#Outros

Vizinhas

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Nota do Autor: Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real, é mera coincidência.
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Fevereiro 1992
Estou deitado na cama, só de sunga, nesta tarde quente e abafada de Macaé.
Não estou dormindo, mas estou em um estado catatônico, descansando cada célula do meu corpo, tentando refrigerar-me com o hálito de ar que move o pequeno ventilador apoiado na cadeira perto da cama.
De repente escuto bater na porta.
Isto não é bom.
No quarto mobiliado que alugo, já faz doze anos, é proibido receber visitas, portanto só pode ser a dona de casa.
E, já que eu sempre ando em dia com o pagamento do aluguel, deve ser um telefonema que recebi, e o único que me chama é meu chefe de trabalho.
Pronto: deu um pepino na plataforma, de onde desembarquei ontem!
Eu levanto, vou logo enfiando uma bermuda e uma camiseta, para atender à porta vestido em maneira decente.
Abro a porta e, como imaginava é dona Arlinda, a dona de casa.
Na casa dos setenta anos, miúda porém dinâmica, aluga quatro quartos de seu antigo sobrado para quatro rapazes, entre os quais eu, que acabo sendo o mais antigo hospede.
O aluguel não é tão barato mas eu venho a ter quarto arrumado, roupa lavada e comida caseira, na quinzena que passo em terra, entre um turno na plataforma petrolífera e outro.
- Boa tarde, dona Arlinda, pois não?-
- Carlos, telefone para você.-
- Obrigado, dona Arlinda.- respondo, já começando a descer a escada, para alcançar o aparelho telefônico que está na sala.
Pego o fone que está fora do gancho, e digo:
- Alô, aqui é Carlos.- já esperando escutar a voz do Farias, meu chefe.
Me surpreende, então de escutar uma voz feminina:
- Carlos, boa tarde, aqui é Lucélia, sua vizinha de Vassouras. Sinto muito, mas tenho más noticias. Seus pais tiveram um acidente de carro esta manhã. Infelizmente faleceram ambos. Meus pêsames.-
Eu demoro algum instante para digerir a notícia, depois pergunto maiores detalhes.
Me informa que o velório e enterro, que ela mesma está organizando, serão amanhã, deixando subentendido que eu terei que refundir seus gastos.
Eu agradeço e informo que hoje mesmo estou indo para lá.
Terminada a ligação informo à dona Arlinda do acontecido, avisando que estou viajando para Vassouras, subo para meu quarto, preparo minha mochila e pouco depois estou pegando estrada com meu Fusca.
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Nasci em Vassouras em 1957, minha mãe foi abandonada por meu pai, que porém deixou para ela, pelo menos, uma casa para morar.
Ela era costureira, e levava serviço para casa para sustentar-nos.
Eu me lembro de minha infância como um período agradável, indo à escola, onde eu era sempre o melhor aluno, e não brincando tanto como queria com os moleques na rua, devido ao meu caracter arisco.
A partir dos meus doze anos, comecei a ganhar um dinheirinho fazendo de babysitter, cuidando da filha justamente da dona Lucélia, nossa vizinha.
Ela era mãe solteira e trabalhava como recepcionista meio expediente na parte da tarde, e depois passou para horário integral, quando Miúcha começou a frequentar a creche de manhã.
Depois da oitava série, comecei a frequentar um curso profissionalizante, com o sonho de um dia ser engenheiro.
Não posso dizer que tudo ia às mil maravilhas mas, pelo menos, havia uma certa harmonia no meu lar.
Tudo virou de cabeça para baixo em 1974, quando minha mãe conheceu o João.
O João era mineiro e apareceu de repente na cidade no início do ano.
Não tenho a mínima idéia do que minha mãe viu nele, mas ele se insinuou, os dois acabaram namorando e, no meado do ano ele instalou-se lá em casa.
Eu mal suportava ele, e era bem mais do que o natural ciúme de filho.
Eu intuía que era um sujeito ruim, que só queria um encosto.
Em todo caso, nos primeiros meses, até que ele me tratou bem.
Marcaram o casório para o final do ano, que acabou caindo em concomitância com o vestibular do Cesgranrio, no qual eu punha todas minhas esperanças.
Participei, como padrinho de minha mãe e testemunha à cerimonia civil, no dia seguinte ao meu regresso da prova no Rio.
Eles saíram para uma breve lua de mel em Minas Gerais e, no enquanto eles estavam fora, foi publicado o resultado: eu tinha sido aprovado para o curso de engenharia do Fundão, e nos primeiros lugares.
Minha alegria, porém, durou pouco.
Voltando da lua-de-mel o João quis cortar minhas asas:
- Você passou no vestibular: parabéns. Não pensa, porem que a gente vai te sustentar. Você comeu de graça aqui em casa muito tempo e tem que retribuir. Olha eu estou te dando uma colher de chá: já falei com o Eustáquio. Semana que vem, você vai começar a trabalhar na oficina dele, e de carteira assinada. É claro que você, recebendo um salário, vai poder contribuir com as despesas de casa.-
As palavras dele fizeram-me ferver o sangue.
Não somente ele queria cortar meus sonhos, mas tinha o desplante de falar em contribuir para as despesas de casa, ele que era um encostado de marca maior, que intitulava-se de empresário, mas não fazia porra nenhuma.
A briga foi feia, e a gente teria partido para os tapas, se minha mãe, que chegara atraída pelos berros, não tivesse-nos separado.
E posso dizer: ainda bem, porque o João, muito mais forte do que eu, teria-me machucado feio.
Fui para meu quarto, catei minhas coisas e fui embora para o Rio, com somente minhas economias vindas dos trabalhinhos que fazia nas férias e de babysitter.
Chegando no Rio, fui procurar o dono de um bar na Cinelândia, conhecido de um professor meu.
Ele até que ficou contente de ter um reforço para o rush de final de ano e me contratou informalmente até janeiro.
Acabei trabalhando neste bar durante todo o período da faculdade, depois de alguns meses até com carteira assinada, pois o dono começou a ter problemas com a fiscalização do trabalho.
Trabalhava de terça à domingo de 18:00 à meia-noite, sendo que sexta e sábado o horário esticava madrugada adentro.
Aluguei um quarto mobiliado no centro e minha vida se resumia em ir de manhã para o Fundão, voltar para o centro no início da tarde, descansar e estudar até às cinco e meia, trabalhar meu turno ir dormir algumas horas.
No terceiro ano optei por cursar Engenharia Mecânica e, no final do quarto ano, fiz o concurso para a Petrobrás e passei.
Uma vez formado optei por trabalhar nas plataformas, mesmo que pudesse ter escolhido algum encargo em terra.
Me mudei para Macaé, e desde então alugo um quarto da dona Arlinda.
Três anos atrás acabei aceitando o Fusca 1972 que estou dirigindo, como pagamento de um empréstimo que um colega fizera comigo.
Não contatei mais minha mãe e não casei nem nunca namorei.
Tenho pretendentes?
Sei lá!
O meu caráter fechado e o ambiente com qual interajo não me ajudam nisto, não obstante possa ser considerado, seguramente, um bom partido: bom salário, boa poupança, e trabalho estável.
Posso também considerar-me bonito, se bem que deveria ganhar alguma massa muscular.
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Chego à minha cidade natal à noitinha e vou direto para casa de dona Lucélia.
Não vejo ela há dezessete anos e devo dizer que envelheceu bem.
Estimo que tenha uns quarenta e cinco anos, e está bem conservada.
Ela reconhece-me no ato, me abraça, me dá os pêsames, e se prontifica para acompanhar-me à funerária.
Chegamos lá e posso ver minha mãe.
Os maquiadores da funerária fizeram um ótimo trabalho, mesmo assim não posso deixar de ver que o tempo foi inclemente com ela.
Dou um beijo simbólico na testa dela e me afasto do caixão.
Nem chego perto do caixão do João pois ainda estou tão ressentido com ele que teria vontade de cuspir a cara dele e isto não pegaria bem.
Depois passo no escritório do dono da funerária para acertar as contas, e mudo um pouco o combinado pela dona Lucélia.
O velório de amanhã será somente para minha mãe e os enterros serão separados.
O dono da funerária no início acha isto estranho, mas logo percebe que meu ódio pelo João é tanto, que não vou perdoa-lo nem depois de morto.
Levo de volta dona Lucélia para casa e, no carro, ela me diz que compreende meu sentimento respeito o João.
- Realmente era um mau caráter. Não ajudava nada em casa, e chegou a insinuar-se tanto para mim, como para Miúcha. Certo dia eu tive que dar-lhe um bofetão ele esteve a ponto de revidar, mas percebeu que se o fizesse eu ia denunciar ele. Porque também covarde era.-
- Ele batia na mãe?-
- Ela nunca queixou-se, mas acredito que sim.-
- Tá bom! Não vamos mais falar nisto. Agora ele está ardendo no inferno, o lugar dele!-
Chegamos na frente da sua casa, ela me dá as chaves de minha casa e me convida para entrar na casa dela.
- Miúcha já deve ter chegado. Sabe que ela se lembra ainda de você.-
- E eu me lembro dela: uma menininha simpática e tagarela também!- digo eu rindo pela primeira vez neste dia funesto.
- Agora virou uma moça pra lá de bonita. È esteticista e trabalha em um salão de beleza aqui na cidade. È cheia de pretendentes, mas ela é muito exigente.-
- Agradeço o convite, mas hoje estou bastante cansado. Fica pra próxima.-
Lucélia entra na casa dela, eu abro o portão e coloco o Fusca no lugar do Chevette do João, obviamente comprado com o dinheiro de minha mãe.
Este carro foi totalmente destruído no acidente desta manhã.
Entro em casa.
A casa é bem simples especialmente no acabamento e se nota que falta manutenção.
O piso é em cimento queimado em todos os cômodos, as paredes estão mal rebocadas e a instalação elétrica tem fios aparentes.
A casa tem três cômodos, além do banheiro.
A entrada é na sala/cozinha e neste cômodo também tem a máquina e a mesa de costura, fonte de renda da mãe.
O meu pequeno quarto virou depósito de bagunças, no enquanto o quarto que minha mãe dividia com o João é um pouco mais bem conservado.
Me recuso, porém, deitar na cama onde até ontem dormia o meu padrasto.
No meu quarto acho o colchão de solteiro de minha juventude, abro um espaço no chão e estendo-o aí mesmo.
Amanhã vou ver de montar a cama, cujas peças estão num canto do quarto.
Na geladeira da cozinha acho alguma coisa para comer, depois deito no colchão e durmo feito pedra.
De manhã bem cedo vou para funerária, para o velório.
Não tenho que organizar nada já que a funerária cuida de tudo.
Como eu pedi, só tem um caixão e espero não chegar a ver mais meu padrasto nem dentro de um caixão.
Começam a chegar as pessoas para o velório, a maioria vêm rapidamente dá os pêsames e vai trabalhar, um pouco mais tarde do que eu pensava chega dona Lucélia.
Ela vem repetir os pêsames e vai cumprimentar conhecidos que estão na sala.
Logo atrás dela aparece uma belíssima moça.
Nem gorda nem magra, mas cheia de curvas e peito generoso, tem uma cara muito bonita, cabelos castanhos curtos, muito bem cortados com luzes em tom claro.
Veste um vestido elegante, preto com a saia que termina pouco acima do joelho.
Ela chega perto de mim, me abraça, e me diz:
- Meus pêsames, Carlos.-
- Obrigado...-
- Miúcha, eu sou a Miúcha.-
Não consigo deixar de dizer:
- Puxa, Miúcha, como você cresceu!-
- Você continua o mesmo, Carlos, só ficou mais bonito, mais homem!-
Eu devo ter ficado vermelho, pois vejo um sorriso aparecer na cara da Miúcha.
- Deixo você cumprimentar as pessoas, depois falamos.- e vai para perto da mãe.
De fato começa a aumentar a afluência de gente.
A maioria veio por causa de minha mãe, uns poucos, vieram ver o João, como seu amigo Eustáquio.
Estes vão xingar-me pelas costas, mas isto não me interessa.
Termina o velório e vamos em cortejo, a pé pois o cemitério é bem próximo ao velório.
Terminado o enterro, convido dona Lucélia e a Miúcha a almoçar comigo em um restaurante.
Lá me interrogam respeito a minha vida.
Vejo que quando digo que não tenho nem esposa nem namorada, os olhos da Miúcha brilham.
Eu não pergunto nada, mas ele é pronta em informar que também é descompromissada, pois Gilberto, o namorado que tinha, um estudante de medicina na faculdade local, voltou para terra dele, no Mato Grosso do Sul, e os pais dele queriam coisa melhor como nora.
Vejo os olhos dela faiscar de ódio quando me diz isto.
Quando me perguntam o que eu vou fazer nos próximos dias, eu consigo responder com precisão pois, como bom engenheiro, já planejei tudo esta noite.
Vou contratar um engenheiro civil e uma firma de construção para reformar totalmente a casa, vou também mandar revisar totalmente o carro, pois ele apresentou algumas falhas na viagem para chegar a Vassouras.
Terminado o almoço deixo minhas acompanhantes nos respectivos trabalhos e vou à busca de um escritório de engenharia.
Logo acho o Santos, um engenheiro civil, levo ele para minha casa e mostro o trabalho a fazer.
Depois voltamos para o seu escritório, ele calcula o orçamento e fazemos um contrato formal para a reforma que começará semana que vem e durará quarenta dias.
Dá tempo para eu passar em uma oficina mecânica, obviamente não a da Eustáquio, onde inspecionam meu carro e me dão um orçamento para uma revisão geral, incluindo troca de motor.
Já deixo o carro lá e volto de taxi para casa.
Chegando vou para a venda na esquina e compro o necessário para comer nestes dias.
Chego em casa e passo o tempo montando minha cama.
O trabalho demora por eu não achar as todos os parafusos e as ferramentas adequadas, mas mesmo assim consigo realizar uma montagem meia boca, que não vai me deixar na mão os poucos dias que vou ficar.
Acabei de colocar o colchão encima do estrado, quando escuto bater palmas no portão.
Quando vou atender vejo que é a Miúcha.
Ela esta de short e camiseta, que evidenciam suas pelas pernas e peito generoso.
Vou abrir o portão e ela me dá dois beijinhos.
- Mamãe está convidando você para jantar lá em casa.-
No início reluto um pouco, mas diante da insistência dela, acabo aceitando.
Fecho a casa e sigo ela até a casa vizinha.
Já conheço a casa pelo muito tempo que passei aqui, brincando com Miúcha.
A casa, de planta bastante similar à minha, é bem acabada e bem conservada, não tendo comparação com o estado da minha moradia.
Lucélia também está trajando short e camiseta e exibe pernas sem nenhum defeito.
Me dá dois beijinhos e posso notar que está cheirosinha como a filha.
A janta está pronta e logo sentamos à mesa.
Eu informo elas sobre minhas atividades de hoje.
- Assim que você vai reformar a casa.- comenta Lucélia.
- Sim! Não faz sentido deixa-la neste estado. Assim, de vez em quando, poderei vir na minha quinzena livre.-
- Vem sim, que estaremos esperando você de braços abertos.- me diz Lucélia.
- E o Fusca?- pergunta Miúcha.
- Vão entregar-me na terça-feira, totalmente revisado. Terça também vou voltar para Macaé.-
- Que pena!- diz Lucélia - Mas pelo menos você estará aqui no fim de semana: domingo vamos fazer um programa juntos. E não tem discussão.-
Durante a janta conversamos bastante, relembrando o tempo em que eu cuidava da Miúcha.
Fico surpreso de quantas lembranças ela tem, considerando a idade que ela tinha.
Afinal de contas quando eu fui para o Rio ela tinha apenas cinco anos.
Também fico espantado de não ter ficado perturbado com a beleza exuberante da Lucélia na época.
Talvez por eu considera-la "dona Lucélia", uma mulher de maior, mas no fundo ela só tem dez anos a mais do que eu.
Termino o jantar confuso.
Eu sou virgem, mas não totalmente ingênuo, e me parece que ambas estão jogando charme sobre mim.
A janta à noite na casa da Lucélia se repete na sexta e no sábado, e devo dizer que eu não acho nada ruim nisto.
Toda a noite mãe e filha se exibem para mim, e eu fico neste suplício de Tântalo entre as duas.
Domingo, depois que as duas voltam da missa, Miúcha vem chamar-me.
Eu convido as duas para comer-mos fora.
Conseguimos um taxi e vamos para uma churrascaria.
Depois voltamos para casa da Lucélia.
Lá se trocam colocando as roupas de casa, que bem mostram seus belos atributos.
Passamos a tarde inteira jogando banco imobiliário, rindo, brincando e bebericando um whisky doze anos que comprei no supermercado.
A um certo ponto, com a língua solta pelo álcool, tanto a mãe como a filha fazem confidências picantes sobre suas vidas sexuais.
Venho então a saber que Lucélia não é nenhuma santinha.
Tem muitos namorados e uma vida sexual bem ativa.
- Eu não me junto a nenhum deles porque o que tem de homem "encosto", que nem o João, não está no gibi! Agora, não posso negar que ter uma pica a disposição, para preencher os buracos, é tudo de bom.-
Miúcha ri e retruca:
- É verdade, mamãe. Já eu perdi dois anos sendo fiel à aquele babaca do Gilberto. Se bem que não posso queixar-me da pica dele. Grande e grossa, e sabia usar. O único problema é que ele era tarado em cu.-
- Vamos convir que não é um grande problema, não conheço um homem que não seja. E pelo resto é só relaxar e aproveitar.- diz Lucélia.
- Você tem razão, mamãe. Resta o fato que quando o Gilberto foi embora, fiz uma reza para que ele casasse com uma mulher que não liberasse o briocó.-
Eu fico de pau duro só em escutar esta confidências.
- Mas, Carlos, você deve pensar que foi parar em uma casa de devassas.- exclama Lucélia.
- Claro que não! Aqui somos todas pessoas de mundo!- digo eu diplomaticamente.
Jantamos uma sopinha e eu me retiro para minha casa, não obstante o protesto das duas.
Segunda de manhã chega o engenheiro, o mestre de obra e os pedreiros e já começam a tirar os móveis, que irão em um depósito, destelhar a casa e destruir o piso.
Eu fico acompanhando a obra até o final do dia.
Os obreiros estão retirando-se, quando chega Lucélia do trabalho.
- Vem lá em casa, que já preparo a janta para gente.- me diz.
Eu sigo ela para sua casa.
Chegando lá ela põe uma panela no fogo e me diz:
- Fica olhando a panela que eu vou tomar um banho, que estou fedendo feito gambá.-
Ela volta pouco depois, com seu uniforme de casa e toda cheirosinha.
- Aqui em casa não somos tão chiques como você. Não tem whisky doze anos, mas tem uma branquinha.-
Assim dizendo serve uma dose de cachaça para cada um.
- Você dorme aqui esta noite! Está bem?-
- Na realidade eu estou pensando dormir em um hotel.-
- Bobagem! Você dorme aqui e fim de papo!-
Antes que eu possa protestar, chega do trabalho Miúcha.
Logo Lucélia informa para filha que eu vou passar a noite aqui.
Vejo os olhos dela brilhar.
Logo ela vai tomar banho e volta com seu traje de guerra.
Jantamos e elas me designam o quarto da Miúcha, que dormirá junto com a mãe.
Eu retiro-me no quarto da Miúcha, e deito na cama dela, com a dúvida se vou perder a virgindade esta noite.
Porém nada acontece e, depois de uma noite mal dormida, levanto quando escuto os primeiros barulhos na casa.
Fazemos turnos para o único banheiro, nos juntamos na mesa do café da manhã e saímos juntos da casa.
Vamos para o ponto e pegamos todos o mesmo ônibus que nos leva para o centro.
Descemos no mesmo ponto e tanto Lucélia como Miúcha me abraçam forte.
Ambas me dão o numero de telefone de seus trabalhos, para eu informar quando eu for voltar.
Vou para oficina e, depois de uma boa espera, entregam-me o Fusca, ainda antes do almoço.
Resolvo já partir para Macaé, aonde chego no final da tarde.
Passo o resto dos dias de folga morgando e finalmente embarco no helicóptero que me leva à plataforma.

Abril 1992
Finalmente ficou pronta a reforma da casa.
Fiquei em contato telefônico tanto com o engenheiro, como com a Lucélia.
Assim fiquei sabendo do andamento dos trabalhos, e tão logo desembarco, preparo minha mochila e parto para Vassouras.
Chego à noitinha e vou direto para casa.
A meu pedido. o engenheiro já mandou fazer faxina, trazer meus móveis do depósito, e montar minha cama, assim tenho onde passar a noite.
Mesmo assim vou fazer uma visita de cortesia para minha vizinha.
Quando bato as palmas, quem aparece é Lucélia.
Está linda com seu short e camiseta.
Ela vem ao portão, me abraça forte, fazendo-me sentir o macio toque de seus peitos contra meu ventre.
- Vem, Carlos, entra! Você já jantou?-
- Muito obrigado, já jantei sim. Só vim avisar que já cheguei. Não quero atrapalhar.-
- Carlos, você é de casa, não atrapalha. Vem, que te ofereço um café.-
Uma vez sentado à mesa, com a xícara de café na frente, pergunto:
- E a Miúcha?-
- Ela saiu com o Pedro, seu novo namorado.-
Assim dizendo me olha, fazendo um gesto como a indicar: "a fila anda".
Eu fico bastante frustrado por dentro, mas tento disfarçar bem.
Na realidade eu acho que a Miúcha foi o mais perto que eu cheguei a ter uma namorada, em toda minha vida, e eu sonhava em ter coragem de declarar-me durante esta estadia.
Tomado o café eu peço licença para retirar-me, alegando que estou cansado pela viagem.
Ainda chego a rejeitar, educadamente, o convite de Lucélia para desjejuar amanhã com elas, e me retiro para minha casa.
Lá me deito em minha cama de solteiro e giro de um lado ao outro durante um bom tempo, remoendo-me pelo fato de ter perdido a ocasião de namorar com a Miúcha, quando ela praticamente tinha-se oferecido para mim, na minha anterior estadia.
Acabo dormindo, maldizendo minha timidez.
O dia seguinte espero a hora de minhas vizinhas irem para o trabalho, para eu sair de Fusca até o centro.
Chegando lá vou tomar café da manhã em uma padaria, depois vou para uma loja de departamentos, onde compro todos os móveis de eletrodomésticos que eu pretendo trocar.
Encarrego os atendentes da loja de arranjar um carreto para retirar os móveis dos quais eu vou me desfazer, e marcamos a entrega para amanhã, que é sexta, na parte da manhã.
Vou depois ao engenheiro, onde saldo o último pagamento pela reforma.
Almoço em uma lanchonete, passo a fazer alguma compra em um supermercado e volto para casa.
À noite eu como alguma coisa em casa, evitando ir para a casa da vizinha.
No meio da manhã seguinte chega o camião que traz os móveis, e são eles mesmos que carregam os meus usados.
Finalmente monto uma nova cama casal no quarto principal, com tanto de colchão novo.
O João já não mora mais aqui!
Almoço cozinhando algo no fogão, que acabei não trocando e, à tarde sento na nova poltrona da sala e fico lendo um livro que trouxe de Macaé.
Estou pensando o que eu vou preparar para janta, quando toca a campainha que mandei instalar no portão de entrada.
Abro a porta e vejo que é a Lucélia que veio visitar-me.
Vou abrir e ganho dois beijos e um abraço apertado.
- Entra, Lucélia, por favor.-
- Licença.- diz ela, já indo na direção da porta de casa.
Ela entra na sala e diz:
- Confesso que vim muitas vezes aqui durante a reforma, mas vejo que você trocou quase todos os móveis. Posso visitar?-
- É claro!-
Levo ela para visitar a casa.
Deixo por último o quarto principal.
Ela senta na nova cama e pergunta:
- É aqui que você dorme agora?-
- Sim.-
Ela faz uma expressão enigmática, levanta-se e me diz:
- Vem jantar lá em casa.-
- Obrigado, mas não quero incomodar.-
- Não é nenhum incomodo. Além do mais a Miúcha está um pouco ofendida porque você não foi visita-la ainda.-
- É que não quero incomoda-la, agora que tem namorado novo.-
- Que besteira! O Pedro ela namora há vinte dias, já de você ela gosta desde que se entende como gente.-
- Mas...-
- Nada de "mas"! Te espero em quinze minutos lá em casa.-
Quinze minutos depois estou lá.
Mal eu entro na casa, chega Miúcha.
Ela me dá dois beijos e abraça-me carinhosamente.
- Carlos! Que saudade de você! Mas tenho que te puxar as orelhas: você não me ligou nem uma vez!-
- É que eu liguei sempre para Lucélia.-
- Eu não sou Lucélia! Também você não veio visitar-me quando chegou!-
Estou para falar do namorado, quando penso nas palavras de pouco antes de sua mãe.
- Peço desculpas.-
- Desculpas aceitas! Agora vou tomar um banho, trocar de roupa e já volto.-
Ficamos na cozinha Lucélia e eu, conversando enquanto ele termina de cozinhar.
Ela me faz um monte de perguntas respeito o trabalho na plataforma, e eu fico feliz e conversar sobre um assunto que eu domino.
Quando volta Miúcha me cai o queixo de ver quão é bonita e sexy.
Está usando um top tomara que caia e uma diminuta minissaia em jeans, que põe à mostra suas calcinhas brancas a cada movimento.
Nos sentamos à mesa, e começamos a jantar.
O papo sobre meu trabalho continua por um pouco, depois Miúcha começa a perguntar-me sobre minhas namoradas.
Eu devo ter ficado vermelho como um pimentão, pois minhas anfitriãs começam a rir.
Saio pela tangente, desconversando, e Lucélia põe na mesa a cachaça e os copinhos, e diz:
- Um brinde à sexta a noite: amanhã não tem trabalho.-
- Só para você, mamãe, eu amanhã trabalho!-
- O que se pode fazer: a vida é injusta!- responde Lucélia.
Depois do brinde eu peço desculpas, e digo que já está na hora de me retirar.
Estranho que não tem nenhuma protesta por parte das mulheres, assim que pouco depois estou indo para casa.
Preparo-me para dormir e resolvo inaugurar a cama e o abajur novos, lendo meu livro deitado na cama.
Estou entretido com o livro quando abre-se a porta do quarto e entra Lucélia.
- Peço desculpas entrar aqui como uma ladra, mas o engenheiro deixou-me uma cópia das chaves, e não queria que você tivesse que levantar.-
Ainda em estado de choque pela surpresa, eu pergunto:
- O que aconteceu, Lucélia?-
- Nada de mais, é que eu acho que a cama precisa ser inaugurada como se deve.-
Eu fico sem palavras, enquanto vejo Lucélia tirar a roupa.
E gosto muito do que vejo.
Os volumosos peitos só são um pouco caídos, e tem grandes aureolas marrom, com bicos salientes e durinhos pela excitação, e a boceta é escondida por uma densa mata de pêlos negros.
Ela puxa a um lado o lençol e a manta que me cobrem e abaixa-me de uma só vez calção e cueca livrando meu pau que está começando a ficar duro.
Não tem nenhuma dúvida a cair de boca sobre ele e começa a fazer-me um boquete caprichado.
Em poucos instantes meu pau fica duro ela sobe mais um pouco, me tira a camiseta, se deita sobre mim e se esfrega, como para apreciar, com seu corpo, o meu corpo.
Sua boca procura a minha e me dá um beijo de língua caprichado.
Depois ela levanta seu busto, pega com a mão meu pau e o coloca dentro de sua boceta, acompanhando este gesto com um gemido de prazer, e começa a cavalgar-me.
De meu canto estou sentido sensações e emoções nunca antes vividas.
O pau sendo agasalhado pela paredes úmidas e séricas da boceta, minhas mãos experimentado a maciez incrível dos seios de uma mulher, o bico túrgido massageia a palma de minha mão, enquanto sinto o calor do corpo da fêmea e seus gemidos de prazer.
Tudo isto se junta para formar um orgasmo tão intenso como nunca.
Encho de esperma a boceta, com um grito libertador.
Ela cai encima de mim e recomeça a beijar-me tão intensamente, como se quisesse beijar minha alma.
Ela gira de lado, levando-me junto, e pouco depois estou possuindo ela à missionária.
Nas minhas estocadas, me deixo levar pelo instinto, e parece que a trepada é bem apreciada por Lucélia, pois recomeça a gemer pelo prazer, até abandonar-se em um grito, que eu interpreto como sendo seu clímax.
Gozo de novo eu também, e ficamos agarradinhos abraçando-nos.
Um leve toque sugere-me de rolar de cima dela.
Ela enxuga-se o suor na face, e diz:
- Nossa! Isto foi gostoso!-
- Eu que diga.-
Ela desce até minha virilha e começa a dar beijinhos no meu pau, agora já amolecido.
Logo ele começa a crescer de novo.
- Você sabe que teu pau é tudo de bom: grande e grosso, e parece que não nega fogo.-
Ela começa um lento boquete depois quando meu pau já está de novo em riste, me diz:
- Você merece um presentinho!-
Ela levanta-se vai até seu short, que abandonou no chão, e tira do bolso um tubinho.
Espalma um pouco do conteúdo no meu pau depois deita-se de bruços.
- Vem, meu garanhão. Vem comer minha bundinha. Lembra-se que o prazer é só seu, portanto aproveita bastante!-
Eu deito-me sobre suas costas, ela pega na mão meu pau e direciona a ponta para o seu cuzinho.
A entrada não é tão fácil, mas uma vez dentro consigo mover-me sem muita dificuldade.
Começo a enraba-la e rapidamente estou movendo-me como antes em sua boceta.
Como ela aconselhou-me me concentro em meu prazer, que a sensação mórbida de estar possuindo uma mulher contra a natureza, amplifica.
Debaixo de mim Lucélia, não está mais gemendo de prazer e só solta uns gritinhos quando dou golpes mais fortes.
Já gozei duas vezes, assim que a transa é mais demorada.
Gozo, colocando, instintivamente meu pau mais fundo possível em seu intestino, arrancando dela um gemido mais forte.
Fico descansando algum tempo sobre as costas de minha amante, enquanto meu pau é expulso do cu dela, e eu encho de beijinhos seu lindo pescoço.
Depois de um tempo, Lucélia propõe:
- Posso dormir aqui, contigo?-
- É claro!-
- Então, vamos nos lavar, antes.-
Vamos os dois no banheiro e, debaixo do chuveiro, brincamos e nos lavamos reciprocamente as costas.
Nos enxugamos com a mesma toalha, voltamos para a cama e nos deitamos nus.
Pela primeira vez na vida durmo de conchinha com uma mulher.
De manhã, quando acordo, é praticamente impossível resistir.
Penetro por trás sua boceta, depois de ter acordado Lucélia com beijinhos no pescoço e mordidinhas nos lóbulos das orelhas.
Ela acaba gozando pouco antes de mim.
- Nossa! Você sabe dar prazer a uma mulher!- comenta Lucélia enquanto se levanta.
- Agora, porém, vamos para casa que preciso preparar o café da manhã para Miúcha e para a gente.-
Nos vestimos e vamos para a casa vizinha.
Miúcha já levantou e está no banheiro.
Quando aparece, já vestida, na cozinha cumprimenta-me carinhosamente com um abraço e o mesmo faz com a mãe.
Terminado o café da manhã eu ofereço uma carona até o trabalho para Miúcha.
Depois de umas recusas pro forma, ela aceita de bom grado a carona.
Durante a curta viagem para o centro ela demonstra estar de bom humor, e parece não estar sentida de eu ter passado a noite com a mãe dela.
Volto correndo para casa, onde só estaciono o carro na garagem e já corro para a casa da Lucélia.
Chegando lá, ela me diz:
- Proponho um dia de puro sexo: vamos amar-nos até amanhã. A Miúcha vai passar a noite em um motel com o Pedro.-
Vamos para o quarto dela, nos despimos, ela se põe de quatro sobre a cama e me propõe:
- Que tal começarmos com meu cuzinho, que hoje de manhã você ainda não comeu?-
Começa então o primeiro round de uma maratona de sexo, que vai até altas horas da noite.
A um certo ponto, durante um descanso, eu pergunto para ela o que tinha acontecido na última noite da minha estadia passada, quando ninguém tinha aparecido no quarto em que eu estava.
- Aconteceu que estávamos as duas a fim. Não chegamos a um consenso assim que acabamos desistindo de vir visitar-te. Já desta vez, a Miúcha tem namorado, assim que deixou minha estrada livre. Felizmente, pois você é um amante de primeira.-
Arrisco, então, a fazer uma confissão:
- Lucélia, você sabia que eu era virgem até ontem?-
- E claro, meu amor, mas você aprende rapidinho.-
Na manhã seguinte Miúcha chega que estamos no quarto de Lucélia fazendo amor, com ela cavalgando-me.
Escutando o barulho da filha entrando, Lucélia sai de cima de mim e, sem vestir-se, vai para sala, para conversar com a Miúcha.
Dai à pouco ela volta para o quarto, dizendo:
- Miúcha já tomou café da manhã no motel. Vamos continuar.-
Passamos um domingo agradável, fazendo um passeio de Fusca, almoçando fora, e jogando banco imobiliário à noitinha.
Passo minha folga em Vassouras, lendo enquanto a Lucélia está no trabalho, e fazendo bastante amor quando ela está em casa.
Durmo com ela, no seu quarto, todas as noites.
Na véspera do fim de minha folga, viajo para Macaé, e passo uma única noite no meu quarto de lá.
Terminada minha quinzena embarcado, eu pego o Fusca e vou direto para Vassouras.
Chego que já é noite, estaciono o Fusca na garagem e já vou na casa vizinha.
Quem vem abrir-me e Lucélia.
Já é tarde, e ela está de camisola.
Me dá um abraço e um quente beijo de língua.
- Mhm, que saudade de um homem nesta casa!-
- Saudades de você, Lucélia! Não vejo a hora de estar na tua cama!-
- Você não vai dormir na minha cama, não, meu amor.-
- Como assim?-
- Miúcha acabou de ser deixada pelo Pedro, e precisa dos braços do homem que sempre cuidou dela para que a afague.-
Eu fico de pedra, sem reação.
Eis que sai do seu quarto Miúcha.
Ela também está de camisola, linda e com ar de sono.
Vem perto de mim, abraça-me forte, me dá um beijo de língua pra lá de gostoso, pega na minha mão e me diz:
- Vem, meu amor, vem comigo.-
Me leva para o quarto dela, livra-se da camisola e das calcinhas e ajuda a despir-me.
O corpo dela chega a ser mais bonito do da mãe, e meu pau já se manifesta querendo entrar nela.
Deitamos na cama e eu possuo ela energicamente, precisando descarregar o tesão acumulado pela quinzena embarcado.
Gozo pela primeira vez na sua boceta, tão gostosa como aquela de sua mãe, mas bem mais estreita.
Depois de termos gozado pela primeira vez, ficamos trocando carinhos e conversando.
- Meu amor, você notou que nunca te chamei de tio?-
- É verdade!-
- Isto não é a toa não! Eu sempre gostei de você. E sempre soube que meu namoro com o Pedro estava fadado ao fracasso. Ainda bem que ele terminou logo comigo.- e ri.
- Agora acho que você merece meu cuzinho. Ah, quando você tiver vontade, pode pedir sem medo de ser feliz, que eu vou estar contente em satisfazer-te.-
Enrabo Miúcha à missionaria, e devo dizer que o cu dela é tudo de bom e ela encara a sodomia com muita mais paixão do que a mãe.
Fazemos amor ainda por umas duas horas, depois ficamos dormindo de conchinha até a manhã, quando encho a boceta dela uma última vez, por trás, como uso fazer nas manhãs.
Tomamos banho juntos, nos vestimos, desjejuamos com Lucélia e acompanho as duas para o trabalho.
Descanso durante o dia e a noite estou pronto para recebe-las de braços abertos.

Epílogo
Dezembro 1992
Já faz mais de seis meses que namoro com a Miúcha e estamos pensando casar-nos em meados do próximo ano.
Eu devolvi o quarto de Macaé, e agora saio direto da plataforma e vou para Vassouras de Fusca.
Na volta viajo madrugada adentro para chegar na hora de pegar o helicóptero.
Em Vassouras estou seriamente pensando em vender minha casa, pois praticamente moro na casa vizinha, no quarto da Miúcha.
Quando estou lá fazemos amor gostoso todos os dias.
A única exceção é o sábado durante o dia.
Neste dia eu levo Miúcha ao trabalho, volto para casa e faço amor gostoso com a Lucélia.
Miúcha sabe deste meu deslize, mas fecha um olho.
Afinal de contas somos uma família bem unida.
Fim

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