Férias na Ilha do Mel - parte 2

Continuação do Conto: "Férias na Ilha do Mel"

Na manhã seguinte, acordei cedo, ainda com um misto de excitação e apreensão sobre como as meninas teriam processado o que viram no dia anterior. Será que contaram a Débora e Mercedes? Se sim, como teriam reagido?

Ao sair para o quintal, percebi que a família vizinha já estava em movimento. Débora, de biquíni cavado e um leve roupão aberto, regava as plantas enquanto Mercedes, de chapéu de palha e um vestido leve, organizava algo na mesa da palhoça. As meninas, por sua vez, brincavam na piscina rasa, mas desta vez com biquínis ainda menores que os do dia anterior — e, para minha satisfação, notavelmente mais puxados para dentro das bundinhas, como eu havia sugerido.

Aline foi a primeira a me notar e, sem hesitar, acenou animada:

— "Oi, Lucas! Olha só, a gente fez igual você falou!" — disse, virando-se para mostrar o biquíni enfiado entre as nádegas, enquanto Letícia ria, fazendo o mesmo.

Débora ergueu os olhos da regadora e, ao me ver, sorriu com um misto de cumplicidade e curiosidade.

— "Parece que você inspirou as meninas, hein?" — comentou, com um tom que não deixava claro se estava brincando ou fazendo uma provocação intencional.

Mercedes, sempre mais reservada, limitou-se a um aceno discreto, mas seus olhos percorreram meu corpo rapidamente — eu estava apenas de sunga, desta vez uma um pouco maior que a cueca do dia anterior, mas ainda assim insinuante.

— "Bom dia! Dormiram bem?" — perguntei, tentando manter a naturalidade enquanto me aproximava do muro.

— "Dormimos, sim. E você?" — respondeu Débora, com um sorriso que parecia carregar segundas intenções.

Antes que eu pudesse responder, Letícia, sempre a mais ousada, pulou da piscina e veio correndo em minha direção:

— "Lucas, a gente contou pra vovó e pra mamãe que você mostrou seu leitinho pra gente!"

O silêncio que se seguiu foi tão denso que eu quase pude ouvir meu próprio coração batendo. Débora arregalou os olhos por um segundo, mas não pareceu chocada — apenas surpresa pela franqueza da menina. Mercedes, por sua vez, tossiu levemente e ajustou os óculos, como se estivesse processando a informação.

Foi então que Débora riu, quebrando o gelo:

— "Ah, é? E como foi?"

Aline, animada, respondeu antes que eu pudesse me explicar:

— "Foi legal! Ele falou que a gente era tão linda que o leitinho saiu sozinho!"

Mercedes olhou para mim, e eu esperei uma repreensão, um olhar de desaprovação. Em vez disso, ela apenas murmurou:

— "Bem, é natural… Crianças têm curiosidade, e os corpos são… interessantes."

Débora, então, cruzou os braços e me encarou com um sorriso malicioso:

— "Parece que você fez uma demonstração educacional, então?"

Senti meu rosto esquentar, mas mantive a postura.

— "Foi mais um acidente… mas elas estavam curiosas, e eu quis explicar de forma natural, sabe?"

— "Natural, sim…" — ela concordou, mordendo levemente o lábio antes de se virar para as meninas. — "Meninas, vão se secar e vestir algo para o café da manhã."

Assim que as crianças saíram, Débora se aproximou do muro e baixou a voz:

— "Você tem sorte de eu achar graça nisso. Mas, se for continuar se exibindo, que seja com… moderação."

Seus olhos percorreram meu corpo novamente, e eu não pude evitar que minha sunga ficasse um pouco mais justa. Ela notou e riu baixinho antes de se afastar.

Aula de Anatomia
Mais tarde, já à tarde, enquanto eu lia na espreguiçadeira, ouvi passos no jardim vizinho. Era Débora, sozinha, usando apenas um biquíni minúsculo e um lenço amarrado nos cabelos. Ela se apoiou no muro e me olhou com um sorriso travesso.

— "Então… você gosta de dar aulas práticas, é?"

Fechei meu livro lentamente, sentindo o clima mudar.

— "Depende da aluna."

Ela riu, mas então sua expressão ficou séria.

— "As meninas não param de falar no seu 'leitinho'. Acho que você despertou algo nelas."

— "Foi inocente."

— "Inocente, mas intenso." Ela olhou em direção à casa, como para garantir que ninguém estava ouvindo. — "Se for fazer de novo… que seja quando eu estiver por perto. Elas são curiosas, mas ainda são crianças."

Antes que eu pudesse responder, ela se afastou, deixando-me com uma excitação crescente e a certeza de que aquelas férias seriam inesquecíveis.

(Continua…)