#Bissexual #Gay #Teen

Entre Muros e Segredos Cap 20

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Timberlake

As vezes é necessário darmos um basta em quem acha que nos domina, mesmo sendo esse alguém nosso próprio pai. E se entregar ao amor é necessário.

Quando estava prestes a ir para a faculdade, Breno chegou para ter uma conversa com o filho. Ele surgiu com seu carro no jardim e entrou no casarão à procura de Igor. Nesse momento, Pedro descia as escadas e foi surpreendido pelo sócio de seu pai.
— Oi, Pedro. Onde está Igor?
— Lá em cima...
Breno começou a subir as escadas, e um estranho medo nasceu no peito de Pedro. Ele sabia que aquele homem não era de confiança e temia o que ele poderia fazer contra o filho. Mas também teve medo de subir e espiar.
Breno abriu a porta do quarto com rapidez e a fechou na mesma velocidade. Igor estava sentado na cama, calçando os sapatos.
— Se arrume e desça. Eu vou levar você para a faculdade hoje!
— Pai?
— Ande, se apresse.
— Não vou com você.
— Vai sim, Igor. Eu estou mandando!
— Não está mandando. Você não manda em mais nada.
— Igor, você quer mesmo me provocar, não é?
— Não tenho mais medo. Sei que a única coisa que você pode fazer é me bater, como sempre faz. Mas é só isso. Não passa disso. Porque você não tem poder sobre nada. Agora, se eu disser “não”, será “não”, mesmo que eu fique com um olho roxo. Não vou mais ceder aos seus caprichos.
Breno teria uma resposta para aquele desaforo, mas seria algo agressivo. No entanto, percebeu que não adiantaria. Igor tinha mudado e já não era mais o filho que ele imaginava ter. Na verdade, era uma relação contraditória. Breno queria força em Igor, mas sempre se apoiou justamente em sua fraqueza para conseguir o que queria. Bem, agora Igor era forte. E Breno? O que ele era?
— Moleque, você vai descer e entrar naquele carro ali embaixo. Vamos ter uma conversinha sobre seu comportamento, e eu não estou brincando, Igor.
— Eu também não estou. Não vou com você, mesmo que me bata.
— Eu vou quebrar seu outro braço!
— Venha, quebre!
— Então é assim agora? Você me manda tomar no cu, me desobedece, me desrespeita... É assim? Eu ainda sou seu pai, lembre-se disso!
— Lembro sempre. E lembro também que você é um péssimo pai. Eu tenho medo de você, acha isso bom? Aliás, não tenho mais medo, mas sempre tive. E você nunca vai apagar da minha cabeça a imagem de pai ruim que é.
— Eu sou ruim? Pago suas coisas, te dou um futuro seguro, me preocupo com sua educação, e sou um pai ruim?
— Não faz mais do que sua obrigação. E sim, é um pai ruim. Só um filho pode julgar, e eu posso julgar. Não é certo bater em um filho da forma como você faz. Não é certo me obrigar a fazer coisas que eu não gosto e que não precisam ser feitas.
— Você está falando do futebol? Igor, todo homem gosta de futebol...
— Não é verdade!
— É sim. Eu gosto de futebol e só queria que meu filho fosse comigo no meu aniversário. Isso é pedir demais?
— Não é pedir demais, assim como também não é pedir demais que você seja um pai bondoso.
— Não vou ficar passando a mão na sua cabeça como se fosse uma menina, Igor.
— Isso não tem nada a ver. Não estou falando de frescuras, e sim das broncas totalmente desnecessárias que você me dá. Como ontem. Não precisava me obrigar a beber aquela cerveja horrível...
— Eu só queria que meu filho bebesse comigo.
Igor se levantou da cama de súbito e sua voz ganhou impulso.
— MAS EU NÃO QUERIA! Você poderia muito bem ter deixado para lá. O fato de eu não querer beber cerveja não me afastaria do jogo, eu ainda estava lá, do seu lado. Eu não queria beber! Isso não te custava nada! O seu problema é que você não se importa com a vontade de ninguém, só com a sua.
Os olhos de Breno começaram a lacrimejar, mas, na verdade, era ódio que brotava deles.
— Eu só queria que meu filho bebesse comigo, como todo pai faz com seu filho.
— Os bons pais respeitam seus filhos. Existe uma regra geral de que todos devem beber? De que todos devem gostar de futebol? Não, não existe. Mas existe a regra geral de que todos os filhos devem amar seus pais, respeitá-los, obedecê-los, tirar boas notas na escola, não usar drogas, não engravidar namoradas antes do casamento. E eu faço tudo isso. Mas nada disso importa para você. Você quer mais de mim, mas esse “mais” eu não posso te dar. E sabe de uma coisa? Também não vou me esforçar para te agradar. Se quiser, se agrade comigo. Se não quiser, problema seu. Sei que sou um bom filho. E não é porque acho futebol uma merda que isso muda as coisas. EU SOU UM BOM FILHO, MAS VOCÊ NÃO É UM BOM PAI!
Breno não sabia se odiava as respostas de Igor ou se se chocava com aquela atitude inesperada de seu, até então, frágil filho.
— Igor, eu ainda sou seu pai!
— Eu sei... Mas ser apenas pai não é suficiente. Tem que ser um bom pai.
— Você não está sendo um bom filho. Sempre me decepcionou.
— Isso agora é problema seu. Não vou mais me esforçar para ser bom para você.
Breno não conseguiu dizer mais nada. Seu repertório havia se esgotado. Afinal, nunca precisou convencer Igor de nada com palavras. Bastava impostar a voz e, se necessário, usar a força. Mas esses artifícios não tinham mais efeito. Restou-lhe, então, dar as costas e descer as escadas.
A noite chegou, e os dois moradores do casarão estavam em seus quartos. Igor tentava ler um livro, mas não conseguia parar de pensar na coragem que teve naquele dia. Foi um momento memorável, do qual sempre se lembraria com orgulho. Como as palavras impressas nas páginas já não faziam sentido para ele, guardou o livro e se ajeitou na cama para dormir.
Pedro, por sua vez, estava de novo com as pernas fechadas e um soluço preso no peito. Aquilo, sem dúvida, o fazia mal. Sentia que ainda tinha uma dívida com Igor, mas não poderia pagá-la, pois o ex-garoto não o permitia. Era difícil estar no mesmo lugar que ele, dividir a intimidade de um quarto e não poder realmente interagir, aproveitar-se da situação. Pedro estava à beira do choro.
Alguns minutos depois, ele desligou a televisão, apagou a luz e se deitou. Virou-se de frente para a cama de Igor, mas este estava de costas, olhando para a varanda. Os olhos de Pedro imploravam pela atenção de seu ex-rival naquela escuridão. Se pudessem, seus olhos gritariam seu nome. Então, com uma vontade que lhe torturava o estômago, teve coragem de expressar seus desejos. Finalmente!
— Igor... Está acordado? — sussurrou.
— O que você quer?
— Posso me deitar com você?
— Não!
A questão é que Igor ainda não tinha desistido de bagunçar a mente de Pedro.
Pedro parecia alguém sem identidade. Não havia mais algo concreto em que se apoiar, pois não se reconhecia mais como aquela pessoa deitada, que desejava atenção como se fosse um indivíduo frágil, mas ao mesmo tempo convicto de que não era gay. Uma convicção, obviamente, questionável. Pedro, então, não era ninguém! Mas ele sabia quem poderia ajudá-lo a se encontrar. Os problemas agora eram: ele daria o braço a torcer para esse encontro consigo mesmo? E se esse "quem" realmente o ajudaria?
Por hora, Igor não imaginava que era tão importante para que Pedro voltasse a ter identidade. Mas, a grosso modo, queria fazer com que ele experimentasse suas asas, pois Igor, sim, sabia o que era ser livre sendo ele mesmo.
— Por que não?
— Porque não.
— Por favor... — sussurrou.
— Não.
Os embrulhos no estômago de Pedro começavam a se tornar rotineiros, mas ele ainda não havia se acostumado com eles. Seus olhos começaram a lacrimejar e, em seu coração, sentiu que estava mais sozinho do que nunca. E, mesmo que buscasse companhia, era abandonado. Pedro precisava reaprender a ser alguém. Então, virou-se na cama, ficando de costas para Igor. Encolheu as pernas e se agarrou ao travesseiro. Seus olhos continuaram chorando, mas seus soluços não poderiam ser ouvidos por ninguém. Ele soubera, naquele momento, que estava apaixonado. Logo, aquelas lágrimas eram as primeiras em sua vida que ele derramava por amor.
Pedro estava chorando por amor! Igor não podia ouvi-lo, mas ouvia sua própria cabeça, que dizia: "Está na hora de atacar." Ele não fazia ideia dos sentimentos que se criavam no peito de Pedro, pois ainda imaginava que estava em jogo. No entanto, suas intenções eram boas. Eram boas para ambos os lados, na verdade, pois pensava em si também. Pensava que Pedro poderia ser seu companheiro de fato — aquele que acompanha, que está presente. E pensava em Pedro também, imaginava que estava mais do que na hora de ele começar a viver sua verdade e abandonar o manto negro com o qual ele insistia em se cobrir.
— Pedro! — cantarolou. — Pedro!
— O que você quer? — berrou.
— Pedro! — continuou cantarolando.
— Igor, vê se morre!
— Pedro... Você quer se deitar comigo, é?
— Morre, Igor!
— Pedro... Pedro... Vem dormir comigo.
— Não!
— Pedro... Pedro... Anda, vem dormir comigo.
— Me deixa, Igor, ou eu não respondo por mim.
— Pedro... Pedro... Olha pra mim. — Mas ele se calou. — Pedro... Olha pra mim.
Ele se virou rapidamente na cama e olhou, mas pouco pôde enxergar devido à iluminação deficiente.
— Você quer que eu vá aí te matar?
— Não, Pedro, quero que você venha matar o meu frio.
— Hã? Ah, Igor, vê se cala essa boca! — berrou ainda mais alto.
— Ah, Pedro, olha só minha perna. Estou todo arrepiado. Anda, vem, bobinho.
Mas ele se calou e não mais respondeu. Virou-se de volta, dando as costas para Igor. Alguns pouquíssimos minutos se passaram sem que nenhum dos dois dissesse algo.
— Não vem? Hum... Então tá.
Igor, ainda com sorriso nos lábios, se virou e investiu em seu sono. Fechou, satisfeito, os olhos, e se cobriu com o lençol. Mas a tática dele, além de confundir, funcionava. Pedro, choroso, se encolhia em si mesmo e em seu corpo. Amargava o seu sofrimento, o primeiro por causa de outra pessoa e, sem dúvida, o primeiro por causa de um homem. Enquanto tentava enxergar a porta naquela escuridão, pensou no tempo que havia perdido em sua vida. Talvez, se fosse alguém resolvido, ou ao menos decidido, tudo teria sido diferente.
— O que você está fazendo na minha cama?
Pedro ainda se ajeitava naquele colchão estreito ao lado de Igor e tentava não entrar em pânico.
— Mudou de ideia?
— Me deixa, Igor! — com uma voz baixa.
— Ué, mas você se deita na minha cama e quer que eu me cale? — perguntou, rindo.
— Me deixa!
— Pedro... Pedro...
— Para de cantar!
— Pedro... Pedro... Você gosta de mim?
— Cala a boca!
— Pedro... Pedro... Você gosta muito de mim?
— Não.
Igor se virou e ficou de frente para ele. Pedro estava deitado, com os braços e pernas encolhidas, olhando para o teto. A situação era muito cômica, embora ele ainda estivesse muito apavorado.
— Pedro... Pedro... Eu acho que você gosta de mim...
— Não enche, Igor. Me deixa dormir.
Igor então começou a dedilhar o corpo de Pedro com apenas dois dedos. Começou pelo quadril e subiu, aos poucos, para o peito.
— Pedro... Pedro... Você quer que eu tire a roupa?
— Não vou mais te responder.
— Pedro... Pedro... Pedro... Pedro... Pedro... Pedro... Pedro...
— O quê? — em um tom mais alto.
— Pedro... Você quer que eu tire a roupa?
— Não me importo. Faz o que você quiser.
— Pedro... Pedro... Eu acho que você quer sim que eu fique peladinho.
Mas ele não mais respondeu. Calou-se de novo.
— Pedro... Pedro... Você me acha cheiroso? Pedro... Cheira o meu pescoço... Não vai mais me responder? — os dedos de Igor agitavam os dedos das duas mãos de Pedro. — Vai me deixar falando só? Pedro... Eu posso cantar seu nome a noite inteira... Pedro...
— Igor, por favor, deixa de ser chato. Estou ficando irritado!
— Pedro... Pedro... Não se irrite comigo...
— Então pare de cantar meu nome!
— Pedro... Pedro... Posso me deitar em cima de você?
— Não canta meu nome!
— Pedro... Isso é um “sim”?
— É um “cala a boca”!
— Mas eu posso me deitar em cima de você? Pedro... Você não vai me responder?
Segundos depois, Igor fez um pequeno esforço, devido ao braço quebrado, e se deitou em cima de Pedro. Suas pernas se encaixaram umas nas outras e seus quadris ficaram unidos. Pedro já respirava fundo, temendo os próximos passos de seu companheiro de quarto. Era agora uma viagem de encontro a si mesmo. E sem volta!
— Pedro... Pedro... Estou deitado em cima de você!
— Porra, que chato você, hein?
— Pedro...
— Para com essa merda!
— Pedro... Como você está gostosão. Gostei dessas coxas.
— Hum...
— Pedro... Você é muito gostoso, Pedro...
— Já deu, né? Vamos dormir?
— Pedro... Você é gay?
— Não.
— Mas Pedro... Pedro... Meu pau está em cima do seu. Nossos paus estão se esfregando um no outro. Você não gosta disso? Você não gosta do meu pau? Eu gosto do seu pau!
— Não quero falar disso. Dá pra você parar, por favor?
— Pedro... Você me acha gostoso?
— Boa noite!
— Pedro... Pedro... Você me acha gostoso, não é?
— Vou dormir.
— Pedro...
Igor então, com sua mão esquerda, pegou a mão direita de Pedro e a pôs em cima de sua bunda. Um pequeno choque elétrico percorreu todo o corpo dele. A questão é que agora todos os seus movimentos, mesmo os que fazia sem seu “consentimento”, eram conscientes. Eram acordados com sua sexualidade. Pedro era gay e apaixonado. E mais alarmante: ele sabia. Agora ele sabia!
— Pedro... Eu sou gostoso? Pedro... Vai me deixar falando sozinho de novo?
Ele, agora sozinho, subiu sua outra mão, a esquerda, e a pôs também em cima da bunda de Igor. Naquele momento, subconscientemente, ele se lembrou da sensação que experimentou quando dormiu com Igor na van. O desejo pela bunda chamava a sua atenção por parecer tão macia e tão arredondada. E de fato, aquela pele era muito macia e convidativa. Seria errado ele não se aproveitar daquele momento? Então, assim como naquele dia na van, começou a esmagar as nádegas de Igor com as palmas de suas mãos. Sua respiração ficou ainda mais profunda e seu desejo ainda mais exteriorizado. Igor, claro, se divertia com isso.
— Pedro... Você gosta da minha bunda? Pedro... Você vai ficar mesmo calado, é? Pedro... Pedro... Você gosta da minha bunda, não gosta? Pedro... Pedro... Eu posso cantarolar seu nome mil vezes... Pedro...
Mas ele o fez calar. Com uma nova fúria, que lhe tomava os ossos, apertou ainda mais a bunda de Igor e o pressionou contra o seu próprio corpo. Aproximou rapidamente o rosto dele ao seu e o beijou. Pronto! Estava selado. Muito além de homens serem agora a sua preferência sexual, Igor era sua preferência. Não havia mais diversão, embora tudo aquilo fosse muito prazeroso. Imediatamente o pênis de Pedro se encheu de sangue e ele agitou levemente o seu quadril, pois sua excitação lhe tomava por completo. Além do mais, queria também sentir o pênis de Igor endurecer junto e queria que aquele ex-garoto também se animasse. O beijo continuou por muito tempo, com muita saliva e línguas, apertos e esfregações. Suas bocas beijavam ao mesmo tempo em que gemiam e sentiam-se ainda mais um do outro quando se ouviam. Estavam, enfim, se amando de verdade, pois ambos sabiam o que eram e o que sentiam. Pelo menos agora.
E começaram a fazer sexo, agora Pedro enxergava Igor com alguém de seus desejos, então ele deitou o garoto de barriga para cima, e começou a cheirar e beijar seu pescoço, o cheiro de Igor era seu duvidas a fragrância preferida de Pedro, ele passou a então a chupar os mamilos de garoto porém Igor ria porque fazia cócegas, e então Pedro fez algo que surpreendeu Igor, Pedro desceu um pouco a cabeça tirou a shorts de Igor e começou a chupar o pênis do garoto, era a primeira vez que Igor sentia tamanho prazer, e nada passava na cabeça de Pedro, alias passava apenas que era com Igor que ele queria está e transar, então de forma carinhosa, ele suspendeu um pouco as pernas de Igor, passou um pouco de cuspe no seu pênis e na bunda do garoto, aos poucos foi o penetrando, porem fazia de vagar para não machucar seu companheiro, e assim sentindo centímetro por centímetro entrar, Igor foi sentido um enorme prazer, Pedro aos poucos começou a bombar de vagar, porém não o faria por muito tempo, a vontade e o desejo eram enormes e ele não demoraria a gozar, Igor também estava no quase, porém para ele seria algo completamente novo gozar sem se tocar, Pedro começou a ir mais rápido, e Igor sem se controlar gozou, e Pedro não aguentando tamanho prazer gozou dentro do garoto, e fez isso olhando nos fundos dos olhos de Igor, e após gozar começou a beijar mais ainda o garoto.
Quando o beijo se encerrou, Igor ficou surpreso com a rapidez desse momento, pois imaginava que Pedro demoraria muito mais para se entregar.
— Pedro? — ele demorou a responder.
— Sim?
— Você gosta da minha bunda, não é? — ele também demorou a voltar a falar.
— Gosto.
— Você me acha gostoso?
— Acho.
— Você é gay?
— Sou.
— Você gosta de mim?
— Gosto.
Igor sorriu, agora com uma felicidade genuína no peito. Não havia mais jogos, e não havia mais heterossexuais naquele quarto. Com suavidade, aproximou seu rosto e o beijou. Continuaram, então, com um beijo ainda mais longo, mais apaixonado e muito mais calmo que o anterior. Igor se sentia completo, pois estava livre, mas ainda precisava de alguém com quem compartilhar as asas. Ele então conseguia ver Pedro de uma maneira muito mais confortável.
— Pedro, você quer namorar comigo?
— Namorar?
— Sim.
— Mas Igor, eu não quero assumir.
— Mas ninguém está falando em assumir. Estou falando em namorar.
— Mas... Precisamos disso?
Mas não estavam eles apaixonados?
Igor agora partia para o tudo ou nada, pois continuar com seus jogos seria o mesmo que brincar consigo mesmo. Estava claro em sua mente o que queria e o que seria necessário fazer para conseguir. Bastava abrir a boca e perguntar. Uma pergunta simples, cujas respostas só poderiam ser “sim” ou “não”. Mas o que ele não esperava era que, na prática, o que poderia prevalecer fosse um “talvez”.
— Pedro, você não disse que gosta de mim?
— Mas o que uma coisa tem a ver com a outra?
— Pedro, eu gosto de você também.
— Eu sei, mas...
— Você quer ficar com outras pessoas. É isso?
— Não, não é isso.
— Você quer continuar ficando com mulheres?
Pedro demorou um pouco para responder, o que fez com que Igor se desanimasse. Ele então saiu de cima daquele corpo e se deitou na cama. Os dois continuaram em silêncio, olhando para o teto, sem conseguir falar mais nada. Embora decepcionado, Igor entendia os medos que Pedro sentia, só não conseguia explicar isso para si mesmo; afinal, suas expectativas eram maiores. Pedro também se entristeceu por não conseguir ainda ser livre de fato e por ter causado aquela quebra na noite. Então, sem saber quanto tempo passaram calados, adormeceram na mesma cama, porém, separados por um enorme desentendimento.

Continua....

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Comentários (3)

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  • José Júnior: Que bom. Neste capítulo voltou a ter um clima tenso e excitante.

    Responder↴ • uid:2srobp2yv71
  • PA22: E os capítulos só melhoraram. Mesmo depois de tudo que o Pedro fez, eu gosto do personagem dele, ele está evoluindo aos poucos. Só estou ficando ansioso por mais capítulos, a frequência diminuiu. Aconteceu algo ?

    Responder↴ • uid:2ql4b6xij
    • Timberlake: O tempo, porém na maioria das vezes é site que demora para postar, e também porque a história vai acabar no capítulo 30, então ainda estou criando a nova narrativa pra dá continuidade a história...

      • uid:ona23e76ij