Troca de pais (parte 4)

Conversamos um pouco ainda do jeito em que estávamos: abraçados e com o pau do Sr. Morris dentro do meu cuzinho. Novamente adormeci e acordei na minha cama no dia seguinte, vestido e limpo, mas não me lembrava se eu tinha feito tudo aquilo ou se o Sr. Morris tinha me dado banho dormindo.
Levantei e vi meu pai deitado na cama do lado da minha, acordei primeiro que ele pela primeira vez. Desci e Sr. Morris estava preparando o café de todos nós, era incrível como ele era atencioso com todos. Quando me viu, me abraçou, me beijou e perguntou como eu estava.
Eu estava muito feliz, mas meu cuzinho doía muito. Ele pediu para ver e eu baixei a roupa e mostrei pra ele. Ele disse que estava um pouco vermelho, mas que não parecia machucado. Disse que foi o mais cuidadoso possível, mas que na primeira vez sempre é difícil mesmo e eu tinha certeza que isso era verdade.
Ele já estava preparado e me deu uma pomada para passar enquanto sentisse dor e explicou que doeria por alguns dias e seria difícil ir ao banheiro, mas que não tinha jeito. Deu-me também o telefone do escritório dele e disse que se não melhorasse, poderia ligar para ele que daria um jeito, cuidaria de mim de outra forma. Mas disse que, independente disso, poderia ligar sempre que quisesse, pois sentiria muitas saudades minhas até que voltássemos a nos ver, pois aquele era o dia em que iriamos embora e ficaríamos algum tempo sem nos ver.
Eu ouvi tudo com total atenção e ele me abraçou de forma muito amorosa, cheguei a chorar um pouco nos braços dele, estava apaixonado por aquele homem maravilhoso, não tinha como negar, mas tinha que esconder.
Ainda enquanto estávamos abraçados, ouvimos alguém descendo as escadas e nos soltamos. Era meu pai, mas eu fiquei chocado pois ele estava totalmente nu. Apesar dos anfitriões sempre ficarem nus, ele só ficava assim, às vezes, na piscina.
- Pai?!
- O que foi, filho?
- Você tá...
- Acho que me acostumei a ficar nu. É muito bom, é libertador. Fica também, vai gostar.
- Eu, eu não.
- Tudo bem.

Ele parecia muito feliz e não fiquei pensando muito nisso, minha atenção era apenas para o Sr. Morris.
Após o café começamos a arrumar nossas coisas para irmos embora e Jimmy finalmente acordou e veio nos ajudar. Depois do almoço saímos e foi a despedida mais triste da minha vida, lutei muito para não chorar ali na frente de todos quando o Sr. Morris me deu o ultimo abraço. Tenho certeza que se meu pai gostasse de mim e fosse mais atento teria percebido algo, mas para minha sorte isso não era assim e não precisei dar explicação nenhuma.
Durante a viagem, ele perguntou se eu tinha gostado e eu disse que tinha adorado e me questionou o motivo, já que não tínhamos feito nada demais naqueles dias todos, mas eu tinha feito muita coisa, só não disse isso pra ele, disse apenas que tinham sido dias divertidos e de descanso. Depois não disse mais uma palavra e nos dias seguintes também. Confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois achava que por termos passado tanto tempo juntos na casa do Sr. Morris, havíamos criado alguma intimidade extra, mas isso não aconteceu.
Meu cuzinho melhorou aos poucos, mas passei momentos bem dolorosos no banheiro. O Sr. Morris me ligou algumas vezes e eu liguei pra ele também, falávamos sobre tudo, mas não muito tempo, pois poderiam desconfiar dessa inusitada amizade.
O tempo foi passando e, aparentemente, ele nunca deixou de me dar a mesma atenção. Até que alguns meses depois meu pai perguntou se queria ir visitar o Sr. Morris como da outra vez e eu não poderia estar mais feliz. Não sei ao certo quanto tempo passou, se apenas alguns meses, se 1 ou 2 anos, mas pareceu pra mim uma eternidade.
Na noite anterior, eu não consegui dormir, por isso acabei dormindo na viagem novamente, só acordei quando já estava lá. Chegamos já bem tarde e o Sr. Morris parecia mais bonito que nunca e sua recepção foi igualmente calorosa, eu estava visivelmente muito feliz.
- Até que enfim podemos repetir aquela nossa semana. _ ele disse_ Que bom que quis voltar para nossa humilde casinha.
- Aqueles dias foram maravilhosos, eu tinha que voltar.
Jantamos e fomos tomar um banho para dormir. Assim que saí do banheiro e me vesti meu pai disse que o Sr. Morris queria falar com a gente. Perguntei o que era e ele disse que ele queria combinar o que faríamos no dia seguinte e fomos.
Chegando no quarto que me deu tantas alegrias há meses atrás, eu me senti em casa, mas minha alegria durou pouco tempo. O Jimmy estava deitado, todo enrolado em uma coberta e o Sr. Morris estava do lado só de cueca, lendo um livro. Ele ficou feliz com a nossa chegada, perguntou se tava tudo certo no quarto e dissemos que sim. Então ele pediu que eu me sentasse bem perto dele, enquanto o meu pai preferiu se sentar no sofá. Ele me olhou muito sério, tirou os óculos de leitura, hesitou por alguns segundos, piscou duas vezes e falou bem devagar:
- Sinto muito, eu não tive escolha, contei ao seu pai tudo o que aconteceu entre nós naquela vez.

Eu não lembro direito o que aconteceu, mas senti o mundo todo girar e desmaiei.