Levi e Lucas - parte 2

Vitor perturbado pela visão do seu filho pré-adolescente nú, não sabe o que fazer diante de um desejo que o arrebata.

Fiquei observando Larissa sair pela porta, sem saber se ia atrás dela e pedia que ficasse, porque no momento, eu não era a pessoa mais confiável pra cuidar dos nossos filhos.

Passada alguns minutos, soltei um suspiro pesado e baguncei meu cabelo, deixei minha mochila no sofá e subi para o meu quarto, enquanto mandava mensagem pra minha sogra, dizendo que iria passar pra pegar Lucas em alguns minutos.

Lá em cima, meu filho abriu a porta do seu quarto, ele estava com o cabelo meio preso e bem assanhado, parecia ter acordado a poucos minutos, ele usava uma calça moletom e um moletom roxo, escrito You.

-- Papai -- ele me chamou -- A Mãe já foi? -- não encontrei palavras pra responder ele -- Papai? -- ele me chamou, agarrando a borda do seu moletom -- Tá tudo bem?

-- Eu... Eu tô bem sim filhão -- respondi, com a boca seca -- É... -- tossi -- Sua mãe já saiu sim.

-- Hum... -- ele me encarou com o semblante franzido -- Porque o senhor tá estranho?

Enquanto encarava Levi, pensando em uma forma de responder que justificasse a forma que estava agindo, algo veio a minha mente, que eu não consegui deixar de lado.

-- filho, mais cedo, o... Presente... Que você comprou pra mim, como você comprou? eu não vi nenhuma notificação do seu cartão no celular -- perguntei, e agora que esse pensamento tinha se formada na minha mente, eu não conseguia parar de pensar nisso, Levi tinha um cartão, pra emergências, ou para quando ele saia com os amigos, mas todas as compras eram notificadas, e a mãe dele nunca daria dinheiro pra ele sem saber pra que era, pior Levi não conseguia mentir pra ela, se perguntado diretamente.

Então como meu filho de treze anos, havia conseguido comprar um brinquedo sexual?

-- Ah... Eu... Como eu consegui? -- ele perguntou, afirmei balançando a cabeça -- Eu... Eu pedi pa...pra mãe, né? Papai -- estreitei os olhos para ele, tinha certeza absoluta que ele estava mentindo, e isso me preocupou muito, como meu filho havia comprado aquilo? E agora que eu havia parado pra pensar naquilo, porque um adolescente de 13 anos iria comprar um dildo, como ele sabia daquelas coisas, lógico que com pornografia em tão fácil acesso, era fácil saber sobre sexo, mas a maior parte dos adolescentes se contentava com a própria mão, ou no máximo a cabo de uma escova. Um pressentimento ficou na minha cabeça, e eu não podia deixar isso de lado.

-- Você está mentindo.

Eu afirmei, ele arregalou os dois olhos, e começou a balançar a cabeça, dizendo que não.

-- Não papai, eu não tô mentindo -- ele disse com a voz fina.

-- Não está? -- perguntei -- então tudo bem se eu ligar pra sua mãe e perguntar, certo Levi?

-- NÃO PAPAI! -- Ele disse em um tom mais alto -- não faz isso, porfavor.

-- Então meu amor, eu preciso que você me diga, como você comprou aquilo?

Levi tinha a barra do seu moletom bem apartada em suas mãos, a cabeça baixa, e os ombros curvados.

-- porfavor papai -- ele pediu, e eu não sabia o que fazer, até escutar a leve fungada e perceber que ele estava chorando.

Com o peito apertado de preocupação e dó de vê-lo chorar, não hesitei em ir até ele e abraça-lo. Levi ainda não tinha passado pelo estirão da adolescência, e por isso sua cabeça ficava no meu peito, descansei o queixo nos seus cachos bagunçados e suspirei, enquanto ele soluçava no meu peito, e me abraçava muito forte.

-- Bebê -- o chamei, enquanto passava a mão nas suas costas, tentando acalmar ele -- Não chora, eu não tô bravo.

-- Mas você vai ficar papai -- ele disse, enquanto fungava ainda, a voz abafado, porque ele tinha o rosto molhado precisando na minha blusa de botões do trabalho.

-- Tsc... Como se fosse possível eu ficar bravo com o meu garoto -- eu disse, bagunçando mais ainda seu cabelo, quebrei o abraço que ele me dava, e encarei seu rostinho choroso, limpei seu rosto com os dedos e virei ele de costas pra mim, desfiz o coque meio preso do seu cabelo, e comecei a juntar todo seu cabelo pra prender com a Xuxinha, momentaneamente me perdi na visão da sua nuca, pensei em deixar beijos ali, enquanto sentia seu corpo se arrepiar, senti-me tonto de desejo e soltei um suspiro forte, enquanto terminava de prender seu cabelo.

-- vamos fazer assim -- voltei a falar -- você desce lá pra baixo, e me espera, vou tomar uma ducha rápida, e então vamos buscar seu irmãozinho na casa da sua avó, vamos pra aquela pizzaria que vocês gostam, e quando a gente voltar, provavelmente Lucas vai estar dormindo, eu vou colocar ele na cama, assim você vai ter tempo pra pensar em como me dizer como você comprou aquilo.

-- Mas papai -- o chamado saiu arrastado, quase como um soluço, como se ele fosse voltar a chorar a qualquer momento, virei ele mais uma vez pra mim.

-- Sem "mas" Levi, você sabe como está me preocupando meu filho? Você sabe o que se passa na minha cabeça com você mentindo pra mim, eu preciso saber Levi, e você não pode continuar escondendo, você só precisa decidir se vai me dizer agora, ou mais tarde -- mantive o tom da minha voz firme, para que ele soubesse que não poderia fugir disso fazendo manha e agindo de forma fofa.

-- Mais tarde -- sua voz saiu baixa e rouca, ele olhava para seus chinelos, e tinha os braços cruzados em frente ao corpo.

-- Ótimo -- apertei seu ombro, pra consolar ele e fui até meu quarto para tomar um banho.

Fizemos exatamente o que falei, fomos de carro até a casa da minha sogra, pegamos Lucas, que estava a mil, animado com o dia na escola, falando mil palavras por segundo, muito diferente do irmão mais velho que estava mais silencioso do que nunca.

Lucas é um menino doce, mas muito ativo, ele é um pouco mais alto que o meu quadril, e se Levi parece a mãe dele, Lucas é a cópia dele, salvo os meus olhos cor de mel, ele tem o rosto redondo da mãe, o mesmo nariz pequeno e arrebitado da mãe, o cabelo bem escuro e liso, e um sorriso fofo com covinhas. Ele tem uma personalidade forte, é muito mandão, manda e demanda no irmão mais velho, eu sempre tento por limites, mas Levi é completamente apaixonado pelo irmão mais novo, e faz literalmente tudo por ele, Lucas também ama futebol e natação.

Como imaginei, meu filho mais novo, cansando do dia corrido, e com a barriguinha cheia de pizza, acabou capotando no banco de trás, ao meu lado estava Levi, mordendo o lábio inferior, e com as mãos apertadas em seu colo, ele estava calado desde o momento que o irmão mais novo dormiu.

-- Pare de morder seu lábio -- eu disse, enquanto olhava para o trânsito a minha frente, estavamos quase em casa.

Quando chegamos, Levi saiu do carro apressado e subiu as escadas e entrou em seu quarto, não dei muito importância. Lucas estava nos meus braços, agarrado ao meu pescoço e dormindo feito pedra. Não perdi tempo levei ele para o seu quarto, com o tema de espaço e deitei ele na colcha de cama cheia de estrelas, tirei o short jeans e a blusa, e por um momento paralisei, olhando seu corpo semi-nu, meu filho era um menino lindo, tinha o corpo atlético, e pequeno, com um pouco de gordura de bebê, sua pele parecia macia ao toque e me segurei pra não tocar, meus olhos se demoraram no cueca que ele usava, e eu não sabia porque, tão derrepente esses desejos, que eu nunca havia sentindo por meu filhos antes, me assombravam.

Sai do quarto de Lucas, com as pontas dos dedos coçando para toca-lo, toma-lo pra mim, mas me contive, eu tinha coisas pra fazer, precisava saber como meu filho pré-adolescente havia conseguido comprar um brinquedo sexual.