A vingança do tenente Garcia - 1

Decidi aventurar-me noutro registo, não sei se tenho algum talento para isto, mas digam se vale a pena eu continuar, ou acabo já por aqui.

Era um dia como os outros, o tenente Garcia, depois de um dia no quartel, ia para casa ter com a sua esposa.
Casados há apenas meses, tinham já um filho com 4 anos, eles se conheciam desde crianças, namoravam desde os 13 anos, aos 20, estavam organizando a sua vida, ele já no exercito, ela chefe de cozinha no seu restaurante, e dos pais dela, tinham comprado uma casa havia meses, estavam a decorar a casa com móveis, a comprar os eletrodomésticos...e passaram a viver na sua casinha.
Ela engravida, não fora um gravidez planeada, mas veio atrasar os planos de casamento, pelo menos mais 2 anos, e já o Francisco tinha nasci havia um ano quando os pais se casaram.
A vida corria bem a ambos, trabalhavam muito é certo, mas também aproveitavam casa segundo que passavam juntos para se amarem.
Normalmente o tenente Jerónimo Garcia, saia do quartel pelas 21h, e depois ia até ao restaurante O Cantinho da Maria, nome da sua esposa, e jantava lá, ajudava nalguma coisa que fosse necessário e depois acompanhava a sua esposa até casa.
Viviam tempos felizes, o pequeno Francisco ia ter uma irmã, a Maria estava grávida de 6 meses, andavam ocupados com a decoração do quarto da bebé, enfim o normal na vida de um casal que está grávido.
Naquele dia, estava tudo a correr normalmente, mas no restaurante entraram 5 homens, e começaram a causar confusão.
O tenente Garcia, observava tudo, sem intervir. Quando esses homens começaram a incomodar os outros clientes, ele intervém, tentando ser razoável, mas aqueles homens não eram razoáveis, foi necessário chamar a polícia.
Os homens foram levados á esquadra, o tenente Garcia também foi, apresentar a queixa e registar o seu depoimento.
Passou uma semana, tudo voltara a estar calmo, era cerca de 1h da madrugada, a hora normal de Jerónimo e Maria irem para casa, e quando estavam de mãos dadas a dirigirem-se para o carro, quando são interceptados no caminho, por aqueles 5 homens.
O tenente Garcia ficou logo em alerta...ele sabia que aquilo não iria terminar da melhor maneira, e colocou-se na frente de sua esposa e disse-lhe:

- VOLTA PARA O RESTAURANTE E TELEFONA PARA A POLÍCIA...
- VEM COMIGO, JERÓNIMO...

Entretanto os 5 homens rodearam eles, e um diz:

- OLHA OLHA...A PUTA PRENHA E O MARIDO CORNO...BOA NOITE...

Jerónimo olhava os homens, avaliava a situação...NÃO

- QUE QUEREM??? JÁ TEMOS PROBLEMAS QUE CHEGUEM ENTRE NÓS...
- ACHAS MESMO, CORNO??? NÓS NUNCA QUISEMOS PROBLEMAS...TU É QUE CHAMAS-TE A POLÍCIA... NÃO FOMOS NÓS...
- ESTAVAM A INCOMODAR AS PESSOAS...
- ESTAVAMOS A CONVIVER...NADA DE DEMAIS...MAS TIVESTE DE ESTRAGAR...NOSSO...CONVÍVIO... E AGORA VAIS PAGAR POR ISSO, MEU AMIGO.

Jerónimo sabia que aquilo ia acabar numa pancadaria entre ele e eles...e diz:

- OK...RESOLVAMOS NOSSOS PROBLEMAS ENTÃO...MAS DEIXEM ELA IR EMBORA...
- ORA AI ESTÁ UM APROPOSTA RAZOÁVEL...MAS SÓ TEM UM PEQUENO PROBLEMA...QUE PODE SER RESOLVIDO...SABES SOMOS 5 POBRES HOMENS COM NECESSIDADES AFETIVAS..PRECISAMOS DE SENTOR O CARINHO DE UMA MULHER...ESTAR ENTRE AS PERNAS DELA E ALIVIAR NOSSOS COLHÕES DO INCOMODO DE ESTAREM CHEIOS...ELA ATÉ ESTÁ PRENHA, É MAROTINHA, LOL...E SE ELA SE DEIXAR FODER, E TU A VERES, ELA A SEGUIR PODE IR EMBORA.
- N...NÃO...ISSO NÃO... diz a Maria assustada.
- ÉS MÁ...LÁ VAMOS NÓS TER DE SER DESAGRADÁVEIS... e ele tira uma pistola da cintura e aponta ela é cabeça de Jerónimo e diz... E SE NÃO COLABORARES...ELE...MORRE.

A Maria chorava pedindo:

- DEIXEM IR A GENTE...POR FAVOR...

Mas Jerónimo sabia que eles não iam deixar...e segura Maria atrás dele e diz:

- FAÇAM O QUE QUISEREM COMIGO, MAS DEIXEM ELA IR...
- ELA PODE IR QUANDO DER A BUCETA A NÓS 5...DEPOIS PODE IR...

Não havia maneira...e Jerónimo diz:

- SE LHE TOCAM NUM FIO DE CABELO, EU MATO OS 5.
- ENA ENA ENA...TEMOS AQUI UM FILHA DA PUTA DUM HERÓI...ESTOU JÁ TREMENDO...QUE MEDO...

E sem avisar dispara contra uma perna de Jerônimo, e este cai no chão, seguram a Maria, e o que deu o tiro no Jerônimo diz:

- AGORA...VAMOS PARA O RESTAURANTE...VÁ, OU ELA LEVA UM TIRO...

Jerónimo a coxear, abre a porta do restaurante, a Maria gritava e chorava...eles riam. Jerónimo tenta uma última coisa, apanhando um dos homens distraído, desfere um potente soco nele que o derruba no chão, mas antes que pudesse fazer mais alguma coisa, recebe um segundo tiro, na outra perna...e cai no chão.
E é levado para dentro do restaurante, amarrado a uma cadeira...os homens agarram na Maria, arrancam as roupas do corpo dela, e violam ela á frente dele...ele urrava de desespero, ela era violada uma e outra vez...levava murros na cara, eles batiam nela, enquanto a fodem...passam horas naquilo, ela não tem mais forças para resistir, eles fodendo ela, Jerónimo tentando tirar as cordas, mas não consegue...e no fim, eles, com a Maria caída no chão, pisam a cara dela, dão 3 ou 4 pontapés na barriga dela...ela desmaia.
O tal homem que disparou contra ele diz então:

- PRONTO...ESTAMOS SATISFEITOS...AGORA ELA PODE IR...
- FILHO DE UMA PUTA...EU VOU ACABAR COM A VOSSA RAÇA...
- NÃO VAIS NÃO...PORQUE VAIS MORRER AQUI...

E ele puxa fogo ao restaurante, deixando Jerónimo amarrado e a Maria inconsciente...Jerónimo grita desesperado tentando fazer a Maria acordar...ela não acorda...o restaurante está todo já a arder...Jerónimo desmaia, com o calor, por causa do fumo...
Acorda não sabe quanto tempo depois... está ligado por inúmeros fios e tubos...só vê um teto branco, está cheio de dores, mas tem um tubo enfiado na garganta...uma pessoa chega perto dele, é uma mulher e ela diz:

- CHAMEM OS MÉDICOS...ELE ACORDOU...

Pouco depois chegaram médicos, que falavam entre si, ele queria falar, perguntar pela Maria, mas não conseguia...finalmente uma médica ainda jovem, diz:

- PAREM...O PACIENTE QUER DIZER ALGUMA COISA...VOU RETIRAR O TUBO DA GARGANTA DELE.
- SENHOR JERÓNIMO...ESTÁ NO HOSPITAL, UNIDADE DE QUEIMADOS, HÁ 3 MESES QUE ESTÁ EM COMA INDUZIDO...TEM UM TUBO NA SUA GARGANTA, E EU VOU RETIRAR...SENTIRÁ UM DESCONFORTO, E NÃO VAI CONSEGUIR LOGO FALAR, TEM QUE ESPERAR UNS MINUTOS...OK, POSSO TIRAR??? PISQUE OS OLHOS UMA VEZ PARA SIM E DUAS PARA NÃO.

Ele pisca os olhos uma vez, e a doutora pacientemente, devagar...vai retirando o tubo...ele tosse muito, ela espera que ele se recomponha, e ele com a voz muito fraca e arrastada pergunta:

- MA...MARIA...EESTÁ...ONNDEE...MARIA...

A médica olha para os colegas e diz:

- SENHOR JERÓNIMO...ESTÁ NA UNIDADE DE QUEIMADOS DO HOSPITAL SANTA MARIA, HÁ 3 MESES...SEU CORPO SOFREU QUEIMADURAS GRAVES EM 60% DO CORPO...A SUA ESPOSA...ELA NÃO...SOBREVIVEU AO INCENDIO. LAMENTO.
- O...BE...BEBÉ...
- LAMENTO SENHOR JERÓNIMO...
- V...VÃO...EM...EMBORA...

Os médicos saíram do quarto...Jerónimo preferia ter morrido.
Os meses passam, e ele no hospital...quando lhe retiram as ligaduras da cara ele não se reconhece, parece um monstro...mal se consegue mexer, ainda não viu o seu filho, que está com os seus sogros.
O homem de 1,97m, musculado, parece agora um monstro...
Finalmente lhe dão alta, ao fim de 1 anos e 4 meses após o incêndio. Á sua espera tem os seus sogros com o seu filho, que mal o reconhece. O seu rosto está diferente, queimado... ele pede para ir á campa de Maria, e levam ele lá...e ele chora, até chorar lhe causa dores horríveis, e diz ao seu sogro:

- SANTOS... UERO FALAR CONSIGO A SÓS, POR FAVOR.
- SIM JERÓNIMO... ANA LEVA O MENINO, NÓS JÁ VAMOS.

E a avó leva o neto, e Jerónimo diz ao sogro:

- SANTOS...EU SEI QUE NÃO APANHARAM OS FILHOS DA PUTA QUE A MATARAM...
- NÃO SABES JERÓNIMO?
- QUE NÃO SEI...
- A POLÍCIA CHEGOU A PRENDER ELES...MAS SOLTARAM ELES...LOGO DEPOIS DE AQUILO TER ACONTECIDO, PRENDERAM ELES...MAS LIBERTARAM ELES...FALTA DE PROVAS...

Jerónimo afasta-se uns instantes e diz:

- SANTOS...CONHECE-ME DESDE QUE EU ERA UM GAROTO... SABE QUE EU VOU FAZER...
- SEI...VAIS MATAR ELES....
- VOU... ELES NÃO VÃO ESCAPAR, EU JÁ ESTIVE NO INFERNO...AGORA QUE LHE VOU CONTAR, SÓ EU E O SENHOR VAMO FICAR SABENDO...PODE CONTAR Á DONA JOANA, AFINAL A MARIA É FILHA DELA.

Jerónimo descreve o que se passou naquela noite, não ocultou nenhum pormenor da violação de Maria, nem do que se passou, e diz:

- JÁ ESTIVE NO INFERNO...VOLTO LÁ AS VEZES QUE FOREM PRECISAS, MAS AQUELES HOMENS...VÃO COMIGO...PROMETO SANTOS, ELES VÃO. JURO AQUI NA CAMPA DO MEU AMOR QUE ELES VÃO PAGAR POR ISTO...AINDA BEM QUE ESTÃO LIVRES...MAS ELES VÃO PAGAR...POR FAVOR TOMEM CONTA DO MEU FILHO...É TUDO QUE TENHO NA VIDA...ISSO E A VINGANÇA...
- FAZ O QUE TIVERES DE FAZER, FILHO...O MENINO ESTRÁ BEM COM A GENTE.
- SANTOS...EU VOU TER DE DEIXAR QUALQUER HUMANIDADE QUE TENHA DO MEU CORPO...NÃO SEI SE MAIS ALGUMA VEZ NA VIDA ME VERÁ...EU SÓ LHE DIGO ISTO, EU AMO A SUA FILHA, AMAREI ELA SEMPRE...ELA COMPLETAVA-ME...VI ELA SER VIOLADA...ESPANCADA...ARRANCAREM A NOSSA MENINA A PONTAPÉ DA BARRIGA DELA...ELES NÃO SÃO PESSOAS...MAS PROMETO QUE EU VOU FAZER ELES SOFRER...PEDINCHAR...NÃO ME VAI BASTAR DAR UM TIRO NELES...
- EU SEI, JERÓNIMO...E SE PRECISARES DE MIM...
- CUIDE DO MEU FILHO...FAÇA DELE UM BOM HOMEM...EU AGORA...NÃO SOU CAPAZ.
- FAZ O QUE TIVERES DE FAZER...E VOLTA PARA ELE...ELE PRECISA DE UM PAI.
- SE VOLTAR...NÃO SEI SE SEREI UM BOM PAI...MAS VOU TENTAR. AGORA...PRECISO DE IR.

E estendeu a mão ao seu sogro e ele abraçou ele, e diz:

- FAZ ELES PAGAREM MEU FILHO...ELES MASSACRARAM A MINHA PRINCESA...
- PROMETO...

E Jerónimo vai embora... ele só quer reencontrar uma pessoa agora no mundo.
Houve uma mulher, que o ensinou a ser implacável, frio, calculista, impiedoso, a sua madrasta.
Há anos que não se falam, mas ela esperava-o, ele a havia rejeitado, mas ela sabe que agora ele precisa dela, e ela vai fazer ele pagar por isso.
Ela mora no meio das montanhas, sozinha mais os seus animais, os únicos seres de quem ela gosta. O outro ser foi o pai de Garcia, e ela o amou e cuidou, viu ele a definhar com o cancro que lhe até os ossos roeu, cuidando dele sozinha, limpou ele das fezes, alimentava-o á boca...e á noite satisfazia ele sexualmente, e depois deitava-se que nem uma gatinha aninhada nele. Ele foi o único homem que a amou, que a entendeu como ela é, uma assassina, fria, sem nunca sorrir, limpando o mundo de alguns homens e mulheres que só empestam a atmosfera com o seu respirar.
O Jerónimo...bem esse rapaz...nunca gostou dela, mas ela gostava dele, via nele aquele olhar de assassino, que ele procurava esconder, que ele necessitava esconder de todos, mas que dela não conseguia, talvez fosse esse o motivo porque não gostava dela.
Mas agora ele precisa dela...e vai ter á casa dela, ela observa as luzes do carro a chegar...sorri, sabe quem é...está sentada no seu alpendre, quando ele para o carro, e sai de dentro dele.
Ela não evita fazer uma cara de repulsa quando vê a cara dele...está completamente desfigurado, mas não lhe dá pena, ela não é mulher de sentir pena de ninguém.
Ele para a escassos metros dela, ela está na mesma, magra, seca, braços musculados, aqueles olhos verdes claros, os cabelos longos pretos como carvão, os lábios grossos, a pele bem bronzeada, as mamas grandes, imponentes, a barriga seca, ancas largas e cintura fina...ao lado dela tem a espingarda que a acompanha para todo o lado.
Ela olha-o.e diz:

- A TUA CARA ESTÁ HORRÍVEL, PARECES UM MONSTRO.
- EU SEI...
- ESTAVA Á TUA ESPERA...SABIA QUE PRECISAS DE MIM, GARCIA.
- EU SEI QUE ME ESPERAVAS, ANA.SABES QUE QUERO DE TI.
- SIM SEI...E PORQUE HAVERIA DE TE AJUDAR, GARCIA?
- NÃO SEI...NEM ME INTERESSA...SE QUISERES QUE EU SUPLIQUE EU SUPLICO...SE QUISERES SABER QUE ESTOU CHEIO DE DORES E A SOFRER, EU SEI QUE TE ESTÁS CAGANDO PARA ISSO.
- E NÃO QUERO SABER MESMO...O TEU QUARTO É O MESMO, LIMPAS E ARRUMAS AQUILO, AMANHÃ FALAMOS. AGORA VOU CAÇAR.

E lá foi ela, para a escuridão da noite, e o Garcia entra na casa, vai para o seu quarto, está como o deixou na última vez...no dia em que o seu pai morreu, e depois de o enterrar mais a Ana, ele foi-se embora, e deu-se como voluntário no exercito, e lá impressionou os militares com a sua frieza em situações limite...aquilo não era nada perto do que a Ana o fez passar, desde os 13 anos até aos 19 anos.
Ele deita-se na cama...adormece em seguida.
Acorda ainda o sol não havia nascido, e vai até á cozinha da casa, a Ana está já a comer o pequeno almoço, nem olha para ele, ele vai ao armário, tira uma caneca, enche ela com café, senta-se na cadeira, e come o pequeno almoço em silêncio.
Ana diz:

- METE DÓ OLHAR PARA ESSA CARA...NÃO VAIS FAZER NADA QUANTO A ISSO???
- MAIS TARDE.
- COM ESSA CARA NÃO PASSAS DESPERCEBIDO...
- EU SEI.
- VAIS TRATAR DISSO...NÃO TENS DINHEIRO PARA AS OPERAÇÕES???
- TENHO, NÃO PRECISO DO TEU DINHEIRO.
- MUITO BEM...VAMOS LÁ VER SE ESTÁS EM FORMA...VAI ATÉ Á CORDILHEIRA, EVOLTA...TENS 1H, SE LEVARES MAIS PODES IR EMBORA.

Garcia levanta-se da cadeira, lava a caneca, e limpa-a com um pano, e a Ana diz:

- TENS 57 MINUTOS.

Ele sai da casa, estica os músculos, olha observa-o, e depois de ele começar a correr, ela vai ao seu escritório, e no PC ela faz uma pesquisa, em seguida agarra no telemóvel e liga para um homem.
Esse homem está num enorme escritório, um dos seus telemóveis toca...só duas pessoas no mundo têm aquele numero, a sua esposa e a ... Diana.
Ele atende e diz:

- AFINAL ESTÁS VIVA...E QUE QUERES?
- OLÁ SCORPION...SABES EU DECIDO QUANDO MORRO. SABES QUEM CHEGOU ONTEM AQUI, NÃO SABES?
- SEI...O TEU AFILHADO.
- PRECISO DE TI...ELE...
- SEI, ELE QUER VINGANÇA...EU TAMBÉM QUERERIA.
- ELE PARECE DIFERENTE, MAIS FRIO DO QUE COSTUME... DEU-ME MEDO O OLHAR DELE.
- A TI??? DEU-TE MEDO???
- O OLHAR DELE...É DE UM HOMEM SEM ALMA.
- SOUBESTE DO QUE SE PASSOU...
- SEI MATARAM A MULHER DELE, NUM INCENDIO. E ELE FICOU QUEIMADO EM 60% DO CORPO.
- ANA...A MULHER DELE ESTAVA GRÁVIDA, MATARAM O BEBÉ NA BARRIGA DELA A PONTAPÉ Á FRENTE DELE, SEM ELE PODER FAZER NADA.
- COMPREENDO...COITADO...
- GOSTAS DELE NÃO GOSTAS??
- SABES BEM QUE SIM. EU PRECISAVA...
- EU SEI QUE PRECISAS...EU ENVIO ISSO DAQUI A UNS MINUTOS.
- ADEUS, DIANA...PENA TERES DEIXADO DE ESTAR NO ATIVO.
- EU SEI...ADEUS SCORPION.

Ela desliga...faltam 23 min para chegar a hora...ela agarra nos binóculos e vê ele já regressando...sorri...o ódio faz milagres.
Garcia chega exausto, escorrendo suor, 5 min antes da hora...Ana olha-o e diz:

- MUITO BEM, ESTÁS EM FORMA.
- QUANDO COMEÇO O TREINO?
- AGORA...MAS ANTES ESPERA.

Ana avança para o Garcia, ela é da mesma altura dele, e sem ele esperar, abraça-o, nunca o fizera antes, e diz:

- AGORA VAMOS COMEÇAR...

E abraçada a ele faz-lhe golpe que o projeta pelo ar, deixando cair ele a alguns metros de distância, e grita:

- A PIEDADE É PARA OS FRACOS, GARCIA...PELO AMOR DE DEUS NÃO APRENDESTE NADA COMIGO???

Garcia levanta-se do chão, sacode o pó.

- VEM...ATACA...

Garcia ataca, Ana defende-se, cada vez lhe custa mais defender-se dele, da fúria dele, mas essa fúria faz ele cometer erros e a Ana encarrega-se de os punir, dando-lhe uma sova, fazendo a cara dele escorre sangue.
Depois de horas lutando, ela diz:

- PARA POR AGORA...VAI FAZER O ALMOÇO.

Ela vai ao escritório tem um email com as informações que Scorpion lhe envia...ela depois imprime ele, e lê atentamente as fichas daqueles homens. Chega-lhe ás narinas um aroma fabuloso, ela sorri, ele sempre foi um ótimo cozinheiro, ela não se admira nada ele ter-se apaixonado por uma cozinheira.
Durante o almoço nada falam, comem em silêncio, e depois ela diz:

- GARCIA...AGORA VAMOS NOS CONCENTRAR...LÊ.

E atira para cima dele uns papeis...eram os homens que mataram a Maria...ele confirma.

- SÃO ESSES CÃES, QUE EU VOU MATAR.
- MUITO BEM... SÃO HOMENS PODEROSOS...
- POUCO ME IMPORTA.
- OK...AGORA AGARRA NUMA GARRAFA DE ÁGUA E VAI PARA A MONTANHA...VOLTA DAQUI A UMA SEMANA. PODES LEVAR UMA FACA PARA CAÇARES.

Garcia vai em seguida...Ana observa ele a escalar a montanha pelos binóculos. Há noite observa a fogueira que ele fez...bom menino diz ela.
Ele assa na fogueira dois esquilos que matou, prepara o seu abrigo, com ramos. Ele olha as estrelas...pensa na Maria, chora...
Durante uma semana ele está na montanha, sobrevivendo, até que retorna á casa de Ana.
Ela espera-o escondida... vai atacar ele de surpresa...mas Garcia já esperava o ataque dela, e consegue se desviar dela, e eles lutam selváticamente, sem quartel. Acabam suados, escorrendo sangue da boca...Ana sorrindo e Garcia também esboça um sorriso.
Passam semanas, e Garcia está pronto para regressar, a Ana sem lhe dizer nada faz a sua mochila, ele quando a vê, colocar a mochila no porta bagagens o carro diz:

- E OS ANIMAIS???
- HÁ QUEM TRATE DELES, EU TAMBÉM REGRESSO EM BREVE. VOU APENAS CUIDAR DE TI ENQUANTO ANDAS A TRATAR DESSA CARA DE MONSTRO.

Ele sorri e entra no carro e conduz até á cidade.
Vai para a sua casa, Ana entra na casa dele, e ele diz:

- PODES FICAR NO QUARTO DE HÓSPEDES, ANA.
- OK...

E ela vai para o quarto, deita-se na cama, observa o quarto, guarda a roupa nas gavetas da cômoda, em seguida vai dar um duche, e depois vai á cozinha e Garcia diz:

- AMANHÃ VOU SER INTERNADO, PARA AS CIRURGIAS PLÁSTICAS.
- MUITO BEM...OLHA JÁ QUE VAI TER CARA NOVA, PODES PEDIR PARA MELHORAREM UM POUCO A TUA ANTIGA CARA.
- OK, ANA...POSSO SÓ FAZER-TE UMA PERGUNTA?
- DIZ.
- PORQUE GOSTAS DE MIM???
- E QUEM DISSE QUE GOSTO DE TI???
- SE ASSIM NÃO FOSSE JAMAIS ME AJUDAVAS...SABES BEM QUE EU NÃO GOSTEI DE TI, QUANDO ERAS CASADA COM O MEU PAI.
- SIM EU SEI.
- MAS TU ME TREINASTE, QUANDO EU DISSE QUEREIA SER MILITAR...GARANTISTE QUE EU NÃO MORRIA, NUMA GUERRA QUALQUER, PELO MENOS DE MANEIRA ESTÚPIDA.
- BEM EU... Ana fica atrapalhada...a sua frieza natural fica reduzida a zero quando a entendem.
- ANA...NA ALTURA NÃO ENTENDIA...PERCEBO TUDO AGORA...SEI QUE AMAS O MEU PAI.
- PARA COM ESSA CONVERSA...NÃO ME SINTO BEM ASSIM.
- EU SEI ANA...PEÇO-TE DESCULPAS, POR TE TER TRATADO DAQUELA MANEIRA.
- NÃO HÁ NADA A DESCULPAR.
- HÁ SIM, EU FUI ESTÚPIDO. MERECES QUE PEÇA DESCULPA.
- OK...ESTÁS DESCULPADO...PORRA TANTA CONVERSA LAMECHA.
- EU SEI PORQUE VIESTE ANA... PARA PROTEGERES O MEU FILHO, ENQUANTO EU ESTIVER INTERNADO.
- ENA FICAS-TE INTELIGENTE...
- OBRIGADO, ANA. SABES APRENDI A GOSTAR DE TI.
- XI LÁ VEM OUTRA VEZ A CONVERSA DE...

Ela cala-se porque ele dá-lhe um beijo a cara, e sorri, e deixa-a sozinha, e vai-se deitar.
O atrevimento dele, pensa ela. Como se atreve a...e sorri...é o pai dele...se ele soubesse como é parecido com ele...
No dia seguinte ele vai para a clínica, e ela começa a vigiar discretamente o filho dele...é bom menino.
Os dias passam a semanas e semanas a meses...ela vai de vez em quando á sua casa, mas regressa passados dias, e finalmente o Garcia sai da clínica com o seu rosto reparado.
Ana espera-o junto do carro...aquele sim, ela reconhece ele como o Garcia que conheceu.
Garcia fica espantado com as roupas dela, casuais mas bem coladinhas ao corpo escultural dela, as mamas quase saindo pelo decote...os cabelos soltos, maquiada, ele diz:

- ANA...UAAAUUU...
- CHEGA DE CONVERSA...ISTO É UM DISFAR-SE TIVE DE ME VESTIR DE MAMÃE PARA PASSAR DESPERCEBIDA...
- OK...OK...
- JÁ VI QUE NÃO MELHORASTE AS TROMBAS...
- SE JÁ ERA PERFEITO, PARA QUÊ MUDAR...
- PERFEITO...BAH.

Ela ia conduzindo, e ele diz:

- E AS COISAS COMO ESTÃO???
- TEU FILHO ESTÁ BEM SEGURO. OS ASSASSINOS...CONTINUAM POR AI.
- EU SEI QUE SABES EXATAMENTE ONDE ESTÃO...E QUE FIZESTE PLANOS PARA ELES...
- A VINGANÇA É TUA, GARCIA...EU SÓ VOU PROTEGER TEU FILHO, MAIS NADA.
- OBRIGADO, ANA.
- NÃO ME AGRADEÇAS, AGRADECE AO TEU PAI.
- AGRADEÇO A TI, ANA.
- ESTÁ BEM...
- RESMUNGONA...
- GARCIA...GARCIA... OLHA QUE TE DEIXO A CARA OUTRA VEZ TODA LIXADA.
- EU SEI...MAS FICAS ADORÁVEL QUANDO TE ZANGAS.
- ESCUTA LÁ, TIRARAM-TE ALGUM BOCADO DO CÉREBRO, FOI???
- ADORÁVEL...

Ela revira os olhos...vão voltar á casa dela, treinar mais uns tempos.
Quando está pronto, Garcia, pede um favor a Ana:

- POSSO TRAZER PARA CÁ O MEU SOGRO, A MINHA SOGRA E O MEU FILHO?
- PODES...MAS ELES FICAM CÁ SOZINHOS...EU VOU CONTIGO.
- E VALE A PENA CONTRARIAR-TE???
- SE QUERES VIVER NÃO.
- EU VOU BUSCAR ELES AMANHÃ...TU EXPLICAS COMO ELES VÃO TARTAR DISTO, E 3 DIAS DEPOIS VAMOS...ESTÁ NA HORA DE PAGAREM.
- MUITO BEM.

Passados 3 dias eles estão a observar um dos homens...a família de Garcia está protegida na quinta.
Garcia treme quando vê o homem...a Ana diz:

- ESQUECE AS EMOÇÕES...ESTÁS AQUI PARA MATAR.
- EU SEI...MAS NUNCA SEREI COMO TU ANA...NÃO CONSIGO ESCONDER AS EMOÇÕES.
- POR ISSO EU VIM SEU BURRO...SE EU NÃO GOSTASSE TANTO DE TI...

Garcia baixa os binóculos...olha para Ana sorrindo...ela disfarça:

- QUE SE PASSA???
- QUE DISSES-TE , ANA???
- CHAMEI-TE BURRO...
- E...
- E O QUÊ???
- QUE GOSTAVAS DE MIM...
- PRONTO...EU DISSE...MAS SE PENSAS QUE TE VOU TRATAR COM MEIGUICE...
- ANA...SEMPRE ME TRATAS-TE COM MEIGUICE...Á TUA MANEIRA. TRATAS-TE DE TE ASSEGURAR QUE EU ESTARIA PREPARADO PARA TUDO.

Ela olha-o...e ia falar qualquer coisa, ma solha de repente para o assassino que estavam seguindo, e diz:

- OLHA...ELE VAI SAIR NO CARRO... VAMOS...SEGUE ELE.

Seguiram ele até uma enorme casa...saíram do carro para conhecerem melhor o terreno...haviam homens armados por todo o lado...câmeras de segurança...eles andavam disfarçando, lado a lado, estavam perto do portão, que tinha pelo menos 6 homens armados a vigiar o portão.
Este abre, um carro ia a sair...o assassino olha de repente para aquele casal, Ana reage ainda mais rápido e mete-se entre ele e o Garcia e beija na boca o Garcia...o carro afasta-se e eles se beijando na boca, e quando o carro está já bem longe ela diz:

- SEU BURRO...QUASE FOMOS APANHADOS...SE NÃO TIVESSE AGIDO ELE TE VIA...
-EU SEI...OBRIGADO...MAS ERA RAZÃO PARA TERES METIDO A LÍNGUA DENTRO DA MINHA BOCA???
- ORA...VAI Á MERDA, GARCIA.
- A TUA LÍNGUA PARECIA UMA COBRA NA MINHA BOCA...
- E A TUA OUTRA NA MINHA...
- SÓ RESPONDI Á INVASÃO...CONTRA ATACANDO, NÃO FOI ASSIM QUE ME ENSINAS-TE, ANA???
- QUERO LÁ SABER...

Ela caminha para o carro...Garcia sorri...mas ao mesmo tempo está confuso... que se passava com ele, que só pensa na Ana??? E porque aquele beijo o fez ficar cheio de tesão???

CONTINUA