Como Lidar Com Isso?

Era só desconfiança. Mas agora é certeza. Ela está me traindo e com meu próprio irmão. É só pra desabafar mesmo.

Esse não é mesmo o meu nome. Mas o que vou contar é real. Há quase um ano minhas mulher chegou em casa um pouco diferente. Chegou depois de mim. Trouxe um isqueiro Zippo e me deu de presente, dizendo que estava no shopping com uma amiga. Fazia tempo que não a ouvia cantando no chuveiro. Eu estava até animado, achando que a noite prometia. Mas não rolou nada. Fazia umas semana sem e eu achei que ela estava afim. Mas disse que estava cansada. Mas eu reparei que ela demorou a pegar no sono. Fiquei frustrado, mas... Só fizemos algo depois de uns três dias. Mas não parecia que ela estava realmente com vontade, como deveria. E até acho que fingiu o orgasmo. Aos poucos comecei a desconfiar. Mas se estivesse me traindo, seria com quem? E eu comecei a prestar mais atenção. Mas seja lá o que estivesse aprontando e com quem fosse ou era perfeito ou não rolava. E o tempo passou. Então houve esse episódio no aniversário de minha mãe. Era uma festinha simples na casa dos coroas. Meu pai, cadeirante, estava tão animado nesse dia. O time dele havia sido campeão. E quando eu fui no banheiro senti um cheiro estranho. Cheiro de sexo. Fraco. Mas dava pra sentir. Eu tinha acabado de chegar, indo direto do trabalho, mas minha esposa e meu irmão já estavam lá, ajudando. Minha mãe estava no quarto fazendo escova no cabelo. Meu pai, na sala vendo jogo de fora. Meu irmão estava agitando o churrasco e Clarisse estava agitando a comida. Era por volta das cinco da tarde de um Sábado. Não havia chegado minha irmã, nem a vizinha que sempre está por aqui com as filhas. Aquele cheiro me deixou bem mal. Ou o meu irmão havia se masturbado ou havia comido a minha mulher. E isso estava começando a queimar por dentro. A cisma aumentou ainda mais pela maneira que a minha mulher me olhou, sem me encarar e com um sorriso forçado. Meu irmão me deu um copo de cerveja, me zuando pela camisa colorida. Mas também não me olhou nos olhos. Eu não deixei eles perceberam minha desconfiança e fiquei só observando. E então consegui interceptar uma olhada rápida que eles se trocaram. Muito rápida. Sem qualquer expressão. Nada. Só um olhar. Parecia haver uma comunicação escondida naquele olhar. Mas isso já era mais do que o suficiente para transformar dúvida em certeza. Eu sempre fui muito frio. Seco. Difícil de me tirar do sério. Costumo ser calado e observador. E durante a festinha, já com a casa cheia de gente, percebi minha esposa teclando no celular, meio na dela, como que não permitindo que vissem a tela. Julho não estava e eu fui ver onde ele estaria. Mas tinha certeza de que também estaria teclando ao celular. E lá estava ele na cozinha. Se assustou quando me viu. Mas fingi que não percebi. Só achei uma falta de escrúpulo ele comer a mulher do próprio irmão. E nós sempre nos demos tão bem. E desde então eu percebo os pequenos furos da minha mulher. São pequenos. Poucos. Mas estão lá. Minha tive ciúme. Sei que as pessoas traem descaradamente. Não existe santo. Mas na quarta passada, eu sabia que ela estava dando para o Julho. Pois eu percebi a ansiedade dela pela manhã. Ficou claro para mim quando liguei para o Julho, alegando querer tirar uma dúvida sobre máquina de prensa, enquanto estava a caminho do trabalho, e ele parecia bem desconfortável comigo ligando para ele. Até gaguejou. Pouco tempo depois liguei para Clarisse. E lá estava a minha mulher também desconcertada. Era por volta de meio dia e eu liguei novamente para Clarisse durante um intervalo no trabalho. Mas ela não atendeu. Liguei em seguida para o Julho. Também não atendeu. Peguei o telefone da firma e liguei simultaneamente para os dois celulares. E não atenderam. De repente não dava mais sinal. E eu não conseguia mais pensar, nem me concentrar no trabalho. E só conseguia ver os dois juntos. E só conseguia ver as coisas mais sacanas que um homem pode fazer com uma mulher casada, só para desmarcar território e deixar claro quem é que "manda". Então lá estava minha esposa fazendo garganta profunda no meu irmão. Coisa que eu gostaria de fazer com uma mulher casada, só para esculachar o marido. Lá estava ela recebendo gozada na cara e na boca. Lá estava ela recebendo fortes estocadas no reto, rebolando de quatro com o Julho fazendo seus cabelos de rédeas, montado nela como se fosse uma égua. Lá estava ela gemendo e gritando de orgasmo, com meu irmão gozando em seu útero, só pra esculachar o marido dela, seu próprio irmão... Não acredito que ele pegaria leve com ela, só por ser esposa do irmão. Isso é de uma desumanidade sem tamanho. Aquelas imagens destruíam a minha quarta-feira. Até deixei queimar as pizzas de uma leva. Isso nunca havia acontecido antes. Era por volta das quatro da tarde quando pedi dispensa. A Dona do restaurante percebeu que eu estava mal. Mesmo eu não demostrando pela aparência. Mas meus olhos dizem mais do que o resto. Fui direto para casa e fiquei lá em silêncio. Na verdade, achei que já a pegaria em casa. Mas... Se assustou quando me viu bebendo cerveja, quieto na sala. Deixou sua bolsa cair. Arrumada e perfumada, não tinha muito como se defender se eu resolvesse tirar satisfações. Questionou quanto ao que houve e o porquê de eu estar em casa aquela hora. Eu disse apenas que não estava bem. Então perguntou se eu liguei e eu disse que sim. Mas que era só pra dizer que a amava. Ela não respondeu e foi direto para o banheiro. Saiu direto para o quarto. Eu fui para o banheiro e lá estava no cesto de roupa sua calcinha. Achei que fosse estar melada. Mas não. Era nova. Usada, mas nova. Bem nova. Mas, no vaso... Lá no parede do vaso, encostando na água, quase invisível, lá estava a prova do crime. Às vezes o sêmen gruda na parede do vaso de tal forma, que mesmo com pressão a água não varre. E eu sabia que aquilo não era meu. E sabia também que era apenas uma pequena amostra do que havia sido depositado dentro dela. Onde? Isso não saia da cabeça. E lá voltaram as imagens. Só que dela sentada no vaso, expelindo pelo ânus o sêmen do meu irmão. Aquilo escorrendo dela e caindo na parede do vaso me fez sentir vontade de dar um soco no espelho. Era mais lógico que aquilo sairá de seu ânus, pela posição. E eu mesmo nunca havia sentido o gostinho de comer sua bunda. Nunca deixou. Eu nunca insisti também. Sempre respeitei. Mas que homem respeitaria o não de uma mulher casada? Talvez ser eu insistisse... Mas não sou assim e nunca fiz questão de parecer ser assim. Saber que minha esposa havia se preparado, feito lavagem intestinal, para o meu irmão poder se divertir ali dentro, com seu pênis, e ver o resultado do estrago que ele havia feito refletido no meu próprio vaso, me fez voltar ao dia do aniversário de minha mãe, pouco antes de eu chegar. Talvez eu já estivesse na calçada, prestes a abrir o portão, quando meu irmão estava dando uma rapidinha na minha mulher, com meu pai na sala e minha mãe no quarto. Quando o Panssudo latiu, o cachorro membro da família, anunciando a minha chegada, era possível que meu irmão estivesse terminando de depositar seu material genético no útero de Clarisse. Desgrudar dela rapidamente poderia ter feito uma parte do material cair. Limpar com papel higiênico pode não encobrir totalmente o cheiro. Era a Clarisse que estava no banheiro quando eu cheguei. Meu irmão me cumprimentou lá da cobertura e o coroa lá da sala. Depois minha mãe, do quarto, disse que estava lá. Cumprimentei todo mundo. Clarisse saiu do banheiro, me dando um selinho bem rápido e indo direto para a cozinha. Era possível que ela ainda estivesse com grande parte do sêmen do meu irmão em seu útero enquanto me beijava. E isso eu devo confessar que dói. Eu saí do banheiro. Deixei aquele resíduo lá. Talvez ela visse melhor depois. Disse pra ela que ia jogar maquininha no bar que frequento e só voltei tarde. Ela estava apreensiva quando voltei. Não falei nada e ela também não. Se ela não for burra, sabe que eu sei que ela tem me traído. Talvez não faça ideia do quanto eu sei. A essa altura meu irmão deve estar apreensivo também. Hoje, um Sábado, movimento intenso no restaurante e eu aqui no shopping bebendo. Não fui. Vou pedir as contas. Daqui a três meses resolvo o que fazer. Mas preciso de provas. Preciso sair sem deixar nada pra ela. É isso.