Pagando a aposta pro meu primo. CAPÍTULO 55 (PARTE 1 & 2)
A revelação de que Anderson se mudaria pra Joinville pegou Renato de surpresa.
CAPÍTULO 55 (PARTE 1)
Quando ouvi aquela frase, demorei para processá-la. Tanto que, sem entender, perguntei a Manuel: "O que você disse?"
Manuel tentou segurar minhas mãos, numa tentativa de me acalmar. Então ele repetiu aquela maldita frase novamente: "Estou aqui porque vim buscar o Anderson para morar comigo."
Inicialmente, não tive reação. Aquela notícia me pegou de surpresa. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, e em meus pensamentos, vários porquês surgiam.
Ele continuou o assunto: "É por isso que estou aqui, meu anjo. Sei que você, a princípio, vai ser confuso para você, mas pelo que eu te conheço, depois de eu te explicar você vai entender tudinho."
Limpando as lágrimas do meu rosto, que insistiam em cair, comecei a manifestar tudo o que estava sentindo: "Entender o quê, Manuel? Que estou sendo apunhalado pelas costas por vocês? Por que vocês estão fazendo isso comigo depois de tudo que passamos e vivemos? Eu não mereço passar por isso! Eu me doei tanto..."
A raiva começou a subir. Meus pensamentos eram uma confusão de sentimentos, uma mistura de mágoa e revolta. Manuel tinha uma expressão séria. Tentava me tocar, mas eu afastava suas mãos. Ele tentava se explicar: "Você está levando isso para um lado que eu não desejava que você levasse."
"Para qual lado você queria que eu levasse essa merda? Você quer que eu bata palmas enquanto meus homens, que agora nem sei mais o que são, vão para outro estado morar juntos?" Gritei: "Ah, vai se foder!"
Manuel me olhou assustado: "Olha como você está falando comigo? Que isso, Renato!? Calma, deixa eu explicar, você vai entender."
Peguei o celular, olhei a hora e notei uma certa demora de Anderson e César, que nunca chegavam com a bebida: "Cadê eles que não chegam?"
Manuel respondeu que eles não chegariam pois já haviam combinado de sair para que eu e ele tivéssemos essa conversa. Balancei a cabeça negativamente e, em tom de ironia, disse que realmente eu sempre era o último a saber das coisas, e pedi para ele ligar para Anderson para que eles retornassem.
Enquanto ele ligava, eu pirava em pensamentos: "Meu Deus, como eu fui trouxa todo esse tempo?" Eu me odiava por tudo aquilo estar acontecendo.
Quando Manuel voltou a falar comigo, disse: "Eles estão vindo! Mas você precisa se acalmar, porque assim vai ser difícil para todo mundo."
Não falei mais nada. Tomei essa iniciativa porque queria que meu primo estivesse ali, diante de mim, confessando que tinha me sacaneado.
Quando eles chegaram, César sentou à mesa, enquanto eu, Manuel e Anderson permanecíamos na cama. Olhei para Anderson com ironia e perguntei: "Onde estão as bebidas que vocês foram buscar?
Anderson apenas me olhou e disse: "Procure me entender." Tentou um contato físico e eu surtei.
"Não me toque! Tentar entender o quê? Que você é um covarde? Que me deixou com Manuel aqui e foi para a rua com medo de enfrentar a realidade? Que vocês desgraçaram a minha vida?"
César, tentando aliviar a tensão, se levantou e colocou a mão nas minhas costas, fazendo um carinho: "Calma, Renato. Vamos conversar com calma.”
Eu continuei: "Realmente, você sempre foi um covarde... Por que eu não notei isso antes?"
Anderson que agora olhava para baixo, falou firme e com convicção : "Renato, eu não sou um covarde. Não sei o que você está pensando, cara! Mas eu não sou isso que você está falando, não."
Manuel tranquilizava meu primo dizendo para ele relevar pois era a raiva que estava falando e não eu.
Eu chorava de ódio, até que, numa tentativa de entender tudo que se passava, olhei para César e disse: "Por que eles estão fazendo isso comigo? Fala!"
César estava sem saber o que fazer, na verdade, era notório que ele não queria tomar partido de ninguém.
Manuel se levantou da cama, alterou a voz e disse: "Você quer ou não saber o que tá acontecendo? Tô desde o começo tentando explicar, mas tá difícil manter um diálogo nessa porra! Dá pra escutar agora?"
Me assustei ao vê-lo daquele jeito. Ele não era de se explodir com facilidade. Todos ali esperavam uma resposta minha.
Manuel insistiu: "Eu saí de Joinville para tentar resolver as coisas, mas você não tá facilitando. Não quer ouvir? Tudo bem, saio daqui e vou pra casa do meu pai."
Olhando para ele disse: Pode falar…
Ele voltou a se sentar e, me olhando, disse: "O que você precisa entender é que eu consegui um emprego para Anderson."
Fechei os olhos, evitando manter contato visual com meu primo. Manuel continuou: "Segundo, é uma proposta boa, no ramo que ele já está habituado a trabalhar, que é construção. Ele vai entrar como encarregado."
Então tudo começou a fazer sentido. As conversas diárias deles, o interesse espontâneo de Anderson em se aprofundar nos assuntos de trabalho e cursos.
Perguntei, ainda de olhos fechados : "Quanto tempo você estava procurando emprego para ele?" Manuel respondeu que já havia algumas semanas e que a vaga surgiu inesperadamente através de um amigo de trabalho que comentou dessa vaga.
Abri os olhos, agora sem choro, mas magoado, e disse: "Algumas semanas… Vocês agiram pelas minhas costas todo esse tempo? O irônico é que Anderson sequer saía para tentar arrumar um emprego aqui em Volta Redonda."
Meu primo se manifestou: "Ah, Renato! Não dá mais pra ficar aqui nesta cidade. Eu preciso recomeçar minha vida do zero, longe da minha família. Estar aqui, sem falar com eles, está me fazendo muito mal. Eu já cansei de Volta Redonda."
Olhei para ele e disse: "E sabe o que me deixa triste? É esse agir por trás. Porra Anderson! Eu te coloquei dentro desta casa quando você mais precisou ! Não estou jogando na cara, mas eu esperava o mínimo de consideração de sua parte. E por que não disse essas coisas antes? A gente poderia buscar uma solução. Por que deixou chegar a esse ponto, me deixando de mãos atadas e sem opção?”
Anderson desabafa: Porque está sendo difícil pra mim também! Você acha que será fácil pra mim ir pra Joinville e te deixar aqui? Cara eu tenho sentimento por você! Te amo, caralho! Eu não sou o monstro que você está pensando que sou. Mas eu preciso disso!
Olho para Manuel e pergunto: Então já é algo definitivo? A vaga já é dele?
Manuel disse que sim, que Anderson já tinha passado na entrevista que tinha sido online, e até mandado cópias dos documentos por e-mail, que meu primo começaria no início do mês, ou seja dentro de uma semana.
“Legal! Bom pra você!” Respondi olhando para Anderson. “Espero que consiga recomeçar a sua vida como tanto deseja.”
Manuel e Anderson se olham, me levanto, vou pra cozinha beber um copo d'água, mas Manuel vem atrás de mim, querendo saber sobre como ficaria o trisal.
Digo: “Sinceramente eu não sei! Não tô com cabeça pra pensar nisso agora,”
Anderson se levanta e vem em minha direção ficando de frente para mim: “Pelo amor de Deus Renato, você não está pensando em terminar com a gente não né?”
“Pare de agir como se importasse com isso a essa altura do campeonato!” Falei.
Anderson me abraçou, tentei soltar de seus braços mas sua força praticamente me imobilizou: “Eu me importo! Tanto que Manuel veio pra cá pra me ajudar a ter essa conversa com você! Pare com essa ideia.”
Não disse nada e depois de alguns segundos esperando uma resposta minha, ele me soltou de seus braços.
Era muita coisa pra mim processar, Anderson indo embora, eu ficando só em Volta Redonda. Me senti sim, traído pela forma que tudo estava acontecendo. Eu esperava mais consideração, principalmente da parte de meu primo.
“Vamos fazer o seguinte”, Falei para eles. “Vamos conversar uma outra hora sobre isso. Eu não tô legal, minha cabeça dói só de pensar sobre.”
Eles concordam. E eu os surpreendo com um pedido: “Manuel, se não for pedir muito posso te pedir uma coisa?” Ele diz que sim. Então peço para ele levar Anderson para dormir com ele na casa de Pedro. Anderson questiona o porquê. Digo: “Porque eu quero passar essa noite sozinho pra pensar, se César quiser ficar por mim está tudo bem.
‘Eu fico aqui com ele.” Disse César.
“Não precisa disso, Renato.” Lamentou Anderson.
“Precisa! E pra já.” Respondi.
Manuel pergunta: “Você vai ficar bem?”
Olho para ele, respiro fundo e respondo com lágrimas nos olhos : O que você acha?
Eles pareciam não entender que eu queria que eles saíssem dali, tive que pedir para Anderson pegar as coisas que levaria para casa do pai do Manuel.
Depois de colocar peças de roupa em uma mochila, Manuel e Anderson se despediram após pedir um uber.
Eu assisti os dois se afastarem enquanto tentava processar tudo que havia acontecido. O silêncio que se seguiu após a porta se fechar era ensurdecedor. César ficou ao meu lado, preocupado.
"Quer conversar sobre isso?" César perguntou gentilmente.
Balancei a cabeça. "Não agora, César. Eu preciso de um tempo para mim mesmo. Mas obrigado por ficar."
César assentiu e se afastou um pouco. Liguei a TV, e deitei na cama, olhando para o teto. A ideia de Anderson partir para Joinville era insuportável, e a maneira como tudo tinha sido feito deixava um gosto amargo na minha boca. As lágrimas voltaram a escorrer, e não fiz esforço para contê-las.
Depois de muito chorar, ao ponto de não ter mais lágrimas, César se aproximou e me disse que eu não combinava com toda aquela tristeza. Perguntou se eu queria um copo de água com açúcar para me acalmar, mas eu disse que não.
Estando ali ao meu lado, perguntei a ele o que sabia e o que achava da situação. Ele repetiu praticamente toda a história que Manuel tinha me contado. Disse que, a princípio, Manuel não queria vir, afinal, era uma coisa que Anderson deveria fazer. Mas, como meu primo praticamente implorou, alegando que, como éramos um trisal, era importante ele estar ali, Manuel veio de Joinville tenso, pois sabia que estava a um passo de me decepcionar. César me garantiu que não passou em momento algum pela cabeça de Manuel e Anderson terminar comigo.
"Como não?!" indaguei. "Eles estarão em outro estado. Sabem que preciso de presença, de toque, de afeto, tanto que, quando Manuel foi pra lá, a gente deu um tempo. Pra mim é um ato egoísta viver um relacionamento à distância dessa forma."
César completou: "Sei que Manuel tem planos de te levar para lá futuramente. Agora, o que eu acho sobre isso? Acho que você tem todo o direito de se sentir trocado, traído. Eu mesmo me sentiria assim no seu lugar. Mas acho que você também deveria escutar, tentar entender o lado de Anderson. Pelo que Manuel me contou, os pais dele não fazem questão de manter contato. Ele se sente um lixo aqui."
Falei para César que ainda tinha a irmã dele, que era pior do que os pais, e contei do ocorrido no dia em que ela e meu irmão apareceram aqui.
"Viu!" falou César. "Querendo ou não, realmente não deve ser fácil ter parte da família ignorando sua existência."
Mas eu ainda acrescentei que a gente estava vivendo um momento legal, onde meus pais estavam nos apoiando, que talvez fosse questão de tempo para que meus tios se aproximassem.
César acrescentou: “Mas você sabe que é diferente!”
Fiquei refletindo enquanto César, ficou do meu lado assistindo TV. Ele adormeceu rápido, talvez a viagem tenha sido cansativa.
Já eu, tive uma das piores noites da minha vida. Eu me revirava na cama de um lado para o outro; acho que até atrapalhei César a dormir. Eu realmente estava me sentindo traído de certa forma. Quando pensava neles, sentia uma raiva imensa.
Consegui dormir apenas quando o dia estava amanhecendo. Fui acordado por César, que me disse que Manuel tinha ligado pedindo para que nos arrumássemos, pois iria nos buscar para almoçar fora com a família dele. Eu recusei inicialmente, mas depois, por consideração a César, disse que só iria por ele, pois para mim não havia clima para aquilo.
Começamos a nos arrumar. César, todo animado, me fez rir, pois Volta Redonda não é uma cidade turística. Até que ouvimos um carro buzinando. Logo saímos para fora e era o carro de Pedro.
Fomos até lá e, ao nos aproximar, Manuel saiu e abriu a porta de trás para que eu e César pudéssemos entrar. Mas decidi ir no banco da frente, ao lado de Pedro. Atrás ficaram César, Manuel e Anderson. Entrei, dei bom dia a todos, e olhei para Pedro, que me retribuiu o bom dia apertando minha mão e perguntando se eu estava bem. Respondi que estava melhorando.
Eu ia perguntar de Verônica, mas achei que soaria meio indelicado. Não caberia ela ali, então, ao meu ver, ela ficou em casa.
"Então, qual é o destino de hoje?" perguntei.
Pedro riu e disse: "Deixa que o papai aqui está encarregado de levar vocês para almoçar em um dos melhores restaurantes de Volta Redonda. Confia!"
Manuel gritou lá de trás: "É isso aí, pai! Não nos decepcione!"
Revirei os olhos. Pedro percebeu e riu achando graça.
"É isso que me dá medo. Confiar," Eu disse, debochando.
Durante o percurso, apresentamos para César lugares como o estádio Raulino de Oliveira, um dos shoppings da cidade, a CSN e a Praça Brasil, que fica próxima ao restaurante que iríamos.
De fato, o restaurante era um espetáculo: todo moderno, com todos os tipos de carnes, saladas e outras opções. Era self-service. Antes de pegarmos nosso prato, Manuel deixou claro que seria tudo por conta dele.
Peguei meu prato e fui direto onde estavam os frutos do mar, colocando camarão, salada, arroz e palmito. Depois de pesar minha comida, fui para a mesa que tinha seis lugares e sentei em uma das laterais, onde dava para sentar duas pessoas. Manuel sentou-se ao meu lado. Na minha frente estava Anderson, e foi nesse momento que percebi que sequer havia olhado para o meu primo. Ele ficou calado durante todo o trajeto, mas, quando o vi ali diante de mim, notei que estava com uma aparência abatida. Ele me cumprimentou acenando com a cabeça e sorriu. Meu coração doeu ao vê-lo assim. Retribuí o sorriso, e então César chegou, seguido de Pedro. O garçom perguntou o que iríamos beber. Da mesa, apenas eu pedi refrigerante, enquanto os outros pediram cerveja.
Meu chefe não era burro. Com certeza, ele sabia que o clima entre mim e meus "boys" não estava nas mil maravilhas. Talvez por isso ele estivesse tão agradável, fazendo todos rirem com histórias de sua juventude. César também era um palhaço, o que ajudou a espantar um pouco o clima pesado que existia. Todos ali conversavam entre si, menos eu com Anderson. Meus olhos se encontraram com os dele algumas vezes, e nós sempre tentávamos disfarçar, desviando o olhar. O fato é que vê-lo daquela forma não me deixou em paz; era nítido que ele estava mal.
Depois do almoço, Pedro insistiu em dar uma passada no shopping, e entre uma loja e outra, teve um momento em que Manuel deixou os outros andando na frente e perguntou se eu realmente estava bem, se eu havia pensado sobre o que conversamos. Eu falei que nem dormi, pensando no quanto passei a odiá-los da noite para o dia. Ele riu e disse que eu era exagerado. Até que resolvi perguntar sobre meu primo. Manuel foi direto: "Você já deve ter percebido que o cara está mal, né? Não foi só você que não conseguiu dormir essa noite. Seu primo só quer aproveitar uma oportunidade de recomeçar do zero. Em nenhum momento ele pensou em te deixar, em terminar; agora ele está dividido, não sabe o que fazer. Tem medo de te perder."
Minha reação foi ficar em silêncio. Não tinha o que dizer. Ele estava apresentando o ponto de vista de Anderson, e eu tinha o meu ponto de vista também. Voltamos a nos juntar ao restante do grupo. Pedro sugeriu ver um filme no cinema, mas Manuel disse que eles poderiam fazer isso em casa, e só então fomos para o estacionamento. A primeira parada foi a minha casa. Ao sair do carro, vejo Manuel saindo, e Anderson também desce. Olho para Manuel, que me diz que Anderson vai ficar comigo porque precisamos conversar. Ele entra no carro. Meu olhar se volta para Pedro, que me pergunta: "Tranquilo?" Olho para Anderson, que também parece esperar uma resposta minha. Digo: "Sim, acho que sim." Manuel finaliza dizendo: Qualquer coisa me liguem.
Então, me despeço deles e eles de Anderson, e o carro se afasta. Anderson permanece na calçada, me olhando. Digo para ele: "Vai ficar aí ou vai entrar?" Ele sorri, e após eu abrir o portão, ele caminha junto comigo.
Ele tenta falar alguma coisa, mas eu o corto, dizendo que era melhor ele deixar eu chegar em casa, tomar um banho, para depois termos a tal conversa que ele tanto queria. Ele pareceu entender, tanto que não falou mais nada. Eu fui para o banheiro, tomei um longo banho quente, me preparando psicologicamente para o que estava por vir.
Saio do banheiro, com a mente mais leve e o corpo relaxado. Anderson está deitado na cama , mexendo no celular, mas levanta o olhar quando me vê. A tensão é imensa. Sento-me próximo dele, indicando para ele fazer o mesmo.
"Vamos lá, Anderson. O que você tem para me dizer?", pergunto, tentando manter a voz firme.
Ele suspira profundamente, colocando o celular de lado. "Renato, de fato não estava nos meus planos sair de Volta Redonda. Não por agora. Mas, quando essa oportunidade de emprego surgiu, comecei a ver uma forma de recomeçar minha vida do zero. Confesso que, quando fiz a entrevista, acreditava que não passaria. Mas, quando a empresa retornou avisando que a vaga era minha, vi ali realmente uma chance de recomeçar."
Ele faz uma pausa, olhando para mim com sinceridade. "Embora você e seus pais tenham me apoiado neste último tempo, há um incômodo constante em relação à minha própria família que simplesmente sumiu do mapa, sem nem se importar em ligar para perguntar se estou bem. Por mais que eu não deixe isso transparecer, isso me incomoda muito. E quero que saiba que você sempre esteve nos meus planos de recomeço."
Ele faz outra pausa, a voz um pouco trêmula. "Eu juro que nunca pensei que você se sentiria traído. Em momento algum pensei em terminar com você. Talvez eu tenha sido mesmo um covarde por não saber conversar com você sobre isso. Por isso chamei Manuel para me ajudar a contar sobre o emprego e a mudança. Eu sabia que seria difícil, tanto para você quanto para mim."
Olho para ele, tentando absorver suas palavras. A dor e a raiva ainda estavam presentes, mas algo em sua voz e em seus olhos me fez perceber que ele também estava sofrendo. "Anderson, eu entendo seu lado, mas você precisa entender o quanto isso está me machucando. A minha confiança foi abalada."
Anderson suspira novamente e diz, "Já parou pra pensar que tudo pode dar certo? Cara, eu, você, Manuel morando junto, lá em Joinville. Já parou, Renato? É isso que eu tô tentando fazer. Você queria tanto uma vida assim. Só nós três. Seria um sonho. Um sonho que possivelmente vai ser realizado. Eu quero muito isso. E sei que você quer também. Portanto, não deixa que o egoísmo ou qualquer sentimento contrário te impeçam de ver uma oportunidade boa, uma chance surgindo na sua frente. Eu tenho que arriscar, Renato. Eu preciso agarrar essa oportunidade. Se der errado, vira aprendizado. Mas se der certo, a gente vai ser mais feliz do que já somos."
Após ouvir suas palavras sinceras, eu o respondo: "Anderson, eu te entendo em parte. Digo isso porque acho que se você fosse sincero comigo desde o momento em que essa vaga apareceu, nós não estaríamos aqui agora, desesperados, tentando entrar em um acordo. Cara, eu mais do que tudo e todos, torço por você. Eu não sei por que você escondeu isso de mim. Não entendo de verdade o porquê. Quantas vezes eu falei de emprego para você? Inúmeras!" Anderson olha para mim, a expressão séria e arrependida, mas eu continuo sentindo a necessidade de despejar tudo que estava preso dentro de mim. "Não entendo porque você preferiu agir às escondidas. Medo de me magoar? Medo que eu tivesse a reação que tive ao descobrir? Talvez, se você tivesse sido transparente, nesse momento, eu estaria feliz pois estaria participando de cada processo da tua vida, de cada processo da tua vitória. Mas agora eu confesso que tenho medo. Medo porque você sabe, Anderson, que eu sou uma pessoa que precisa de presença. Eu não terei mais isso, nem de você, nem de Manuel. Para mim, é difícil pensar em vocês dois longe.”
Ele assente, com os olhos marejados, tentando argumentar. "Mas e você e Manuel, Renato? Manuel foi pra lá e vocês ainda estão juntos."
Eu respiro fundo e tento manter a calma. "Anderson, você sabe que quando Manuel se mudou para Joinville, nós rompemos. Foi justamente porque eu acreditava que era egoísmo da minha parte estar aqui com você enquanto Manuel estava sozinho em outro estado. Eu não consigo lidar com a distância. Não foi fácil para mim, e não será fácil agora."
Anderson segura minhas mãos, os olhos fixos nos meus. "Eu sei, Renato. Mas eu acredito que, se tentarmos, podemos fazer isso funcionar. Eu não quero te perder. Quero que faça parte do meu recomeço.”
Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que finalmente falei: "Você vai fazer o seguinte, Anderson. Você vai pra Joinville. Já que essa vaga saiu, eu não posso te segurar aqui. Eu não posso e não serei egoísta ao ponto de te impedir de recomeçar. E quanto a gente, a gente vai dando um passo de cada vez. Eu aqui, vocês lá. É arriscado pra mim, muito arriscado. Mas a gente tenta. Mas... Eu corro o risco, estou inseguro." Ele me olha profundamente, segurando minha mão com força. "Obrigado, Renato. Obrigado por entender e me apoiar. Eu prometo que vou fazer o meu melhor para que dê certo.”
Ele me abraça e ficamos assim, em silêncio, por longos minutos. Sinto o calor do corpo dele contra o meu, um conforto temporário no meio de toda a confusão. Então, ele me beija, e me permito me entregar àquele momento de afeto, tentando gravar a sensação, o toque, o gosto, como se isso pudesse nos manter próximos mesmo com a distância que estava por vir.
O clima esquenta, e depois dele tirar a camisa, ele tenta tirar a minha, mas eu o impeço: "Melhor não! Pelo menos não agora!"
Ele pergunta, meio decepcionado: "Por quê não?"
Sugiro que aproveitemos este tempo para deitarmos e dormirmos, coisa que nós dois não conseguimos fazer na noite anterior. Ele aceita, colocando o celular para despertar às oito da noite. Deitamos lado a lado, mas logo ele veio para cima de mim, me segurou com uma pegada firme e me beijou, me fazendo ficar louco. Embora excitados, ficamos só nos beijos e abraços, deixando o sono finalmente vir.
Acordo com o meu celular tocando. Olho para a tela e vejo que é Pedro quem está ligando. Atendo e peço para ele aguardar um pouco. Coloco o chinelo e vou para fora, para não acordar Anderson. Vejo que está começando a anoitecer, e retomo a minha ligação com meu patrão.
"Desculpa pela demora. É que eu e Anderson estávamos dormindo e, para não acordá-lo, resolvi vir aqui para fora. Aconteceu alguma coisa?"
Pedro responde: "Pô, te acordei né? Mas o motivo da ligação é simples: segunda-feira você está de folga. Estou te dando essa folga para você resolver as coisas por aí. Imagino a pressão que você está passando."
"Não preciso de folga! Prefiro trabalhar, pois me distraio."
Pedro insiste: "Eles só vão embora na segunda-feira a tarde. Manuel conseguiu mais um dia de folga."
"Entendi."
Pedro, então, menciona: "Lembra que eu sempre falei do plano B?"
"Sim... Mas o que exatamente você quer dizer com isso?"
Ele ri e, antes de desligar, diz: "Não seja tão ingênuo. Volte a dormir. Boa noite."
Não esperou eu responder e encerrou a ligação na minha cara.
Olho para o relógio e vejo que ainda dá para cochilar antes que o celular de Anderson desperte. Deito, mas não consigo dormir. Mesmo com os olhos fechados, fico pensando sobre o plano B que Pedro sempre mencionava.
Sinto vontade de falar com meus amigos sobre o que estava acontecendo comigo, mas cada um deles estava vivendo seus momentos de felicidade, e resolvo não atrapalhá-los. Além do mais, o que eles poderiam fazer por mim nesse momento? Nada. A decisão de Anderson já tinha sido tomada. Eu decidi apoiá-lo, mesmo sabendo que nossa relação corria um sério risco de não sobreviver a essa mudança. Mas botei na minha cabeça que tudo na vida é questão de escolhas e prioridades. Nesse momento, ele escolheu ir para Joinville, dando prioridade ao seu lado profissional. Ele está no direito de escolher e decidir, afinal, ele não estava totalmente satisfeito aqui devido àqueles seres obsessores que carregam o título de pai e mãe dele.
Além do mais, quando Manuel se mudou, foi difícil, mas todos nós o apoiamos. Por que com Anderson seria diferente? Eu só não quero ir à rodoviária ou ao aeroporto para me despedir. Acho que seria demais para mim. Não serei uma pedra no caminho de Anderson, mas também não vou sofrer igual uma personagem de novela mexicana.
Quando o celular de Anderson desperta, eu fico imóvel, fingindo estar dormindo. Ele demora um pouco para encontrar o celular e desativa o despertador. Logo, se aproxima do meu corpo e me abraça, ficando assim por alguns minutos até que começa a me chamar: "Renato! Acorda! Já são oito da noite." Faço toda uma cena fingindo estar despertando, digna de uma cena de novela. Ele me olha e diz: "É sábadão! Manuel disse para eu ligar pra ele pra gente dar um rolê, mas só vai rolar se tu topar."
"Vamos sim!", respondo. "Já atrapalhei muito a viagem de César nessa cidade."
Levanto-me e vou tomar um banho. Anderson entra no banheiro totalmente nu e se junta a mim debaixo do chuveiro. Antes que eu pudesse ter uma reação, ele me abraça por trás e sussurra no meu ouvido: "Não foge! Porque eu te quero.”
Me viro olhando para ele, enquanto a água molha os nossos corpos, ele continua:
“ Só um boquetezinho, Renato.”
Olhei para sua pica que já estava armada, a segurei, e eu disse: Vamos deixar pra outra hora.
“A gente já tá aqui.” Ele disse, já me puxando, me dando mais um beijo e confessando que estava doido de tesão. A essa altura meu corpo já dava sinais que não era só ele que estava com tesão ali. Ele pegou mais forte no meu braço e mordeu meu pescoço e ao aproximar mais uma vez de meu ouvido ele disse : “Eu sei que você também quer.” Me entreguei, o empurrei em direção a parede e me ajoelhei diante dele, abri a boca para receber sua pica, que logo foi ocupando o seu espaço. Primeiramente, dei um trato naquela cabeça vermelha, chupei , lambi, até botar tudo na boca e logo engoli toda aquela pica até a base, arrancando gemidos de prazer de meu primo:
– Isso! Caralhoooo! Mostra que você curte a pica do seu primo!.
Me botou pra mamar novamente, segurou minha cabeça e botou fundo na minha garganta e com vontade, me fazendo engasgar. Eu já estava tão acostumado em ter minha boca e garganta fodida, que eu me masturbava devido ao tesão que aquele momento me proporcionava.
Ele me levantou e, me pediu pra ficar de quatro, lavou meu traseiro e se ajoelhou atras de mim e aproximou seu rosto de minha bunda, onde distribuiu vários selinhos, até mergulhar sua cara por entre minha bunda e alcançar com sua lingua o meu cú, aquela respiração ofegante e a lingua quente tocando o meu anel, me faziam delirar e gemer feito um puto no cio, literalmente eu perdia todo controle quando minha região anal era tocada. Me viro para trás para ver aquela linda cena, Anderson me chupava deliciosamente, ele me provava de olhos fechados. Digo, gemendo gostoso enquanto ainda o observo:
- Está gostando de chupar cuzinho do seu priminho?
Ele para de usar sua língua para me responder: “Gosto de fazer o serviço completo nesse cú gostoso! Daqui a pouco vou macetar ele.”
Ele se levantou e voltamos a nos beijar, dessa vez debaixo do chuveiro. Ficamos ali por um tempo, até que ele fechou o registro e me jogou a toalha. Me sequei e logo fui para a cama esperar por ele. Quando voltou, me fez ficar de quatro, passou lubrificante em mim e começou a sarrar em mim, me provocava pincelando sua pica no meu rabo. Segundos depois, senti sua pica tentando entrar em mim, ele movia sua cintura de modo para que sua pica entrasse, e ela foi entrando centímetro por centímetro, me fazendo suspirar e gemer de tesão.
Tentei sair, mas ele segurou com força: “O que pensa que está fazendo?” Perguntou ele. Ele colocou minhas mãos para trás, me fazendo ficar de cara com a almofada e com a bunda empinada, ele penetrou tudo e começou a socar, logo metia com vontade. Quando soltou minhas mãos eu já estava mais do que relaxado, gemendo e curtindo levar pica, rebolava no pau do meu primo, e ele usava sua pica com maestria, me dizendo palavras como: “Está gostando de tomar no cu?” “Toma rola! Que você merece minha rola no seu cú.” Pra finalizar, ele se deitou na cama e com aquele jeito sacana, olhou pra sua pica e mandou eu cavalgar gostoso no cavalão dele. Não perdi tempo, fui logo sentando, deslizando meu cu naquela vara, e enquanto eu cavalgava nele, eu batia uma punheta gostosa vendo ele gemer com aquela cara de safado, até que chegou um ponto que não aguentei mais e acabei gozando. Ele me botou de lado e continuou metendo até que ele tirou seu pau do meu cú e falou: “Toma leite de macho!” Colocou sua pica na minha boca o leite veio farto.
Ele assiste, embora com a respiração ofegante, eu tomar cada milílitro de sua porra.
Depois de nos recuperarmos, pergunto para ele qual era o tipo de rolê que Manuel estava planejando, mas Anderson também não sabia, pois dependia do que César queria. Anderson, com o celular na mão, ligou para Manuel e disse que estava tudo bem e que a gente iria sair. Disse que eu até queria saber o tipo de rolê, alegando que precisava saber para escolher um look para a ocasião.
Manuel disse que César queria ir a uma balada. Segundo ele, nem precisava ser gay, mas Manuel achava uma sacanagem não levá-lo a uma, o que diminuiria a chance do amigo de pegar um cara. "Pode crer", Anderson disse. Manuel afirmou que chegaria aqui em casa por volta das onze da noite.
Após desligar a ligação, Anderson me olha, ri e fala: "Tá ligado que a gente vai ter que arrumar um macho pra fuder com o César hoje. Sem pica, ele vai estragar a nossa noite."
Como resposta, digo que ele estava gerando muita expectativa para uma noite.
Após resolvermos os últimos detalhes, começamos a nos arrumar. Enquanto escolhia minha roupa, pensei em como seria bom sair e me distrair um pouco, mesmo que a situação com Anderson ainda estivesse delicada.
Quando Manuel e César chegaram, a energia mudou. Todos estavam animados e prontos para aproveitar a noite. Decidimos ir a uma boate LGBT super conhecida na cidade, famosa por suas festas.
Quando chegamos na boate, era evidente que eu, Anderson e Manuel éramos um trisal. Estávamos de mãos dadas, eu no meio dos dois. Anderson já não ligava mais para o que os outros iam dizer. Compramos nossas entradas e entramos.
A diversidade de gente no local era impressionante. Havia várias pessoas montadas belíssimas, com roupas e maquiagens extravagantes, gays e lésbicas de todos os tipos.
Entramos e imediatamente fomos contagiados pela atmosfera vibrante do lugar. As luzes de neon brilhavam, a música eletrônica pulsava, e o clima de diversão estava no ar.
César parecia particularmente animado, seus olhos brilhavam de expectativa. Anderson, Manuel e eu nos aproximamos do bar para pegar nossas bebidas. Enquanto brindávamos, percebi que, apesar de tudo, momentos como aquele eram importantes para manter a conexão entre nós.
A pista de dança estava lotada, pessoas de todos os tipos dançando e se divertindo. Manuel e Anderson logo se juntaram à multidão, enquanto eu e César observamos por um momento. César, percebendo minha hesitação, puxou minha mão e me levou para a pista.
Vamos, Renato! Vamos aproveitar essa noite! - disse ele, com um sorriso.
Começamos a dançar, e, aos poucos, fui relaxando e me deixando levar pela música e pela energia.
Anderson e Manuel se aproximaram de nós, e logo estávamos todos dançando juntos, esquecendo temporariamente os problemas e as incertezas.
Após dançar bastante, sinto alguém me abraçar no meio da multidão. Era Dinei e seu namorado, Breno, que estavam ali com os amigos. Eles sorriem ao me ver e rapidamente somos envolvidos em uma conversa animada.
Eu, de um jeito descontraído, falo para Dinei: "Se a gente tivesse combinado, não nos encontraríamos tão facilmente." Dinei ri e responde: "Né, se fosse combinado daria errado! ”
“ Esse é César, nosso amigo que está visitando” apresento.
Dinei e Breno cumprimentam César. Anderson, sempre cara de pau, pergunta a Dinei se entre os amigos de Breno havia algum cara que poderia ser apresentado a César.
“Vou dar uma olhada “ diz Dinei, rindo.
Breno se adianta, já animado com a ideia.
“ Deixa comigo! Vou arrumar um boy pro César. Afinal, carne nova no pedaço precisa ser bem recebida.”
“Só peço que não seja qualquer pessoa” intervi. “Filtra bem na seleção.”
Breno então pergunta para César: "E aí, César, que tipo de homem você gosta?"
César responde prontamente: "Os ativos."
Breno solta uma gargalhada e diz: "Eu estava me referindo ao estilo e características."
César sorri e responde: "Ah, nesse caso, a hoje preciso de um negro tão delicioso quanto essa noite.”
Breno e Dinei piscam para nós e somem na multidão, prontos para sua missão. Continuamos dançando e curtindo a noite, aproveitando a companhia uns dos outros e a energia contagiante da boate.
César e eu fomos para o bar comprar mais bebidas e voltamos para a pista onde Manuel e Anderson estavam. Fazia tempo que eu não dançava daquele jeito. Eu estava tão bem ali que, por um segundo, deixei tudo lá fora para aproveitar intensamente ali dentro. Eu não apenas dançava, mas curtia meus homens: beijava Anderson, depois Manuel, eles se beijavam, nós nos beijávamos, dançávamos em trio, e César, ao nosso lado, não perdia o pique nem a animação.
"Olha quem tá aí?!" Quando olho para o lado, vejo Cristiano, meu ex, um pouco mudado, vindo em minha direção. "Tudo bem com você? Eu jamais imaginava te encontrar aqui." Anderson fica sério na hora. Digo que estou bem, que resolvi sair da toca, e reforço que também não imaginava encontrá-lo. Mas ele menciona que bate cartão naquele lugar e olha para Anderson e Manuel, dizendo: "É, Renato, você sempre bem acompanhado." Decido cortar o assunto para evitar que Anderson seja grosso com o garoto: "E pode tirar o olho, porque eles são meus." Vou em direção a eles e, enquanto dançamos formando uma fila, inclusive César atrás de Manuel, Anderson diz: "Detesto esse filho da puta." Cristiano nos observa por uns segundos e segue seu rumo.
Enquanto nós quatro dançávamos, Breno aparece com um rapaz a princípio todo marrento, cabelo baixo, negro, corpo bombado, e o apresenta a César como Flávio, e depois nos apresenta. Pergunto a Dinei de onde ele conhecia aquele cara, mas Breno me tranquiliza dizendo que era um conhecido super gente boa, que eu podia confiar. Aceno dizendo que estava tranquilo e eles somem dançando em meio à multidão. Manuel faz questão de pagar uma cerveja para o cara, que logo se enturma e se mostra muito simpático. Noto que enquanto dançamos, o assunto entre Flávio e César rende. Manuel meio impaciente diz : “Só falta essa porra ficar só no papo a noite toda.” Para a felicidade da nação não demora muito para o beijo rolar entre Flávio e César. Olho para meus homens e digo: "Conseguiram o que queriam." Manuel e Anderson dançavam numa alegria, pareciam que tinham aprendido uma dança nova. Depois de um tempo, César avisa que ficaria em um canto com o rapaz, mas eu digo para não se afastar muito.
Não sei ao certo quanto tempo ficamos ali, mas quando decidimos ir, chamamos César e o carinha dele para irmos para um motel. Flávio, a princípio, nos olhou estranho. Foi preciso explicar que ele e César ficariam em outro quarto, e César se ofereceu para bancar os custos deles. "E aí, topa?" perguntou Anderson. "Só se for agora," confirmou Flávio.
Entramos no carro, e Manuel nos levou para o motel. O percurso foi super estranho: com Anderson e Manuel no banco da frente, eu fiquei atrás com César e Flávio. Eles pareciam meio tensos, e não havia conversa no carro. O silêncio foi quebrado quando Anderson começou a perguntar sobre a vida pessoal do rapaz, que tinha vinte e três anos, fazia enfermagem e morava em um bairro próximo ao nosso.
Chegando no motel, Manuel pediu dois quartos, de preferência que fossem um ao lado do outro. Explicou que havia um casal e um trisal, que ficariam em quartos diferentes. A moça não questionou, entregou as chaves e seguimos em busca dos quartos 15 e 16.
Quando avistamos nosso quarto, estacionamos na garagem 15. Após sairmos do carro, Manuel combinou com César que o ligaria quando fosse a hora de ir embora. Sendo assim, César e Flávio saíram da garagem e partiram para o quarto ao lado.
Ao entrarmos no quarto, os dois já vieram para cima, Anderson me beijando e passando a mão em meu corpo, Manuel me abraçando por trás e sarrando em mim. Como eles estavam afobados, falei para eles se acalmarem, mas Manuel foi tirando a roupa, ficando apenas de cueca, e me respondeu: “Já perdi tempo demais Renato! Falta pouco pra eu ir embora.”
“Mas vocês vão tomar um banho antes, quero nem saber!” Completei “Todos pro chuveiro agora!”
Pode parecer frescura, mas nossos corpos estavam suados, a gente fedia a fumaça de cigarro por conta do povo que fumava naquela boate, não só eles, mas eu também precisava de um banho.
Imediatamente eles tiraram a roupa, reclamando mas foram tomar banho, logo fui atrás, acabou que eu os ajudei a ensaboar os seus corpos e depois de limpos eles se secaram e se sentaram na cama totalmente nu, encostando as costas na parede. Quando voltei para o quarto vestindo apenas cueca boxer, vi que eles estavam na maior brotheragem entre si, tocavam uma punheta frenética um para o outro enquanto me observavam. Anderson pegou o controle remoto da TV e colocou um pornô, acreditando que isso ajudaria no clima. Olho para a tela da TV o pornô ainda era hetero, e falei: “ Pode tirar isso! Eu não vou transar com vocês ouvindo essa mulher gemendo, não!” Manuel ri e fala que meu primo viaja, toma o controle de Anderson, coloca num canal onde tinha playlist de música, escolheu a eletrônica e assim comecei entrar no clima. Subi na cama, e em pé diante deles comecei a dançar e a rebolar para os dois, eles se ajoelharam e começaram a beijar minha bunda. Anderson mais ousado puxou minha cueca para baixo e disse: "Mostra esse cuzão pra gente, seu puto!” Tirei minha cueca, e sem pensar duas vezes, Manuel caiu de boca no meu pau, e Anderson usou sua língua no meu traseiro.
Fiquei ali em pé naquela cama, segurando a cabeça de Manuel, seguindo um vai e vem e rebolando sentindo a língua macia e quente de Anderson em meu rabo: “Isso seus gostosos! Usem suas bocas, me chupem e me deem prazer! Me façam de puto!”
Não demorou muito para que eu fosse puxado para baixo e estar no meio deles, seguro suas picas, olho para eles, lambendo os meus lábios e os pergunto: “Qual que eu devo chupar primeiro?” Anderson ri da minha pergunta e diz: “Tanto faz seu puto! As duas tem gosto de pica de macho!” Sou surpreendido por Manuel dizendo segurando firme sua pica :” Nada disso! Ele vai chupar a minha primeiro! Faz tempo que meu pau não sente essa boquinha deliciosa!” Não perdi tempo, fui pro ataque, caindo de boca na pica dele. Dei uma atenção legal para aquela pica, afinal ele merecia, teve iniciativa, além do mais já estava com saudade do sabor daquele músculo rígido. Começo então a me revezar entre aquelas picas, chupava os provocando, fazendo cara de puto, lambendo a pontinha do pau, perguntando se estava gostoso, eles piraram com aquilo. Me deito entre eles novamente, Anderson me beija de língua, depois vou para o lado de Manuel e também o beijo, enquanto estou beijando Manuel, escuto meu primo dizer após passar o dedo dele no meio da minha bunda: “O cú precisa estar mais molhadinho!” Manuel disse: “Pode crer! Molha ele aí pra mim. Você não gosta de chupar um cú? Usa essa língua novamente!” E assim sinto a língua do meu primo tocando o meu cú, ele fazia movimentos com a língua pressionando ela contra o meu anel, que de fato me enlouquecia. Manuel só me observava gemer. Quando Anderson me deixou com o traseiro molhado, ele avisou: “Pronto! Agora é só mandar rola!” Manuel respondeu de um jeito sacana:”Deixa comigo que vou enterrar a minha vara nesse cu!” Viro minha cintura para o lado dele, oferecendo minha bunda para ele usar a vontade. Ali de ladinho sou penetrado com cuidado, Anderson só observava Manuel me enfiando sua pica aos poucos. Eu seguia de olhos fechados, sentindo cada centímetro me invadir. Quando começou a meter forte e gostoso, Manuel me disse: “Confessa vai! Estava com saudade da minha pica!” Disse que sim e comecei a gemer, e foi nessa hora que Anderson botou sua pica na minha boca e falou: “Se for pra gemer, geme com minha pica na sua boca!”
Que delícia estar ali servindo de puto para meus machos!
Manuel logo pediu para mudar de posição, pediu para ficar de quatro próximo a beirada da cama. obedeci e ele logo segurou minha cintura e meteu forte me fazendo gemer alto de tesão . Anderson viu ali uma oportunidade de fazer Manuel chupar sua pica, subiu na cama, ficando em pé em cima dela, segurou seu pau e falou para Manuel chupar. Manuel atendeu o pedido do meu primo, usando sua boca, fazendo Anderson gemer de prazer. Que cena! Enquanto Manuel estava chupando meu primo, Manuel puxava meu cabelo e socava seu pau com vontade em mim. Anderson também não dava mole, fodia a boca de Manuel na pressão, mesmo com a música ao fundo, dava para se ouvir aquele som característico de boca sendo fodida.
Houve uma pausa, Manuel tirou a pica de Anderson de sua boca e ainda com falta de ar perguntou se meu primo queria me comer.
Anderson notando que Manuel estava cansado, ri e pergunta: “Tá cansado Manuel? Estou te deixando sem ar? Só vou meter depois que você gozar.”
Anderson desceu e voltou a colocar seu pau na minha boca: “Mama primo! Mama com vontade! Isssoooo! Engole tudinho.”
Eu estava no êxtase do tesão, Manuel parecia ter recuperado o fôlego depois que parou de pagar o boquete, eu me dedicava a engolir a pica grossa de Anderson, gemendo, engasgando mas disposto a dar prazer para os dois. Manuel começou a bufar, sua respiração foi ficando cada vez mais forte, até que ele gozou urrando de prazer e praticamente apoiou seu corpo em mim, mesmo eu estando de quatro.
Quando Manuel tirou sua pica, Anderson já deitou na cama, segurando sua pica e olhando para mim disse: “Vem sentar gostoso!” Tentei explicar que eu precisava me limpar pois tinha porra dentro de mim, mas ele me cortou e disse: “Vem logo sentar na minha pica! Seu cú é um depósito de porra há bastante tempo.” Manuel foi tomar um banho. Subi na cama, e ao sentar e ter sua pica entrando no meu cú, senti um pouco da porra de Manuel escorrer, tentei trancar o cú mas Anderson pediu apenas pra eu sentar. Fiz o que ele havia pedido, fui descendo e subindo naquela pica, já não ligava se a porra de Manuel estava escorrendo ou não. Anderson me olhava fascinado:” Que gostoso cara! Você sabe que essa é umas das minhas posições preferidas, né? Sabe o porquê? Porque nessa posição, eu vejo você trabalhar por completo. Você senta gostoso, se dedicando pra dar prazer pra mim. E de quebra eu vejo sua cara de puto curtindo levar rola. “
Eu suspirava, rebolava e sentava. Olhava para meu primo e dizia: “É assim que você gosta? Que eu sente assim? E quando rebolo assim? Você curte safado?”
Como resposta, ele segurou minha cintura, e me mandou rola no cú: “Eu gosto filho da puta!”
Me pegou no colo, me colocou no meio da cama e me posicionou de frango assado: “Agora chegou a vez da sua posição favorita!“
Ele subiu na cama, se agachou e se encaixou por entre minhas pernas que estavam dobradas, montou em mim, socando pica como um animal. Eu olhava aquele homem em minha frente, e passava minhas mãos por seu abdômen, pedia mais o chamando de gostoso. Ficamos nessa posição por um bom tempo, talvez por ele saber do quanto eu amava estar ali entregue naquela posição. Quando fomos mudar de posição novamente, vimos Manuel sentado em uma cadeira que havia ali, bebendo uma cerveja, nos observando enquanto batia uma punheta.
Anderson curtiu vendo Manuel assistindo: “Está gostando da cena, Cabeção?! Lá em Joinville, você vai ter que me dar todo dia! Será que aguenta o Macho aqui?”
Manuel não respondeu a Anderson, apenas disse que se juntaria a gente, mas terminou corrigindo meu primo dizendo que era para chamá-lo de Manuel e não de Cabeção.
Me surpreendi com a resposta, mas nem deu tempo pra pensar pois Anderson foi me colocando sua pica novamente: “Aguenta priminho que vou, socar até gozar… “
Ele foi metendo gostoso, e depois de uns minutos, Manuel passa por nós e sobe na cama. Escuto ele falar: “Mama!” Pensei que estava falando comigo, mas quando olho para o lado, ele estava com a pica praticamente na cara de Anderson. Anderson para de meter em mim por um momento e diz:” Está me estranhando Cabeção? Digo… Manuel!”
Manuel altera a voz: “Não estou pedindo para você falar, estou falando pra você mamar.”
Anderson olhou para mim e para Manuel sem entender o porquê daquilo e explicou “Cara, você sabe que eu não curto essas paradas. Sou ativo!”
Deito na cama,observando no que resultaria aquele diálogo.
“Vai chupar ou não vai?! Eu não estou entrando na questão de ser ativo ou passivo.” Disse Manuel, explicando com o tom de voz alterado.
Anderson aflito e sem acreditar no que Manuel estava pedindo, tentava argumentar, usando ainda as mesmas desculpas de que não curtia e que ele era o macho da situação.
“Conta outra Anderson! Ou você esqueceu do boquete que você fez em mim e no Naldo lá na casa dele? Isso te fez menos macho? Não! Não te fez! Inclusive disse que passaria a me chupar de vez enquanto. Ativo também chupa, por isso, cara anda logo! Trata de comer o Renato e chupar o meu caralho! Sem frescura. Assim como fiz contigo.”
Me posicionei de volta a posição de quatro, Anderson me olhou como se buscasse uma aprovação, eu acenei para ele de forma positiva. Ele segurou na minha cintura e me penetrou depois de uns vai e vem, ele simplesmente abriu a boca, o que fez que Manuel introduzisse a pica dentro dela. Manuel sorriu satisfeito: “Isso mesmo, sem encostar os dentes!”
Ver aquela cena me deu tanto tesão que entrei em êxtase. Comecei a bater uma punheta olhando para eles, enquanto eu rebolava na pica do meu primo.
“Tá ligado que da mesma forma que vou ter que te dar todos os dias, eu vou querer ser chupado também. Não aceito menos que isso. Tá me entendendo Anderson?!” Disse Manuel.
Anderson tirou a pica da boca e respondeu: “Estou porra! Agora meu cú ninguém vai comer não!”
Completamente satisfeito com a resposta de Anderson, Manuel botou meu primo pra mamar novamente e o tranquilizou: Quanto a isso, está de boa! Eu sou versátil e gosto de te dar mesmo. Quer tomar leite quente agora?”
Meu primo pediu para que Manuel gozasse em outra ocasião: “Guarde essa porra pra daqui a pouco.” “Então me chupa mais um pouco…” Pediu Manuel. Anderson atendeu o pedido de Manuel e começou a socar tão forte e rápido em mim, que pedi pra ele ter calma: “Calma é o caralho!” respondeu ao tirar a pica da boca. E depois de tanto meter gostoso, ele urrou apertando a minha bunda com força, gozou fartamente, senti seu pau pulsar dentro de mim, jorrando os seus jatos.
Manuel desceu da cama, deu um tapa leve em mim, riu e disse:”Está com o cú cheio de porra, né puto?
Anderson foi ao banheiro tomar um banho para tirar o suor de seu corpo. Quando voltou, foi a minha vez de tirar a porra do meu cú e tomar um banho.
Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, Anderson logo me deu uma cerveja e ficamos ali conversando, até que falei que o ponto alto da transa foi o boquete de Anderson, que ao me ouvir dizer isso reclamou dizendo para eu não começar, pra esquecer o assunto. Mas Manuel interveio e deixou claro que o que ele tinha falado era sério, e que Anderson a partir daquele dia, todas as vezes que eles transassem ia pegar um boquete para ele. Ele ainda disse olhando para Anderson, que ele gostava de ser chupado e que meu primo iria o satisfazer. Anderson demonstrando um certo constrangimento disse que só chuparia.
Deitamos e ficamos ali nos acariciando, enquanto conversávamos e relaxavalmos.
Comentei que era tão bom quando estávamos nós três juntos. Disse ainda que sentiria muita falta de Anderson no meu dia a dia. Anderson disse que pra ele também seria uma tortura, mas mudou de assunto completamente perguntando se a gente tinha ido pro motel apenas pra ficar conversando. Respondi: ”Claro que não! “ Manuel entrou na brincadeira:” Veio fazer o que aqui então?” “Eu vim tomar no cú!” respondi.
Começamos o ritual tudo de novo. Primeiro eu e Manuel pagamos um boquete para Anderson. Porém, quando fui pagar o boquete para Manuel, meu primo sem ser mandado, se juntou a mim, meio sem graça, mas em pouco tempo a gente estava se beijando e provando do meu pau. Houve um momento em que formamos um triângulo, onde eu pagava boquete para Anderson, Anderson para Manuel e Manuel para mim.
Quando paramos Anderson se levantou, me olhou e batendo uma punheta na minha frente disse: “Vamos encerrar essa noite fazendo uma coisa que a gente não faz a muito tempo.” Logo perguntei do que se tratava. Então, meu primo me disse sério, me penetrando com seu olhar, como se desejasse muito aquilo: “Dupla penetração!”
Manuel completou: ”Só vai rolar se você quiser.”
Olhei para eles e eles estavam com a pica nas mãos, prontos para um sim.
Anderson resolveu tentar me convencer, sem ao menos eu ter me manifestado contra.
“Cara, sabe-se lá quando eu e Manuel vamos vir pra cá novamente! Vamos aproveitar que a gente está junto aqui.”
“Que dramático.” Falei. “Você fala isso porque não é você que fica com duas picas entrando e saindo no cú.”
“Por isso que falei, só se você quiser.” Adiantou Manuel.
Empurrei meu primo na cama: “E eu sou de negar fogo pra vocês? Só façam com carinho.”
Manuel veio por trás e veio me lubrificar com um produto que identifiquei como aquele condicionador que tem no motel. Eu já estava todo relaxado, meu cú principalmente, depois de duas surras de picas.
Coloquei a pica de Anderson na entrada, fui subindo e descendo, sentindo por alguns minutos aquela pica grossa atolado no meu rabo. Anderson, narrava a transa: “Isso! Senta gostoso! Rebola!” Foi então que coloquei meu dedo indicador nos lábios do meu primo e pedi para ele parar de falar e apenas curtir o momento. Manuel se aproximou atrás de mim, pediu para eu abrir a bunda, e com minhas mãos segurando a bunda, Manuel montou em mim e foi atolando, invadindo embora que com dificuldade, pois a pica dele insistia em escorregar. Porém quando entrou eu dei um grito tão alto, que foi preciso ficarmos parados para que meu corpo se rendesse aquelas duas picas. Quando eu falei que estava relaxado, e que eles podiam meter gostoso, eles foram metendo devagar, num ritmo delicioso, acompanhando os mesmos movimentos, eu sentia os dois paus roçando entre si. Ali naquele momento só se escutavam os som das metidas e nossos gemidos. Eu me sentia realizado por ter ali comigo meus homens, super satisfeitos sexualmente. E foi dessa forma que gozamos, curtindo aquele momento, sem violência, sem metidas fortes, todo mundo se permitindo, seguindo o mesmo ritmo. Gozei na barriga de Anderson enquanto os dois encheram meu cú de porra novamente.
Pouco tempo depois, Manuel pegou o celular e ligou para César. Chamou algumas vezes e nada dele atender. Manuel disse que só faltava ele estar dormindo e tentou ligar mais uma vez. Na segunda chamada, César atendeu, mas o que se ouviu deixou Manuel sem crer: gemidos e sons de estocadas. Colocando no viva-voz, Manuel escutou César perguntar, entre gemidos, se iríamos embora naquele momento e pedindo para que nós o esperasse só mais um pouco. Manuel riu e disse que assim que César estivesse pronto era para ele ligar de volta.
E enquanto César não ligava, a gente começou a se arrumar. Manuel ligou para a recepção, perguntou o valor da conta e fez o pagamento por pix ali mesmo. Manuel parecia um pouco impaciente, a ponto de Anderson perguntar o motivo de tanta pressa. Brinquei, dizendo que ele já tinha feito o que queria ali, mas Manuel respondeu que descansar naquele lugar ele não conseguiria.
Não demorou muito para que César retornasse a ligação, dizendo que já estava na garagem do quarto dele, nos esperando. Descemos e entramos no carro. Ao sairmos da garagem, buzinamos, e eles saíram ao nosso encontro.
Anderson, sempre brincalhão, olhou para César e Flávio e disse: "Pelo visto, não foi só a gente que aproveitou a noite." César riu e confirmou: "Nem me fale! Esse cara aqui me deu canseira, mas valeu a pena." Antes de sairmos, Manuel perguntou se César havia pago, e ele disse que sim.
Após deixarmos Flávio em seu endereço, seguimos para minha casa. César agora falava sem parar sobre como tinha sido sua noite. Ele confirmou que Flávio realmente lhe deu uma canseira e que o rapaz não o decepcionou em nada. Disse que, embora morasse em outro estado, salvou o número de Flávio, alegando que talvez se encontrassem novamente em uma futura visita à cidade.
César também quis saber como foi nossa noite, mas deixei que Manuel contasse, afinal, ele era mais íntimo de César. Manuel contou tudo, omitindo alguns fatos, especialmente a parte envolvendo a parte do boquete de Anderson.
Já em casa, tomamos um café, comemos um misto quente e partimos para a cama. Eu e meus boys na minha cama e César no colchão no chão. Apagamos. Acordei por volta das onze horas da manhã com meu celular tocando. Era minha mãe, querendo saber se eu e Anderson iríamos almoçar lá. Logo lembrei que era domingo e avisei que Manuel estava em VR. O tom de voz dela demonstrou uma certa felicidade ao saber da notícia e falou: "Ótimo! Pode trazer ele também." Ainda mencionei que Manuel havia trazido um amigo. Ela perguntou se eu o conhecia e eu disse que sim. "Pode trazer ele", afirmou ela. "Sempre tem espaço para mais um."
Acordei Anderson e falei do convite. Inicialmente, ele não achou uma boa ideia, mas depois que Manuel ficou animado ao saber do almoço, ele mudou de ideia. Apenas expliquei que minha preocupação era Ricardo. Afinal, eu iria com os meus dois homens, além de levar um amigo que também era gay. Ou ele surtaria ou enfartaria, mas se os donos da casa estavam de boa, quem era meu irmão para reclamar.
Explicamos toda a situação para César, mencionando a não aceitação de Ricardo e que ele estaria por lá. Manuel disse que entenderia caso César decidisse não ir, mas garantiu ao amigo que ele perderia uma grande chance de conhecer meus pais. César nem pensou duas vezes e disse que iria conosco.
Começamos a nos arrumar rapidamente, para não atrasar o almoço. Anderson sugeriu comprar vinho, e falou que desta vez nao ia esquecer de beber com meu pai. Ele comprou vinho e uma caixa de cerveja em lata para o almoço, com a intenção de termos uma tarde agradável.
Antes de irmos para o almoço na casa dos meus pais, passamos na casa do pai de Manuel, que ligou dizendo que precisaria do carro.
No caminho, Anderson perguntou a Manuel o que faria se Ricardo puxasse assunto. Manuel foi direto, dizendo que falaria com meu irmão, afinal, quem tinha problemas a resolver com Ricardo éramos eu e Anderson.
Manuel devolveu o carro para Pedro, que gentilmente nos ofereceu uma carona até a porta da casa dos meus pais.
Quando entramos no carro, Pedro logo me olhou:
Pedro: Tudo bem?
Eu: Sim, tudo bem.
Pedro olha para Anderson, depois volta a olhar para mim.
Pedro: Tudo bem mesmo?
Eu confirmo com a cabeça, meio confuso.
Eu: Sim, por que não estaria?
Pedro liga o carro e começa a dirigir. Enquanto nos aproximamos da casa dos meus pais, Pedro quebra o silêncio.
Pedro: Só para confirmar, não quero te ver na empresa amanhã. Se você aparecer, vou mandar você voltar pra casa.
Eu: Tá ok!
Pedro: Você precisa desse tempo. Às vezes, um pouco de descanso faz bem.
Ao chegarmos, eu e Anderson cumprimentamos as mesmas pessoas: meu pai, minha mãe e Letícia. Manuel apresentou César a todos. Não dava para não notar o quanto Ricardo observava César, mas ele não foi inconveniente, nem simpático. Meu pai disse a César que ele era bem-vindo, pois meus amigos eram amigos dele, e logo nos deu os pratos, alegando que o almoço estava pronto. O cardápio era pernil assado, maionese, farofa e arroz.
Após nos sentarmos, minha mãe puxou uma oração, agradecendo a Deus pelo alimento e por estarmos juntos em um momento de união. Enquanto comíamos, conversávamos. Ricardo estava mais à vontade do que da outra vez, já que Manuel lhe dava atenção. Depois que minha mãe vez todas as perguntas que precisava saber sobre César, ela olhou para Manuel e o perguntou sobre o motivo de sua visita repentina: "Está de férias?" "Não", respondeu ele. "Na verdade, é um assunto que eu gostaria que Anderson falasse para vocês."
Os olhares se voltaram para Anderson, que ficou vermelho de vergonha. "Então, tia, consegui um emprego", disse meu primo. Antes que ele pudesse concluir, meu pai o parabenizou, dizendo que sabia que ele conseguiria. Anderson então completou: "Na verdade, Manuel me ajudou com isso. Consegui um trabalho em Joinville e começo semana que vem. Amanhã já vou embora com César e Anderson."
Houve um certo silêncio na mesa, com olhares preocupados se voltando para mim e para Anderson. Minha mãe quebrou o silêncio, perguntando se meu primo havia falado com seus pais sobre a mudança. Anderson explicou com cuidado que não queria que seus pais soubessem, pois eles não o haviam procurado e agora que estava de partida, ele também não fazia questão. Pediu a todos que respeitassem sua decisão de não contar aos pais.
Meu pai então me perguntou: "E você, meu filho? Como está lidando com isso?"
Senti um nó na garganta, minha voz embargou e, para disfarçar, bebi um gole de refrigerante. Expliquei que fui pego de surpresa, já que Anderson decidiu contar com a presença de Manuel para me revelar. Disse que isso não estava nos meus planos, mas que não impediria Anderson de crescer. Minha mãe perguntou se continuaríamos juntos e Anderson afirmou que sim. Ela questionou novamente: "Mesmo com eles longe?" Ricardo se intrometeu, explicando que éramos um trisal e pelo o que ele havia entendido, o que mudaria era que Anderson e Manuel morariam juntos.
Manuel tentou explicar: "Conversamos muito sobre isso antes de contar para vocês e decidimos tentar mesmo à distância."
Meu pai alertou: "Sabe que muitos relacionamentos não sobrevivem à distância."
Manuel respondeu: "O meu amor sobreviveu até agora, por que o do Renato não sobreviveria?”
Pedi para mudarem de assunto, pois era algo que já tinha me desgastado demais nesse fim de semana. O clima ficou mais leve depois disso, e a conversa na mesa se voltou para outros tópicos. Aproveitei a oportunidade para chamar a Letícia para irmos até a cozinha pegar mais bebidas.
Na cozinha, Letícia me olhou preocupada e perguntou se eu estava bem. Ela disse que imaginava o quão difícil era para mim passar por aquilo, já que nos últimos tempos eu vivia para aquele relacionamento. Respondi que estava péssimo, sentindo um vazio e com muito medo de que futuramente aquilo acabasse. Ela me abraçou, dizendo que estava ali para me apoiar em tudo o que precisasse.
Quando voltamos para a sala, vi que Manuel trocava altos papos com Ricardo e César, enquanto Anderson estava em outro canto, conversando com meus pais, provavelmente sendo interrogado por eles. Fomos até onde Manuel estava, e quando cheguei, vi Ricardo me olhar, esperando um oi ou algo do tipo. Até tive vontade de cumprimentar ele, mas o que ele fez foi, ao meu ver, ridículo. Por isso, acho que meu irmão deveria ser ignorado, para sentir na pele o que é ser excluído.
Virei-me para Letícia e comecei a falar sobre como conheci César, numa tentativa de incluí-lo na conversa. Não foi preciso muito para que eles interagissem entre si. César era muito comunicativo e Letícia, uma simpatia em pessoa. Durante nossa conversa, ela disse algo que não ouvia há bastante tempo: "Estou noiva do Ricardo! Se tudo der certo, até o primeiro semestre do ano que vem, nos casamos." Olhei para ela e, em tom de brincadeira, disse: "Finalmente! Já estava na hora. Pensei que só iam casar depois da minha aposentadoria!"
César perguntou quem estava enrolando quem. Foi quando meu irmão respondeu: "Ninguém enrola ninguém aqui. Nós financiamos uma casa e estamos comprando os móveis aos poucos. Tudo é questão de tempo." César brincou: "Sei que estão me conhecendo agora, mas podem mandar meu convite junto com os do Manuel, Renato e Anderson." Nesse momento, todos ali ficamos sem graça pela situação formada. Acho que César se esqueceu por um momento que eu e Anderson não estávamos conversando com meu irmão. Se até o casamento não voltássemos a nos falar, eu jamais iria. Por mais que tivesse sido chamado para ser padrinho, eu não iria e pronto.
Depois de ver que meu primo ainda estava conversando com meus pais, resolvi ir lá para saber qual era o papo. Quando cheguei perto deles, já fui dizendo que esperava que não estivessem atormentando Anderson pela decisão de ir para Joinville. Eles me olharam, tentando argumentar, e mais uma vez eu disse que a decisão já tinha sido tomada. Ele iria no dia seguinte. Minha mãe insistia que ao menos minha tia deveria saber, e decidi ser o mais sincero possível: " Entendam de uma vez por todas que ninguém daquela casa, nem Amanda, nem a tia, nem o tio, pararam a vida deles por causa do Anderson. Por que vocês acham que Anderson deveria se importar, até mesmo dar uma satisfação para eles?”
Ninguém mais falou uma palavra sequer, e pedi para conversarem sobre outra coisa, pois o intuito de estarmos ali era outro.
Anderson lembrou do vinho, e meu pai foi lá buscar, voltando com copos e garrafa em mãos. Ele brincou com meu primo, dizendo que desta vez ele não levaria o vinho para casa. Todos ali aceitaram beber, ou seja, o vinho não rendeu como Anderson e meu pai queriam.
A gente ficou bastante tempo lá, pensei em
Ir ao bar do Jefferson para que César conhecesse Gil, mas Anderson disse que ainda precisava arrumar as coisas que levaria para Joinville. Assim, decidimos ir direto para casa. Antes de irmos embora, meu pai chamou a mim e Anderson para a varanda e perguntou ao meu primo se ele estava precisando de dinheiro para a viagem ou para qualquer outra coisa. Anderson agradeceu, mas recusou a ajuda, explicando que tinha economias reservadas. Ele abraçou meu pai e o agradeceu novamente, desta vez não pelo dinheiro oferecido, mas por nos apoiar quando muitos apontavam dedos e criticavam. Meu pai respondeu que, embora tenha demorado para processar e aceitar tudo, agora estava do nosso lado e nada mudaria isso.
Achei muito bonita a atitude do meu pai. Vi ali que, de certa forma, ele estava tentando fazer por meu primo o que meus tios não faziam por ele.
Manuel e César apareceram e ficaram meio sem jeito, achando que estavam atrapalhando algo. Meu pai entrou, e eu perguntei se podíamos ir embora. Manuel disse que meu irmão estava chateado por saber que meu primo iria partir sem voltar a falar com ele. Manuel achava que aquela era uma oportunidade ideal para que todos, inclusive eu, voltássemos a conversar. Anderson olhou para mim e depois respondeu a Manuel: “Deixa ele com a consciência dele. É melhor deixar as coisas como estão.” Dei de ombros enquanto César ficou em silêncio. Manuel tentou insistir mas Anderson o cortou dizendo que ele não deveria se intrometer.
Voltamos para dentro da casa e avisei que estávamos indo embora, pois Anderson precisava arrumar as malas. Meus pais e Letícia se aproximaram para se despedir de Anderson, desejando-lhe boa sorte, enquanto meu irmão se despediu apenas de Manuel e César, subindo a escada logo em seguida. Meu pai fez questão de nos levar em casa.
No caminho de volta, olho o APP de mensagem e lá tinha uma mensagem de Anderson perguntando como transariamos na casa com a presença de César. Respondi que não tinha a menor ideia. Anderson então sugeriu que a gente ligasse para o Flávio para ir pra lá. Falei para meu primo que iria pensar.
CAPÍTULO 55 ( PARTE 2)
Quando chegamos em casa, César foi tomar banho enquanto eu e meus boys articulavamos nos bastidores o que a gente faria com César, que segundo o Anderson era um empata foda. A hipótese de chamar o carinha da boate foi descartada, pois Manuel não queria que César soubesse que a gente estava oferecendo ele para qualquer um.. Anderson sugeriu o Daniel, mas eu disse que Daniel estava namorando com uma mina e que não rolaria, na verdade essa foi a primeira desculpa que veio na minha cabeça, César pode ser legal e gente boa mas Daniel era gostoso demais para ele.
Até que me veio Naldo na cabeça: “E o Naldo? Não sei se ele está com alguém, como se isso o impedisse de pegar pessoa de fora.. mas César é do estilo que ele gosta. E acho que César ia adorar uma noite com Naldo.”
Manuel admitiu que Naldo não era uma péssima ideia, mas confessou não saber a forma que a gente faria sem que César descobrisse tudo.
Anderson já mais pra frente pegou o telefone indo para fora da casa, eu e Manuel o seguia enquanto o telefone chamava.
Naldo atendeu.
Naldo: Fala Anderson! Tranquilo?
Anderson: Tranquilo Mestre! Você está podendo falar?
Naldo: Claro! Aconteceu alguma coisa?
Anderson: Algumas coisas,mas falamos sobre isso outra hora. Deixa eu te perguntar… Você está solteiro? Está morando com alguém?
Naldo: Pô, você sabe que às vezes pego umas mina e trago aqui. Mas porque?
Anderson: Então, estou te ligando porque Manuel veio para Volta Redonda e trouxe um viadinho que acho que você vai gostar de meter nele. Tipo estilo Gil, todo delicado, todo fogoso, falo isso que noite passada deu a noite toda para um carinha aí.
Naldo: Lá vem você empurrar viado para cima de mim. Essas porras se apegam muito fácil.
Anderson: Mas esse mora longe. Tipo você comer ele essa noite e amanhã ele vai embora.
Naldo: Sei não hein! Faz o seguinte me manda a foto dele para eu dar uma analisada no moleque.
Anderson: Pode deixar que vamos te mandar.
Naldo: Pode crer.
Anderson desligou a chamada, e falou para Manuel que a partir daquele momento era com ele.
Manuel pega seu o celular, abre o perfil de César em uma das redes sociais e baixa uma foto, que em seguida envia para Naldo.
Observo com certa indignação: "Gente, vamos deixar quieto! Isso não está certo."
Anderson responde: "Ou é isso, ou é ele assistindo a gente transando. Você escolhe."
Nesse momento, ouvimos a voz de César me chamando, pedindo uma toalha.
Vou buscar a toalha e a entrego. Ele me agradece e explica que esqueceu de pegar uma. Antes de voltar disse a ele que estávamos na parte de trás da casa.
Quando volto, Manuel me mostra a resposta de Naldo: "Tem cara de putinha! Será que ele aguenta o negão aqui?" Embaixo estava a resposta de Manuel: "Aí Naldo, você tem que pegar pra saber."
Digo aos meus boys que prefiro ser sincero, mas Manuel acha que o amigo pode ficar chateado. Anderson diz que qualquer decisão está boa para ele, contanto que César não atrapalhe nossas vidas.
De repente, César chega onde estávamos. Manuel muda de assunto, perguntando se ele gostou de passar o dia na casa dos meus pais e de conhecê-los. Ele diz que sim, que achou minha família muito simpática. Senti um remorso e decidi falar a verdade para ele.
Eu: "César, preciso te falar uma coisa, mas não quero que você se sinta ofendido. Na verdade, é uma proposta. Você escolhe o que vai querer, combinado?"
Ele me olha desconfiado, mas como não obtive resposta, continuo: "Você sabe que esta é a última noite de Anderson morando aqui comigo e a gente queria que fosse algo especial, se é que você me entende."
César: "Vocês querem privacidade, é isso? E qual é a proposta? Não estou entendendo."
Eu: "A gente estava conversando aqui e pensamos em algumas possibilidades, mas não quero que nos leve a mal."
César: "Renato, relaxa! Estou tranquilo.”
Eu: "As opções são: dormir em um hotel, dormir aqui mesmo com a gente transando ou passar a noite na casa de um conhecido nosso que se interessou por você."
Ele esboça um sorriso e pergunta quem seria a pessoa.
De imediato, Anderson mostra a foto de Naldo no perfil do app de mensagens e faz uma propaganda entusiasmada: "O nome dele é Naldo, cara maromba, professor de capoeira, pegador de mulher, mas come gay no sigilo e tem uma rola enorme! Ele já teve um lance com um amigo de Renato."
César: "Dadas as opções, fico com o professor de capoeira. Não vou ficar no hotel sozinho e ficar aqui só vendo vocês transar vai ser uó.”
"Beleza!" Anderson diz, ao mesmo tempo que pega o celular e liga para Naldo, confirmando tudo e dizendo que ele podia passar aqui e pegar o César quando quisesse. Antes, Naldo pede para falar com César. Anderson coloca no viva-voz e fala que César estava ouvindo. Naldo diz: "Tá ligado que o mocinho não vai dormir essa noite, né?" César, sem hesitar, responde: "Se eu quisesse dormir, iria para um hotel, não para a casa de um macho."
Naldo termina dizendo que gostava assim e que pegaria César dentro de duas horas, desligando a chamada. Notando a animação de César, falo para ele se preparar, pois, embora eu achasse que Naldo fosse um escroto que se achava, ele era um verdadeiro dominador. César pede licença e fala que tomaria outro banho, afinal, era preciso fazer a higiene íntima.
Meu primo deixava transparecer sua felicidade, que estava estampada no rosto. Já Manuel apenas disse: “Teremos uma noite só nossa.”
Aproveitando o ânimo deles, sugeri a Anderson que arrumasse suas coisas na mala, para que depois pudéssemos aproveitar mais o tempo juntos. Ele concordou, e Manuel foi ajudá-lo. Anderson levou apenas roupas, cuecas, meias, calçados e alguns itens de que gostava muito. Manuel disse que toalhas e roupas de cama não eram necessárias, pois além de ocuparem espaço na mala, ele já tinha em casa. “Duas malas, minha vida se resume em duas malas grandes”, disse Anderson ao finalizarmos. Manuel o abraçou e disse que era apenas um recomeço, e que ele teria muitas conquistas a partir daquele momento. Também os abracei, e ficamos assim em silêncio por alguns segundos.
Nesse meio tempo, César já estava arrumado, aproveitando o movimento, também deixou sua mala pronta.
Logo após, Anderson recebeu uma ligação de Naldo dizendo que estava na frente da minha casa. Meu primo disse a César que Naldo o estava esperando.
Fomos levar César até o portão, mas durante o percurso eu e Manuel pedimos para ele nos ligar caso acontecesse algo ou caso quisesse voltar. Ele apenas concordou com a cabeça. Quando nos aproximamos do carro, Naldo saiu todo marrento e nos cumprimentou. Logo Manuel se encarregou de apresentar César ao seu mestre: “Naldo, este é o César, um amigo meu lá de Joinville. César, este é o Naldo, meu professor de capoeira.” César apertou a mão de Naldo e disse: “Então é com você que passarei esta noite? Prazer em conhecê-lo, professor!” Naldo olhou para nós antes de responder a César: “Prazer é tudo o que quero ter essa noite.” E César respondeu seriamente: “E terá.”
Antes que partissem, Anderson resolveu compartilhar com Naldo sobre a decisão de se mudar para Joinville e explicou os motivos. Naldo ficou surpreso, e disse que Anderson deveria fazer o que acreditava ser melhor para ele. Em tom de brincadeira, Naldo comentou que tinha perdido os dois melhores alunos dele para Joinville e que estava começando a tomar um ranço por aquela cidade. Entrei na brincadeira e disse que eu também estava.
Naldo então abriu a porta do carro para que César entrasse. Olhando para a cena, murmurei para Manuel e Anderson: “Quem vê até pensa que é um gentleman.” Eles riram, Naldo deu a volta e entrou no carro. Antes de partir, Manuel disse uma frase em duplo sentido para seu mestre: “Ele não jantou, prepara uma comida para ele.” Naldo respondeu: “Pode deixar que ele vai gostar da minha comida.” Ele nos deu boa noite e saiu com o carro.
Ao entrar em casa, decidimos pedir uma janta via delivery, Manuel escolheu o cardápio. Enquanto esperávamos a comida, começamos a trocar carícias.
“Olha, se você se sentir sozinho, por favor, ligue para qualquer um de nós imediatamente,” disse Manuel, segurando minha mão. “Estaremos disponiveli para você, não importa a hora.”
“É verdade,” acrescentou Anderson. “Sabemos que vai ser difícil, mas tente pensar nisso como um investimento para o nosso futuro.”
Aquelas palavras me tocaram profundamente. Tentei segurar as lágrimas, mas não consegui. Senti um nó na garganta e as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.“Desculpem, eu não queria chorar,” disse, enxugando as lágrimas. “É inevitável. Embora vocês ainda estejam aqui, já estou sentindo saudades. Não vou conseguir ir até a rodoviária para me despedir de vocês, não tenho psicológico para isso.”
Manuel me puxou para um abraço apertado. “Nós entendemos,” ele disse suavemente. “Mas lembre-se, nada acabou entre nós. Anderson está apenas começando uma nova fase.”
Anderson se juntou ao abraço, segurando meu rosto com delicadeza. “Gostaría muito que você fosse até a rodoviária para nos ver partir, mas entendemos se for demais para você.”
“Sim,” concordou Manuel. “Mas importante é que você se sinta confortável. Estamos juntos nessa, de qualquer forma.”
O jantar chegou e o cardápio era perfeito para a ocasião: arroz, filé mignon ao molho madeira e um salpicão. Anderson preparou todo o ambiente, colocando uma música romântica ao fundo, criando uma atmosfera íntima e aconchegante.
Conforme comíamos, as conversas fluíam naturalmente, misturando risadas, memórias compartilhadas e planos para o futuro. A sensação de união e amor entre nós era muito forte, e por um momento, todas as preocupações e incertezas ficaram de lado.
Depois do jantar, continuamos a noite no sofá, assistindo a um filme enquanto nos abraçávamos. A despedida estava próxima, mas naquele momento, tudo o que importava era o amor e o apoio mútuo que compartilhávamos.
Quando fomos nos deitar, a ansiedade tomou conta de mim. Saber que eles partiriam no dia seguinte me dava uma agonia, um aperto no peito que fazia meu coração querer sair pela boca. Aquela noite foi especial de um jeito que nunca imaginei. Acho que, se César estivesse ali, não teria sido tão lindo como foi. Anderson e Manuel estavam mais carinhosos do que nunca, especialmente Anderson, que me acariciava e sussurrava que me amava.
O clima era de desejo, mas, acima de tudo, o sentimento falava mais alto. Havia uma conexão muito forte entre nós três, e isso transparecia em cada toque, em cada olhar. Anderson beijava meu pescoço, suas mãos explorando meu corpo com aquela pegada que só ele tinha que me fazia arrepiar. Manuel, ao nosso lado, também me acariciava, seus toques firmes e ao mesmo tempo delicados.
Logo estávamos nós três envolvidos, trocando beijos e carícias, nos conectando de maneira profunda e intensa.
Anderson começou a me despir lentamente, enquanto Manuel fazia o mesmo com ele. Sentíamos a necessidade de prolongar aquele momento, aproveitando cada segundo. Manuel começou a me acariciar, e foi descendo lentamente pelo meu corpo até chegar entre minhas pernas. Ele começou a me fazer sexo oral com uma habilidade e carinho que sempre me deixavam sem fôlego. Eu gemia baixinho, sentindo o prazer se intensificar a cada movimento da língua dele.
Enquanto isso, Anderson beijava meu pescoço e acariciava meus cabelos, suas mãos firmes explorando cada parte do meu corpo. Manuel então se levantou, e agora era Anderson que pagava um boquete para Manuel, enquanto Manuel gemia, ele me beijava intensamente.
Manuel me olhou nos olhos, ele tirou sua pica da boca do meu primo e se posicionou e começou a me penetrar lentamente, cada movimento preenchendo-me de um prazer indescritível. Anderson, não querendo ficar de fora, veio por trás de Manuel, penetrando-o com a mesma intensidade. Estávamos os três unidos de uma forma tão íntima que parecia que nossos corpos se fundiam em um só. A sensação de estarmos totalmente entregues ao prazer era avassaladora, e eu me deixei levar completamente pelo momento.
Os movimentos se tornaram mais rápidos e intensos, e nossos gemidos ecoavam pelo quarto. A paixão, o amor e a dor da despedida se misturavam, tornando aquele momento ainda mais poderoso e inesquecível.
Quando nos aproximamos da hora de gozar, a intensidade das metidas aumentou ainda mais. Anderson acelerou os movimentos, seu corpo tenso e focado. Manuel, sentindo a mesma urgência, também intensificou suas estocadas. Eu me entreguei completamente, sentindo o prazer crescer dentro de mim. Os gemidos se tornaram mais altos, e finalmente atingimos o orgasmo juntos. Eu senti meu corpo estremecer enquanto gozava, seguido de perto por Anderson e Manuel. A sensação de nos termos unidos naquele momento final foi única, e o quarto ficou cheio da nossa respiração pesada e satisfeita.
Quando finalmente caímos exaustos na cama, nos abraçamos, sentindo a presença um do outro.
Quando amanheceu, deitado junto comigo estava Anderson, ainda adormecido. Estranhei a ausência de Manuel. Pensei comigo: Será que ele tinha ido visitar o pai já que este era o último dia dele aqui na cidade? Mas Manuel com certeza avisaria deixando um bilhete ou até uma mensagem de texto. Depois de realmente acordar, levantei, lavei o rosto e escovei os dentes. Liguei para ele e perguntei onde estava.
"Fui ao mercado comprar algumas coisas para fazer um café do jeito que a gente merece," respondeu Manuel. Logo depois, perguntou: "O César apareceu por aí?"
"Não, ele não apareceu," respondi. Manuel disse que estava ligando para o amigo e para o Naldo, mas nenhum dos dois atendia.
"Relaxa," Brinquei. "Eles devem estar descansando, tiveram uma noite ocupada. Daqui a pouco eles dão sinal de vida."
Desliguei e voltei para a cama, desta vez abraçando Anderson e colocando minha cabeça em seu peito. Ele acordou, me retribuiu o abraço e me deu bom dia. A simples menção de que ele iria embora naquele dia fez com que eu ficasse mais emotivo. Segurei o choro, sentindo um nó na garganta. Anderson não percebeu que eu estava quase chorando e insistiu, dando-me outro bom dia.
"Bom dia," respondi, minha voz baixa e tremida.
Anderson acariciou meu cabelo, beijou minha testa, percebendo finalmente meu estado emocional. “Ô meu garoto! Não fica assim," ele sussurrou, apertando-me mais forte contra si. "Eu sei que nao será nada facil…” a voz dele ficou embargada, e logo após continuou: “Mas vai dar certo, a gente já viveu tanta coisa juntos que não é uma distância que vai destruir o que construímos nesses anos.”
Ele ainda me acariciando pergunta onde estava Manuel, respondo que havia ido ao mercado comprar coisas para o nosso café. Anderson então decide se levantar e lavar o rosto e escovar os dentes, penteia o cabelo e volta pra cama, onde me abraça me dá selinhos no rosto e diz: ‘Agora eu posso te beijar sem bafo!” Brinco dizendo que não tava aguentando mais aquele bafo de urubu na minha cara. Ele ri, e deita o seu corpo sobre o meu e me beija, seu beijo molhado e sua língua se encontram com a minha e ali ficamos namorando por pouco tempo pois Manuel chega e manda a gente levantar porque o café era não comunitário e muito menos tinha garçonete para nos servir. Anderson, comediante que era, disse que pensava que por ser o último dia dele ali na cidade, teria um café especial igual ele teve em seu último dia em Joinville na casa de Manuel. Manuel responde que hoje não seria especial daquela forma pois o dia seria meio corrido.
Pergunto o porquê e ele me diz que seu pai havia ligado dizendo que levaria eles no aeroporto, e que depois do almoço ele iria na contabilidade falar com o pai dele e ver como estão as coisas por lá. Ele finalizou dizendo que Naldo havia ligado dizendo que ia trazer o César aqui no horário do almoço e que almoçaria com a gente. De imediato pergunto: “Você convidou Naldo para almoçar com a gente?” Mas Manuel respondeu que não, que o próprio Naldo se convidou, e que César diante da insistência de César ao fundo da ligação, Manuel não conseguiu dizer não para o mestre.
Pergunto se ele tinha alguma ideia para o almoço, e ele disse que já tinha pensado em tudo: Faríamos fricassê! Mas confessou que precisava de ajuda pois só tinha feito esse prato duas vezes na vida e mesmo assim acompanhando o passo a passo na Internet.
Bom, de vez enquanto eu ajudava a minha mãe na cozinha, sei fazer até alguns pratos, porém porém nesta situação em que iríamos receber Naldo que cozinhava otimamente bem, preferi ligar para minha mãe para perguntala o passo a passo, mesmo sabendo que na hora de executar o prato eu ainda iria consultar na Internet.
Depois de explicar mais ou menos o que minha mãe me passou, eu e Manuel fomos pra cozinha fazer o fricassê, Manuel sabia cozinhar bem, acho que este tempo em que ele morou sozinho em Joinville só fez ele aprimorar este lado cozinheiro dele, mas era super desorganizado, o fricassê foi feito com muito amor porém a cozinha ficou praticamente de cabeça pra baixo. Eu e Anderson cuidamos da parte de arrumar a cozinha e a mesa, prontos para receber nossos amigos. Quando deu meio dia e pouco, eles chegaram, trouxeram apenas refrigerante. Achei estranho, mas Manuel me disse que ele pediu para que não trouxessem cerveja. O motivo era óbvio: eles pegariam estrada e depois um voo.
Quando César veio me entregar os
refrigerantes, vejo que havia uma marca de chupão enorme no pescoço dele, ele parecia gostar de exibir aquilo. Olho para ele enquanto abro a geladeira e digo: A noite foi boa, hein! Ele diz: Foi mais do que boa! Ironicamente digo: “Dá pra ver, está estampado na sua pele.” Ele ri, e volta para perto do pessoal, quando retorno para lá, noto que Naldo comenta em detalhes, sem pudor nenhum como havia sido a noite deles. Algo típico de homem escroto. E pior que Anderson, Manuel e Cesar davam gargalhadas da situação, pois além de contar, Naldo fazia até gestos simulando os movimentos. Mas se César não estava incomodado com o fato de Naldo expor toda aquela situação, não seria eu que falaria algo.
Fomos para a mesa, dessa vez Anderson pôde explicar para Naldo os motivos da mudança com mais detalhes. Naldo disse que Anderson e Manuel tinham uma coragem que ele não tinha, de largar toda uma vida em um lugar, deixando amigos e familiares, para recomeçar do zero em outro. Confessei que não teria coragem, pois toda minha base estava ali. “Quem diria eu concordando com você!” Disse para Naldo que me respondeu: “Temos mais coisas em comum do que você imagina.” Brinco dizendo: “Não é pra tanto. Está amarrado!” Voltamos a falar sério, quando Naldo perguntou a Anderson sobre meus tios. Meu primo apenas disse que eles não sabiam da sua ida para Joinville, Naldo pergunta quando ele pretendia contar, e tem como uma resposta: “Só quando eu estiver em Joinville” Mas meu primo adiantou que certamente mudaria de número quando chegasse lá, e assim seriam poucas pessoas de VR que teriam seu novo número.
Naldo perguntou de Amanda, meu primo pediu para mudar de assunto pois ele naquele momento a odiava, sabia que ela era a sua irmã, que talvez era errado nutrir aquele sentimento por ela, mas era maior do que ele.
Naldo explicou que Amanda, estava diferente, achei estranho ele falar isso, então dei corda e entrei no assunto.
Eu: Diferente como?
Naldo: Ah, sei lá! Depois que ela terminou com aquele cara, ela ficou diferente.
Anderson: Depois que ela terminou com
Daniel, pouco tempo depois ela entrou para igreja.
Manuel: O que explica toda essa mudança.
Eu: Mas não justifica o que ela e Ricardo fizeram.
Naldo: Porra! Tem o Ricardo também né.
Anderson: Pois él! E aquele cuzão quer voltar a conversar comigo agora que estou indo embora, acredita?
Eu: Então eu e Anderson não conversamos mais com Amanda e Ricardo. Já Manuel conversa com Ricardo por não ser um problema dele.
Cesar: Olha esse lance de religião é complicado, principalmente a evangélica fazem uma lavagem cerebral na pessoa que a deixa alienada.
Naldo: Mas tá ligado que o fato dela ser crente não quer dizer nada né!?
Anderson: Mas porque você está dizendo isso?
Eu: Depois do que ela fez, acho ela uma adoradora de Satanás.
Eles riram, mas Naldo jogou a real.
Naldo: Posso mandar a real pra você Anderson?
Anderson agora curioso disse: Pode mandar, começou agora termina.
Naldo: Eu já comi sua irmã. Ela pode ser louca, e o diabo a quatro, mas ela é gostosa e garanto a vocês que de santa não tem nada.
Anderson parecia confuso, mas logo disse: Mas isso é recente?
Naldo me olhou e explicou para Anderson: “Já tem um tempinho, não sei dizer ao certo quando rolou. Um dia ela apareceu lá no ginásio à tarde e perguntou se havia vaga para ela na capoeira. Eu disse que sim e falei que era só aparecer nos dias que aconteciam a roda. Quando peguei a folha da matrícula e pedi para ela preencher, ela enrolou e falou que preencheria outro dia.”
“A partir desse dia, ela passou a ir quase sempre ao ginásio no horário da tarde. Sentava na arquibancada, me via dando aula e eu sempre perguntava se ela ia fazer a matrícula. Ela sempre me enrolava. Até que um dia ela me pediu meu número. Achei o papo estranho e falei que você tinha, que era só ela pedir para você.”
Anderson, com uma expressão de curiosidade, respondeu: “Mas ela nunca ia me pedir, pois sabe que eu ia fazer muitas perguntas.”
“Exatamente! Foi isso que ela falou,” Naldo continuou. “Perguntei para ela porque queria o meu número. Desculpa, Anderson, mas nessa hora ela me olhou com uma cara de safada e disse que era para a gente conversar. Perguntei se o namorado dela ia brigar, mas ela disse que não tinha mais namorado. Foi aí que tive certeza de que ela estava com segundas intenções. Então mandei a real para ela: ‘Você tá querendo o que de mim? Só o telefone mesmo?’”
Ela riu, levou o dedo indicador na boca e o mordeu: “Por enquanto, sim!”. Ela me entregou o celular e eu salvei meu número lá. Falei para ela: “Se teu irmão sonhar que eu tô te passando meu número, ele me quebra na porrada.” A partir daí, a gente começou a trocar mensagens. Ela comentava meus status, especialmente quando eu estava sem camisa na capoeira, demonstrando bastante interesse. Aí um dia, meti o louco e mandei uma foto do meu pau e perguntei se era aquilo que ela queria. Depois que fiz isso, de primeiro momento ela só visualizou, mas depois de algumas horas ela resolveu mostrar a safada que ela era, confirmando que era aquilo que ela queria e me mandando várias fotos da bucetinha dela, do corpo dela, mas sem mostrar o rosto. Ela me pediu para que não contasse para ninguém e eu garanti o sigilo. Sei que ela usou a desculpa de ir na igreja quando a gente saiu pela primeira vez," continuou Naldo. "Era sábado, dia de rede de jovens. Peguei ela uma rua depois da sua e a levei para a minha casa. Ela estava nervosa, me falou que para os pais ela estava na igreja. Quando chegamos lá, as coisas começaram a esquentar. Ela claramente tinha interesse e não demorou para que ela mostrasse o quanto tinha um fogo, tomando a iniciativa vindo com tudo pra cima de mim. Não vou entrar em detalhes, mas ela é bem safadinha, Quando ela não queria ir ao culto no sábado ela me ligava e ia lá pra casa, eu nem precisava mais buscá-la.
Anderson: Cara, Eu ia achar estranho vocês dois juntos, mas não ia brigar com você. Tenho uma consideração enorme por ti.
Eu: Não sei, mas acho que você ia brigar sim.
Naldo: Independente disso! Senti vontade de te contar, mas não estamos ficando mais não. Depois do que ela e Ricardo fizeram com vocês, até comentei com ela que eu achei uma sacanagem o que ela fez, mas ela sequer me respondeu, ficou mexendo no celular. Eu fiquei puto, me senti ignorado, mas deixei quieto, pois ela ia ter o que merecia na cama. Foi a partir daí que fiz dela uma cadeia submissa na cama, descontei toda raiva metendo nela, acabei com ela. A surra que vocês não deram nela, ela levou na minha cama, surra de pica e uns tapas na cara, lá eu peguei ela do jeito que gosto de tratar minhas mulheres submissas.
Cesar: Se for do jeito que você fez comigo, ela adorou!
Naldo: Cara, não é pra me gabar não, mas ela gostou tanto que me procurou novamente. Até falei pra ela que pensei que ela não ia me procurar depois do ocorrido, mas ela confessou que gosta de algo mais selvagem. Rolou mais dois encontros após isso, e depois, vi que ela estava se apagando e achei que ia dar B.O. Ela me mandava mensagem dizendo que queria vir aqui em casa, mas eu falava que tinha arrumado uma outra mina. Ela só parou de me procurar quando ela foi no ginásio e eu perguntei o que ela estava fazendo lá. Ela alegou que estava só assistindo a aula e que estava pensando em se matricular de verdade na capoeira. Eu sabia que isso não era verdade, que era mais uma tentativa dela de me enrolar e de se aproximar. Foi então que eu disse que não tinha mais vaga para ela. Se ela quisesse, eu podia arrumar uma vaga em outro ginásio com outro professor. Acho que ela entendeu o recado e não me procurou mais.
Eu: Só não estou surpreso, porque o ranço que sinto por ela é maior. Nunca acreditei nessa conversão repentina dela.
Anderson: Desgraçada! Só acho errado, ela colocar a religião no meio da putaria dela, e se fazer de santa para meus pais. Sobre ser safada, o próprio Daniel comentava as vezes que apesar dela ser ciumenta, gostava de um sexo.
Pensei comigo: Qualquer pessoa que tivesse um namorado como Daniel ia gostar de sexo, até porque o boy era escândalo.
O assunto estava tão interessante que a gente terminou de comer e ainda ficamos ali conversando.
Pra finalizar, Naldo pediu para a gente não comentar nada para ninguém. Anderson riu dizendo pra ele ficar tranquilo que a chance dele contar para a irmã e seus pais era zero.
Quando Naldo estava saindo da minha casa depois do almoço, ele perguntou ao Manuel quem os levaria ao aeroporto.
"Manuel, quem vai levar vocês ao aeroporto?", perguntou Naldo.
"Até hoje de manhã, iriamos de ônibus, mas conversei com meu pai e ele ficou de nos levar até ao Rio," respondeu Manuel.
Naldo se prontificou imediatamente: "Se precisarem, posso levar vocês. Só me ligarem, estou atoa."
Manuel sorriu, agradecido. " Naldo, se algo mudar, te avisamos, mas já que você está atoa, se você puder me dar uma carona até a contabilidade de meu pai, eu agradeceria muito.
Naldo não pensou duas vezes e disse: "Só se for agora.”
Ao se despedir de César, Naldo disse que eles iam se ver "numas quebradas por aí".
Com a saída de Naldo e Manuel, ficamos eu, Anderson e César em casa, sem nada para fazer. César estava todo sem graça, achando que estava nos atrapalhando, e de fato estava, mas não era culpa dele, tadinho! Manuel o trouxe em um momento muito complicado.
Puxei assunto com César perguntando se ele tinha pegado o número de Naldo, mas César me disse que Naldo não passou. "O lance dele é sexo real, ele me disse que não tem tempo para sexo virtual e nem pra investir em gente que mora longe." explicou César. Digo para ele: "Entenda que isso não é nada com você, é uma coisa bem típica de Naldo, mas temos que admitir que ele foi sincero. Pior seria, ele falar uma coisa aqui e quando você chegasse em Joinville, você descobrir que ele te bloqueou ou ele não lhe responder.
Anderson, sacana, entrou no assunto e perguntou a César o que ele havia achado de Naldo. César respondeu que Naldo era realmente um monstro na cama. Disse que Flávio, o carinha da boate, tinha lhe dado uma canseira, mas que não chegava aos pés de Naldo, que fez ele sofrer gostoso na pica. Comentou ainda que Naldo era lindo e sedutor.
Depois, César tirou a camisa e nos mostrou que, próximo aos peitos, também tinha mais marcas de chupão.
Segundo César, Naldo disse que a puta dele tinha que sair marcada. Ele contou que, ao perguntar para Naldo se rolaria algo caso ele viesse para Volta Redonda novamente, Naldo respondeu que dependia muito da situação e se valeria a pena, deixando César na dúvida se Naldo tinha gostado ou não.
Para tentar tirar essa ideia da cabeça dele, Anderson falou para César: "Cara, Naldo é assim mesmo, mas te garanto se Naldo não tivesse gostado, ele não contaria em detalhes como foi trepar com você. Ele te evitaria ao máximo mesmo estando aqui entre a gente.”
Uma coisa é certa: Naldo pode ser escroto, mas burro ele não é. Ele sabe como deixar as pessoas em suas mãos. Foi assim com a Gil, pelo jeito foi assim com a Amanda, e está sendo assim com César.
Depois da conversa sobre Naldo, decidi mudar de assunto. Perguntei a Anderson e César se estavam animados para dar uma volta. Falei que queria ir ao bar do Jefferson e apresentar Gil para César. Anderson aceitou na hora, sabendo que eu estava louco para fazer aquele encontro acontecer. Para mim, eles se pareciam muito, não fisicamente, mas pelo jeito de agir, pela alegria e espontaneidade.
Nos arrumamos com roupas despojadas. Eu coloquei uma camiseta preta, jeans e tênis. Anderson vestiu uma camisa azul clara, bermuda e sandálias, enquanto César optou por uma camiseta branca, calça jeans e um8 tênis. Pedimos um carro via app e, no caminho, ligamos para Manuel para avisar para onde estávamos indo.
Ao chegar no bar, vimos que o movimento estava tranquilo. Gil estava no balcão, mas o Jefferson não parecia estar ali. Quando Gil nos viu, veio correndo me abraçar. Ele cumprimentou Anderson apertando a mão dele e, quando olhou para César, eu já adiantei que ele era um amigo de Manuel lá de Joinville que estava visitando a cidade. Falei que achava que eles seriam super amigos se morassem perto um do outro.
"Então você é o famoso Gil?" César perguntou, todo simpático. Gil entrou na brincadeira, rindo: "Sou eu mesmo!” César respondeu, animado. "Finalmente estamos sendo apresentados! Ouvi tanto falar de você, parece que já te conheço." Gil sorriu. ""Finalmente mesmo! Igualmente! Renato sempre falou muito bem de você. É ótimo finalmente te conhecer.”
César olhando em volta, pediu uma cerveja, dizendo: “Manuel que me desculpe, mas é um pecado vir a um bar e não beber algo.” Anderson decidiu acompanhá-lo.
Quando Gil voltou, trouxe a cerveja e seu homem, Jefferson, que nos cumprimentou e perguntou qual era a boa. Anderson mandou a real na lata: “Hoje é o meu último dia nessa cidade. Vou mudar pra Joinville.” Era engraçado ver as reações das pessoas quando Anderson dizia isso. Os olhares delas simplesmente se voltavam para mim, parecia que elas estavam no modo automático. Eu sabia que elas queriam ouvir de mim como eu estava reagindo a aquilo.
Falei para eles que, naquele momento, eu estava bem, aceitando melhor os fatos, vendo as coisas por um lado mais positivo. Anderson estava indo trabalhar e, futuramente, a gente estaria juntos de novo. Jefferson reagiu bem, dizendo que achava legal, desejou que tudo desse certo pra Anderson e brincou que ele e Gil tomariam conta de mim. Nisso, chegou um cliente e Jefferson foi atendê-lo.
Já Gil não demonstrou muito ânimo. Perguntou se Dinei sabia de algo. Eu disse que não, então ele me perguntou por que eu ainda não tinha contado para eles. Fui sincero, falando embora tinha ficado sabendo a pouco tempo, eu não os contei pois eles estavam vivendo suas vidas, que não tinha porquê eu levar esse lance para eles, até porque Anderson já tinha tomado a decisão. Gil tomou uma atitude que surpreendeu todos da mesa. Ele olhou para Anderson e falou: “Quem te viu, quem te vê, hein?! Que decepção! Sinceramente, eu esperava mais de você.” E simplesmente saiu antes que eu ou Anderson pudéssemos falar algo.
Meu primo ficou meio constrangido e pediu para irmos embora, mas eu pedi para ele esperar um minuto e fui até o balcão conversar com Gil, que estava bolado. Ao me aproximar, Gil já foi dizendo que o que mais o deixou surpreso é que, pelo visto, eu aceitei a relação à distância numa boa. Jogou na minha cara dizendo que eu falava das atitudes de quando ele estava com Naldo, mas agora eu estava fazendo igual ou pior do que ele, me humilhando para receber migalhas e restos de Anderson.
Jefferson ouviu e não achou legal o que seu namorado me disse. Pediu para ele parar de falar daquele jeito comigo, pra me respeitar, que além de ser seu amigo eu sempre fui uma pessoa bacana com eles. Mas Gil, ainda me olhando, disse: “Eu sei! Ele é meu amigo, é bacana, mas é burro.” Decidi não entrar nas provocações de Gil, apenas disse que ele estava insensível ao que eu e Anderson estava vivendo, que a gente conversaria em outro momento. Perguntei quanto era a conta e Jefferson não aceitou cobrar a cerveja devido à situação que havia se formado ali, mas eu insisti. Ele recusou, então falei para ele pendurar que na sexta-feira eu pagaria.
Depois de agradecer a Jefferson pela atenção, pedi licença e saí. O sentimento que me invadia era de profunda tristeza, pois Gil era um amigo de longa data e não esperava ele agir daquela forma.
Quando voltei para a mesa, Anderson já havia pedido o carro via app. Se eu fiquei naquele bar por mais de meia hora, foi muito. No caminho de volta, pedi desculpas tanto para ele quanto para César, afinal a ideia de ir ali foi minha. Anderson, disse que nunca viu Gil agir daquele jeito. César disse que até era compreensível a atitude de Gil, afinal, na cabeça do meu melhor amigo, eu estava sendo passado para trás e sofrendo com isso.
Concordei em parte com o ponto de vista de César em relação ao Gil, mas isso não justificava a grosseria e a hostilidade dele para comigo e Anderson, especialmente quando nos vermos era tão raro.
Quando cheguei em casa, olhei para o relógio e vi que o tempo não estava a meu favor: faltavam menos duas horas para que Manuel, Anderson e César fossem embora. Mais uma vez, senti meu coração apertar. Para não demonstrar, coloquei uma música no celular e fiquei ouvindo com fones de ouvido enquanto César e Anderson também mexiam no celular. Falando em celular, havia várias mensagens recebidas da minha família preocupada comigo, de Dinei que ficou sabendo por Gil que Anderson se mudaria, e até de Pedro perguntando por que eu não iria ao aeroporto com eles. Respondi apenas aos meus pais para tranquilizá-los, dizendo que eu estava bem.
Quando Manuel chegou, entre vários assuntos que ele contou sobre a conversa que teve com o pai, ele me elogiou dizendo que Pedro só falou bem do meu trabalho e de mim. Disse que não só o pai, mas a secretária dele, Luana, também me elogiou muito. Em resposta, disse que não brinco em serviço, que amo trabalhar ali e que sigo o que ele havia me ensinado. Ele ainda me agradeceu por, além de ser um ótimo funcionário para seu pai, eu ser um amigo. Manuel contou que seu pai frisou que conversávamos muito e que eu o aconselhava. Manuel garantiu que além de sogro, eu tinha um fã.
Anderson disse que já sabia dessa admiração de Pedro por mim e perguntou a Manuel se ele havia notado o olhar de Pedro para ele no dia em que almoçamos fora.
Manuel riu e disse que notou, mas preferiu não falar nada naquele momento, pois era o pai dele.
Manuel perguntou se eu realmente não iria com eles ao aeroporto. Respondi que preferia ficar. Ele insistiu, dizendo que ainda havia uma vaga no carro do pai. Mas, relutante, disse que não queria passar pela sensação de vê-los partindo.
Anderson, em tom de brincadeira, disse a Manuel que eu era cabeça dura e que não adiantava insistir.
"Não é questão de ser cabeça dura! Eu só não gosto de despedidas. Não crio laço pensando em me despedir depois. Entende?"
Eles concordaram com a cabeça. César ainda estava mexendo no celular, totalmente na dele. Acho que ele entendia a importância daquelas horas para nós.
Manuel ligou a caixa de som, conectou o Bluetooth e escolheu uma playlist de músicas internacionais lentas. Veio me abraçando e disse que não queria me ver triste quando eles fossem embora. Anderson se juntou a nós no abraço, mas não disse nada.
"Vamos fazer alguma coisa para comer, porque a viagem vai ser longa," disse Manuel.
"Caralho, véi! Você só pensa em comer!" Anderson falou para Manuel.
"Nem sempre, às vezes curto dar!" respondeu Manuel, arrancando risadas de todos ali.
"Dá para respeitar minha presença!" brinquei.
César completou: "Ela é pura... pura sacanagem!"
Preparamos um café reforçado, com suco, leite com achocolatado, pão, queijo e presunto, além de biscoitos e mamão.
Quando sentamos à mesa para comer, a música rolava ao fundo. A gente se olhava, mas não dizia uma palavra. Era como se todo mundo quisesse falar algo, mas guardava para si próprio.
César quebrou o silêncio: "Nossa, que silêncio é esse do nada?"
Anderson respondeu: "A gente quer falar tanta coisa, mas ao mesmo tempo acha que já disse tudo."
Manuel completou: "O essencial já dissemos!"
Olhei para eles e disse: "Olha, eu não consigo. Eu tenho que falar! É maior do que eu. Eu vou sentir muito a sua falta, Anderson. Você já fazia parte da minha rotina. Eu saía do trabalho correndo, louco para te ver e conversar com você. Agora eu vou ter que me acostumar com sua ausência e me contentar com vídeo chamadas, ligações e mensagens."
Parando, com a voz embargada, continuei: "Eu já disse e repito: vai ser muito difícil para mim, vai ser como se eu entrasse em abstinência querendo sua presença. Mas vou tentar por nós, pelo amor que sinto por você, por tudo que já passamos e vivemos até aqui, e não é pouca coisa."
Anderson não disse nada, mas vi lágrimas escorrerem em seu rosto.
Olhei para Manuel e disse: "Eu também te amo, mas quero que entenda que o fato de Anderson estar comigo todo esse tempo, inclusive morando aqui comigo, fez com que minha relação com ele fosse mais forte. Mas você sabe que sinto sua falta, falo isso todas as vezes que nos falamos. Não se sinta menor ou excluído, porque você não é! Você é tão importante quanto Anderson na minha vida. O que não encontro em um, encontro no outro."
Manuel me analisou sério e respondeu: "A nossa história é louca, né? De repente, descubro o caso de vocês e faço chantagens para participar da parada. Cara, garanto a vocês, posso ter sido um vagabundo por ter feito isso, mas garanto que foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Sério, não me arrependo. Anderson, além de parceiro, virou meu namorado. E você, Renato... você é de fato o meu amor! Eu super entendo que a relação de vocês seja mais forte. Eu me sinto assim em relação a você. Tem coisas que faço por você que não fiz pelo Anderson, mas isso não quer dizer que eu não ame o Anderson. Ele sabe do meu amor por ele. Aliás, deixo isso transparecer para os dois.”
Anderson limpou as lágrimas do rosto, suspirou e falou: "Renato, já deu pra perceber que você é o amor de nossas vidas. Eu não vou falar da importância do que já vivemos, pois todos nós sabemos o valor dela e o quão intensa ela é. Mas quero reafirmar o meu amor por vocês, eu amo muito vocês! O que pra mim é uma parada louca, véi! Eu deixei de pegar mulher, uma coisa que eu curtia muito, e depois que fizemos a aposta, você, Renato, mexeu comigo tão intensamente que estamos aqui, tomando um novo rumo, mas tudo em prol de um futuro melhor para todos nós. Quero que confie em mim, que realmente me dê um voto de confiança. Estou indo a trabalho com o coração na mão, super dividido, mas entenda que estou fazendo pela gente também.
Agora ele voltou para Manuel: “Quanto a você, Manuel, acho que a gente já se amava quando éramos amigos, só que não sabíamos disso. Houve época que eu não desisti de você e época que você não desistiu de mim, e isso explica que há amor na nossa história. Agora vamos morar juntos, vai ser uma experiência nova, mas creio que vai ser gostoso, assim como foi morar com o Renato.”
Manuel se manifestou, dizendo que era melhor pararmos com aquele clima, senão todos partiriam com depressão em Joinville. Vendo que faltava menos de uma hora para que seu pai os buscasse, ele convidou a mim e a Anderson para um banho a três. Nos levantamos para ir ao banheiro, e César se ofereceu para lavar a louça suja do café, mas eu disse que não precisava, pois era com elas que eu iria me distrair depois que eles fossem embora.
Durante o nosso banho, não rolou nada além de conversas, beijos, abraços e carícias. Manuel, que já havia passado por esse momento de se mudar para outra cidade, me aconselhou a não me isolar, a continuar fazendo as coisas que gosto, a chamar meus amigos para sair, para dar um rolê ou até vir aqui em casa, mas praticamente me implorou para não me isolar. Eu notava que meu primo segurava suas emoções; as lágrimas que ele insistia em segurar demonstravam isso. Até que, quando Manuel fechou o registro do chuveiro, Anderson me abraçou fortemente e desabou em lágrimas. Não consegui conter as lágrimas e chorei junto com ele. Manuel se aproximou e tentou nos acalmar, dizendo que tudo ficaria bem.
Anderson disse entre soluços que estava com medo de que, quando chegasse em Joinville, eu pedisse um tempo ou terminasse com ele, assim como fiz com Manuel.
Por mais que eu soubesse que esse risco era real e que não estávamos imunes a isso, naquele momento tentei acalmar Anderson.
"Calma! A gente já conversou sobre isso. Você tá indo pra lá tentar recomeçar. Eu acredito em você! Vai dar certo."
Foram poucas as vezes que vi meu primo daquele jeito, e para ele estar assim, ele teve que passar por cima do orgulho dele. Naquele caso, ele juntou o medo, o desespero e tudo que sentia por mim e transbordou.
Anderson perguntou se eu prometia. Antes de confirmar, olhei para Manuel, que acenou concordando, e respondi que sim, que prometia. Reforcei ainda que ele levaria aquilo de boa, pois teria a companhia e a ajuda de Manuel. Nós nos beijamos e depois saímos do banheiro.
César tinha lavado toda a louça e, depois que eu disse que não precisava, ele disse que precisava sim, pois eu precisava descansar e não virar um faxineiro depois que eles fossem embora.
Quando César foi tomar banho, fui para a cama onde Anderson e Manuel estavam sentados conversando e perguntei ao meu primo se ele estava bem.
Ele disse que tinha pirado no banheiro, pediu desculpas e admitiu que seria difícil para ele não me ter por perto, afinal eu sempre o apoiava. Garanti que continuaria o apoiando, mesmo de longe.
Os minutos foram passando, e pouco tempo depois de todos estarem prontos para seguir viagem, Pedro ligou para Manuel dizendo que estava em frente à nossa casa. Dessa vez, Pedro resolveu entrar e, ao me ver, disse que ainda dava tempo de eu ir com eles ao aeroporto, mas falei que preferia ficar em casa mesmo. Ele disse que entendia e perguntou para os meninos se eles estavam prontos e se não estavam esquecendo de nada.
Eles estavam mais do que prontos, tanto que pegaram suas malas e partiram em direção à porta, indo para o portão.
Quando chegamos ao portão, Anderson me olhou e disse: "É, meu garoto, chegou a hora... quero que fique bem, que se cuide e que continue sendo esse cara lindo que eu amo tanto." Ele me beijou ali mesmo na calçada, diante de todos.
Eu não conseguia falar, pois segurava o choro que insistia em sair.
Manuel veio e me disse: "Faço as palavras dele as minhas. Como eu disse lá dentro, não é a primeira vez que você passa por isso. Você é forte e sabe que tem a gente para o que precisar."
Ele me abraçou também e logo depois foi consolar Andersonl.
Já César veio com aquela alegria dele, dizendo que estava com inveja de mim, pois ele viu como aqueles dois homens maravilhosos eram apaixonados por mim. Pediu para eu falar o segredo do sucesso e depois disse que adorou os dias que passou aqui e que certamente viria mais vezes, mas falou que o nosso próximo encontro seria em Joinville.
Chamei ele de bobo, disse que não havia segredo nenhum. Depois, agradeci pela paciência e apoio que me deu quando precisei, dizendo que foram super importantes. Nós nos abraçamos.
Quando eu pensei que havia acabado, Pedro, para descontrair, me abraçou apertado e disse para eu não ficar mal, que ele só iria levar meus namorados e amigo ao aeroporto e já estaria de volta, que nos veríamos na empresa no dia seguinte.
A cena foi tão engraçada que todos nós rimos.
Antes de eles entrarem no carro, pedi para me avisarem quando chegassem em suas casas e desejei uma boa viagem.
Eles entraram no carro, e escutei Anderson dizer: "Até logo, meu amor."
O carro foi embora, levando com ele uns dos meus bens mais preciosos.
Fiquei ali olhando para o nada, viajando em pensamentos por uns minutos até que decidi entrar com aquele vazio que naquele momento se fazia presente.
Entrei em casa, fui direto para a cama e peguei o celular para ver as mensagens. Dessa vez, respondi a todos dizendo que estava tudo bem, inclusive a Dinei, que preocupado, se ofereceu para vir dormir aqui e me fazer companhia. Para ele, respondi que não havia necessidade de dormir comigo. Agradeci a preocupação e o carinho, e disse que podíamos marcar para ele dormir aqui em outro momento.
Coloquei o celular para carregar e fiquei ali, pensando nos próximos passos que daria. Eu tinha algumas incertezas, mas estava decidido a revelar para meus tios que o filho deles se mudou de estado assim que Anderson trocasse de chip. Sentia um desejo de contar para eles, queria que eles sentissem a dor da perda, assim como eu estava sentindo. Afinal, um dos motivos pelos quais Anderson havia se mudado era a indiferença e o afastamento por parte deles.
Comentários (30)
Semaj: Não terá continuação da história, ou mesmo a finalização? Aguardo!
Responder↴ • uid:1d8dpkpds3114Lone Wolf: Incrível, querendo conversar só chamar
Responder↴ • uid:h5hn7tbd21Edson: Acho que Manuel e Anderson engataram um relacionamento sério em Joinville, e nem vou admirar se César não tiver lá se transformado no novo terceiro da dupla. Só fico pensando em como Renato tem se virado nesses quase 40 dias de partida de seus dois amados. Será que Pedro ou outro tem suprido seu tesão, ou nunca saberemos o que aconteceu com o agora solitário Renato?
Responder↴ • uid:1e6pb6w95klapFã do trisal e do daniel: Estou sem palavras... Esse capítulo me pegou de um jeito que estou pensando em como vai ser daqui pra frente. Renato é mais jovem e mais fogoso, não sei se ele vai conseguir ficar em vr esperando, não estou confiando no pedro e estou achando suspeito essa fixação dele no renato, espero que o rê não caia nessa. O Renato com ciúme do daniel e lembrando dele... Será que vem um remember aí? Se for pra ter outro alguém que seja ele kkkkk Acho que essa situação ainda não foi resolvida por completo, ainda vai ter reviravoltas e desentendimentos, só espero que o renato mantenha o amor próprio e foque nele e em seu futuro. Estava pensando que talvez o daniel (sou fã desde pequeno) se envolverá com o renato e a Amanda descubrirá e vai tocar o terror de novo, aí o renato expõe o caso dela com o naldo, tomara! Você arrasou em mais um capítulo, a gente fica preso do início ao fim, e a história te envolve de uma forma muito boa, apoio lançar um livro físico dessa história!! Ansioso para o próximo capítulo (que venha logo) e parabéns pela escrita incrível!!!
Responder↴ • uid:1e1nnr6r27ge6Semaj: Penso que a história não acabou. Tem muitos detalhes pelo ar. Como sempre, escreveu divinamente bem. A história está longa..... penso que não. Os detalhes sempre são bem vindo. Ao ler os sentimentos vem: raiva, felicidade, risos.... Parabéns pela história.
Responder↴ • uid:3ynzdhgeoic5John David Ramos: Renato, amigo hoje que consegui terminar de ler, só melhora essa história. Parabéns amigo você é incrivelmente talentoso.
• uid:fuosdje8mnMaia: Agora falando do conto ...fiquei puta com o Anderson e o Manuel ,achei uma puta sacanagem deles fazerem tudo pelas costas do Renato , não era p ele perdoar assim tão fácil. Manuel impor q Anderson fizesse como ele havia "mandado" tb não achei legal , principalmente no momento q o cara tava vulnerável, mudando de vida e indo p um lugar q Manuel já estava adaptado. Outro lance complicado foi o tal do Naldo , q homem fuleiro viu , macho escroto , não vi a menor necessidade dele narrar detalhes de como se deu sua transa com a ordinária da Amanda ...homem de verdade não usam esses subterfúgios, mesmo q seja p se vingar da pessoa .Eu tenho nojo de macho escroto ,afff... Gil foi real no quesito mostrar sua insatisfação, porém quem é ele p atirar alguma pedra ? Já aceitou coisas muito piores e aceitaria ainda mais se o embuste o quisesse p marmita. Já p o Renato , espero q não caia no jogo de anular a vida dele por conta dessa fantasia de trisal , espero q ele siga a vida dele , namore bastante e deixe essa dupla louca de ciúmes...ainda sonho com ele e Daniel construindo um lance legal , Daniel se apaixonando por ele e tal , mas se for outro cara tb ...sem falar no lance da faculdade, tem um tempo q o Renato não toca mais no assunto de continuar os estudos . Amei o conto , já estou ansiosa para o próximo capítulo...por favor não demora tanto 🙏! 😍😘🔥
Responder↴ • uid:4adefvj6xia0Tati: Essa dupla Luiz/Antony , só reclamam , mds, dizem q o conto é péssimo, mas não perdem um capítulo, estão aqui um segundo depois de ser postado p devorar o conto. Uma relação de amor,inveja e necessidade de serem vistos, e chamar atenção do autor kkkkkkk para q já tá feio .
Responder↴ • uid:4adefvj6xia0Luiz o doido: Definiu tudo Tati eu acho que isso é vontade de ter algo com o autor kkkkkkkkkk
• uid:ona04j620b6Antony: É aí pessoal,serei rápido. Caso interesse a vocês um conto de qualidade ,com conteúdo incrível, cheio de surpresas leiam "A aposta que mudou minha vida do VINICIOS "da Cada dos Contos,garanto vocês irão adorar. BJS.
Responder↴ • uid:1dxx2wmjgug16Chefe: Deve ser uma bosta e pq tu não posta aqui tem medo né
• uid:ona04j620b6Stars: Chegou no x da questão... O Renato e seu amadurecimento. Acredito sim , que vai acontecer uma rachadura no relacionamento e que depois com o tempo vai se resolver! Acredito também que o Renato vai começar a focar em si devido ao choque da realidade e se priorizando
Responder↴ • uid:h5hn7tt0crEdson: Assim como os colegas, fiquei pasmo com a insignificante reação do Renato, até mesmo pelo histórico agressivo do Anderson em situações muito, mas muito irrelevantes frente à essa, ou seja, por vezes o Renato foi humilhado pelo Anderson por agir sem seu pleno conhecimento e pagava um preço alto por isso, e até surrado foi. Por outro lado, o Manuel, quando estava só em Joinville, deixou clara sua carência e sua iniciativa em abrir a relação e assim o fez, em que pese o autor não ter detalhado como se deu(ram) seu(s) pega(s) em Joinville. Agora ambos impõe ao Renato uma situação que, para eles, nunca lhes foi tranquila, esperando que ele espere por, não se sabe quanto tempo, o desfecho desejado do "felizes para senpre" para os três em Joinville. Enfim, ficarão lá os dois transando em Joinville (sem pensar no César que está lá na área) e o Renato na seca em Volta Redonda. Não, esse Anderson amoroso e sensível não existe conforme se vê na sequência de contos, e o Manuel já "saiu" em Joinville sabe-se lá quantas vezes. Resta ver se o Renato vai aceitar o plano 'b' e o Pedro vai se fartar, ou se terá outros planos (c, d, e etc), ou tudo isso, junto e misturado. Uma coisa é certa, não vejo o Renato sem sexo. E que foi sacanagem a tratativa entre Anderson e Manuel para essa mudança, isso foi! Fosse o contrário, em que pese muitos o julgarem (Renato) o putinho a ser massacrado, certamente ele o seria por ambos, principalmente por 'seu' Anderson!
Responder↴ • uid:1d1z5lt028g4tEu: Parece que o "Plano B" finalmente será posto em prática.
Responder↴ • uid:2ql4dg7hlmAntony: Por favor me digam qual é este plano B. Por acaso é o idiota do Renato ficar com o Pedro, o pai daquele desprezível do Manoel? Será que ninguém se tocou que nesta jogada foi arquitetada pela Anderson, Manoel e seu Pai? Depois deste inergumero do Renato, ter aceitado tão de boa esta traição e ainda levando pra almoçar com os pais,indo pro motel com eles,arrumando macho pra ficar com o amigo do prepotente do Manoel, sem contar que ele agora é quem manda no Anderson " eu não pedi eu tô mandando, chupa logo d para de mínimo,já tínhamos feito isto muitas vezes antes",só aí já entregou todo o jogo do relacionamento deles bem antes do babaca do Renato ter entrado na história ,isto tudo com o consentimento do Pedro que igual ou pior que o filho não valem nada. Novamente pergunto. PRA SER UM GAY APAIXONADO TEMOS QUER SER SUBMISSOS, ACEITAR TUDO SEM FAZER NADA,NÃO TER NAIS AMOR PRÓPRIO ,NOS ANULARMOS PERANTE A QUALQUER ESPERTO E ABAIXAR A CABEÇA. Até então eu não tinha percebido que este Renato é um Putinho de última categoria,que é só mostrar um pau e ele abre as pernas e aceita tudo de boa.Patetico
• uid:1dxx2wmjgug16Marco: Amigo vc não precisa melhorar nada em seu conto ,vc e maravilhoso
• uid:1e61yu05t8369Luiz: Renato ae mostrou uma puta ralé que só pensa no pau de Anderson, agora O primo resolve o problema dele quando voltar a Volta Redonda vai para casa dos pais e todos serão felizes até porque Renato vai da a ele sempre que Anderson quiser
Responder↴ • uid:mn1ngp6uc5pwAntony: Enfim o Renato mostrou realmente quem ele realmente é ou seja não passa de uma bixinha pão com ovo,que aceita qualquer coisa,gostava e torcia muito por ele mas agora quero que vire bixa de calçada dando pra qualquer um. É como eu já tinha dito anteriormente o próprio Anderson confirmou a sua ligação com o Manoel mesmo antes do Renato. Depois disto que está bixa imunda e sem amor próprio não vou mais seguir o conto pois estou engasgado com a naturalidade com que este imundo aceitou se deixar ser usado e ainda confraternizar com os traidores, por favor,agora o Gil foi demais, disse em poucas palavras tudo o que o verme do Renato deveria ter dito. Só posso lamentar que realmente existe pessoas iguais a ele. Sucesso pra vc PUTOVR,e até a próxima.
• uid:1dxx2wmjgug16Luiz: O capítulo ficou claro que o casal é Manoel e Anderson, o idiot do Renato foi feito de besta e aceitou fazer sexo com eles isso só demonstra o quanto Os dois fazem Renato um viadinho pão com ovo eles planejaram a ida de Anderson acho que Renato foi idiota quando trancou com eles parecia ser a patinha dos dois machos rarados, nem com Pedro Renato merece ficar porque se mostrou ser uma pessoa vulgar o mínimo que ele tinha que fazer era colocar todos pra fora da casa e aceitar a dtuacao com seus verdadeiros amigos
Responder↴ • uid:mn1ngp6uc5pwAntony: Luiz concordo plenamente com vc que pessoa sem amor próprio e sem sem nenhum respeito por si próprio este Renato. Eu ja tinha comentado a muito tempo que o casal na real era o miche do Anderson e do Putinho enrustido do Manoel, precisavam de uma desculpa pra poderem se curtirem numa boa e acharam o imundo deste Renato como desculpa. Agora pra este conto pegar fogo, só se o Renato recebesse uma grande proposta de emprego no Rio de Janeiro para ser diretor de uma grande empresa e ele aceitar e bloquear os traíra e achar no Rio um cara legal que o amasse e o respeitasse de verdade dando a ele toda segurança que ele precisa. E deixar os dois traidores começando a perderem atração um pelo outro após o prepotente do Manuel perceber que o Anderson não consegue ficar longe do Renato. E o Anderson entrando em desespero em saber que o Renato não morava msis em VR e entrando em pânico sem conseguir entrar em contato com ele. Seria o mínimo pra estes dois um pouco de sofrimento, mas infelizmente quem decide isto é o escritor. Mas este último conto foi o pior de toda a história.
• uid:1dxx2wmjgug16Luiz o doido: Luiz e Antony a mesma pessoa pois é só presta atenção que tem a mesma linha de raciocínio os dois ou seja se PUTOVR não faz o que "ambos" quer eles atacam. Na boa Luiz/Antony ou seja lá teu nome vai sentar na rola do cavalo que é melhor só sabe falar bosta
• uid:ona04j620b6Anônimo: Não tenho uma opinião bem definida sobre o capítulo, apesar de ter gostado bastante. Preciso reler para entender bem e formar minhas opiniões. Mas já deixo uma coisa clara, o fato do Renato aceitar a situação tão facilmente é frustrante!! mostra o quanto ele é dependente da relação. Cara, todos os planejamentos da viagem foram feitos sem ele, comunicado apenas a decisão... frustrante!!! Sobre a continuidade do casal, não irei comentar muito, tenho certa afeição ao Renato com o Pedro, acho que é o tipo de cara que ele precisa.
Responder↴ • uid:44oekikx6ic1Caiçara: Não tenho o que falar da Maravilha que é o conto e o escritor que me fazem entrar na história. Agora sobre a situação sou Team Gil total, achei que o Renato aceitou rápido demais essa situação. Mandava o Anderson pra oita que pariu e conversava em outro momento. Realmente achei uma traição Anderson e do Cabeção armar tudo pelas costas. No mais, não vejo a hora da continuação... Respostando o comentário pois não saiu com nick
Responder↴ • uid:fi07cbmm42Antony: PUTOVR,acredito que vc esta totalmente enganado eu sou o Antony o,este Luiz nem sei quem é, mas se os comentários estão aí vc infelizmente tem que aceitar os mesmos tanto positivos como NOS negativos, agora a única coisa que temos em comum é que não somos burros e não aceitamos mesmo sendo um conto coisas triviais que só denigre nossa gente gay. Sinto muito decepciona-lo com meus comentários,mas que fique bem claro que nada tenho a ver com tal de Luiz,certo? Eu tenho opinião própria, ou vc acha que eu teria tb que aceitar tudo caladinho e ser igual a este monte de merda do Renato? O caso é que vc só aceita comentários que acham maravilhosos sobre seu conto,tudo perfeito,aceita os comentários negativos tb será maravilhoso pra seu crescimento como um grande autor, ou então continue nos agredindo, assim como vc já fez em um outro capítulo com este Luiz,inclusive querendo bloquea-lo porque ele disse o que vc não gostaria de ter lido. Mas como disse anteriormente em um outro comentário o conto é seu,faça dele o que quiser. Um forte abraço.
• uid:1dxx2wmjgug16Ca: Não tenho o que falar da Maravilha que é o conto e o escritor que me fazem entrar na história. Agora sobre a situação sou Team Gil total, achei que o Renato aceitou rápido demais essa situação. Mandava o Anderson pra oita que pariu e conversava em outro momento. Realmente achei uma traição Anderson e do Cabeção armar tudo pelas costas. No mais, não vejo a hora da continuação
Responder↴ • uid:fi07cbmm42Sartur22: Esse capítulo foi um dos melhores. Magoei com a situação mas acredito que não foi traição. O Anderson precisa achar um rumo. Não pode viver eternamente na sombra do Manoel e do Renato. Ele está aproveitando a oportunidade que apareceu e talvez, depois que se estabelecer, eles levem o Renato pra Joinville. Seria o máximo.
• uid:bf9kdip20b7Edson: Mais do que tratarem (Anderson e Manuel) do emprego e mudança de Anderson para Joinville sem conhecimento do Renato, a distância nesse caso vai desequilibrar essa relação (trisal) devido ao que curte cada um no sexo.. Se por um lado o Manuel não vai ser o passivaço que o Renato é para o Anderson, por outro o Anderson já demonstrou que não vai 'flexibilizar' fácil para o Manuel (mamar, alisar, engolir etc.). Já em VR o Renato ficará com os hormônios a flor da pele sem seus 'ativos'; enfim tudo favorável a que alguém o 'pegue', ou ele mesmo procure. A conferir!
• uid:1duffl6zwlvwcAlguém: Espetacular.
Responder↴ • uid:1ex3v7hx4h7t4Andre: Saudade da continuação do conto mano, já faz quase um mês e eu louco pra saber o que se passa apartir daqui. Vai ter continuação?
• uid:lkrv1y0x39hmAlison: Uau que capítulo tenso confesso que também fiquei indignado com a situação do Renato. Não demora a publicar o capítulo 56
Responder↴ • uid:1dybgjc7dh5x0