Eu Acho que te Amo Parte III
– Catarina, tá tudo bem? Você tá aí tem um bom tempo.
– tô bem sim – responde, bem tímida.
– eu queria te perguntar algo.
– pode perguntar.
Ela olha o corredor e pergunta:
– o Ares te fez alguma coisa?
– não.
– é que hoje de manhã eu tive a impressão de ter ouvido gemidos.
– foi só impressão sua mesmo. A propósito, tenho algo pra te falar.
– o quê?
– não sei se foi impressão também mas acho que te vi chorando com uma fotografia na mão.
– era uma fotografia dos meus pais. As vezes eu olho pra ela e acabo chorando – explica, como se disfarçasse algo.
– entendi.
A empregada sai. A menina torna a ver a mesma sala mau-iluminada com a mulher usando um chicote. Ela caminha até o canto e pega algo. Em sua boca é posta um abafador com uma bola que utiliza quase todo o espaço de sua boca. Uma fogueira é acesa perto dela. Seu corpo nu sofre com a dor. Ela debate-se, sem sucesso para escapar. Seus gritos são abafados.
– isto é para crianças maucriadas.
Sua recordação é novamente interrompida pela porta.
– sai daí, eu quero meu momento pessoal.
A toalha está perto da banheira. A água cobre até os peitos. Seu irmão não sai da porta. Ela fica apreensiva, mas sem alternativa, levanta-se e pega a toalha, enxugando-se de cabeça baixa. O garota observa sua vagina com pouquíssimos pêlos. Ele tranca a porta e caminha até a pia, tirando sua toalha. A garota observa tudo, desde o pau ereto até o lugar onde ele guardará a chave, mas isso ela não consegue ver. Ela anda até o banco onde colocou sua escova de dentes, enquanto ele entra na banheira. Envergonhada, ela pergunta:
– onde tá a chave?
– deixa isso pra lá.
– o que você quer de mim?
– você tirou a toalha quando eu tava no banheiro.
– sim, antes de você me bater.
– você tá brava?
– não. Você só expressou o que tava sentindo – responde depois de alguns segundos.
– que bom que entende. Vamo conversar.
Ela aproxima-se da banheira.
– aqui dentro.
Hesitante, ela fecha os olhos, suspira, tira a toalha e entra. Os dois ficam aproximadamente um minuto entreolhando-se. Ela, constrangida, olha para muitos ângulos. Ele olha para ela e para o horizonte.
– eu tava com raiva de você, e ainda tô. Você é uma putinha, uma pessoa que nunca vai chegar aos pés do meu irmão. Não tenta ser minha amiga ou irmã, quero que seja outra coisa.
– o quê?
O garoto torna a ficar em silêncio. Por mais um minuto ela o analisa, tentando decifrar seu olhar. Como aposta ela decide falar o que lhe vem à mente:
– eu faço o que você quiser que eu faça. Eu sou o que você quiser que eu seja.
Ele cerra os punhos, range os dentes, encolhe as pálpebras, força a respiração. Levanta-se bruscamente, expondo seu pênis ereto.
– se quiser ter moral comigo, chupa! Quero ver tu sendo a puta que tu é. Não quero mimimi. Ou faz o que eu mando ou sofre as consequências.
Contemplando o pau, ela abre a boca levemente. Ele puxa seus cabelos e encaixa, fazendo vai-e-volta. Surpreendida, ela respira fortemente. O pênis encosta quase na úvula, dificultando seu fôlego. A dor de ter seus cabelos puxados a faz colocar as mãos nas pernas, arranhando um pouco, ao que ele responde com um tapa.
– eu não gosto que me arranhem, vadia.
Comentários (0)