{O Condomínio} Luz, Câmera, Ação!
Sol, piscina, crianças e adolescentes felizes. O fotógrafo Rafael esperava um dia perfeito para fotografar, mas não imaginava que seria tão prazeroso assim!
(Por ter ficado muito grande, o conto será dividido em duas partes)
Rafael pilotava sua moto de volta para o Condomínio, o motor roncando suavemente enquanto o céu começava a se tingir de tons alaranjados. O peso do dia ainda repousava sobre seus ombros. Ele acabara de fotografar um chá de revelação, um trabalho simples, mas financeiramente necessário. O problema? O casal não autorizou que ele postasse as fotos no Instagram. Para Rafael, essa era a essência do seu negócio. Cada postagem atraía novos clientes, e a visibilidade era o que ele mais buscava.
Enquanto refletia sobre isso, seus olhos captaram um movimento familiar à beira da estrada. A carroça de Marcos, o carroceiro do condomínio, estava estacionada próximo ao lixão, com o homem suado e ofegante tentando remover algo dos entulhos. Rafael diminuiu a velocidade, observando com curiosidade. Se a vida já era complicada para ele, um homem solteiro e sem filhos, imaginava o quão desafiador era para Marcos, que sustentava uma esposa e duas crianças.
A carroça de Marcos era praticamente uma extensão de sua vida. Ele a usava para capinar lotes, carregar entulhos e até mesmo para pequenos carretos. Alguns vizinhos juravam que ele fazia transporte escolar clandestino, mas ninguém sabia ao certo se era um favor ou uma fonte extra de renda. Rafael se aproximou, mais por curiosidade do que por bondade.
O fotógrafo não era muito sociável, mas no mês passado acabou se aproximando de Marcos. O carroceiro, mesmo com recursos limitados, organizou uma festa de aniversário para a filha que completava 12 anos. Sem medir custos, Marcos convidou todos os moradores do Condomínio, o aglomerado de barracões onde viviam.
Os vizinhos, que tinham grande estima por ele, contribuíram como podiam: trouxeram ingredientes, prepararam doces e ajudaram na decoração. Rafael, com receio de ser o único a não colaborar, ofereceu-se para fotografar a festa e presentear a aniversariante com um pequeno álbum das melhores fotos.
Ao publicar os registros no Instagram, Rafael ficou surpreso com a repercussão. As imagens de uma criança emocionada cantando parabéns, com um cenário simples de paredes sem reboco decoradas com TNT rosa e balões, tocaram o público. As curtidas e novos seguidores não deixaram dúvidas: histórias de crianças humildes realizando sonhos tinham grande engajamento.
– E aí, Marcos, tá precisando de ajuda? – perguntou, mantendo um tom casual.
Marcos levantou o olhar, o rosto coberto de suor, mas carregando aquele brilho otimista que parecia nunca abandoná-lo.
– Rapaz, se puder dar uma força, vai ser ótimo. Esse troço tá preso aqui nos entulhos.
Era uma piscina. Uma enorme piscina de plástico, descartada por causa dos furos aparentes. Com a ajuda de Rafael, Marcos conseguiu puxá-la do meio dos entulhos.
— Está bem detonada — comentou Rafael, observando os rasgos e a sujeira acumulada. — Será que dá pra consertar e vender?
— Vender? — Marcos respondeu com um sorriso animado. — Depois de pronta, isso aqui vai ser o presente de Natal dos meus filhos. Aliás, nem só deles. As crianças do Condomínio vão adorar!
— Condomínio com piscina, hein? — brincou Rafael, num tom sarcástico.
Enquanto ajudava Marcos a dobrar e amarrar a piscina na carroça, Rafael começou a encarar a cena de outro jeito. A piscina era velha, mas poderia render boas fotos para o seu Instagram. Crianças brincando e sorrindo em uma piscina improvisada no meio dos barracões do Condomínio seriam imagens perfeitas para ganhar seguidores. Ele já conseguia imaginar os comentários e compartilhamentos: "Alegria na periferia" ou algo do tipo.
Para Rafael, a equação era simples: mais seguidores significavam mais clientes. E mais clientes significavam uma chance de, finalmente, sair do Condomínio.
Faltavam poucos dias para o Natal, mas Marcos trabalhava na piscina com dedicação. Sabia que, se continuasse naquele ritmo, ela ficaria pronta a tempo. Só que o presente seria grande demais para passar despercebido — não seria uma surpresa. As crianças do Condomínio já estavam curiosas e, de tanto perguntarem, Marcos acabou revelando a novidade.
A piscina ficou pronta dois dias antes do Natal. Vendo a empolgação das crianças, Marcos pensou em liberar a diversão imediatamente. Mas, ao saber que os vizinhos estavam organizando um churrasco para o feriado, decidiu que seria melhor esperar. Ele imaginava que, enquanto os adultos aproveitavam a comida e a bebida, as crianças poderiam se divertir à vontade na piscina.
Após o último Natal, Marcos encontrou várias coisas interessantes no lixão. Entre os objetos descartados, havia uma roupa rasgada de Papai Noel. Sua esposa, Raquel, consertou a peça e colocou à venda no bazar improvisado que Marcos montara para vender os objetos que consertava. A fantasia ficou em exposição durante o ano todo, mas na semana passada foi comprada por Seu Jairo.
Seu Jairo era o fundador do Condomínio. Morava sozinho há anos, e nenhum morador jamais viu um parente visitá-lo. Ao longo do tempo, os vizinhos se tornaram sua família. O bom velhinho gostava de ajudar sempre que podia, e seu gesto de comprar a fantasia foi mais uma maneira de se conectar com aqueles que o cercavam.
O Natal finalmente chegou, e o Condomínio estava em festa. Marcos e Rafael, com muito esforço, montaram a piscina e começaram a enchê-la. A tarefa era demorada, já que a piscina era grande e a mangueira fina não ajudava muito. As crianças, impacientes, observavam a água subir lentamente, seus olhos brilhando de ansiedade. Mas, para alegria de todos, uma surpresa extra estava sendo preparada.
De dentro do barracão de Seu Jairo, surgiu o Papai Noel. E não era qualquer Papai Noel! Com direito a gorro, longas barbas brancas e um saco vermelho nas costas, o bom velhinho parecia ter saído diretamente do Polo Norte. Apesar do calor intenso e do traje pesado, Seu Jairo não parecia se importar. Seu sorriso era genuíno enquanto distribuía pacotes de guloseimas para as crianças, que corriam para abraçá-lo.
Dani, uma adolescente de 14 anos, trocou um olhar cúmplice com sua melhor amiga, Júlia, de 13. As duas hesitaram por um momento, questionando se já estavam velhas demais para pegar doces com as crianças. Mas as tentações coloridas e açucaradas eram irresistíveis. Correram até o Papai Noel e, com a vantagem de serem mais altas, pegaram os pacotes com facilidade. Depois, se afastaram, tentando não parecer crianças. Enquanto chupavam pirulitos, Júlia comentou, com um sorriso:
— Seu Jairo combina muito bem com o Papai Noel, é velho e bonzinho.
Dani riu e aproveitou para contar uma fofoca que ouvira do pai:
— Você acredita que ainda tem gente que fala mal dele? Um membro da igreja do meu pai chegou para ele, depois de um culto, e disse que ele tinha que tomar cuidado com o Seu Jairo. Falou até que ele já foi preso e que esse nem é o nome verdadeiro dele!
— Seu Jairo, preso? Que viagem! Esse cara deve ser doido — respondeu Júlia, incrédula.
— Pois é! Meu pai ficou tão irritado com o homem, disse que eram acusações muito graves e que não tinha nada de errado com o Seu Jairo. Ele sempre ajudou todo mundo por aqui...
Enquanto isso, Rafael estava em êxtase. Ele correu até sua casa para pegar a câmera. Aquela era uma oportunidade de ouro para crescer nas redes sociais: vizinhos humildes comemorando o Natal com o Papai Noel e uma piscina improvisada! Crianças carentes com presentes nas mãos, abraçando o bom velhinho, certamente seriam um sucesso.
Ele começou a registrar o evento, tirando fotos em sequência, com a intenção de escolher as melhores depois. Amâncio, pai de duas crianças, não perdeu a chance e sentou os filhos no colo do Papai Noel, pedindo a Rafael que registrasse o momento.
— Pode tirar uma foto deles aqui, Rafael? — pediu Amâncio, com um sorriso satisfeito.
Ronaldo, empolgado com a ideia, chamou suas filhas para tirar uma foto com o Papai Noel. Não demorou muito para que Lorrayne e Raquel também pedissem para registrar o momento, colocando suas crianças no colo do bom velhinho. Em questão de minutos, uma fila começou a se formar, todos ansiosos para garantir sua lembrança do dia especial.
Ao fundo, o som de pagode dos anos noventa preenchia o ar, trazendo uma sensação de nostalgia e alegria. A carne, embora simples, assava na churrasqueira, exalando um cheiro tentador que fazia com que a água na boca fosse instantânea. As cervejas, baratas mas geladas, circulavam entre os adultos, que conversavam e riam, curtindo o clima descontraído. Entre os presentinhos e risadas, as crianças não paravam de perguntar ansiosas: "Já podemos nadar?"
A piscina, finalmente cheia, se tornou a atração que todos aguardavam. As crianças, empolgadas, não perderam tempo e correram para aproveitar a água. Júlia, mais cautelosa, acompanhada por Dani, foi até sua casa para colocar o biquíni, mas logo percebeu que era a única a se preocupar com isso. Sem hesitar, as outras crianças se despiam ali mesmo para pular na piscina.
Os filhos de Marcos foram os primeiros. Miriã, de 12 anos, e o irmão, Mateus, de 7, eram, a final, os verdadeiros ganhadores desse presente de Natal. A menina, com um sorriso largo, tirou a blusa e ficou só com seu sutiãzinho infantil e shortinho, pois sentiu vergonha de ficar de calcinha na frente de tanta gente. O sutiã de algodão branco e cerejas vermelhas ficou transparente já no primeiro mergulho. Por sorte, ou azar dela, a pré-adolescente não percebeu os peitinhos em formação visíveis para o público. Quem gostou da visão foi Rafael, que não perdeu a oportunidade para registrar o momento. Essas fotos atraíram mais um tipo de público para sua rede social, quanto mais seguidores, melhor.
O pequeno Mateus não ficou atrás. Arrancou a camiseta e começou a baixar o short, quando o pintinho saltou para fora, percebeu que não estava de cueca. Então mergulhou de short mesmo.
Luiza, de 11 anos, e Lara, de 8, olharam para o pai, perguntando com que roupa iriam nadar. Ronaldo tirou a blusa e o short da caçula, deixando-a só de calcinha. E passou protetor solar em seu corpinho. A menina ficou um pouco sem graça de todos poderem ver sua calcinha roxa de renda lilás na cintura, mas logo se distraiu na piscina. Por outro lado, Ronaldo não julgou apropriado que a filha de 11 anos ficasse assim. Mandou a menina tirar apenas o short, e cobriu os braços e pernas da menina de protetor solar. Luiza ficou à vontade, sabendo que a blusa branca, mas comprida, cobria a maior parte de sua calcinha azul. Mais uma vez, Rafael aproveitou para fotografar outra pré-adolescente exibindo seus brotinhos mamários e a calcinha azul se destacando sob a blusa encharcada praticamente transparente.
Lorrayne era prática e decidida, sempre focada em aproveitar ao máximo qualquer oportunidade. Naquela festa, tinha um objetivo claro: se divertir, beber sem preocupações e, quem sabe, arrumar um novo namorado como presente de Natal. Desde que viu o caminhão de Ronaldo estacionado pela primeira vez na entrada do Condomínio, já tinha decidido que o novo vizinho era um ótimo partido. Assim que encontrou uma brecha, começou a puxar papo com ele, lançando sorrisos e comentários leves, na tentativa de conquistar sua atenção.
A conversa estava fluindo bem até ser interrompida pelas filhas, Ketlyn, de 8 anos, e Kawany, de 7, que apareceram pedindo permissão para entrar na piscina. Visivelmente irritada, Lorrayne lançou um olhar rápido para as meninas, deixando claro que não gostava de ser interrompida.
— Tá bom, tá bom! Vem cá, deixa eu resolver isso logo! — disse, impaciente.
Sem cerimônia, tirou o vestido de Ketlyn pela cabeça, deixando a menina apenas de calcinha, pronta para correr até a água. Em seguida, puxou a camisa e o shortinho de Kawany, que estava sem calcinha. A ausência da peça não parecia ser um problema nem para a mãe, que estava focada em voltar à sua conversa, nem para a pequena, que mal podia esperar para mergulhar.
As duas irmãs saíram correndo, rindo e gritando de alegria, até finalmente pularem na piscina. O rosto iluminado das meninas, com sorrisos genuínos e despreocupados, capturou a atenção de Rafael. Sempre atento aos melhores momentos, ele ajustou sua câmera e registrou a cena, criando uma imagem perfeita: a alegria simples e contagiante das crianças em contraste com o cenário humilde do Condomínio. Mas sabia que teria que editar a foto, porque a pererequinha explícita de Kawany poderia fazer a foto ser deletada.
Elza foi a única ausente na comemoração. Sua patroa estava recebendo parentes em casa e precisou da ajuda dela na cozinha para preparar o almoço especial. Ainda assim, os filhos de Elza puderam participar da festa e aproveitar a piscina.
Júlia, de 13 anos, correu para casa para vestir o biquíni, animada com a chance de nadar com sua amiga, Dani. Enquanto isso, Caio, de 10, não perdeu tempo. Tirou a camiseta e, sem se preocupar com os outros, tirou o short, pulou na piscina apenas de cueca. Jade, de 7, seguiu o exemplo do irmão. Puxou o vestido e correu com sua calcinha da Minnie em direção à água.
Amâncio, sempre calmo e tranquilo, estava sentado em um canto, com uma cerveja nas mãos, aproveitando o momento de descanso. Porém, Alice, sua filha de 9 anos, aproximou-se dele, questionando:
— Papai, cadê meu biquíni? — perguntou, ansiosa para nadar.
— Ah filha, nada de calcinha mesmo, igual as outras crianças — respondeu Amâncio, sem tirar os olhos da cerveja.
— Não quero! Quero meu biquíni! — insistiu Alice, com os braços cruzados e a carinha emburrada.
Com um suspiro, Amâncio deixou sua cerveja de lado e se levantou, indo até a casa procurar o que sua filha queria. Alice, ainda irritada, ficou esperando na beira da piscina, com Arthur, seu irmão de 7 anos.
Quando Amâncio retornou, com as roupas de banho nas mãos, se aproximou dos filhos na beira da piscina. Com naturalidade, tirou a blusa da Alice e, com um movimento único, puxou o short e a calcinha da filha, deixando-a pelada na frente de todos. A menina imediatamente levou as mãos à virilha, para proteger sua intimidade. Amâncio era muito desligado para se tocar do constrangimento da filha, que já era grandinha. Pegou a parte superior do biquíni e ajudou a menina a colocar. Ela precisou levantar os braços para passá-los dentro da alça, deixando a pererequinha à vista de todos por uns segundos. Só então colocou a calcinha do biquíni na filha.
Na sequência, fez o mesmo com Arthur. Mas, diferente da irmã, o menino não se importou quando o pai baixou sua cueca. Em seguida, o pai vestiu a sunga no filho.
Enquanto isso, na casa de Elza, Júlia tirava a roupa, sem se importar em ficar nua na frente de Dani. Ao ver a amiga sem roupa, instintivamente comparou o corpo dela com o seu. Ficou preocupada, os peitos de Júlia eram maiores, mesmo a menina sendo um ano mais nova.
Quando Júlia tirou a calcinha, Dani teve outra surpresa:
— Sua mãe deixa você se depilar? — disse, observando a vagina da amiga com pelos aparados e bem delimitados.
— Claro, senão vira uma floresta! — respondeu Júlia, sorrindo. — A sua mãe não deixa? — perguntou ao notar o rosto constrangido de Dani.
— Não. Meus pais acham que é um costume de gente mundana — disse, constrangida.
— Nossa, então você nunca aparou?! — disse Júlia, surpresa. — Me mostra? Agora fiquei curiosa!
— JÚLIA! — falou mais alto do que gostaria. — Isso é coisa de pedir?!
— Ué, o que que tem? Somos melhores amigas, e você acabou de perguntar da minha xaninha.
Dani ficou vermelha só de ouvir a amiga se referir à sua parte íntima com esse nome, que julgou ser ridículo. Considerou os argumentos de Júlia e achou justo. Sem esconder o constrangimento, abaixou a frente do short e da calcinha, exibindo sua borboletinha, para usar o termo que ela e a mãe nomeavam a região.
Agora foi a vez de Júlia se impressionar. Nunca tinha visto tanto pelo. Os cabelos eram compostos por longos fios pretos e lisos. Cobriam totalmente a vulva, mas iam além. Subiam pela testa da virilha e se expandiam para as laterais, quase chegando no início da coxa.
— Como você vai usar biquíni assim? Os pelinhos vão aparecer!
Dani deu um meio sorriso, meio desconfortável, e respondeu:
— Biquíni? Eu?! Meus pais me matam se me virem usando isso. Acham que é pecado.
Júlia franziu a testa, surpresa, e refletiu por um instante sobre como devia ser complicado ser filha de pastor. Depois de um momento de silêncio, perguntou:
— E como você vai nadar, então?
— De roupa mesmo. Meu pai nem queria que eu nadasse, mas minha mãe conseguiu convencer ele... desde que fosse assim.
As duas deram de ombros, encerrando o assunto. Dani parecia já estar acostumada a essas limitações, enquanto Júlia sentia uma pontinha de tristeza pela amiga. Em seguida, juntas, correram em direção à piscina, se juntando à animação das outras crianças.
Rafael ficou surpreso ao ver Júlia. A menina usava um biquíni simples, de cor azul-clara com detalhes em branco. A peça, um pouco gasta, ainda estava em bom estado, e o tom combinava perfeitamente com a pele bronzeada da garota. Júlia parecia ter crescido desde a última vez que usara o biquíni, e a peça agora mal cobria seus seios em desenvolvimento. Não que fossem grandes, mas o biquíni, feito para uma criança menor, estava claramente apertado. A calcinha, igualmente justa, acentuava os contornos de sua vulva, algo que Rafael não deixou passar despercebido. Sem hesitar, ele levantou a câmera e começou a fotografar, capturando cada detalhe.
Enquanto isso, Rafael não pôde deixar de sentir uma leve decepção ao ver Dani. Ela estava com uma camisa de malha, com estampa de camuflagem militar, escrito "Exército de Jesus e uma bermuda comprida cinza, um conjunto simples que, embora não fosse o ideal para nadar, estava dentro das regras rígidas de sua casa. Apesar disso, Dani parecia completamente à vontade, mais preocupada em se divertir com os amigos do que com o que estava vestindo. A decepção de Rafael foi a brecha que ele precisava para dar uma pausa no trabalho e se juntar aos adultos, começando a beber e relaxar.
Rafael observou Amâncio, que conversava com os pais de Dani e Raquel, esposa de Marcos. O pai da garota, vestido em traje social, parecia destoar completamente do ambiente descontraído da festa. Pela expressão em seus rostos, a conversa parecia monótona e pouco envolvente, mas todos faziam um esforço para manter a cordialidade.
Um pouco mais afastados, Lorrayne quase engolia Ronaldo com os olhos. Ela ajustou o top de renda preta, realçando os seios, e ria exageradamente de tudo que o caminhoneiro falava. A química entre os dois era evidente, e Lorrayne parecia determinada a conquistar sua atenção.
Próximo à churrasqueira, Rafael notou Marcos e Seu Jairo rindo e se divertindo bastante. O fotógrafo decidiu se juntar a eles, buscando um momento de descontração. Seu Jairo, que já havia tirado a roupa de Papai Noel, ergueu uma garrafa branca sem rótulo, já pela metade, e disse empolgado:
— Rafael, você tem que provar essa daqui! É forte, mas é da boa. Vá com calma, hein? — completou Marcos, com um sorriso.
Rafael não hesitou e tomou o copinho de uma só vez. A bebida queimou sua garganta, mas ele riu da situação, sentindo o efeito quase imediato.
— É boa, mas realmente forte demais! — disse ele, rindo, enquanto enchia o copo novamente. Os dois comemoraram com entusiasmo, enquanto o pai de Dani observava discretamente, com uma expressão de leve reprovação, mas sem interferir.
Alice, a filha mais velha de Amâncio, se aproximou de Seu Jairo, com quem já tinha bastante intimidade.
— Quero carninha! — disse, com um sorriso animado, esperando sua vez.
Marcos, que estava ao lado da churrasqueira, pegou uma peça de carne e a cortou em pedaços, pronto para servir à menina. Seu Jairo, que já tinha bastante proximidade com Alice, não hesitou em pegá-la no colo, como se fosse uma neta.
— E aí, princesa, está gostando da piscina? — perguntou ele, com um sorriso afetuoso.
— Siiiiiiiiimmmmm! É muuuuuuuuuiiiiiiiito legal! — respondeu Alice, o rosto iluminado por uma alegria contagiante.
Rafael, que observava a cena atentamente, percebeu que a menina estava com o biquíni totalmente molhado, as gotinhas escorrendo pelo corpo.
— Ela vai molhar sua roupa, Seu Jairo! — comentou ele, rindo.
— Está tudo bem. Daqui a pouco eu vou dar um mergulho também — respondeu o senhor, sorrindo, como se não houvesse problema algum.
Marcos serviu um pratinho de carne, e Alice pulou do colo de Seu Jairo para se servir na mesa. No entanto, uma parte de trás do biquíni havia entrado no bumbum, deixando um lado exposto. Seu Jairo, sem cerimônia, enfiou o dedo dentro da calcinha do biquíni e ajustou a peça.
Rafael, que estava sentado ao lado, assistiu à cena, surpreso com a liberdade de Seu Jairo.
— O pai não ia achar ruim se visse? — perguntou ele, curioso.
— Ah, não, ele é meu amigo — respondeu Seu Jairo, com os filtros sociais relaxados pelo álcool. — Já fui bem mais longe que isso na frente dele.
Rafael olhou surpreso, mas muito interessado. Seus olhos pediam para o velho continuar soltando.
— Vá levar a carne para seus amiguinhos — disse Seu Jairo, dispensando a menina com um gesto carinhoso.
Alice obedeceu, correndo de volta para a piscina. Seu Jairo, agora com mais privacidade, continuou:
— O pai é meio bobo, sabe? E a menina é uma sapequinha, como você viu.
Marcos, sentado à mesa, acrescentou:
— Ela é bonitinha mesmo!
— Bonitinha?! Você tem que ver ela peladinha no banho — disse Seu Jairo, com um sorriso malicioso.
— E o Amâncio deixa você ver ela no banho? — perguntou Rafael, cada vez mais intrigado.
— Ver?! Eu já dei banho nessa garota — respondeu Seu Jairo, sem hesitar.
Rafael e Marcos olharam impressionados para o velho. Marcos virou mais um copo de cachaça, limpou os lábios com o braço e expôs:
— Eu entendo que essas meninas deixam a gente doido, tem hora. Mas essa daí é muito nova, nem peitos tem.
— Assim que é bom, são mais inocentes — disse Seu Jairo, com um ar de nostalgia. — Você tem que ver o que eu fazia com a filha de uma ex-namorada, que tinha a mesma idade de Alice.
Rafael, também já dominado pelo álcool, interrompeu o velho, mostrando uma foto na câmera. Era Luiza, a filha de 11 anos de Ronaldo.
— Ter peitinhos não significa perder a inocência. Olha.
Os homens olharam para a foto. Era Luiza saindo de um mergulho na piscina, ajeitando os cabelos. Os brotinhos pressionavam contra a blusa completamente transparente, que havia subido, revelando a calcinha azul justa, que marcava os contornos de sua vulva.
Seu Jairo gostou tanto da foto que até esqueceu do que estava falando. Marcos, lembrando de suas próprias experiências com a filha, decidiu não comentar, mantendo seus segredos para si.
Nesse momento, Raquel, esposa de Marcos, se aproximou da mesa, percebendo os três homens completamente concentrados na câmera. Ela não conseguiu segurar o riso.
— O que vocês estão vendo aí, hein? — perguntou, com um tom de brincadeira, mas sem esconder a curiosidade.
Rafael, rápido, desligou a câmera, tentando disfarçar. Os homens à sua volta se entreolharam, desconcertados. Marcos, tentando manter a compostura, sorriu nervosamente.
— Nada demais, amor. É só algumas fotos que o Rafael tirou da gente — disse ele, tentando minimizar a situação.
Rafael, aliviado por ter escapado do olhar atento de Raquel, levantou-se com um sorriso discreto nos lábios.
— Falando nisso, melhor eu voltar pro meu trabalho — disse ele, afastando-se da mesa com um gesto suave, como se quisesse deixar a situação para trás.
Ele caminhou em direção à piscina, a câmera pendurada no pescoço balançando a cada passo. Seus olhos percorriam o ambiente, buscando capturar momentos espontâneos que pudessem render boas fotos para seu Instagram. As crianças brincavam animadamente na água, e ele já imaginava as imagens cheias de vida e cor que poderia criar.
Foi então que Dani se aproximou, com um sorriso tímido.
— Rafael, você pode tirar uma foto só de mim e da Júlia? — pediu, apontando para a amiga, que já se encaminhava para o lado dela.
As duas logo começaram a posar, rindo e fazendo caretas. No entanto, Caio e Jade, vendo a cena, não perderam a chance de pregar uma peça. Com um salto ágil, jogaram água nas duas, interrompendo os cliques e provocando gargalhadas gerais.
— Melhor irmos para outro lugar — sugeriu Júlia, tentando secar o cabelo molhado com as mãos.
Rafael pensou por um momento, olhando ao redor.
— Que tal na mangueira, perto da minha casa? — propôs. — É um ótimo lugar, e a árvore enorme ali dá uma sombra perfeita.
As meninas aprovaram a ideia com entusiasmo e seguiram Rafael até os fundos do condomínio. Lá, uma árvore majestosa, uma das poucas preservadas durante a construção, erguia-se imponente, seus galhos formando um cenário natural e cheio de charme. Sob sua sombra, novas poses foram feitas, e a câmera de Rafael capturava cada momento com precisão.
No entanto, Dani começou a notar que Rafael parecia dar mais atenção às fotos de Júlia. O biquíni colorido da amiga destacava sua beleza de um modo que deixava as imagens ainda mais vibrantes. Sentindo-se deslocada em suas roupas simples, Dani finalmente comentou, com um tom de hesitação:
— Acho que eu fico feia nessas fotos... Essas roupas não ajudam.
Rafael baixou a câmera e olhou para ela com gentileza.
— Por que não põe um biquíni também? — sugeriu, tentando ser útil.
Dani suspirou, cruzando os braços.
— Meu pai não deixa. Ele acha que biquíni é roupa "do mundo".
Júlia, percebendo o desconforto da amiga, teve uma ideia.
— E se eu te emprestasse o meu biquíni? Só para tirarmos umas fotos bonitas — sugeriu Júlia, com um sorriso encorajador.
Dani hesitou, olhando em volta como se esperasse que alguém pudesse ouvi-las.
— Mas como vamos trocar de roupa e tirar as fotos sem meu pai ver? — perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.
Rafael, que até então observava a cena em silêncio, interveio com uma proposta:
— Que tal na minha casa? Tenho equipamentos melhores lá, e podemos fazer fotos mais profissionais.
Antes que pudessem decidir, porém, o pai de Dani apareceu de repente, sua presença imponente cortando o ar como uma lâmina. Seu rosto estava fechado, e os olhos estreitos transmitiam desconfiança.
— O que vocês estão fazendo aqui sozinhas com esse homem? — perguntou, a voz carregada de autoridade e um tom que não admitia desculpas.
Rafael, mantendo a calma, respondeu com respeito:
— Calma, senhor. Não sou um estranho, sou seu vizinho. Estava apenas ajudando as meninas com algumas fotos.
Dani, conhecendo bem o temperamento do pai, interveio rapidamente, tentando aliviar a tensão:
— Eu pedi para ele tirar uma foto minha com a Júlia, mas a minha cabeça começou a doer por causa do sol e da música alta. Então viemos para cá, onde está mais fresco.
Rafael aproveitou a deixa e completou:
— Foi por isso que sugeri vir para debaixo dessa árvore. A sombra é boa, e o silêncio ajuda a relaxar.
O pastor, no entanto, não se deu por satisfeito. Seu olhar severo percorreu o grupo, como se buscasse algo para confirmar suas suspeitas.
— Vamos embora, senhorita — ordenou, direcionando-se a Dani. — Temos um culto especial de Natal, e você não vai faltar.
— Mas, pai, a festa está tão legal... Não posso faltar só hoje? — perguntou Dani, a voz quase suplicante, enquanto os olhos brilhavam com um misto de esperança e frustração.
— Só hoje?! — replicou o pastor, a voz elevando-se em reprovação. — Vou pregar sobre a importância da família no culto de Natal. Como vou explicar para a congregação que minha filha escolheu ficar numa festa mundana em vez de honrar a Deus?
Sem espaço para argumentos, Dani baixou a cabeça, os ombros curvados sob o peso da resignação. Ela começou a seguir o pai, mas, antes de sair, ele se voltou para Júlia, o olhar severo agora dirigido à amiga da filha.
— E você, mocinha. É melhor voltar para a festa. Sua mãe não ficaria feliz de saber que você estava sozinha com um homem por aí.
Rafael, sentindo-se injustiçado, não conseguiu conter a irritação.
— O senhor está me desrespeitando! — respondeu, a voz firme, mas ainda contida. — É claro que iríamos voltar agora. Só viemos para cá porque sua filha estava passando mal.
O pastor ignorou as palavras de Rafael, como se fossem insignificantes. Com um gesto autoritário, ele seguiu caminho, levando Dani consigo. Júlia, chateada com a situação, voltou para a piscina, mas, sem a companhia da amiga, a festa parecia ter perdido parte do brilho.
Rafael, por sua vez, decidiu que já havia tido dose suficiente de conflitos por aquele dia. Caminhou até Seu Jairo, que estava sentado à sombra com uma garrafa de cachaça na mão, e aceitou a oferta de mais uma dose. Talvez o álcool ajudasse a afogar a frustração que ainda ecoava em seu peito.
Na piscina, a atenção das crianças estava voltada para a roupa de Mateus, o filho de sete anos de Marcos.
— Você é o menino mais medroso do condomínio! — provocou Luiza, a filha mais velha do caminhoneiro, apontando para ele com um sorriso maroto. — É o único que não teve coragem de tirar o short. Até o Caio, que é bem maior, está nadando de cueca.
Miriã, sempre protetora do irmão mais novo, saiu em sua defesa:
— É porque ela não está de cueca!
Caio, o garoto de dez anos conhecido por suas travessuras, não perdeu a chance de entrar na brincadeira:
— Você também está de short, Miriã. Você não tem calcinha?
As outras crianças riram, e Miriã ficou sem graça. Para provar que estava usando roupa íntima, a garota de 12 anos abaixou levemente a frente do short, revelando uma calcinha branca com corações rosas e vermelhos.
Caio pensou em continuar a provocação, dizendo que tinha visto a calcinha dela, mas, ao notar que ele mesmo estava de cueca e que a maioria das meninas nadava de calcinha, decidiu que não faria sentido.
Luiza, com os cabelos escuros grudados ao rosto por causa da água, levantou a voz com um sorriso malicioso:
— Vamos fazer uma competição! O primeiro que conseguir tirar o short do Mateus vence!
Mateus, que estava na beirada da piscina, sentiu um frio na barriga ao ouvir aquilo. Seus olhos se arregalaram, e ele rapidamente levou as mãos à cintura do short, como se já antecipasse o ataque. Seu corpo magro e bronzeado pelo sol parecia tenso, os músculos das pernas contraídos, prontos para reagir. O short azul, já meio solto por causa da água, parecia ser seu único escudo contra o constrangimento.
— Não quero brincar disso! — protestou, a voz um pouco mais aguda que o normal. — Senão eu vou ficar pelado na frente de todo mundo!
— O que que tem? A Kawany que é uma menina está pelada! Ninguém liga pra isso! — argumentou Luiza.
Mateus, no entanto, não estava convencido. Seus dedos apertaram ainda mais o elástico do short, os nós dos dedos brancos de tanta força. Ele sentiu o rosto queimar de vergonha, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um grupo de crianças já se aproximava, com olhares determinados e sorrisos travessos.
— Não! Parem! — gritou ele, recuando alguns passos, mas logo foi cercado.
As mãos pequenas e molhadas das crianças se esticaram em sua direção, tentando agarrar o short. Mateus se contorcia, tentando escapar, mas eram muitos contra um. Seu corpo magro se debatia na água, os músculos das pernas e braços tensionados ao máximo. A cada puxão, ele sentia o short escorregar um pouco mais, e seu coração acelerava.
— Saiam! — ele gritava, mas as risadas das crianças só aumentavam.
De repente, um puxão mais forte fez o short descer alguns centímetros, expondo por um breve instante sua virilha. Seu pintinho, pequeno e com um tom mais claro que o restante do corpo, ficou visível por um segundo antes que ele conseguisse puxar o short de volta para cima. Mateus soltou um grito agudo e rapidamente, os olhos cheios de pânico.
Luiza, que nunca tinha visto um menino pelado antes — afinal, só tinha uma irmã mais nova —, não pôde evitar um misto de curiosidade e diversão. Seus olhos se fixaram no pintinho do menino, que apareceu por apenas alguns instantes antes que ele conseguisse se cobrir novamente. Ficou surpresa ao notar como o pintinho era pequeno e molinho, balançando solto no ar. Luiza sentiu uma pontada de curiosidade, os risos se misturavam com uma sensação prazerosa que a visão fazia sentir, embora não entendesse o motivo.
— Olha só! — ela disse, apontando e rindo, enquanto Mateus se contorcia para se proteger. — É tão pequenininho!
As outras crianças riam junto, mas Luiza não conseguia tirar os olhos dali. Cada vez que o short era puxado, ela via um pouco mais do pintinho, e sua curiosidade só aumentava. Era como se ela estivesse descobrindo algo novo, algo que até então só tinha ouvido falar de forma vaga. A forma como ele balançava levemente com os movimentos de Mateus, o saquinho enrugado preso ao corpo, tudo chamava sua atenção.
— Para de olhar! — gritou Mateus, ainda tentando se proteger, mas Luiza não conseguia evitar. Ela riu, mas não de uma forma maldosa; era mais uma risada de surpresa, de quem estava vendo algo inesperado pela primeira vez.
Raquel, mãe do menino, que estava conversando com outros adultos, ouviu os gritos e se aproximou da piscina.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou, com uma voz firme que fez as crianças pararem por um instante.
— Eles querem arrancar meu short! — respondeu Mateus, ofegante, os olhos brilhando de desespero.
Júlia, uma das meninas, explicou rapidamente:
— Nós só estamos brincando. O Mateus é o único menino que está nadando de short.
Raquel observou o filho, que ainda segurava o short com força, os dedos brancos de tanto apertar. Ela suspirou e estendeu a mão.
— Me dá esse short, Mateus. Vocês vão acabar rasgando ele.
O menino hesitou, mas antes que pudesse responder, Miriã, sua irmã mais velha, apareceu por trás dele com um sorriso travesso. Em um movimento rápido, ela puxou o short com força, fazendo com que ele escorregasse completamente. Mateus tentou segurá-lo, mas já era tarde demais. A peça de roupa voou pelos ares, e Raquel a pegou no ar.
— Miriã! — gritou Mateus, cobrindo-se rapidamente com as mãos. Seu rosto estava vermelho como um tomate, e ele sentiu uma onda de constrangimento tão forte que quase o fez chorar.
As crianças riam e apontavam para o garoto pelado com as mãos na virilha. Enquanto Raquel dava as costas e voltava a conversar com os adultos, levando o short embora.
O sol quente brilhava intensamente no céu azul, lançando seus raios dourados sobre as crianças na piscina. Elas decidiram brincar de pega-pega, mergulhando e correndo na água em um frenesi de diversão. Mateus, no entanto, hesitou. Encolhido no cantinho da piscina, ele observava os outros com um misto de curiosidade e timidez. Suas mãos cobriam a virilha, como se buscassem proteção contra a exposição involuntária. Ao contrário de Kawany, que se divertia totalmente à vontade com sua nudez.
A energia contagiante das brincadeiras, porém, logo o alcançou. Aos poucos, Mateus começou a se mover, ainda com as mãos presas ao corpo, com muita vergonha de expor sua parte mais íntima. Quando o pegador se aproximou, ele não teve escolha a não ser soltar as mãos para nadar com mais agilidade, sentindo a resistência da água contra seu corpo. A sensação de liberdade foi breve, pois, assim que percebeu os olhares curiosos e as risadinhas discretas, ele rapidamente se cobriu novamente, corando de vergonha.
Mas o tempo foi passando, e Mateus, pouco a pouco, começou a se soltar. A água fresca envolvia seu corpo nu, e ele sentia uma estranha sensação de leveza. Seu pintinho, pequeno e molinho, balançava suavemente a cada movimento, e ele, embora ainda envergonhado, começou a achar aquilo até engraçado. As risadas e olhares das meninas ainda o incomodavam, mas não o suficiente para que ele se cobrisse novamente. Ele sorria sem graça, tentando disfarçar o constrangimento, mas já não se importava tanto com a exposição.
As meninas, por sua vez, pareciam se acostumar com a cena. Aos poucos, deixaram de prestar atenção em Mateus, voltando suas energias para as próprias brincadeiras. Ele olhou ao redor e percebeu que, de fato, ninguém parecia se importar com sua nudez. As crianças estavam imersas em suas atividades, e até as meninas, que antes riam, agora pareciam indiferentes. A naturalidade da infância havia vencido o constrangimento inicial.
Quando Seu Jairo chamou todos para uma nova rodada de carne que acabara de sair, Mateus já estava tão à vontade que saiu da piscina sem hesitar. Seu corpo molhado brilhava sob o sol da tarde, e ele caminhou despreocupado em direção às mesas onde os adultos estavam reunidos. Kawany, a outra criança que também estava nua, seguiu ao seu lado. Os adultos trocaram olhares discretos e sorrisos contidos ao verem as duas crianças nuas, lado a lado. Alguns acharam fofa a inocência deles, enquanto outros notaram as diferenças naturais entre meninos e meninas, mas ninguém comentou nada. Era um momento de pura naturalidade, onde a infância se mostrava em sua forma mais genuína e despreocupada.
Kawany, ainda pingando água da piscina, correu em direção à mãe, Lorrayne, que estava sentada, imersa em uma conversa animada com Ronaldo. A menina, com o corpo avermelhado pelo sol, aproximou-se e disse:
— Mamãe, meu corpo tá ardendo.
— Então saia do sol — respondeu Lorrayne, um pouco irritada por ter sido interrompida.
Ronaldo, atento, notou as marcas vermelhas na pele da menina e ofereceu gentilmente o protetor solar de suas filhas. Lorrayne, sem perder o ritmo da conversa, pegou uma toalha próxima e começou a secar a filha com movimentos rápidos e práticos. Em seguida, aplicou o protetor solar com certa pressa, cobrindo o corpo da menina. Ronaldo estranhou quando viu os dedos de Lorrayne passarem o protetor na vulva da filha, mas logo deduziu que fazia sentido, já que a menina havia passado horas nadando nua e aquela área também poderia queimar.
Kawany, exausta após tantas horas de diversão na piscina, subiu no colo da mãe. Lorrayne, ainda sentada, puxou a filha para perto, apoiando as costas da menina em seu peito. Kawany, com as pernas afastadas, cada uma de um lado do colo da mãe, relaxou completamente, deixando o cansaço tomar conta de seu corpinho magro e bronzeado.
Com as pernas afastadas, a vulva de Kawany se abrir, ficando completamente exposta, e Ronaldo, sentado de frente para elas, não pôde evitar notar que havia protetor solar na parte interna, entre os lábios internos e na entradinha do buraquinho da vagina. Ele ficou preocupado, questionando-se se aquilo era seguro ou se poderia causar irritação na pele delicada da menina. Com um tom de voz hesitante, comentou com Lorrayne:
— Lorrayne... — ele começou, com um tom de voz baixo e hesitante, sem graça com o que estava prestes a dizer. — Acho que... Tem protetor solar dentro da perereca da Kawany... Pode irritar a pele dela... Você não quer limpar...
Lorrayne, percebendo que poderia usar a filha para atrair Ronaldo, pediu:
— Ah, Ronaldo, você pode fazer isso por mim? Ela está tão quietinha... Não quero acordá-la.
— Tem certeza? Porque é uma área tão... Íntima.
— Ah, mas você é pai de duas meninas, está preparado para coisas assim — disse sorrindo maliciosamente.
Ronaldo ficou sem graça. Respirou fundo, tentando encarar a situação com naturalidade, pegando a toalha da menina. Aproximou-se com cuidado e começou a limpar a região da forma mais delicada possível, preocupado com o que os vizinhos poderiam pensar.
Enquanto fazia isso, ele não pôde evitar notar os detalhes íntimos da menina. A pele da região era rosada e delicada, com uma suavidade que contrastava com o bronzeado do resto do corpo. Os lábios vaginais estavam levemente abertos, revelando um vislumbre do clitóris, pequeno e sensível, quase como uma pétala frágil. A pele ali era mais clara, quase translúcida, criando um contraste que, embora natural, chamava atenção. Ronaldo sentiu um nó na garganta e um calor subir em seu rosto, como se uma onda de constrangimento e algo mais profundo o atingisse de repente. Ele desviou o olhar por um instante, tentando manter a compostura, mas a imagem e o cheiro já estavam gravadas em sua mente.
— Pronto... — ele murmurou, recuando lentamente e colocando a toalha de volta no lugar. — Acho que agora está tudo certo.
Lorrayne olhou para ele com um sorriso leve, como se soubesse exatamente o que se passava em sua mente, mas não comentou nada. Ronaldo, por sua vez, sentou-se novamente, tentando dissipar o desconforto que ainda o assombrava. Ele respirava fundo, tentando se concentrar em outra coisa, mas a imagem daquela pererequinha arreganhada era muito tentadora.
— Lorrayne... talvez seja melhor cobrir a Kawany... A pererequinha dela ficou... um pouco aberta.
Lorrayne olhou para ele, e um sorriso malicioso se formou em seus lábios. Ela parecia considerar a situação com certa indiferença, mas também com uma pitada de intenção. Afinal, Ronaldo era um homem atraente, e ela não via problema em usar a inocência da filha para mantê-lo interessado.
— Ah, Ronaldo, ela é só uma criança — respondeu Lorrayne, com um tom despreocupado, enquanto acariciava o cabelo da filha. — Mas se isso te incomoda...
Ela então colocou a mão sobre a região íntima de Kawany, cobrindo-a sem muito cuidado. No entanto, a posição da mão era tão casual que o dedo indicador de Lorrayne acabou encostando levemente no clitóris da menina. Kawany, completamente relaxada e alheia ao que estava acontecendo, não reagiu, mas Ronaldo não conseguiu ignorar a cena.
Seus olhos se fixaram na mão de Lorrayne, e ele sentiu uma onda de excitação percorrer seu corpo. A visão da mãe tocando, mesmo que sem intenção, a região íntima da filha, era ao mesmo tempo proibida e irresistível.
Lorrayne sorriu novamente, como se soubesse exatamente o efeito que aquela cena estava causando nele. Ela continuou a acariciar o cabelo de Kawany, enquanto a menina, cansada e relaxada, fechava os olhos e se aconchegava no colo da mãe. Ronaldo, por sua vez, lutava para manter o foco na conversa, mas seus pensamentos estavam longe dali, presos na imagem que acabara de testemunhar.
Enquanto isso, Seu Jairo, com seu jeito descontraído e experiente, servia as crianças com generosas porções de churrasco, enquanto mantinha uma animada conversa com Ronaldo e Marcos. O aroma suculento da carne grelhada se misturava ao ar quente do final de tarde, criando uma atmosfera de festa e descontração. As crianças, após se deliciarem com a comida, não perderam tempo e voltaram correndo para a piscina, mergulhando em meio a risadas e respingos de água.
No entanto, uma cena inusitada chamou a atenção de Seu Jairo. Ele franziu a testa, tentando entender o que se passava a alguns metros dali.
— O que está acontecendo ali?! — exclamou, surpreso, ao notar Ronaldo ajoelhado de frente para a virilha de Kawany, tocando a pererequinha da menina com uma toalha, enquanto Lorrayne segurava a criança no colo, permitindo tudo aquilo.
Marcos, que estava ao lado de Seu Jairo, também voltou sua atenção para a cena, tentando decifrar o que se passava. Rafael, sempre atento e com sua câmera em mãos, não perdeu a oportunidade e começou a registrar o momento, capturando cada detalhe com seu olhar clínico de fotógrafo.
— Parece que o Ronaldo só está limpando algo na menina — concluiu Marcos, após alguns segundos de observação, tentando dar uma explicação lógica para o que via.
Seu Jairo abriu a boca para falar, mas antes que qualquer palavra escapasse, Rafael abaixou a câmera abruptamente e desviou o olhar. Seus olhos encontraram Dani.
Para surpresa e satisfação de Rafael e Júlia, a garota havia voltado.
— Com licença, preciso terminar algo… — disse o fotógrafo, afastando-se de Jairo e Marcos enquanto caminhava em direção à piscina.
— Voltei! — anunciou Dani, um sorriso largo iluminando seu rosto. De braços abertos, avançou para Júlia, que a recebeu com uma mistura de surpresa e alegria.
— Como você conseguiu convencer seu pai? — perguntou Júlia, ainda incrédula com o retorno da amiga.
— Falei que estava com muita dor de cabeça e fiquei deitada na cama até ele e minha mãe saírem — explicou Dani, com um brilho de esperteza nos olhos.
— Espertinha, hein! — comentou Rafael, rindo da astúcia da garota, enquanto ajustava a câmera em suas mãos.
Dani, sem perder tempo, olhou diretamente para Rafael e disparou:
— Vamos tirar as fotos? Tenho que voltar antes do culto acabar.
O fotógrafo, surpreso e visivelmente animado com o retorno da menina, sentiu o coração acelerar. Ele sabia aproveitar muito bem oportunidades como aquela. Com um sorriso largo e um brilho nos olhos, ele respondeu:
— Então vamos para a minha casa.
Continua...
Comentários (10)
Carlos Alexandre: Parabéns, cada vez melhor, e adorei o seu comentário, ""não consigo escrever sem me tocar""
Responder↴ • uid:5jyb7wmop4kxAdoleta: Obrigada pelo comentário! Gostou dos meus estímulos criativos? 😁
• uid:1clnio1u7u9d6Max: Delicia de conto, o final me deixou com muitas espectativas pro próximo capítulo. Estou louco pra saber o quão longe o Rafael vai conseguir ir com as meninas, até por que elas são mais velhas um pouco. Espero que ele consiga fotos ultra ousadas delas.
Responder↴ • uid:1clt1dkwk82esAdoleta: Pelo seu comentário, acho que vai gostar da continuação 😁
• uid:1clnio1u7u9d6John: Muito bom
Responder↴ • uid:bpbevke8m1Adoleta: Obrigada por comentar! Que bom que gostou!
• uid:1clnio1u7u9d6MSP: Muito bom! Espero que alguém ajude a Dani a respeito sobre depilação, até porque seria triste manter um "tesouro" escondido no meio de uma mata atlântica virgem.😅E também queria ver mais sobre a Dani se aproveitando da inocência dos garotinhos junto com a Julia.😈E por falar nisso, será que vai rolar algo entre a Luiza e o Mateus?🤔E esse final hei?!😈Aguardando a continuação...🤞🥵
Responder↴ • uid:g3jki1nd30Adoleta: Obrigada pelo comentário. Acho deliciosos comentários assim, que vão em detalhes específicos do contou ou dão sugestões. Aliás, que hipóteses gostosas hein. Ah, o tesouro não ficará escondido 😅
• uid:1clnio1u7u9d6Frank4: Muito bom Adoleta, quero a parte 2 na minha mesa pra já Muito bom ver a dinâmica de todos juntos muito divertido, essa sessão de fotos em sksk muito ansioso
Responder↴ • uid:1dkylbk05le0aAdoleta: 😁 A parte dois está saindo do forno rsrs Não consigo escrever sem me tocar, aí dá uma atrasadinha 🤭 Que bom que gostou da dinâmica de todos juntos, fiquei com medo de ter ficado confuso.
• uid:1clnio1u7u9d6