A travesti coroa
MIRNA tinha um pequeno depósito de vendas de bebidas, refrigerantes e água mineral. Foi lá que comecei a “trabalhar” muito
Esqueçam a ideia de trans atualmente, muitas verdadeiras tgatas, lindas e maravilhosas. MIRNA era travesti das antigas, que nem silicone tinha pois usava aqueles óleos para moldar cara, peito e bunda. Quando eu a conheci, ela já tinha quase 50 anos e vivia de um negócio que ela prudentemente abriu já perto de se aposentar “dos programas”.
Pelo que os que a conheceram jovem, diziam que chamava a atenção; morou um tempo na Europa, disse que chegou a fazer alguns shows e realmente ela tinha umas fotos que pelo menos mostravam isso – se foi um show apenas ou uma turnê, não sei.
Esse depósito de bebidas dela dava para garantir uma renda que, junto com o apartamento que ela tinha e uma reserva financeira, lhe dava tranquilidade numa vida sem luxos mas bastante digna. Eu tinha uns 16 a 17 anos e a conheci porque morava na região. A figura dela impunha certa estranheza nos jovens como eu, pois ela era meio alta, corpulenta, bem branca, sempre de batom, peitões (mas não enormes) e uma bunda que chamava a atenção mesmo não sendo bonita. Aliás, a bunda dela era o grande orgulho dela. Na vizinhança, MIRNA era bastante querida e respeitada. Interessante que ninguém sabia com quem ela transava ou se transava, teorias e boatos existiam demais, fato concreto ninguém apontava.
Comecei a trabalhar no MIRNA BEBIDAS (o depósito dela) apenas aos sábados e vésperas de feriados, por conta do maior movimento, e muito eventualmente às tardes durante a semana. Ganhava diária que, para mim, eram muito bom, pois conseguia comprar coisas sem explicar nada a ninguém. Eu só trabalhava no depósito, não fazia entregas e por isso eu era quem ajudava no fechamento do depósito, guardando as bebidas, grades e packs, e por aí vai. Por conta disso, MIRNA me elogiava muito e começou a me dar pequenas coisinhas como um pedaço de bolo, um chocolate, duas latas de refrigerante e por aí vai. Lá em casa, minha família até zombava disso, dizendo que ela estaria me paquerando, apesar de saberem que MIRNA não faria isso.
Eu juro que via aquilo como apenas reconhecimento pela minha dedicação (chegava às vezes a substituir um empregado que faltava durante a semana), mesmo quando MIRNA começou a contar as histórias dela mundo afora e como ela se orgulhava do sucesso que o rabo dela fazia; realmente, mesmo coroa (para mim à época era coroa de verdade) era a parte do corpo que você poderia elogiar. E MIRNA começou a contar causos picantes dela, o que me gerava muito espanto, mas nada além disso, até um dia em que MIRNA me perguntou se eu não poderia ir na casa de uma amiga dela buscar uma encomenda – eu poderia ir de ônibus ou bicicleta – e entregar na casa de MIRNA. O valor era bem interessante e, encerrado o expediente do depósito no sábado às 17h, peguei a bicicleta e fui buscar a encomenda. MIRNA tinha avisado à amiga que eu iria.
Encontrei sem dificuldade a casa, uma senhorinha idosa me entregou uma sacola com algumas roupas dentro (MIRNA consertava roupas quando podia) e levei na casa de MIRNA. Era um apartamento pequeno num prédio simples e sem elevador. Hoje qualquer um desses prédio tem porteiro eletrônico, mas esse nem isso tinha, a grade de entrada de baixo ficava aberta o dia todo e só era fechada à noite. Amarrei a bicicleta e subi para entregar a encomenda. MIRNA me mandou entrar, me pagou, agradeceu demais, disse que o filho da cliente ia buscar na segunda-feira de manhã a roupa consertada e me perguntou:
- Achou fácil o local?
- Fácil, fácil, eu conheço aquela rua
- Eita menino esperto. Quer um refrigerante? Está quente e tem de botar gelo, mas eu tenho gelado aí um suco de graviola sensacional
- Eu quero o suco, falei
MIRNA manda eu sentar na sala, fecha a porta, vai no banheiro lavar as mãos e vai pegar o suco na geladeira. Foi aí que eu notei que ela tinha tomado banho, o cabelo molhado, uma calça tipo jogging (não sei como se chamava à época) bem apertada e uma blusa curta que deixava uma parte da cintura aparecendo. Notei que o rabo dela: pela primeira vez me veio a ideia de “eu meteria rola nesse buraco”. Não sei se a experiência ou os planos de MIRNA, sei é que ela voltou toda melosa, meio sensual, me entregou o suco e completou:
- Você é um menino de ouro, merece muito mais
- Ah, brigado, MIRNA (ela vetava o DONA MIRNA), você (e não senhora, que ela abominava) é realmente muito gente boa
- E você é lindo; se eu fosse jovem, eu iria para cima com vontade
- Ah ah ah, brigado
- Quer uma bolacha ou um pedaço de bolo?
- Não, não precisa, vou para casa que hoje à noite vou para o cinema com a turma
- Cinema? Então toma
Se fosse em dinheiro de hoje, ela tinha me dado 10 reais para ir buscar a encomenda e, quando falei cinema, ela me deu 30 reais a mais.
- É muito, MIRNA, não precisa
- Você merece muito mais, RAMON, fique. Comigo você sempre vai ser reconhecido
MIRNA falava isso me olhando com olhar de loba, uma cantada mesmo. Se hoje eu demoro para reagir da forma correta, imaginem eu novo!
- Se quiser, pode tomar banho aqui até, aproveita e leva o sabonete, que é importado, falou MIRNA
- Banho? Não, não. Eu vou suar indo de bicicleta para casa
- Eita, é mesmo, ainda está cansado do trabalho. Esqueci. Mas se quiser, eu dou banho em você, ouviu?
- Danou-se... é muita honra ouvir isso
- Já viu meu banheiro como é?
- Não
- Vem olhar
Como eu disse, o apartamento era pequeno, não tinha nada de luxo, só que foi aí que notei que tinha uma banheira dentro! MIRNA tinha diminuído um quarto para aumentar o banheiro, que parecia que não era naquela casa.
- Já tomou banho de banheira?, perguntou ela
- Nunca
- Aproveita, eu vou encher a banheira e você vai gostar
- Não, eu tenho de ir embora
- Vai perder a chance? Eu tenho toalha, sabonete, tudo, só para você ver como é legal
Não resisti. A banheira era pequena, ficava embaixo do chuveiro e MIRNA colocou água morna, me mostrando como eu deveria aproveitar. “Qualquer coisa você me chama”, disse ela saindo do banheiro e fechando a porta. Eu tirei a roupa e entrei naquela banheira, numa sensação maravilhosa. Fiz como eu via em alguns filmes, me esfregando com água e um sabonete líquido que MIRNA tinha colocado na água. Uns cinco minutos depois, ouço MIRNA perguntar algo de fora mas não entendo. Digo que não estou escutando direito.
MIRNA abre a porta do banheiro e pergunta se estou gostando. Avisa que vai entrar para deixar a minha toalha lá e entra me comendo com os olhos.
- Menino, tá o próprio Riquinho (que é um personagem de gibi bem famoso à época)
- Tá bom mesmo, respondi meio envergonhado porque estava nu
- Posso fazer uma massagem nos seus pés? Você vai adorar
Sem esperar minha confirmação, ela se senta num banquinho ao lado da banheira, fica de costas para mim e pede para eu levantar o pé esquerdo e antes de começar a massagem, sem me avisar nada, ela diz “assim tá ruim para mim, vou me sentar melhor” e entra senta de frente para mim na borda da banheira (que era aumentada onde ficavam a cabeça e os pés por tijolos e azulejos para permitir colocar saboneteiras e shampoos) e me manda colocar os pés nas pernas dela. Detalhe: ela sentou na borda com as pernas dentro da banheira e logicamente molhou a calça.
- Eu não ligo, depois eu troco a calça, completou
E ela pega meus pés e começa a fazer uma massagem. Nessa posição é claro que ela via meu cacete e a massagem dela era nos pés até a canela, só que os olhos delas eram para o meio de minhas pernas e para meus olhos, como se dissesse que estava adorando. Claro que meu pau deu sinais de vida.
- Tá gostando da massagem?
- Tô, é diferente, é bom
- Eu adoro fazer massagem
- Adora e sabe fazer, parabéns
- Sei outras técnicas de massagem, fiz curso
- Que massa
- Se você quiser... parece que você está animado, disse MIRNA olhando para meu pau já duro e que eu ainda tentava esconder com as mãos
- E qual é essa massagem?, perguntei rindo
- Com a boca... quer?, perguntou MIRNA já pegando no meu cacete duro
- MIRNA, isso não é correto
- É só com a gente, que é que tem?
Não deu um minuto e ela já me levantava e caiu de boca no meu pau, que ela elogiou. Eu em pé e metendo o pau na boca dela. “Vamos para o seco que eu tô seca”, disse ela.
MIRNA foi me enxugando, me alisando e me elogiando, dizendo que tudo ia ficar no total segredo, ia ser só curtição, que eu aproveitaria muito, que eu era um tesão, perguntava se eu já tinha transado com travesti, dizia que eu ia adorar ter um viado e etc. Ela me puxou para o quarto dela e foi tirando a própria roupa. Ficou apenas de calcinha e sutiã. Vê-la nua me gerou uns sentimentos contraditórios. Os peitos eram aceitáveis de sutiã, o corpo já não era isso tudo, mas a bunda e as pernas eram bonitas. Meu pau tava duro e vi que ia encarar sem dificuldades, até porque ela me deitou na cama e me chupou dos pés até o pescoço. Eu estava adorando aquilo tudo, ela me chupava os ovos como gosto, uma coisa deliciosa.
Ao chegar no meu pescoço, MIRNA ficou me dando beijos nele, na minha cabeça, nas minhas bochechas, ao redor da minha boca e sem tentar um beijo na boca. Foi só eu dizer que estava adorando aquilo (estava de olhos fechados) que sinto a língua dela penetrar na minha boca. Na tesão que estava, foi maravilhoso e trocamos um beijo de cinema ali. MIRNA tirou a calcinha nessa hora, o que eu percebi mas não olhei.
- Meu macho, me faça de sua mulherzinha safada, gostoso, dizia ela.
Eu retribuía os beijos e ela me diz “vem me foder”. É quando eu vejo o cacete dela: uns 18 cm, mais grosso que o meu, torto e bem moreno (se ela era branca leite, o pau mais escuro me chamou a atenção). Ao ver minha curiosidade, MIRNA pergunta:
- Já pegou num? Quer pegar? Quer brincar com ele?
- Não, é que... ah ah ah
- Vamos curtir nosso segredo, besta. A hora é essa. Só entre a gente, vai, pega que eu gosto
Eu pego naquele pedaço de nervo quente e bem mais impositivo que o meu, aliso e faço uma masturbação rápida. “Dá um beijinho nele, menino. Aproveita, mata a curiosidade, olha como ele é gostoso”. Eu, que realmente tinha pegado só em cacete de outros meninos quando a gente era mais novo, me soltei e dei uns beijos na cabeça do pau dela, que, experiente na matéria, enfiou na minha boca e mandou “chupa, vai, aproveita, ai que boquinha gostosa”. Eu já sentia aquele liquido salgadinho na minha boca, quando MIRNA tira o pau, me beija, fica de quatro e me pede para ser enrabada. Nem gel a gente usou. Mirei o pau naquele cuzão e mandei ferro para dentro. “Ai, devagar, gostoso”.
MIRNA mudou de posição umas três vezes, sabendo que um boy novo inexperiente goza rápido e assim conseguiu aproveitar o máximo até eu meter leitinho no cuzinho dela. “Puta que pariu, que pau delicioso, cheio de leitinho... adoro”, disse ela.
- Me ajuda, vai, pediu ela pegando no cacete ainda duro após se sentar na cama
Eu ainda sob a energia do gozo recente peguei no pau dela e fiquei batendo uma punheta, mas MIRNA tinha planos melhores, tirou minha mão e assumiu a punheta, ao tempo em que, quase balbuciando, disse “chupa só a cabecinha” e assim levei uma jatada monstra na cara e na boca. Ela avisou que ia gozar, eu fiz menção de tirar a cara, mas ela segurou, pediu “aguenta, vai” e começou a meter leite na minha boca. Rejeitei o sabor, não consegui tirar o rosto e o resto da porra foi na cara e nos lábios. “Macho gostoso, você”, gritou ela ao tempo em que ria de me ver todo gozado na cara. Ela pegou o lençol e me limpou enquanto me agradecia muito. Eu fui para o banheiro, me lavei muito e disse que tinha de ir embora. MIRNA me agradeceu, perguntou se eu tinha gostado e disse que a gente poderia ser ver durante a semana também, sempre no sigilo.
E foi assim que comecei um relacionamento escondido com MIRNA que durou algo em torno de três anos.
O mais incrível é que as pessoas se souberam de algo não chegou em mim e também acho que não tinha outro boy visitando MIRNA. Sei é que foi um tempo em que aproveitei muito.
Cansei de comer MIRNA no depósito. Eu passava de bicicleta pouco depois de ela começar a fechar o comércio, entrava ligeirinho, eu a comia, limpava o pau e ia embora, quase sempre com um trocado no bolso. Sábado à tarde normalmente eu ia para a casa dela e era o melhor dia. Às vezes domingo de manhã! MIRNA não era de sair muito, no máximo ia tomar uma cerveja num bar perto da casa dela, onde ela almoçava dia de domingo e ela me dizia adorava ir tomar uma cerveja após uma trepada matinal. Dinheiro para mim não faltava mais, pois ela aumentou a minha diária e vivia me dando lembranças ou presentes. Eu pedi para ela não me dar mais presentes porque não tinha como explicar em casa ou com meus amigos e então somente dinheiro ou consumíveis como chocolate ou sorvete ele me dava.
Mas tinha o preço que eu pagava.
Ela morria de ciúmes de mim, não admitia eu namorar com meninas e chegava a reclamar comigo quando ouvia os meus colegas do depósito ou ela ouvia de vizinhos histórias minhas com meninas. Nunca tive uma namorada séria nesse tempo, MIRNA não deixava.
Não vou dizer que não gostei, mas nossas intimidades evoluíram na cama. Eu já chupava e bebia o leite dela. Algum tempo depois, MIRNA começou a se concentrar no meu rabo e toda brincadeira da gente já passava por ela ficar esfregando o pau no meu rego, depois gozando na portinha do meu cu. Daí para entrar um dedo, dois ,três, a cabecinha e depois ela me comer com vigor foi o que ocorreu. MIRNA levou tempo para meter tudo, sofri demais com aquele cacetão querendo entrar, várias vezes ela gozava somente após a cabecinha conseguir entrar. Ainda sinto o ardor da pica dela jogando minhas pregas longe. Depois eu e MIRNA fazíamos troca-troca até.
O tempo passou e foi surgindo um desgaste entre a gente, MIRNA começou a beber demais e eu fui me afastando. Deixei de trabalhar no depósito, arranjei um emprego com carteira assinada e já estava pensando em ir morar na Paraíba para trabalhar numa filial da empresa lá, uma maneira de me livrar de MIRNA sem maiores alterações mas infelizmente MIRNA faleceu num acidente de carro quando ela e dois amigos voltavam de uma festa. Foi um choque para todos e, para mim, foi muito pior – até porque tive um certo remorso de estar mais longe dela. Superei tudo, mas foi difícil.
MIRNA era bem precavida e fez o testamento. Deixou o apartamento e o depósito para os sobrinhos filhos do único irmão que tinha e que eu nem sabia que eles se falavam. Foi esse irmão dela que deixou na minha casa um pacote como se fosse um livro na minha casa. O irmão dela vendeu o apartamento, tudo o que tinha dentro, fechou o depósito e nunca mais se soube dele. Esse pacote que ela deixou para mim estava lacrado há um bom tempo, tinha um bilhete simples (“para Ramon, em agradecimento”) e continha umas joias de ouro bem chiques que ela nunca tinha usado ou que eu tenha visto usando. Guardei uma correntinha de ouro como lembrança, vendi o resto e comprei uma motocicleta, que eu chamava de MOTO M em clara homenagem a MIRNA, que tanta alegria me deu.
Comentários (3)
Babi_Mah27: Só quem já deu pra uma trans sabe como é bom
Responder↴ • uid:vpdk6w187Desvirginador 1997: A vida tem dessas oportunidades momento, infelizmente não acaba bem, mas se recorde sempre dos bons momentos eles nos motivam a viver novos.
Responder↴ • uid:16zwdhgz49c6Diego: Fiquei triste pelo final do conto, mas vou confessar que senti inveja em mano. Rapaz se eu tenho essa sorte eu ia treinar com ela era todo dia. E ia dar desde o primeiro dia que tivesse ficado com ela. Muito bom seu conto
Responder↴ • uid:f95d6xxib0