Relato - O Poder Absoluto

Um relato e análise de uma experiência erótica que tive, e suas implicações

Saudações novamente leitores! Aprecio muito os comentários e o suporte que tem me dado. Como já sabem, caso queiram conversar, dar sugestões ou mesmo me pedir para falar sobre algo, contato ai embaixo, só peço que me respondam ao invés de me dar ghost depois de um dia hein! Isso é muito chato sério.
Bom, sem mais delongas, ao relato:

A um tempo atrás, aproximadamente 3 anos, eu havia acabado de entrar na fase adulta e estava muito horny, vulgo, com tesão, subindo pelas paredes, querendo alguém para papear e afins. Resolvi tentar um daqueles apps de namoro e conheci um belo rapaz lá, que não vou falar o nome real óbvio mas vou chamar de Dani. O Dani era um homem trans, gordinho, com uma raba enoooorme (do jeito que eu gosto kkkk), muito inteligente, fofo, enfim, era um sonho. Tal como eu, ele era autista, mas ele sabia disso a mais tempo do que eu e na época eu mal desconfiava disso, a gente se entendia muito bem por conta disso e também porque a gente se gostava mesmo. Aconteceu, certa vez, que a gente estava conversando putaria na video call (ele conseguia ser mais safado que eu!) e eu fiz algum comentário que o incomodou, mas o incomodou de leve, não o suficiente para me irritar mas o suficiente para dizer que queria me matar, brincando claro... Brincando, né?
Eu "brinquei" de volta, dizendo que se ele me matasse, quem iria satisfazer a buceta divina dele? Para meu espanto, ele respondeu, em detalhes, o que iria fazer para me manter como um "brinquedo de carne" para o satisfazer mesmo estando morto. E nesse momento, por mais que sinta certa vergonha nisso, admito que fiquei com tesão. Ele foi tão gráfico e tão detalhista que chego a duvidar se ele não tinha fetiche nisso e nós nunca falamos sobre, sério, ele falou que iria "Me matar sufocado na buceta, depois cortar minha cabeça e usar de descargas elétricas para reanimar os músculos da língua e me usar como vibrador." ... É para alguns isso com certeza seria uma red flag, mas para mim foi... Como se eu fosse apresentado a um mundo novo, eu já tinha sentido tesão em ser dominado antes mas nunca dessa forma! Eu não me lembro, mas algo me diz que ele havia começado a se masturbar falando isso, porque eu estava me segurando para não fazer o mesmo, visto que ainda hoje lembrar disso me deixa excitado. Acho que no fundo, eu queria que ele fizesse isso comigo mesmo e muito mais.
Enfim, agora a análise disso, a parte mais pé no chão e "chata". Primeiramente, se você sentiu tesão no que falei antes, termine de bater uma/siriricar antes de continuar, eu sei que é difícil raciocinar sob tesão, segundamente, tenha em mente que matar alguém, seja com consentimento ou não, ainda é um crime e um ato horrível por si só, seja dentro ou fora do fetiche. Agora, pense o seguinte: o que levaria alguém a fantasiar sobre matar/torturar algo/alguém na buceta/pau/cu ignorando totalmente esse fato simples? Não estou falando sobre a origem do fetiche e sim seu efeito, fazer você jogar a racionalidade pela janela. Para quem já leu antes, sabe que a resposta é uma única verdade: poder absoluto corrompe absolutamente. O que fez meu ex (hoje estou solteiro, se tiver algum interessado/a kkkk) sentir tesão e me deixar com tesão foi esse simples jogo de poder: eu seria tratado como um pedaço de carne cuja vida vale apenas para satisfazer ele, um brinquedo que se quebrar, dá pra arranjar outro, para ele, é a posse sobre esse brinquedo, o afastamento das responsabilidades e o ato imoral em si. Agora, coloque esse jogo de poder em outros fetiches que você vê aqui, por exemplo, o fetiche por dominar alguém mais novo (ou bem mais novo, bem mais inocente) que o mesmo, ou o fetiche por estar dominando algo "inferior" que não poderá fazer nada pois sequer sabe falar já que nem é uma pessoa, ou mesmo o próprio fetiche de sadismo/sadomasoquismo, todos eles entram de uma forma ou de outra, nesse jogo de poder. Alguns são óbvios e outros não. A corrupção causada por excesso de poder não se aplica apenas em situações na cama, pode se aplicar a instituições ou mesmo situações cotidianas, como aquele chefe pau no cu que maltrata todo mundo, ou aquele gerente que parece só querer se dar bem com tudo... enfim, vocês com certeza tem seus exemplos disso.
Já que citei esse relato com meu ex, vou falar de mais um exemplo de quando era criança (a época que fui prematuramente introduzido ao pornô). Eu adorava ver mulheres grandes esmagando outros homens. Sentindo o peso delas enquanto quicavam no pau e esmagavam o verme (Ou pobre coitado, ou sortudo) que estava embaixo delas, ou indo mais além, a época em que fui para Zoo e CEP sem o E, ambos se originaram na falta de poder e controle que tive antes devido aquele abuso, e se manifestaram na hipersexualidade pra tentar lidar com isso, tal como é o caso de muitos aqui. Em específico, o fetiche pela morte veio por que já tentei cancelar meu CPF e meio que me sinto sem propósito, sem utilidade, não me sinto importante para nada como diz meu nome, aindq que hoje esteja melhorando nisso. E olha, tudo bem você ter os seus fetiches desde que mantenha o mínimo de decência, afinal, a mente funciona de formas estranhas e únicas para cada um. O lado positivo de toda essa dinâmica de poder é que é uma via de mão dupla: se o seu prazer tem poder sobre você (ou seja, se você pensa mais com a cabeça de baixo ou a buceta do que com a cabeça de cima), ele te controla e pode acabar te levando para um caminho que mais tarde você pode se arrepender, mas ao entender dá onde ele vem e como funciona, o poder agora fica na suas mãos, você ganha uma escolha. Eu vou continuar gostando de "fingir" que alguém em algum momento vai querer me sufocar, me matar na pica/buceta, me abrir inteiro etc mas contanto que isso fique apenas no roleplay (até porque não quero morrer né, por mais gostoso que seria kkkkk)

Enfim, essa foi mais uma reflexão! Eu espero que gostem, e como sempre, se acaso se sentirem a vontade, deixem seus contatos e comentários ai! É um prazer falar com vocês 🙂