Tomei chifre da noiva

Oi! Bem? A Fran arrumara um emprego. Interessada em juntar grana para casar, ela tratou de arrumar um emprego mesmo que o casamento não estava com data marcada. Vida difícil, noivamos e ficamos segurando o momento certo, a ideia era mostrar um relacionamento sério sem a pegada do volátil namoro e nem a responsabilidade da união firmada em cartório, novinhos, ela vinte e eu dezoito, procuramos manter sólidos até a vida realmente melhorar. Franciele, 20 anos, branca e baixa, gordinha, rosto redondo, cabelos lisos pretos, olhos castanhos claros, sardas no rosto, começo no serviço como faxineira.

Uns dois meses depois, ela já fazia academia, enloirou os cabelos, achei estranho, não a Fran fazer academia e sim pintar o cabelo de loiro! Achei até legal, perguntou como ficou, falei que gostei e no fundo eu preferia o preto mesmo, ela já estava bem mais magra, bunda torneada, bem gata!

No terceiro mês, recebi uma ligação anônima em casa:

- Renato?

- Sim, quem é?

- Sua noiva tá te traindo.

Desligou o telefone.

Será? Não pode ser!

Na outra semana, novamente:

- Vai atrás, ela está te traindo.

Uma voz robótica para não ser identificada passou a ligar direto e guardei aquilo para mim. Não ia colocar em xeque meu noivado, a Fran é minha prima, meus pais tratam como filha.

Novamente, a ligação:

- Para de ser corno. Ela tá chifrando.

Desligou.

Eu pensei até em colocar uma bina para saber quem era, inútil.

Por quê a pessoa não tomava postura e não vinha em casa falar pessoalmente dando credibilidade na informação? A única certeza: conhecia ela e certamente gente da empresa.

Comentei das ligações, ela falou que aquilo era para criar intriga, gente invejosa!

Após os comentários, as ligações que eram quase três vezes por semana, cessaram. Isto chamou minha atenção.

Outra coisa: ela chegava 18 horas e agora 19! Esquisito.

- Fazendo hora extra?

- Não. Trânsito.

Nos dias seguintes, chegava 18 horas novamente.

Tem coelho neste mato, não é possível!

Quando ela começou a reduzir o sexo comigo, transava até quatro vezes por semana para uma relação, acordei.

Alegou que chegava cansada, o trabalho puxava muito, não dei muito crédito mesmo concordando. Não saía da cabeça as ligações:

- "Corno. Vai atrás" ou "Vai lá que ela tá com os negrões".

Chamei um amigo meu para dar uma investigada nos botecos, extrair o cotidiano da empresa, tentar obter alguma informação.

Botei o cara para beber até não querer mais.

No boteco após o expediente...

- Cara, tem uma loirinha gostosa aí na empresa, faz a festa da rapaziada.

- É? Nossa.

- Ela deve ser noiva, o corno nem deve saber.

O amigo, já enturmado no bar próximo a empresa, foi só ouvindo:

- Rabuda, viu, faz academia, bem gostosa.

- Comeu?

- Ia deixar passar? (riu)

- Cara, tô louco para entrar nesta empresa.

- Manda currículo. Quem sabe a Franciele não te ajuda? (caiu na gargalhada)

Humm! Depois desta, eu perdi o tesão completo pela Fran. Fazia sexo por obrigação.

Meu amigo falou que o cara que entregou a Fran, estava de aviso prévio e queria levar gente junto, daí que entregou o nome da safada.

Um mês depois, a Fran foi demitida por justa causa! Não entrei em detalhes, sabia bem o quê deveria ser!

Dois meses depois, separei dela. Na empresa, o povo comentava e no bar também:

- Meu, mandaram a loirinha tesuda embora por justa causa.

- Porra! Era nossa motivação.

Os caras riram e eu, ao fundo, só ouvindo, bebendo cerveja no bar.

- A Franciele era gostosa, não é?

- Delícia. Bucetinha quente da porra.

Levantei, paguei a conta enquanto os dois negros riam entre eles e comentavam.

Dei um tempo com mulher. Minha tia Ana ainda tentou salvar a coisa, não deu.

Dias depois, nova ligação:

- Aprendeu? Escolhe outra.

- Nem pensar.

A voz desligou a ligação numa voz demoníaca e mandei tomar no cu.

Demoraria para vínculo com mulher. Triste. Fui corno da mulher que dizia me amar para sempre.