Karma e Transformação - Capítulo II
As transformações começam. É explicado sobre o véu e a verdadeira trama está para começar.
Tudo isso que eu acabei de contar aconteceu na sexta-feira. Não lembro o que aconteceu depois daquilo, a única coisa que eu sei é que acordei no dia seguinte no dormitório masculino como se nada tivesse acontecido. Eu estava vestido com minhas roupas do dia anterior. Porém algo estava diferente. Eu sentia isso.
Quando finalmente acordei e me levantei da cama, eu sentia meu corpo esquisito. Minhas memórias estavam confusas e eu não sabia exatamente o que, mas meu corpo estava diferente. Marco e Thomas estavam dormindo ainda, então decido ir até o banheiro tomar um banho e quem sabe dar uma cagada.
Chegando no banheiro passo por um garoto que estava na pia se barbeado, dou bom dia e vou até uma das cabines com vaso sanitário. Sabe quando estamos no piloto automático? Foi exatamente assim. Eu entrei na cabine, tranquei a porta, tirei as minhas calças me sentei e fiz xixi. Sentado igual uma garotinha.
As memórias de sexta-feira aos poucos voltam na minha memória enquanto eu estava sentado ali. As falas de Bonnie eram vividas como se alguém estivesse falando em meu ouvido. Quando me lembro do que aconteceu me levanto finalmente percebendo que eu estava mijando sentado.
Penso em gritar, mas lembro do rapaz se barbeando. A sensação daquela sombra se aproximando do meu corpo caído. E a única coisa que consigo falar quase que sussurrando é:
- Mas que porra foi essa…
As palavras de Bonnie ficam claras na minha mente. Penso comigo mesmo que aquilo não era possível. Já que estava trancado na cabine decido tirar todo o resto da minha roupa. Meio que com medo daquilo tiro toda minha roupa de olhos fechados, quando estou nu abro meu olho e me assusto com o que vejo.
Meu corpo que antes era bem torneado e musculoso por conta do futebol, estava mais magro. Parecia agora o corpo de algum entusiasta de academia. Meu peitoral havia desaparecido, assim como meu abdômen trincado. Mas essa não era a pior parte, meu penis que antes tinha cerca de 18 cm agora tinha 14 cm.
Eu não podia acreditar naquilo, coloco rapidamente minhas roupas e volto em direção ao meu quarto. Chegando lá Marco e Thomas estavam de pé. Mas até isso estava estranho eu ontem era mais alto que eles eu tinha certeza, mas agora eu estava do tamanho de Thomas com aproximadamente 1,78 de altura.
Eu sem pensar apenas saio do quarto indo em direção ao dormitório feminino, eu precisava imediatamente encontrar Bonnie.
Vou quase que correndo até lá, minhas calças que antes eram justas agora estavam um pouco largas, exceto no quadril que parecia estar um pouco mais apertada. Chegando lá, saio entrando mesmo sem autorização, afinal era proibido meninos naquele dormitório. Saio olhando as placas das portas procurando o nome de Bonnie.
Quando estou no segundo andar encontro a porta com o nome dela e bato, após alguns minutos ela acaba abrindo. Ao me ver ela sem pensar duas vezes me puxa para dentro fechando a porta atrás de mim.
- Arthur, você está bem? Eu não consigo me lembrar de quase nada. Quando acordei hoje de manhã eu estava no vestiário do campo sozinha. Então corri até aqui.
- Porra Bonnie, você tá falando sério? O que você fez comigo? Tem algo de errado com meu corpo!
- Algo de errado? Como assim? Me explica o que está acontecendo.
- Eu acordei hoje de manhã na minha cama, como em um passe de mágica. A última coisa que me lembro é de você me jogando uma maldição.
- Maldição? Como assi… Droga. Eu não devia ter feito isso. Me conta exatamente o que você se lembra.
Eu conto a Bonnie tudo o que me lembro, inclusive cada verso da maldição que não saía da minha cabeça.
- Então hoje de manhã eu acordei e meu corpo estava diferente! Você não percebe? Eu estou mais magro e mais baixo droga!
- Agora que você está falando, eu comecei a me lembrar. Mas eu não te amaldiçoei para que seu corpo mudasse. A minha ideia era que você pedisse desculpas ao Jason. Que você deixasse de ser um babaca.
- Então concerta isso agora! Meu corpo não pode mudar. Eu estou aqui como bolsista. Se eu não puder jogar futebol vou acabar sendo expulso.
- Eu gostaria Arthur, mas não posso. Uma maldição só é cancelada quando ela cumpre seu propósito. Essas mudanças não eram para acontecer, eu comecei a aprender magia com minha avó a apenas 1 ano. Isso com certeza não é algo que eu pretendia. No máximo eu queria te causar alguma dor.
- Bonnie, o que eu sei é que meu corpo está mudando. Como você não percebeu isso. Eu estou até mais baixo do que ontem.
- Provavelmente isso é culpa do véu. Existe um véu no mundo que permite apenas aqueles que tem uma alta sensibilidade a magia ou sabem sobre as maldições de verem as mudanças.
- Como assim?
- Imagina que você entra em uma casa. Para você ela é apenas uma casa comum. Até alguém te dizer que ela é assombrada, ao ter conhecimento do fato voce se torna capaz de ver o fantasma. A mesma coisa deve estar acontecendo com o seu corpo. Eu só consegui ver a mudança porque você me falou. Ou você poderia ter mudado muito mais e eu não perceberia.
Com isso continuamos nossa conversa, Bonnie decide chamar Jason para que eu possa me desculpar. Após uma hora esperando ele chega no quarto de Bonnie. Eu e Bonnie contamos tudo a ele. Explicando o que tinha acontecido.
- Nossa Bonnie, se a vovó descobrir você e tá muito encrencada - diz Jason - Então em teoria eu tenho que desculpar o Arthur?! É isso?
- Sim. Faz isso por mim, por favor - Bonnie responde - Anda Arthur pede desculpa pra ele.
- Porra cara, desculpa pelas coisas que eu te fiz ontem. Sei que sou meio idiota as vezes.
- Arthur, você sempre foi um idiota. Eu te desculpo, só porque isso é um pedido da minha irmã.
- Bom é isso? Acabou a maldição? - eu pergunto.
Nós três se olhamos sem saber qual é a resposta para essa minha pergunta. O dia continua depois disso. Volto para o dormitório, faço as pisas do dia a dia e a noite me encontro com Ashley. Passamos a noite juntos assistindo filmes e quando percebemos que o meu quarto está sem Thomas e Marco decidimos transar.
Mas novamente algo de estranho acontece, meu pinto não sobe de forma alguma. Era como se algo dentro de mim tivesse morrido. Acabo tendo que mandar Ashley para o dormitório dela, com a desculpa que eu estava com dor de barriga. Sem o que fazer apenas deito na cama e tento dormir na esperança de no dia seguinte meu corpo ter voltado ao normal.
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