo ainda mais curioso: tanto ele quanto Manuel buscavam esses momentos de proximidade a sós comigo, sem a presença do outro. Parecia haver uma necessidade em ambos de manter esse contato exclusivo comigo, como se fosse um segredo nosso, ou talvez uma espécie de rota de fuga, onde podiam relaxar sem tantas amarras.
Quando a segunda-feira chegou, Anderson me ligou logo cedo, a ansiedade evidente em sua voz. Era seu primeiro dia de trabalho, e ele parecia buscar aquele apoio reconfortante.
— Só liguei pra você me desejar boa sorte — disse ele, com um tom nervoso, mas cheio de expectativa.
Sorri, imaginando a cena do outro lado da linha, e respondi com carinho:
— Toda a sorte do mundo pra você, Anderson. Você merece muito que tudo dê certo. E lembra de uma coisa: eu te amo, tá?
Ele ficou em silêncio por um breve momento, talvez surpreso, antes de responder com a voz mais suave:
— Também te amo. Seu apoio é muito importante para mim.
Ao fundo, escutei Manuel apressando-o:
— Anda logo, Anderson! Se a gente demorar, você vai chegar atrasado no primeiro dia!
Anderson soltou uma risadinha nervosa.
— Vou passar pro Manuel rapidinho.
Manuel assumiu a ligação, sua voz calorosa e familiar me cumprimentando.
— Oi! Tudo bem por aí?
— Tudo sim, e vocês? Cuidando do novato aí?
Ele riu.
— Pois é, né? Hoje é um dia importante. Mas, ó, tô na maior correria aqui. Queria falar com calma, mas não vai dar agora. Prometo que ligo mais tarde pra gente conversar direito, tá bom?
— Sem problemas, Manuel. Vai lá. E boa sorte pra vocês dois hoje.
— Valeu! Até mais!
Depois da ligação, Anderson não saía dos meus pensamentos. Fui para o trabalho torcendo para que ele tivesse um bom dia, mandando toda energia positiva para que tudo desse certo. Afinal, ele tinha saído daqui com esse propósito.
Já no trabalho, em um momento qualquer, Pedro entrou na minha sala sem bater, como sempre fazia, e foi logo comentando sobre o primeiro dia de Anderson. Pelo tom, era evidente que ele já tinha conversado com Manuel naquela manhã.
— Então, parece que o Anderson começou hoje, né? — disse ele, com aquele jeito que não dava pra entender se era curiosidade ou provocação.
— Sim, ele estava todo ansioso e animado — respondi, tentando soar neutro.
Mas o comentário que veio a seguir me pegou completamente desprevenido.
— Não é bem o que eu fiquei sabendo. Quase se atrasar no primeiro dia de trabalho é sacanagem.
Fiquei parado, encarando-o, incrédulo. A ideia de que Manuel poderia ter feito um comentário desse tipo para o pai me incomodava profundamente, mas decidi manter a calma.
— Não sei bem ao certo o que seu filho falou sobre Anderson com você — comecei, medindo as palavras —, mas meu primo não estava atrasado. Além do mais, tudo ali é novo pra ele: casa nova, cidade nova, trabalho novo. Ele ainda não sabe andar sozinho por lá, e vai levar um tempo pra se adaptar.
Pedro, talvez percebendo que tinha passado dos limites, tentou se justificar:
— Manuel não falou nada de...
Antes que ele pudesse completar, eu o interrompi, incapaz de segurar a indignação.
— Anderson não deveria nem ser pauta entre vocês dois. Vamos ser sinceros, Pedro, o senhor nunca foi com a cara dele. Mas enfim, já respondi o que precisava. Vou voltar ao meu trabalho agora.
Ele me olhou fixamente por alguns segundos, como se quisesse dizer algo, mas acabou desistindo. Saiu da sala sem nem ao menos fechar a porta, deixando um clima pesado no ar.
A partir daquele momento, meu pensamento não era mais sobre Anderson, mas sobre Manuel. Por que ele tinha que falar disso para Pedro?
Como de costume, Manuel me ligou antes de fazermos a chamada de vídeo com Anderson. Quando atendi, ele começou casualmente:
— Tá tudo bem por aí?
Sem rodeios, soltei:
— Não, não está nada bem.
Houve uma pausa, e ele perguntou, claramente preocupado:
— O que aconteceu?
— Você ligou pro seu pai hoje, né?
— Sim, mas o que tem a ver isso?
Respirei fundo antes de continuar:
— Você falou que o Anderson quase se atrasou no primeiro dia de trabalho. E, te juro, desde que o seu pai me disse isso, tô tentando entender por que você sentiu a necessidade de comentar isso com ele.
Manuel ficou em silêncio, sem saber o que dizer. Aproveitei para continuar:
— Comentar que era o primeiro dia do trabalho dele, tudo bem. Agora, falar que ele quase se atrasou... justo pro seu pai, que já não vai com a cara do Anderson? Sério, Manuel, isso foi demais.
Ele finalmente tentou se justificar:
— Renato, você tá exagerando... eu só disse que ele quase chegou atrasado.
Eu suspirei, segurando a irritação.
— Independente do que foi dito, a sensação que passou pro seu pai foi de que meu primo é irresponsável. Pô, Manuel, tô muito puto com isso.
Do outro lado da linha, a voz dele ficou mais séria, como se estivesse refletindo sobre minhas palavras.
— Desculpa. Não foi minha intenção, de verdade.
Tentei encerrar o assunto para não estragar o dia:
— Tá ok. Agora vê se o Anderson está disponível pra gente começar a chamada de vídeo. E, por favor, nada de comentar esse clima chato que se formou aqui. Hoje é um dia de alegria pra ele.
— Pode deixar. Vou falar com ele agora — respondeu Manuel, com o tom mais contido.
Desligamos, e eu respirei fundo. Não queria carregar aquela tensão para o momento com Anderson.
Quando a ligação foi retomada, Anderson também estava incluso na vídeo chamada. Ele parecia radiante, todo orgulhoso, mostrando cada canto da imensa loja onde tinha começado a trabalhar. A câmera tremia enquanto ele explicava com entusiasmo:
— Fiz amizade com os caras aqui, tá tudo indo muito bem. Vai dar certo, Renato! Eu tô sentindo, meu amor.
Manuel sorriu e reforçou com convicção:
— Já deu certo!
Anderson completou, num tom firme:
— E garanto que esse ânimo não é só do primeiro dia de trabalho. Eu nunca fui vagabundo, sempre trabalhei. Só fiquei desempregado naquela época, e isso me desanimou um pouco, mas não faz de mim alguém que gosta da vida fácil.
Um silêncio desconfortável tomou conta da chamada. Pressentindo a tensão, resolvi intervir:
— O que tá rolando?
Anderson suspirou antes de responder:
— A gente já brigou hoje de manhã. Foi por causa de um comentário que o Manuel fez. Ele disse que esse meu ânimo era só fogo de palha, coisa de primeiro dia. Que queria ver se eu ia estar com a mesma disposição daqui a uns meses.
Fiquei surpreso. Era claramente uma brincadeira de mau gosto. Olhei para Manuel, que já estava vermelho, desconfortável depois do que tinha acontecido.
— Manuel, você disse isso na zoeira, né? — perguntei, tentando aliviar o clima.
Ele respondeu rápido, quase defensivo:
— Sim, eu tava brincando. Falei isso pra ele, mas não adiantou.
Anderson balançou a cabeça, claramente ainda chateado:
— Manuel, não vou discutir de novo. Não gostei. Fiquei bolado mesmo porque pareceu que você tava insinuando que eu não gosto de trabalhar. Ou seja, indiretamente me chamou de vagabundo.
Manuel baixou o olhar, a voz sincera ao responder:
— Peço desculpas pra você, diante do Renato. Fui insensível. Não pensei nas palavras.
Anderson respirou fundo antes de ceder:
— Só vou perdoar porque somos parceiros, porra! Mas da próxima vez, quem não vai pensar sou eu.
O clima começou a se aliviar, e, numa tentativa de compensar, Manuel sugeriu:
— Que tal a gente jantar fora hoje, em comemoração ao seu primeiro dia de trabalho?
Eu incentivei Anderson a aceitar. Ele relutou um pouco, mas acabou concordando com uma condição:
— Só vou se o Renato ligar pra gente quando estivermos no restaurante. E tem que estar com uma cerveja, vinho, refrigerante... qualquer coisa. Quero que você celebre com a gente, mesmo de longe.
Sorri, aceitando o pedido:
— Fechado! Passarei no mercado quando sair daqui e providenciarei uma bebida.
Manuel disse que ainda tinha ir no shopping e que depois iria pra casa se arrumar e pegar Anderson.
No mercado, caminhei pelos corredores até chegar na sessão de vinhos. Havia tantas opções que quase me perdi nas escolhas, mas decidi por um tinto suave. Enquanto segurava a garrafa, senti um pequeno sorriso surgir, pensando em como aquele brinde seria significativo.
Quando cheguei em casa, enquanto ajeitava as coisas para o brinde, uma mistura de sentimentos tomava conta de mim. Mesmo com a inquietação sobre as atitudes recentes de Manuel, decidi colocar isso de lado. Não era hora para dúvidas ou questionamentos. O brilho nos olhos de Anderson naquele dia deixava claro que o momento era dele, e ele quis compartilhá-lo comigo. Isso era o suficiente para preencher meu coração.
Depois de uma ducha rápida e uma troca de roupa casual — camiseta e bermuda —, comecei a preparar o cenário. Coloquei a taça na mesa com cuidado, conferi se o vinho estava bem gelado e, por um instante, fiquei admirando a simplicidade do momento.
A expectativa pela chamada deles aumentava a cada minuto. Cada detalhe parecia um pequeno ritual que simbolizava mais do que um brinde; era uma prova de carinho, de conexão, mesmo à distância. Enquanto esperava, tentei controlar a ansiedade, mas meu ego estava lá, inflado. Eu sabia que, de alguma forma, aquele gesto de Anderson era uma declaração, uma forma de dizer sem palavras que, apesar de tudo, eu era importante para ele.
Anderson me ligou no horário combinado, embora com um pequeno atraso de alguns minutos, que, sinceramente, não fazia diferença alguma. Assim que abri a câmera, me deparei com ele impecável. Meu primo estava lindo, vestindo uma camisa social preta que realçava ainda mais sua presença, enquanto um cordão de prata brilhava sutilmente em seu pescoço. Ele me deu um sorriso caloroso, seguido de um "boa noite" que quase parecia carregado de orgulho por aquele momento.
— Comprou a bebida como combinamos? — perguntou, os olhos estreitando em um gesto brincalhão, como se quisesse confirmar se eu havia seguido suas instruções.
Antes que eu pudesse responder, ele virou o celular para mostrar Manuel, que estava ao seu lado. Manuel, como sempre, também estava deslumbrante, vestindo uma camisa social azul-clara que contrastava perfeitamente com sua pele e dava um toque ainda mais elegante ao visual. Ele me cumprimentou com um sorriso discreto e um aceno de cabeça, enquanto Anderson ajustava a câmera para enquadrar os dois.
— Olha só o lugar que o Manuel escolheu pra gente jantar hoje! — disse Anderson, com um tom de empolgação.
A câmera começou a se mover, revelando o ambiente ao redor. Era um restaurante fino, moderno, que exalava sofisticação. As paredes de vidro permitiam uma vista deslumbrante das luzes da cidade, que piscavam como estrelas distantes. O teto era adornado por lustres minimalistas, emitindo uma luz quente e confortável. O salão era silencioso, preenchido apenas pelo som discreto de uma música instrumental que parecia abraçar cada canto do lugar.
As mesas eram organizadas de forma impecável, com toalhas brancas lisas e utensílios brilhando sob a luz ambiente. Garçons bem vestidos circulavam com discrição, sempre atentos às necessidades dos clientes, tornando o ambiente ainda mais acolhedor.
— E aí, o que achou? — perguntou Anderson, com um brilho nos olhos.
Eu sorri, tentando captar toda a essência daquele momento e a felicidade estampada nos rostos dos dois.
Anderson: Dessa vez Manuel mandou bem. Escolheu um lugar da hora.
Eu: Nossa, realmente muito lindo o local. Por que não me apresentou quando eu também estava aí? Mas não tem problema, teremos tempo de sobra pra isso.
Manuel: Que bom que gostou, Anderson. Essa é minha primeira vez aqui também. É um dos melhores da região, só tem ótimas avaliações. Foi o único jeito de eu me redimir e me desculpar com você. E quanto a você, Renato, você terá a sua hora.
– Nossa, o lugar é lindo! Quero conhecer pessoalmente quando eu for aí - respondi, impressionado com o ambiente.
Porra! Manuel acertou em cheio dessa vez! Lugar top. disse Anders com um sorriso satisfeito.
Manuel, porém, se apressou em se justificar:
Foi o mínimo que eu podia fazer depois das merdas que falei sem pend hoje de manhã.
Logo chamaram o garçom e pediram um vinho. Enquanto esperavam, Anderson começou a falar, sua expressão séria revelando o peso de suas palavras:
– Sabe, estar aqui está sendo um desafio enorme, pois como vocês estão cansados de saber, abri mão de minha vida toda para recomeçar do zero. É por isso que o apoio de vocês é tão importante, principalmente o seu, Manuel. Moro contigo agora. Se não puder me ajudar, pelo menos não atrapalhe.
Manuel ficou visivelmente envergonhado, mas resolveu responder: Eu sei que falei coisas sem pensar, por isso escolhi este lugar hoje, para compensar o que fiz. Anderson, você tem que entender que isso tudo é novo para mim. Eu vou errar, mas também vou acertar.
O garçom chegou com o vinho e serviu cada um antes de sair. Peguei meu copo improvisado, colocando o líquido com cuidado, e acompanhei a cena pela câmera.
Anderson ergueu sua taça, quebrando o silêncio:
– Quero propor um brinde! À minha nova fase!
Eles brindaram, e eu estendi meu copo em direção à câmera, tentando participar à distância.
Após o brinde, Anderson retomou o assunto, sua voz firme: Sabe, Manuel, só não quero que você me humilhe. É a única coisa que peço. Porque quando você faz isso, dá a sensação de que, só porque estou morando de favor na sua casa, você acha que tem o direito de falar certas coisas comigo. Mas te aviso, esse lance de me colocar pra baixo não vai rolar. Da próxima vez, eu te meto um soco logo na cara. E não tô brincando. Não é uma ameaça, é só um aviso.
A tensão no ar era palpável, e senti que precisava intervir. Com um tom mais leve, tentei amenizar: O importante é que vocês estão nesse restaurante lindo porque decidiram celebrar. Aproveitem isso e coloquem os pingos nos "is".
Manuel, ainda tentando amenizar a situação, falou:
— Anderson, eu já reconheci meu erro e peço desculpas quantas vezes for necessário. Mas relacionamento é isso, cara, há erros e acertos. Lá em Volta Redonda, enquanto você morava com o Renato, vocês também se estranharam.
Eu percebi que a conversa estava tomando um rumo mais tenso novamente, então resolvi intervir:
— Gente, vocês estão aqui para celebrar, não para discutir a relação. Vamos mudar o foco. Que tal pedirem o jantar?
Eles concordaram, e depois de várias consultas ao menu, decidiram por um prato elegante: filé mignon ao molho de vinho tinto com purê de batata trufado. Era uma escolha digna do restaurante em que estavam. Enquanto isso, do outro lado da tela, não hesitei em pedir algo mais simples, mas igualmente satisfatório. Com um sorriso no rosto, anunciei minha escolha:
— Eu vou de quentinha de churrasco.
Anderson riu, aliviando um pouco a tensão, enquanto Manuel não segurou um comentário brincalhão:
— Você sempre foge do padrão, né?
Eu apenas dei de ombros, satisfeito por ter conseguido desviar o clima da conversa para algo mais leve.
Anderson respirou fundo, deixando o silêncio pairar por um momento antes de falar:
— Pode parecer bobagem, mas eu estou aqui por vocês.
Ele fez uma pausa, olhando primeiro para Manuel e depois para a câmera, como se quisesse reforçar a importância de suas palavras. Então completou:
— Eu amo o relacionamento que temos. Por isso estou tão animado. Essa é uma nova etapa, uma nova página que estou escrevendo. E sabe o que é melhor? Eu sei que vai dar certo. Tenho certeza disso.
Havia sinceridade em cada palavra. O tom de Anderson era de esperança e determinação, como alguém que, apesar dos desafios, escolheu acreditar no melhor.
O garçom voltou, trazendo os pratos: o filé mignon ao molho de vinho tinto acompanhado de purê de batata trufado. Anderson e Manuel começaram a comer, dividindo comentários sobre o sabor, enquanto eu, do outro lado da tela, ainda esperava minha quentinha de churrasco.
— Isso aqui tá incrível! — comentou Manuel, apontando para o prato com o garfo.
Anderson sorriu, aproveitando o momento. Mesmo com os desentendimentos anteriores, aquele jantar parecia marcar uma reconciliação sutil. Entre uma garfada e outra, ele voltou a falar:
— Vocês sabem... Eu realmente acredito que essa nova fase vai ser boa pra todos nós. Não importa o que aconteça, eu vou fazer dar certo.
Manuel, ainda mastigando, acenou com a cabeça. Depois de engolir, respondeu:
— E eu vou fazer a minha parte. Prometo tentar ser mais paciente,
Sorri diante da cena. Era bom ver que, apesar da tensão ainda presente, eles estavam dispostos a resolver as coisas. Mas Manuel me surpreendeu com uma atitude inesperada. Sem aviso, ele tirou uma caixinha do bolso e a colocou sobre a mesa.
Por um momento, o tempo pareceu parar. Anderson encarou a caixinha com olhos arregalados, claramente sem esperar por aquilo. Do outro lado da tela, fiquei igualmente surpreso, acompanhando tudo com atenção.
— Isso é pra você — disse Manuel, sua voz carregando um misto de nervosismo e emoção. — É uma forma de confirmarmos e selarmos nossa aliança.
Anderson olhou para Manuel, depois para mim na câmera, e finalmente de volta para o cordão. Ele sorriu, claramente emocionado, e respondeu com uma voz carregada de significado:
— Isso... é perfeito.
O presente era um cordão de prata com um pingente em formato de triângulo. Simples, mas cheio de simbolismo. Manuel se apressou em explicar:
— O triângulo representa a nossa relação: você, eu e ele.
Foi então que Manuel fez algo que deixou a cena ainda mais especial. Ele puxou o cordão que estava usando, revelando que era idêntico ao que havia acabado de dar para Anderson.
— Esse é o mesmo cordão — continuou Manuel, com um sorriso genuíno. — É o símbolo do que estamos construindo.
Ele então virou o olhar para a tela do celular, me encarando diretamente:
— E assim que estivermos juntos pessoalmente, você terá o seu também. Essa será a nossa aliança.
Fiquei sem palavras por alguns segundos. A emoção da promessa se misturou com a sensação de pertencimento. Mesmo à distância, sabia que fazia parte de algo especial.
Anderson colocou o cordão no pescoço, segurando o pingente entre os dedos como se fosse um amuleto. Olhou para Manuel com um sorriso sincero, e depois para mim na câmera, completando:
— Você é foda Cabeção!
Manuel então colocou sua mão sobre a de Anderson, que descansava sobre a mesa. O gesto foi tão sutil quanto significativo, e eu pude perceber que um clima super romântico bailava no ar. Por mais que ambos me incluíssem constantemente, naquele momento ficou claro: era sobre eles, para eles.
Decidi que era hora de sair da jogada. Com um sorriso leve, inventei uma desculpa.
— Gente, a quentinha chegou aqui em casa, e eu acho que vocês precisam de um momento só de vocês.
Anderson e Manuel tentaram argumentar imediatamente.
— Não vai ter graça se você não estiver aqui — protestou Anderson, com o tom de quem realmente queria minha presença.
— É, você faz parte disso também — concordou Manuel, olhando para a câmera com sinceridade.
Mas eu já tinha tomado minha decisão. Olhei para os dois com firmeza e disse:
— Vocês precisam desse momento especial. Aproveitem.
Eles ficaram em silêncio por um instante, como se quisessem encontrar uma forma de me convencer, mas sabiam que eu estava certo. Anderson suspirou, sorrindo de leve, e disse:
— Tá bom. Mas você sabe que vai estar aqui com a gente, mesmo sem estar, né?
Eu assenti, sentindo que estava deixando o palco para algo que realmente importava para eles.
— Divirtam-se. Vocês merecem.
Antes de encerrarmos a chamada, olhei para eles e, com a voz carregada de carinho, disse:
— Vocês sabem o quanto eu amo vocês, né? E, por favor, quando chegarem em casa, me liguem ou pelo menos me mandem uma mensagem. Quero saber que estão bem.
Anderson com um sorriso estampado na cara, afirmou que sem sombras de dúvidas me ligaria quando estivesse em casa.
Enquanto aguardava a minha quentinha chegar, fiquei pensando sobre como o Manuel conseguia agradar quando realmente estava disposto. Ele acertou muito naquela noite. Quando a comida chegou, devorei logo, estava faminto. Fiquei bebendo junto com o vinho, aproveitando o momento. O sentimento ainda era leve, especialmente depois de ter presenciado tudo aquilo. A comida acabou, e continuei saboreando o vinho. Só percebi o quanto tinha bebido quando vi a garrafa vazia. Resolvi tomar um banho gelado para dar uma acordada e esperar os meninos me ligarem.
Deu 22 horas, nada. 23 horas, nada. Comecei a ficar com sono, mas a preocupação também estava tomando conta. Mandei mensagem para ambos, mas não recebi resposta. Será que realmente aconteceu alguma coisa? Na cabeça, a dúvida pairava. Então, tentei me distrair, ouvindo música, tentando acalmar a mente. Até que, de repente, meu telefone tocou. Olhei para o relógio: quase meia-noite. Era o Anderson.
Ao aceitar a ligação, percebi que era uma chamada em vídeo. Anderson estava no quarto, agora dele e de Manuel.
— E aí, priminho? Falei que ligaria? — disse ele, com um sorriso malicioso. — Vou te mostrar uma coisa.
Ele virou a câmera para a frontal, e foi quando vi Manuel, de quatro, totalmente sem roupa.
— Olha isso, cara. Hoje a noite Manuel vai aprender uma coisinha, uma lição. Sabe que vou aproveitar bem esse cú, né? Mas antes, ele vai ter que pagar o preço.
Deu uma pausa, como se esperasse minha reação.
— Aquelas palavras bonitas do restaurante? Foram legais, mas comigo, as coisas são diferentes. Principalmente quando o cara é tão puto e rebelde quanto o Manuel.
Deu um tapa bem forte na bunda de Manuel, o que fez ele soltar um gemido alto.
–Ele geme, mas tá gostando, te garanto, Renato.
Anderson, você está bêbado? perguntei.
Lógico que não, uma garrafa de vinho pra nós dois não me deixou louco, não. Tanto é que eu lembro bem das coisas que esse cara fez. Disse Anderson.
Tem certeza, né? - perguntei.
Sim, tenho afirmou meu primo.
Deixa eu falar com ele - pedi.
Anderson então chutou a bunda de Manuel e falou:
Fala com ele, Manuel.
Você tá bem? - perguntei.
Nessa situação, é meio difícil falar, mas ele só respondeu:
Estou bem, mas o que posso dizer é que eu mereço. Você conhece seu primo, e ele quer que eu pague dessa forma.
Assim, meu primo pegou o telefone de volta e disse:
– Viu? Ele quer e ele vai ter. Agora fica a seu critério, se participa da chamada ou desliga.
Ele colocou o celular em um determinado lugar, perguntando se o ângulo estava bom, se pegava ele e Manuel.
— Eu vou ficar aqui. Não sei o que tem em mente mas cuidado.
— Calma, calma, está tudo sob controle — garantiu Anderson. — Mas, se você começar a atrapalhar o meu jogo, vou ter que desligar.
Anderson pegou o cinto.
Arregalei os olhos, eu já sabia que não viria nada de bom dali e antes que eu pudesse falar algo, ele fez o sinal de silêncio.
Anderson colocou o cinto na cama, logo após, pegou o chinelo e colocou ao lado do cinto.
— Você escolhe, Renato. Cinto ou chinelo?
Diante daquela escolha, lembrei do momento no vestiário do sítio, quando levei uma surra de cinto, que até me fez sangrar. Por isso, escolhi o chinelo.
Anderson começou a castigar Manuel com chineladas fortes.
Sabe por que está levando essa surra? perguntou.
Manuel, entre gemidos, respondeu:
Porque eu mereço!
Anderson soltou uma risada ácida, olhou para mim e disse:
Viu? Até ele sabe que merece essa соça.
Mas, com mais uma chinelada, ele continuou:
Vou te explicar o porquê de você estar nessa situação. Você tem que entender uma coisa básica: na nossa relação, eu sempre serei o macho, e vocês, minhas putas! Estando eu aqui, ou em Volta Redonda, ou em qualquer lugar que seja, eu serei o macho de vocês.
Manuel tentou dizer algo, mas Anderson o chutou, fazendo-o perder o equilíbrio:
Cale a boca, eu ainda tô falando! Acho que você esqueceu disso no momento em que vim morar aqui na sua casa. Acho bom a gente redefinir isso de uma vez por todas, porque não vou ficar aguentando certas situações calado, não! Eu nasci pra foder um cú! Tá me ouvindo?
Manuel apenas balançava a cabeça concordando e repetindo baixinho: Sim…
Anderson se aproximou da cabeça de Manuel e, com uma das mãos, tocou suavemente o queixo dele, obrigando-o a olhar diretamente em seus olhos.
– Não tem mais acordo! Esse lance de me fazer chupar pau só porque tô morando com você nunca foi certo. Quer ser macho? Você vai ser do Renato quando vocês estiverem juntos. Tá me entendendo?
Tentei intervir mais uma vez, tentando amenizar as coisas para Manuel. Afinal, bem ou mal, eles realmente tinham um acordo.
Eu: Mas Anderson, o combinado…
Meu primo me interrompeu bruscamente:
Meu amor, nem pense em falar algo agora, senão eu desligo essa porra! Tô defendendo o meu lado. Manuel passou dos limites comigo, e, se eu não colocar um freio agora, ele vai pensar que pode tudo. E comigo, não é bem assim.
Ele deu três tapas leves no rosto de Manuel, seguidos de carícias e disse: Você tá me entendendo? Ou você deixa de lado essa ideia de querer me fazer de boqueteiro, ou não tem nada, a gente fica morando junto sem trepar. Só nos carinhos...
Nesse momento, Manuel se manifestou imediatamente: Não, Anderson, eu aceito suas condições. Já passei muito tempo sem o seu sexo.
– Agora sim você está entendendo o que eu quero. Eu sabia que você ia ceder de alguma forma, porque você admitiu várias vezes que curte dar pro papai aqui. Disse Anderson.
Anderson tirou a camisa, deixando o ambiente ainda mais carregado de tensão. Em seguida, ordenou com firmeza:
Fique de joelhos.
Sem reclamar, Manuel atendeu prontamente ao pedido de meu primo, posicionando-se diante dele e aguardando suas próximas instruções. Seus olhos estavam fixos em Anderson, esperando o próximo comando.
Agora você sabe o que fazer - disse Anderson, com autoridade.
Manuel acenou com a cabeça em silêncio. Com cuidado, usou as mãos para desabotoar a calça de Anderson e, em seguida, abriu o zíper, o que fez com que a pica de Anderson saísse pra fora e sem pensar duas vezes Manuel colocou a sua boca pra trabalhar naquela pica que nós gostamos muito.
Anderson só o alertou:
Chupa gostoso, senão aumento o tapa na cara. Tá ouvindo? Tem que fazer certinho pra agradar o macho aqui.
Depois de dizer isso Anderson olhou para câmera com aquele jeito safado que só ele tem deu um sorriso maroto, como quem tivesse vencido uma batalha.
Naquele momento toda tensão que eu estava sentindo no começo da vídeo chamada havia desaparecido dando lugar a um delicioso tesão.
Anderson: Renato tire a roupa e curte a parada conosco.
Assim eu fiz, fiquei nu deitado na cama, segurando o celular vendo o meu primo gemendo com o olhar fixado em Manuel que seguia chupando com muita vontade.
Anderson: Isso! Dá prazer pro teu macho…. Caaraaaalho?
Anderson colocou suas mãos na cabeça de Manuel e forçou sua pica a entrar toda na boca de Manuel, ele socava com pressão.
Manuel tentava se afastar mas Anderson metia um tapa bem dado na cara dele, que voltava a mamar. Vi Manuel se engasgar várias vezes, mas eu nenhum momento ele pediu arrego.
Anderson pegou sua pica, bateu ela na cara de Manuel e logo perguntou: Tá gostando do trato?
Manuel só confirmava com a cabeça, sua boca voltou a ser ocupada pela pica de meu primo, que invadia toda aquela boca e ele ficou ali ajoelhado recebendo pica na boca por uns minutos. Até que Anderson olhou pra tela do celular e me disse: Tá curtindo né safado.
Eu nem sei dizer como é quando eu comecei a me masturbar, mas estava super curtindo aquilo e olha que sempre achei sexo virtual meio bobo.
Apenas concordei com a cabeça e ele deu continuidade.
Anderson colocou Manuel de quatro na cama, alisou suas nádegas, deu mais um tapa e disse em tom sarcástico: Pior que essa bunda ficou linda corada com as marcas de chinelo.
Ele alisou a bunda novamente, só que desta vez deu mais um tapa que fez Manuel gemer alto.
Anderson: É isso que eu quero! Que você manifeste o seu tesão, a sua dor … Você tá gostando meu amor?
Manuel sabia que ali ele não tinha muita opção, pois ele mesmo tinha topado esse jogo louco de sedução.
Manuel: Sim! Estou entregue a você! Faz logo o que você deseja fazer.
Anderson sorriu novamente, deu um tapa, deu outro, mais um, fazendo Manuel gemer mais em cada tapa dado.
Anderson: Calma…. Calma… Manuel. Eu que tô no domínio da parada. Sou eu que decido as coisas aqui.
Anderson puxou o cabelo de Manuel, de um jeito que desse para Manuel o vê-lo:
Tá me entendendo? Agora abre esse cu pra eu dar uma conferida nele.
Manuel afastou as nádegas com as mãos o que fez com que Anderson tivesse uma visão privilegiada de seu cú.
Anderson aproximou seu dedo na porta do cuzinho do Manuel, começou a acariciar: Tá vendo Manuel, eu também sei fazer carinhos.
Anderson enfiou seu rosto no meio da bunda de Manuel e começou a fazer um cunete que fazia Manuel delirar de tesão… ele rebolava na cara de meu primo e dizia que tava gostoso. Já Anderson, enquanto usava sua língua, usava suas mãos para acariciar e dar tapas, aleatoriamente.
Anderson: Safado! Você não admite, mas é um puto do caralho.
Manuel sorriu de volta, Anderson o botou pra mamar rola novamente. Agora Manuel sugava com vigor. Anderson só ficava curtindo a mamada de olhos fechados.
Anderson segurou o braço de Manuel e o puxou para perto, envolvendo-o em um abraço firme. Sem hesitar, aproximou seus lábios dos dele, iniciando um beijo intenso, carregado de desejo. Cada movimento transmitia o tesão presente naquele momento, enquanto os dois se entregavam àquela conexão sem reservas.
Depois do beijo, Anderson segurou o braço de Manuel, pegou o celular e o conduziu até a sala, onde o segundo ato se desenrolaria.
Ele apoiou o celular no painel, de frente para o sofá, e ajustou o ângulo da câmera com cuidado, certificando-se de que capturaria tudo. Satisfeito, sentou-se no sofá com uma postura provocante e, com um tom autoritário e bem articulado, disse:
— Agora, Manuel, toca uma pra mim.
Manuel, completamente submisso, começou a masturbar Anderson como o próprio havia o pedido. No entanto, dessa vez, ele fixou o olhar diretamente na câmera, onde eu observava tudo. Não disse uma palavra sequer, mas seus olhos transmitiam uma mistura de emoções enquanto continuava, seguindo as ordens de Anderson.
Até que Manuel se manifestou, interrompendo o silêncio com um pedido:
Posso chupar mais?
Anderson, com um sorriso provocador, devolveu com outra pergunta:
Você quer chupar?
Manuel balançou a cabeça afirmativamente e murmurou um quase inaudível:
Sim.
Anderson não perdeu a oportunidade de provocá-lo mais uma vez:
Não ouvi. Repita.
Manuel então, com a voz um pouco mais firme, respondeu:
Eu quero chupar.
Anderson arqueou uma sobrancelha, mantendo o tom de desafio:
Chupar o quê?
Ainda olhando para seu Macho, Manuel foi direto: A sua pica gostosa.
Anderson respondeu sem hesitar, já guiando Manuel para perto: - Claro, sua função aqui é me dar prazer.
A cena que se desenhava era quase hipnótica. Anderson estava largado no sofá, relaxado e confiante, enquanto Manuel permanecia ajoelhado entre suas pernas, totalmente entregue àquele momento.
Anderson olhou para Manuel com um sorriso provocador e disse, com firmeza:
Ei, Manuel, tá na hora de você me agradar de outra forma. Levanta daí e vem sentar nesse pau. Mas vou avisando: é você quem vai usar esse rabo pra me dar prazer.
Manuel obedeceu sem hesitar, levantando-se lentamente, seus olhos fixos em Anderson, enquanto o clima entre eles ficava ainda mais intenso.
Anderson, sem rodeios, usou o próprio cuspe para lubrificar Manuel. Ele posicionou o membro na entrada, e Manuel, com cuidado, começou a sentar sobre ele. Gemidos escapavam de seus lábios enquanto rebolava, e, aos poucos, o corpo de Manuel era totalmente penetrado pela lica de meu primo.
Os gemidos de Manuel não eram de dor, mas de prazer. Seus olhos fixaram-se na câmera, claramente gostando de se exibir. Com tudo dentro, ele começou a se movimentar de forma ritmada, sentando com intensidade e gosto, enquanto Anderson, relaxado, aproveitava a cena.
Vai, Cabeção, mostra do que você é capaz! provocou Anderson, sorrindo com um ar satisfeito.
Manuel se dedicava, sentando com intensidade, seu corpo se movendo em sincronia perfeita enquanto gemidos escapavam de seus lábios. Ele olhava fixamente para a câmera, o rosto reluzente de suor, totalmente entregue àquele momento. Anderson, por sua vez, permanecia imóvel, parecendo hipnotizado vendo o cu de Manuel deslizar freneticamente no seu pau, ele estava completamente satisfeito com o desempenho de Manuel.
É só isso que eu quero de você. Isso é pedir muito? perguntou Anderson, com a voz rouca de desejo.
Entre gemidos e urros, Manuel balançou a cabeça negativamente, mal conseguindo responder.
Você curte! Tá aí se acabando...provocou Anderson, ofegante. - Então, temos um novo acordo?
Manuel, imerso no prazer, não respondeu de imediato. Estava em outra dimensão, aproveitando cada segundo.
Anderson insistiu, agora com mais firmeza:
- Temos um novo acordo agora? Vai me dar todo dia... vou ser seu macho.
Manuel, sem hesitar, gemeu alto e respondeu entre palavras entrecortadas:
- Sim... aín... já é meu macho. Me coma de verdade.
Dessa vez, Anderson pareceu esquecer completamente que eu estava assistindo. Levantou-se e colocou Manuel na posição de frango assado.
Vou te fuder, seu filho da puta disparou com firmeza.
Sem hesitar, Anderson penetrou com força, fazendo Manuel gritar alto. Não diminuiu o ritmo, dando estocadas frenéticas, como um animal que não se conteve. Ele estava determinado a impor sua vontade, e Manuel, completamente entregue, cedeu sem resistência.
Pede rola, seu puto! - Anderson provocava enquanto dava tapas na cara de Manuel, que, entre gemidos e palavras desconexas, suplicava por mais.
É assim que eu gosto... meu Manuel totalmente putinha... continuava Anderson, alternando as palavras e tapas.
Entre as bombadas intensas, Manuel murmurava elogios:
Vai, gostoso... meu macho... que pica gostosa... acaba comigo.
Anderson então mudou de posição, colocando Manuel de quatro, de frente para a câmera. Começou a meter novamente, dessa vez falando:
Tá aí o marrento que nos chantageou, agora tomando rola e adorando. Agora tenho dois safados.
De repente, Manuel, completamente envolvido, chegou ao clímax sem sequer ser tocado. Seu corpo estremeceu, e ele gemeu alto, confirmando de uma vez por todas que Anderson sabia como levar qualquer submisso às alturas.
Anderson sorriu satisfeito e provocou:
Depois é você que vai limpar tudo.
Com o gozo de Manuel, Anderson segurou firme na cintura dele e focou ainda mais nas estocadas. Ele queria finalizar. Seu ritmo tornou-se mais intenso, até que, com um urro profundo, Anderson fechou os olhos, afundou sua pica ainda mais fundo e gozou, deixando claro quem comandava ali.
Eu não sei ao certo quando eu gozei mas foram duas gozadas durante essa transa.
Após gozar, meu primo se afastou e pediu para Manuel ir tomar banho, e veio até onde estava o celular e o pegou.
Foi irônico dizendo: Não quis dormir?
Eu rindo disse: Lógico que não! A foda de vocês foi uma delicia.
Ele disse meio que reflexivo: Não foi só uma delícia, mas foi preciso colocar Manuel no lugar dele.
Anderson, tá acontecendo algo que não sei. Perguntei.
Relaxa, mas uma boa foda pode resolver as coisas... comigo é assim: eu resolvo na cama.
Resolvi insistir, argumentando que, se ele não contasse, Manuel certamente o faria. Anderson, no entanto, me cortou:
— Esquece isso, Renato. Acabei de ter uma foda gostosa, não vou deixar nada estragar meu humor. Mas adianto que estou de olho e caçando assunto.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me desejou boa noite, disse que me amava e encerrou a chamada do nada..
Ainda assim, enviei uma mensagem, pedindo para me despedir de Manuel. Pouco tempo depois, recebi uma selfie dos dois deitados na cama, acompanhada de uma mensagem de Manuel:
— Anderson disse que você está preocupado. Relaxa, estamos bem.
Comentários (8)
Aff: Mais um capítulo de sexo EAD Eu pensei que com o Anderson indo embora, alguma coisa iria acontecer e a história iria andar, mas nada... nada acontece.
Responder↴ • uid:45xxp0l1k0c7SemajSiul: Parece que Anderson, terminantemente, acha que uma relação tem que ter o macho e a fêmea, bem típico de que não aceita ou se baseia em conceitos. O conto está ótimo, palavras bem colocadas, narração extraordinária. Espero ler o próximos capítulos e o desenrolar da história.
Responder↴ • uid:8cio2s65hkpFã do trisal e do daniel: Mais um capítulo bom!! Fiquei preocupado e pensativo agora com essa fala do anderson, espero que dê tudo certo no final! Ansioso para os próximos, você é incrível e sua escrita é maravilhosa!!!
Responder↴ • uid:muis3lxii8Andre: Eu não sei vcs, mas espera por esse conto aqui, é uns dos únicos que acompanho e desde o começo ainda. Não acho que o trisal tenha que se separar e talvez concorde que algo precise acontecer na história. Como já falei antes, tenho esperança que os três morem juntos em SC. E acho que Renato aceitou e aceita muito de boa essa situação. Talvez alguém precise aparecer na vida dele.e que mecha com ele de verdade. Ou o faça ir de encontro aos dois ou encontre um sentimento em outra pessoa. Não quero dizer que vá se apaixonar pra valer mas quero que faça ele perceber o que realmente sente e precisa fazer.
Responder↴ • uid:lkrv1y0x39hmPapo Reto: Sinceramente, não confio no Manuel. Acho que ele só atrapalha e tem intenções escussas. Penso que Anderson devia ficar apenas com Renato. Parece ser o mais correto. Mas infelizmente parece que a história não se desenvolve e no fim todo capítulo é um pouco mais do mesmo. Um conto maravilhoso que ficou repetitivo. Talvez, seja a hora de dar um direcionamento nos personagens e encerrar. Só espero que o Anderson e o Renato tornem-se um casal e tenham um final feliz. Enfim, vamos esperar.
Responder↴ • uid:1ecjfvlfem0uuAntony: Tb acompanho este conto desde o início, e o Renato continua o mesmo imbecil, aceitando todas as manipulações e humilhações que tanto o Manuel como o Anderson fazem pra ele,neste conto ficou muito mais claro que o Manoel quer o refira do trisal com a tal correntinha, só ele não percebeu. Tem que aparecer alguém sim na vida do Renato que o tire do sério em a relacionamento,amor verdadeiro de ambas as partes, fazendo o Anderson perceber o quanto foi idiota abandonado o Renato pra ficar com o Manoel e percebendo o quanto o Manoel o faz infeliz, só que será tarde pra ele. E para concluir sim já esta na hora deste conto terminar,esta muito repetitivo,coisas que não batem, como a submissão do Anderson em relação só Manoel no conto 56,agora voltou a ser homenzinho de novo. Anderson tem que abrir os olhos em relação ao Manuel e as suas conversas com o Pedro seu pai,e começar a pensar em lutar explicitamente pelo Renato já que a fila dele andou,ou procurar um outro alguém que o valorize e o ame de verdade. Enfim já que cheguei até aqui vou até o final,mas que está se tornando chato,isto esta sim.
• uid:1e6tlmpy3d7wmEdson: Vejam só, o abusivo Anderson pagando de equilibrado! Agora, o Anderson não foi forçado a ir pra Joinville, aliás nem consigo cair nessa de que ele foi forçado, coagido, a ser boqueteiro, como diz ele, do Manuel. Por outro lado, não vejo o porquê de Manuel humilhá-lo como o próprio Anderson diz e, ainda, com o apoio do pai de Manuel nesse sentido pois, afinal de contas, foi o próprio Manuel quem lhe deu essa força de ir para um bom emprego em Joinville. Sabe quando a conta não fecha?! É isso que sinto nessa equação. Quanto ao Pedro, ora parece querer algo com Renato, ora despista qualquer possibilidade e se diz convicto de seu atual momento com uma mulher. De novo, a conta não fecha (rsrs).
Responder↴ • uid:1crkbiifucgudCaiçara: Perfeito como sempre é
Responder↴ • uid:fi07cbmm42