#Corno #Gay #Traições

Névoa de Desejo

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Kenochifrudo

O ar na sauna era tão espesso que parecia vivo, um véu quente e úmido que acariciava a pele como dedos invisíveis. O cheiro de eucalipto misturado ao suor humano pairava no ambiente, intoxicante, enquanto o som de gotas d’água pingando dos canos ecoava em um ritmo hipnótico. Lucas estava sentado em um banco de madeira polida, a toalha branca úmida colando-se às suas coxas, o calor fazendo sua pele corar. Ele não conseguia desviar os olhos de Thiago, seu namorado, que se movia pelo corredor estreito da sauna com uma confiança que beirava a arrogância.

Thiago era um espetáculo à parte. Seu corpo, esculpido por horas de academia, brilhava com uma camada fina de suor, cada músculo desenhado com precisão sob a luz âmbar que tremulava nas paredes de azulejos. A toalha azul que ele usava estava amarrada frouxamente na cintura, deixando à mostra a curva do quadril e uma tatuagem pequena, um desenho de linhas geométricas que Lucas conhecia de cor. Mas o que mais prendia Lucas era o olhar de Thiago — aquele brilho travesso, quase cruel, que prometia coisas que faziam o coração de Lucas disparar.

Eles haviam planejado isso por semanas. Conversas sussurradas na penumbra do quarto, confissões entre beijos, desejos que Lucas mal conseguia nomear no início. Ele queria ver Thiago com outro homem. Queria sentir o ciúme ardente misturado à excitação de ser apenas um espectador, de deixar Thiago brilhar enquanto ele permanecia nas sombras. A sauna gay, com suas regras tácitas e atmosfera carregada de possibilidades, era o palco perfeito para essa fantasia ganhar vida.

Lucas ajeitou a toalha, o tecido áspero roçando contra sua pele sensível. Ele observava Thiago parar perto da entrada da sala de vapor, onde a névoa escapava em volutas preguiçosas, como fumaça de um ritual proibido. Foi então que o outro homem apareceu. Alto, com ombros largos e uma presença que parecia sugar o ar ao seu redor, ele estava encostado na parede, a pele morena reluzindo como bronze polido. Tatuagens intricadas cobriam seu peito e desciam pelo braço esquerdo, serpenteando até o pulso. Seus olhos, escuros e penetrantes, encontraram os de Thiago, e um sorriso lento se formou em seus lábios.

Lucas sentiu um aperto no peito, uma mistura de ansiedade e desejo tão intensa que quase o fez levantar do banco. O estranho era tudo o que ele imaginava — dominante, magnético, o tipo de homem que não pedia permissão. Thiago inclinou a cabeça, deixando o cabelo castanho úmido cair sobre a testa, e respondeu ao olhar com um sorriso provocador. Eles começaram a conversar, as vozes abafadas pelo zumbido constante da sauna, mas Lucas captava fragmentos: uma risada grave do estranho, o tom brincalhão de Thiago, o som de um convite implícito.

O estranho deu um passo à frente, encurtando a distância. Sua mão tocou o ombro de Thiago, um gesto aparentemente casual, mas carregado de intenção. Os dedos deslizaram lentamente, traçando a curva do músculo, e Lucas notou como Thiago não recuou — pelo contrário, ele parecia se inclinar para o toque, o corpo relaxado, mas alerta. Lucas mordeu o lábio inferior, o calor da sauna amplificando cada sensação em seu próprio corpo. Ele podia ver o brilho nos olhos de Thiago, a forma como ele jogava a cabeça para trás quando ria, expondo o pescoço forte, vulnerável.

Thiago virou-se por um momento, procurando Lucas no canto onde ele estava. Seus olhares se cruzaram, e o mundo pareceu pausar. Havia uma pergunta silenciosa naquele olhar, uma última chance para Lucas recuar. Mas recuar era a última coisa que ele queria. O ciúme que queimava em seu peito era apenas uma parte da equação; a outra era o desejo cru, quase avassalador, de ver Thiago se entregar, de testemunhar seu prazer como um segredo compartilhado. Lucas respirou fundo, o ar quente enchendo seus pulmões, e assentiu lentamente, os olhos fixos nos de Thiago.

O sorriso de Thiago foi como uma faísca. Ele voltou sua atenção para o estranho, e os dois trocaram mais algumas palavras antes de o homem tatuado gesticular para a sala de vapor. A porta de vidro embaçado rangeu ao ser aberta, liberando uma nuvem densa de vapor que engoliu os dois enquanto entravam. A porta se fechou com um som abafado, e Lucas ficou sozinho com seus pensamentos, o coração martelando como um tambor.

Os minutos que se seguiram foram uma eternidade fragmentada. Lucas imaginava cada detalhe do que poderia estar acontecendo na sala de vapor. Ele via, em sua mente, o corpo de Thiago contra o azulejo quente, o estranho se aproximando, o vapor envolvendo os dois como uma cortina que escondia e revelava ao mesmo tempo. Ele imaginava os sussurros, os toques, a forma como Thiago poderia gemer baixo, um som que Lucas conhecia tão bem. Cada imagem era uma punhalada de ciúme, mas também uma onda de excitação que fazia seu corpo tremer.

Ele fechou os olhos por um instante, tentando se concentrar no som da sauna — o pingar da água, o murmúrio distante de outras vozes, o crepitar ocasional de um cano. Mas tudo o que conseguia ouvir era o eco de sua própria respiração, rápida e irregular. Quando abriu os olhos, viu uma sombra se mover do outro lado da porta de vidro. Seu estômago deu um salto. Será que era Thiago voltando? Ou era apenas sua imaginação, brincando com ele na névoa?

Quando Thiago finalmente emergiu da sala de vapor, o tempo pareceu desacelerar. Ele caminhava com uma lentidão deliberada, a toalha agora pendendo tão baixa que revelava a linha do osso pélvico. Seu cabelo estava molhado, colado à testa, e seus olhos brilhavam com uma satisfação que era ao mesmo tempo familiar e nova. O estranho não estava com ele, mas sua presença ainda parecia pairar, como um perfume que Thiago carregava na pele.

Thiago se aproximou de Lucas, sentando-se tão perto que seus joelhos se tocaram. O calor do corpo de Thiago era quase insuportável, uma extensão do calor da sauna, mas infinitamente mais pessoal. Ele não disse nada no início, apenas olhou para Lucas com aquele sorriso torto, os lábios entreabertos como se saboreasse um segredo.

"Você viu tudo o que queria?" Thiago perguntou finalmente, a voz baixa, rouca, carregada de uma intimidade que fez Lucas estremecer.
Lucas engoliu em seco, incapaz de encontrar palavras. Ele podia sentir o cheiro de Thiago — suor, eucalipto, e algo mais, algo que pertencia àquele momento. Ele estendeu a mão, hesitante, tocando o braço de Thiago. A pele estava quente, escorregadia, e aquele toque simples foi suficiente para reacender tudo o que Lucas sentia: o ciúme, o desejo, a conexão que os unia mesmo naquele jogo perigoso.

Thiago inclinou-se, seus lábios roçando a orelha de Lucas enquanto sussurrava algo que ninguém mais na sauna poderia ouvir. As palavras eram um convite, uma provocação, uma promessa de que aquela noite era apenas o começo. Lucas fechou os olhos, deixando o calor, o som e o toque de Thiago o consumirem, sabendo que haviam cruzado uma linha da qual não havia volta.

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