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As Aventuras Pokémon De Diogo Em Alola (CAPÍTULO UM)

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ContosEróticos

CONTO SEM SEXO! Diogo tem uma surpresa ao se mudar para Alola, parece que Kukui e os homens da ilha tem um segredo. Será que Diogo vai se envolver nisso?

AVISO: Está é uma história longa, com capítulos longos. Se você quer apenas uma história preteen para gozar, essa não é para você. Gosto de escrever as coisas com calma e criar um enredo bacana, então não vai haver sexo com penetração por um tempo.

Não venha nos comentários dizendo que a história não tem muita putaria, porque o intuito AINDA não é esse. Além disso, é um conto baseado em Pokémon, ou seja, no futuro teremos cenas entre o protagonista e certos Pokémon humanóides. Tenham uma boa leitura!

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Meu nome é Diogo. Tenho onze anos e acabei de me mudar para uma casa nova, bem distante de onde eu morava antes. Vim com minha mãe, já que meu pai teve que ficar mais algumas semanas por causa de seu trabalho.

Eu tenho cabelos pretos, olhos azuis, pele branca e sou magro. Sou bem parecido com meu pai, que é meu maior herói. Minha mãe é uma mulher bonita, bem alegre e humorada. Tem cabelos castanhos, pele negra e olhos de cor de mel.

Mudar para um lugar novo é difícil, ainda mais se for em uma outra região. Sou nativo de Kanto, assim como meu pai, mas minha mãe nasceu e cresceu em Alola. Ela se mudou para Kanto, conheceu meu pai e se casaram. Agora estamos vindo morar na região dela.

Apesar de ter nascido em Kanto, não tive a oportunidade de ter um Pokémon aos dez anos. Entretanto, um primo de minha mãe, o professor Kukui, disse que me daria um presente quando eu chegasse lá. Estou torcendo para que seja um Pokémon, meu sonho é sair em uma aventura.

Por falar em sonho, tive a oportunidade de conversar com o Kukui. Foi a primeira vez que senti meu coração pular de alegria. Ele é lindo: negro, longos cabelos castanhos, olhos pretos e, acima de tudo isso, aquele peitoral definido.

Quando conversamos por computador, ele não vestia camisa, apenas o jaleco de cientista. Não consegui evitar olhar para aquele corpo maravilhoso; espero que ele não tenha percebido. Não sei como vai ser meu futuro daqui em diante, mas sei que Alola vai ser incrível.

Era mais ou menos dez horas da manhã quando chegamos em nossa nova casa, uma herança de família da minha mãe na ilha de Melemele. O trajeto de avião foi longo, me deixando exausto, e antes que eu pudesse prever, capotei em minha cama.

No meu sonho, o professor Kukui me esperava na praia. Ele estava com sua típica roupa: um boné branco com um símbolo de arco-íris, um óculos de Sol, o jaleco branco e uma calça que ia até os joelhos.

Kukui me chamava com a mão, o sorriso caloroso aquecendo meu coração. Eu queria me jogar naqueles braços fortes, esfregar meu rosto naquele peitoral. E estava quase conseguindo, se não fosse o Meowth da minha mãe me acordar.

Levantei da cama, me espreguicei, fiz carinho na cabeça dele e me preparei para sair do quarto. Eu estava usando uma camisa regata azul, um shorts branco com listras azuis nas pontas e um tênis vermelho.

Ao sair do quarto, Meowth passou correndo por entre minhas pernas e quase me derrubou. Mamãe sorriu e veio até mim.

— Você devia estar cansado, né filho?

— Mortinho.

— Que tal você ir conhecer os arredores, talvez fazer alguns novos amigos? O Kukui disse que viria aqui mais tarde. Você tem tempo.

— Seria uma boa.

— Suas coisas estão no quarto, querido.

Voltei correndo para dentro de meu quarto, que só agora notei estar decorado como era em Kanto. Peguei minha mochila preta, meu chapéu vermelho e preto e dei uma última olhada no espelho antes de voltar para a sala de estar.

Mamãe estava me esperando, rindo das palhaçadas de Meowth. Assim que me viu, seus olhos brilharam.

— Boa sorte, querido. Sei que vai encontrar muita coisa boa em Alola. E não se esqueça de tomar cuidado na grama alta; nunca se sabe quais Pokémon podem te atacar.

Dei um beijo nela e saí correndo porta afora. A luz do Sol me cegou por alguns segundos, assim que saí, mas logo estava olhando para a incrível paisagem de Alola. O céu azul, sem nuvens, apenas com a imensidão azul do céu.

Ao longe, eu conseguia ver uma praia, com uma cabana muito mal cuidada. Entretanto, não era para lá que eu queria ir. Ao virar à esquerda, notei que havia umas barricadas que iam em direção ao Centro Pokémon; parece que estava interditada para manutenção.

Meu único caminho era a rota 1. Subi o pequeno morro, sempre olhando ao redor. Notei Pokémon voadores pelo céu, alguns roedores se escondendo nas sombras das árvores e um garoto brincando com um Meowth preto.

A mamãe tinha me dito que alguns Pokémon podem ser diferentes dependendo das regiões em que estão. O Meowth que eu conheço, o mesmo que a mamãe tem, é branco, enquanto os daqui são pretos e têm até mesmo outra tipagem.

Continuei andando, maravilhado com as coisas que eu via. Diferente de Kanto, em Alola tudo parece mais vivo. Eu estava tão distraído com a paisagem que nem reparei que estava entrando na grama alta.

Meu coração disparou; eu não devia estar tão desatento.

Dei pequenos passos para trás, andando lentamente de costas. Olhei ao redor, mas não havia ninguém por perto. Foi então que um Pokémon pulou em meu pé; me esquivei para o lado, rolando para ficar fora da grama alta.

Era um Pokémon marrom, dentes afiados e pontudos, com uma pelagem amarelada que ia de sua cabeça até o rabo. Era pequeno, mas sei que sua mordida deve doer tanto quanto a de um Rattata.

O pequeno Pokémon rosnou para mim, caminhando lentamente na minha direção. Engoli em seco, pensando que voltaria para casa machucado, mas felizmente fui salvo.

Três Pokémon vieram em minha defesa: um voador com penas marrons, brancas e duas folhinhas verdes, como se fossem uma gravata; um preto e vermelho, que tinha a aparência de uma espécie de gato; e, por último, um azul, com o nariz rosa, como o de um palhaço.

Os três ficaram na minha frente, encarando o Pokémon agressor, e rosnaram para ele. Soltando um último rosnado irritado, ele voltou para dentro da grama alta. Sorri agradecido para eles, apoiando minhas mãos nos joelhos.

— Obrigado pequenos, salvaram minha vida.

Os três comemoraram fazendo uma algazarra que me fez sorrir.

— Ei, você aí — Escutei uma voz grossa me chamando e, quando me virei, lá estava meu homem. Kukui acenava para mim, seu sorriso caloroso me encantando. — Eu conheço você, é o Diogo, não?

— Sou. E você é o amor...

— Eu sou o Kukui, o professor Pokémon da região de Alola — Quase que eu disse uma besteira. — Você tá bem? Vi que foi atacado por aquele Yungoos.

— É... — Cocei a cabeça, olhando para os três Pokémon atrás de mim. — Tive um pouquinho de ajuda.

Kukui sorriu, cruzando os braços e, inconscientemente, flexionando os músculos. Engoli em seco vendo isso.

— Pois é, isso foi inesperado. Não achei que esses pequenos aqui iriam sair correndo para ajudar um estranho. Mas acho que me precipitei nisso — Kukui tocou meu ombro, onde eu pude sentir o calor de sua mão na minha pele desnuda. Ele me puxou até uma cerca e me mostrou boa parte da ilha Melemele de onde estávamos. — Bem-vindo a Alola, o paraíso Pokémon! Pessoas e Pokémon vivem juntas aqui também. Você pode ir a qualquer lugar, contanto que tenha um Pokémon com você. — Ele apontou para os três Pokémon atrás de mim. — Vou apresentar os Pokémon que te ajudaram.

Kukui acenou para eles. Em poucos segundos, os Pokémon se enfileiraram lado a lado. Era divertido vê-los e estar ao lado do Kukui era magnífico. Ele apontou para o Pokémon com asas.

— Este é o Pokémon do tipo Grama, Rowlet — O Pokémon rodou no mesmo lugar e piou para mim.

Kukui apontou para o Pokémon do meio.

— Este é o Pokémon do tipo Fogo, Litten — Litten miou para mim.

E por último, ele apontou para o azul.

— E este é o Pokémon do tipo Água, Popplio — Ele fez uma pose e voltou ao lugar.

— Eles são tão lindos e fofos.

Ao meu lado, Kukui sorriu e novamente tocou meu ombro, dessa vez passando a mão para minhas costas. Ele me olhava diretamente nos olhos, o que chegava a ser intimidante às vezes, mas o sorriso me deixava calmo.

— O que importa aqui é que um desses pequenos vai ser o seu primeiro parceiro por aqui.

Arregalei meus olhos e sorri.

— Sério?

— Muito sério, garoto.

— Nossa, obrigado mesmo.

Antes que eu pudesse me impedir, envolvi o corpo dele em um abraço, passando meus braços em volta de sua cintura desnuda, por baixo do jaleco. Quando percebi o que fiz, me afastei um pouco e corei ao vê-lo sorrir.

— Desculpa.

— Relaxa, garoto — Kukui passou a mão em minha cabeça, me fazendo corar mais ainda. — Hora de fazer sua escolha, tome-a com bastante sabedoria.

Me virei para os três à minha frente. Eles parecem todos legais, principalmente quando ficam tentando chamar minha atenção. Quero dizer, um deles parecia menos interessado, apesar de me lançar olhares furtivos.

— Já me decidi, professor Kukui — Me aproximei de Litten, que me olhou indiferente. — Que acha de vir comigo para casa, Litten?

O Pokémon de Fogo se espreguiçou e caminhou até mim, pulando em meus braços. O segurei no alto e sorri. Eu tenho mesmo um Pokémon. Não acredito nisso.

— Vocês dois já fazem um ótimo time, Diogo.

— Eu finalmente sou um treinador Pokémon. Tá animado para ter muitas batalhas, Litten? — O Pokémon se esfregou em minhas pernas, o que eu acho que foi um sim.

— Aqui a Pokébola do Litten. Você pode andar com ele por aí, mas tome cuidado — Kukui me entregou a Pokébola e cruzou os braços. — Vamos para Iki Town? Lá você vai conhecer o Kahuna da nossa ilha.

— Kahuna? — Perguntei confuso.

— Para ser sincero, seu parceiro, Litten, é um presente dele, não meu. Então, melhor mostrar o quão agradecido você está, sacou? — Kukui piscou para mim, me puxando pelo ombro. — Os Kahunas são os treinadores Pokémon mais fortes em cada ilha. Melhor tomar cuidado para não acabar em uma batalha contra um deles.

— Certo, são como líderes de ginásio — Murmurei para mim mesmo.

Paramos em frente a grama alta onde eu fui atacado.

— Iki Town é por aqui, vou com você até lá, tenho algo importante para fazer.

Caminhar ao lado do professor foi legal; ele é energético, sempre comentando sobre as coisas ao nosso redor. Acabei tendo que batalhar contra aquele Yungoos que me atacou e, dessa vez, com Litten comigo, foi fácil derrotá-lo.

Kukui me parabenizou, passando o braço ao redor de meu pescoço, e dizendo que eu tenho futuro nisso. Meu coração deu um salto e eu só soube sorrir para ele.

Ao continuarmos, estávamos finalmente chegando em Iki Town, quando um garoto, devia ter a minha idade, veio correndo na minha direção. Ele tem o cabelo longo preso em um rabo de cavalo, da cor verde, olhos castanho-escuros e pele negra. Usava uma camisa preta bem grande, um shorts amarelo e chinelos laranjas.

— Oi, oi, que Pokémon você vai escolher como seu parceiro? Já se decidiu? — Fiquei olhando para ele, que pareceu se lembrar que não havia se introduzido ainda. — Ah é, a propósito, meu nome é Hau.

— Sou o Diogo, prazer — Falei tímido.

— Eu não me aguentei de esperar para escolhermos nosso Pokémon juntos, então vim te procurar eu mesmo — Litten saiu de trás de mim, se esfregando entre minhas pernas. — Uau, seu Litten é tão legal! Espera, você já escolheu?

— É que...

— Tivemos um pequeno imprevisto, Hau. Então deixei que Diogo escolhesse primeiro, sem você.

Hau colocou as mãos atrás da cabeça e sorriu. Acho que ele não ficou chateado com isso.

— De boa. O destino fez vocês se conhecerem, cara — Rowlet e Popplio pararam ao lado do professor. — De qualquer forma, eu já tinha feito minha decisão muito antes. Nós vamos fazer muita coisa juntos, amiguinho.

Rowlet voou até o ombro de Hau, que passou a mão pelas penas do Pokémon de Grama.

— Vamos seguir...

— Espera, professor. Rowlet e eu temos um pedido a fazer para o Diogo. Já que não escolhemos nossos Pokémon juntos, que tal sermos a primeira batalha um do outro?

— Claro, prometo não pegar leve.

— Fico excitado em assistir batalhas Pokémon — Comentou o professor. — Vou curar o Litten, Diogo, para vocês terem uma batalha justa.

Após Kukui curar Litten, Hau e eu entramos em posição. Olhamos nos olhos um do outro e mandamos nossos Pokémon para batalhar.

Litten era rápido, mas Rowlet conseguia desviar facilmente ao voar para longe dos ataques físicos. Ao fundo, eu podia ouvir o professor comemorar quando Litten acertava um golpe. Acho que ele está torcendo por mim.

Não posso perder diante dele, não mesmo.

— Certo, Litten, vamos acabar com isso! Vá, use Ember nele.

Ao me ouvir, o Pokémon de fogo correu na direção de Rowlet e saltou, cuspindo fogo no Pokémon de Grama e o jogando longe, aos pés de Hau.

— Rowlet está fora de batalha; o vencedor é o Diogo e seu Litten — Anunciou o professor.

— Nós conseguimos!

Litten pulou nos meus braços, passando a língua quente no meu queixo, enquanto eu afagava sua cabeça. Vi Hau levar Rowlet para sua Pokébola e sorrir, mesmo com a derrota. Ele colocou a Pokébola contra sua testa e murmurou:

— Nossa primeira derrota, Rowlet. Me desculpa por isso — Em seguida, ele veio até mim e me balançou pelos ombros. — Cara, vocês foram incríveis. Batalhar tá no seu sangue, não é?

— Bem... Meu pai foi membro da Elite Dos Quatro quando estávamos em Kanto, mas ele se aposentou.

— Seu pai é o Bruno, não é? — Perguntou Kukui.

— Sim, como sabe?

— Estive em Kanto alguns anos atrás, derrotei os ginásios e quase venci a liga. Seu pai foi durão; quase perdi para ele, mas foi o Lance quem me mandou de volta para casa.

— Uau, isso é incrível, professor.

— É, por pouco não me torno o campeão de Kanto — Kukui ficou olhando para mim, talvez se lembrando de meu pai. — Melhor seguirmos para Iki Town; é logo depois daquelas escadas.

Hau saiu andando, animado como sempre. Assim que estava longe o bastante, o professor se abaixou próximo de minha orelha e sussurrou:

— Sabia que iria ganhar, Diogo. Torci para você ganhar — Olhei para ele, o rosto completamente corado e apenas balancei a cabeça concordando. Kukui passou a mão por meu ombro, esbarrando na alça da minha regata e a derrubando. — Opa! Foi mal!

Engoli em seco e apenas continuei andando atrás dele. Meu coração está tão acelerado. Será que estou vendo coisas? Ele pareceu fazer de propósito, mas isso não é possível, não é? Mamãe falou que Kukui é casado. Ele não iria fazer isso comigo, não é?

Hau novamente me chamou, e eu tirei esses pensamentos da cabeça. Corri até eles e, juntos, entramos em Iki Town.

O lugar não era muito grande: algumas poucas casas, com pessoas e Pokémon brincando e conversando. Subindo mais algumas escadas de madeira, havia um pequeno palco, rodeado de outras casas e uma outra, a maior que tinha por aqui.

— Aqui é Iki Town, é pequena mas aconchegante. Aqui é onde as pessoas vêm para adorar o Pokémon que protege a ilha Melemele. Tapu Koko nos mantém seguros e felizes.

— Maneiro... — Murmurei.

Kukui olhou ao redor; seus olhos pareciam buscar alguém. Ele se esticou na ponta dos pés e olhou para o casarão lá longe, franzindo o cenho logo em seguida.

— Parece que o Kahuna não tá por aqui... — Ele cruzou os braços e se virou para nós. — Acho que deve ter acontecido algum problema na ilha que precisou dele.

— É, o Kahuna saiu sem dizer nada a ninguém, cantando uma cantiga ou algo assim — Falou Hau, colocando os braços atrás da cabeça. Logo depois ele sorriu grande. — Vou para casa um pouco. Tenho que mostrar o Rowlet para minha mãe!

Hau saiu correndo sem dizer mais nada. O professor Kukui sorriu e se virou para mim, cruzando os braços.

— Tive uma ideia, Diogo. Se você passar pela vila e subir a colina, pode ir visitar as ruínas que pertencem a Tapu Koko — Kukui apontou para onde eu deveria ir. — É a divindade guardiã da nossa ilha. Você pode ir e se apresentar. Se tiver sorte, pode acabar tendo um vislumbre dele.

— Não custa tentar.

— Eu vou ficar por aqui e esperar pelo Kahuna. Até mais, Diogo.

Seguindo as instruções do professor, subi a pequena colina. O caminho era bem arborizado, como tudo aqui em Alola. Litten continuava no meu encalço, quando se cansou de andar, pulou em minhas costas. Suas garras me escalaram, me arranhando um pouco no processo.

Litten se deitou em minha cabeça, sua pelagem quente esquentando meu chapéu. Fiz um carinho nele, brincando com seu nariz e ouvindo seu ronronar.

O caminho tinha diversos totens de madeira com pinturas brancas que pareciam ossos. Quando chegamos na metade, avistei uma garota ao longe e bem no fim da colina. Ela era loira, tinha um cabelo enorme e usava um chapéu branco maior ainda. Vestido branco, sapatilhas brancas e meias brancas que iam até seus joelhos.

A garota carregava uma bolsa grande que se mexeu ao chegar mais perto da ponte. Então ela falou:

— Eu sei! Eu sei. Vou te levar até as ruínas.

Sem perder tempo, corri atrás dela. Assim que cheguei, eu avistei a garota correndo em direção a ponte. Entretanto, antes que ela pudesse chegar lá, sua bolsa se mexeu de novo. De dentro, algo saiu voando.

Parecia um Pokémon, tinha olhos e boca. Porém, eu nunca tinha visto um Pokémon como aquele antes. Sei que existem vários tipos ao redor do mundo, mas aquele parece único.

O Pokémon era pequeno, tinha formato de nuvem e outras duas mini-nuvens grudadas em seu corpo, que também era sua cabeça. Era majoritariamente azul e roxo, com algumas partes em tons claros e escuros.

O Pokémon diferente voou até o centro da ponte, porém, antes que atravessasse, três Spearows apareceram. Os três atacantes rodearam o pequeno Pokémon, às vezes bicando e arranhando o coitado.

Me aproximei da garota, que se virou assustada para mim. Seus olhos verdes estavam chorosos e preocupados.

— Quem é você?

— Não ligue para mim! Você precisa salvar o Nebby. Não sou uma treinadora, não posso fazer nada. Aqui tem uma poção para o seu Litten. Por favor, salve ele.

Concordei com a cabeça. Não vou ficar parado assistindo um Pokémon sofrer dessa maneira e aquele Pokémon não parece saber se defender sozinho.

A ponte estava bamba, velha e cheia de tábuas quebradas. O Kahuna deveria ter vindo arrumar isso daqui. Assim que pisei na ponte, um quarto Spearow voou em mim.

Litten arranhou o Pokémon, que voou para longe e gritou irritado para nós.

— Litten, use Ember!

Fogo surgiu da boca de meu Pokémon e disparou no Spearow, que voou para longe indignado.

— Você conseguiu! Mas ainda tem mais.

— Relaxa, vou trazê-lo de volta. Litten, volte.

Trouxe meu Pokémon de volta para sua Pokébola e corri até o tal “Nebby”. O Pokémon estava assustado, um pouco machucado e cobria a cabeça. Mesmo balançando bastante, a ponte não cedeu com meu peso.

Entrei entre os Spearows e cobri Nebby com meu corpo. Os Pokémon voadores guincharam irritados, arranhando minhas costas com suas patas e me bicando com seus bicos.

— Tá tudo bem! Vai ficar tudo bem, Nebby.

O Pokémon me olhou, parecia haver admiração em seus olhos. De repente eu senti algo, como se alguma coisa estivesse prestes a acontecer. Então, com um clarão forte, uma pequena explosão aconteceu ao nosso redor.

A ponte cedeu e eu me agarrei a Nebby, o protegendo com meu corpo. O que aconteceu em seguida foi tão rápido que nem tive chance de processar. Um raio voou na minha direção, atacando os Spearows no ar e me pegando no colo.

Rapidamente fui levado para onde a garota estava e fui colocado no chão. Nebby estava em meu colo, mas meu foco estava no incrível Pokémon à minha frente. Ele era todo preto, com uma enorme crista alaranjas, acho que umas asas amareladas e uma pelagem laranja onde devia ser as pernas.

Soltando um grito alto, o Pokémon voou como um raio para longe de nós. Passado o susto, coloquei Nebby no chão e me aproximei da garota, que sorria agradecida para mim.

— Ah, graças a Deus! Você tentou usar seus poderes de novo, não é Nebby? Eu sei que estava tentando ajudar, mas naquela vez você ficou semanas sem se mexer. Não quero te ver daquele jeito de novo — Ela pareceu pensar um pouco e chacoalhou a cabeça, como se afastasse pensamentos ruins. — Eu não... Não deveria estar dizendo isso. Você me ajudou naquela vez. E eu nem...

O Pokémon, como se não estivesse nem ouvindo a garota, flutuou até uma pequena pedra brilhante. Ele a pegou e entregou à garota, que passou a mão na cabeça dele como agradecimento.

— O que é? — Perguntei.

— Uma pedra... Brilhante. Parece que está quente — A garota se virou para mim. — Me desculpe, eu nem mesmo agradeci a você por nos salvar.

— Você é o Kahuna? — Perguntei confuso.

A garota deu uma risada baixa, me deixando corado. Ela havia dito que não era uma treinadora e os Kahunas são os melhores treinadores das ilhas.

— Eu sou a Lillie, prazer em conhecê-lo — Ela pegou a pedra e colocou em minha mão. — Aqui, isso é seu!

— Tem certeza?

— Você vai arranjar alguma forma dela ser útil, diferente de mim.

Guardei a pedra no meu bolso. De alguma forma eu a senti ganhar peso, como se estivesse com seu dono de fato. Isso é estranho.

— Ah, será que poderia manter tudo isso em segredo? Digo, sobre o Nebby — Ela se virou para o Pokémon e abriu a bolsa. — Venha, Nebby, de volta para seu cantinho.

O Pokémon pareceu triste com isso. Dei um tchauzinho para ele e o coitado se escondeu dentro da bolsa dela. A garota estava saindo, quando se virou para mim de novo.

— É... Será que poderia me acompanhar até Iki Town? Estou com medo de ser atacada ou algo do tipo.

— Claro, sem problema.

Caminhamos juntos de volta pela trilha. Lillie era bem silenciosa, ou talvez fosse a timidez de nós dois. Ela parecia ser mais velha do que eu, talvez uns treze anos. É bonita, mas não me interesso por garotas da mesma forma que os garotos me interessam.

Quando chegamos na vila, avistamos o professor Kukui no palco. Ele sorriu para nós e balançou os braços. Não consegui evitar sorrir feito um bobo para ele.

— Ah, Diogo, você conheceu a Lillie? Ela é minha assistente — Lillie e eu subimos no palco. A garota parou de frente para o Kukui. — Pensei que estivesse com o Kahuna, Lillie?

— O Kahuna Hala? Ele disse que teve um imprevisto em algum lugar e saiu da vila sozinho — Ela olhou para os lados. — Eu só... Dei uma voltinha pela trilha Mahalo enquanto ele não voltava.

— E foi como você conheceu nosso novo vizinho Diogo, né? — Eles se viraram para mim e eu corei com a atenção repentina. — Ele chegou em Alola algumas horas atrás, então ajude-o a se encontrar por aqui.

— Então você é um conhecido do professor?

— Pode-se dizer que sim. Ele é primo da minha mãe, então é meio que meu primo também.

— Bom, adoro minha família, não importa de qual grau seja.

O professor tocou meu ombro, me fazendo corar de novo e eu pude ouvir sua risada baixa. Parece até que ele tá fazendo de propósito.

— O Kahuna voltou!

— Kahuna Hala tá de volta!

— O escolhido pelo nosso guardião!

Ouvimos um pequeno tumulto e eu olhei para onde todos estavam olhando. Um homem grande vinha na nossa direção. Ele parecia velho, tinha cabelos brancos e longos, presos da mesma forma que o Hau prende os dele. Um bigode branco, olhos castanho-escuros e a pele negra.

Ele é bem corpulento, mas não era feio. Usava uma camisa azul, um shorts branco, uma faixa branca amarrada na cintura e um kimono amarelo com flores em tons mais escuros. Todos foram cumprimentá-lo, que sorria e acenava para eles.

— O que eu perdi? — Perguntou Hala, olhando diretamente para mim.

O homem sorriu, segurando a faixa em sua cintura e a balançando.

— Aí está você, Kahuna Hala! Teve algum problema no caminho? — Perguntou Kukui, sorrindo para o homem.

O grande homem riu, se aproximando de nós e parando ao meu lado.

— Nada demais, acabei me envolvendo em uma briga de Rockruff, só isso! — Ele olhou para Lillie. — Lillie, querida, o que você tava dizendo? Pensei ter visto Tapu Koko voando agora pouco...

— Sim, Kahuna Hala. Nebby acabou sendo atacado por alguns Spearows na ponte e o Diogo protegeu ele. Mas então a ponte quebrou e eu achei que os dois iriam cair bem no fundo da ravina. Foi então que a divindade guardiã da ilha apareceu bem a tempo para salvá-los.

— Tá aí algo que não se ouve todo dia! — Falou Kukui, me olhando com um sorriso de admiração.

Senti meu rosto corar e o Kahuna Hala ficou me observando.

— Embora seja nosso protetor, Tapu Koko é uma criatura bastante inconstante. E mesmo assim ele saiu para te proteger, garoto — Hala continuava me olhando com curiosidade. Por fim ele se virou para o professor. — Kukui, meu garoto, acho que temos um motivo para celebrar. Parece que temos um novo e corajoso treinador Pokémon entre nós!

O Kahuna se aproximou de mim, sua aura era intimidante como a do professor, mas havia uma suavidade que eu não sabia explicar. Ele tocou meus ombros, seus dedos fortes me apertando um pouco e me fazendo tremer as pernas. Apesar da barriga grande, ele parece ter alguns músculos nos braços.

— Tô muito feliz por conhecê-lo, criança. Eu sou Hala, o Kahuna da ilha de Melemele. Seja bem-vindo a Alola. O jovem Kukui aqui disse que estaria vindo e me disse coisas boas sobre você — Tanto Kukui, quanto Hala, ambos estavam me olhando com sorrisos estranhos, mas que não me causavam medo.

— Bom, aqui tem um presente carinhoso meu, Diogo — Kukui se aproximou, o sorriso em seus lábios me fez corar mais ainda enquanto eu ouvia. Um presente? Carinhoso? Ele me entregou um pequeno dispositivo com uma tela nele e alguns papéis também. — É uma Pokédex, vai te manter informado de todo e qualquer tipo de espécie de Pokémon que temos aqui em Alola. Além do seu passaporte de treinador, tome conta deles. Agora que conheceu o Kahuna, que tal voltarmos para casa?

Concordei com a cabeça e estava para me despedir de Hala, quando escuto uma voz conhecida gritar meu nome.

— Ei, Diogo, espera um segundo!

Hau subiu o palco correndo, pulando de dois em dois degraus. Hala se aproximou de nós e falou:

— O que foi, Hau? Se esqueceu de alguma coisa?

— Sério que logo você tá me perguntando isso? — Hau colocou as mãos na cintura e fez careta. Acho que ele e Hala se conhecem bem para ter esse tipo de intimidade. — Quem foi que esqueceu de contar que estava saindo para dar uma voltinha por aí?

Hala olhou para o minha bolsa e murmurou algo:

— Hum... Diogo, posso dar uma olhadinha nessa sua pedra brilhante?

— Claro, sem problemas.

Peguei a pequena pedra e estreguei ao homem. Ele examinou, franzindo o cenho e, vez ou outra, me olhava de esguelha.

— Será quê...?

— Tutu, será que é...?

O que tá acontecendo?

— Você disse que foi salvo pelo Tapu Koko na ponte, não é?

— Sim, por quê?

— E ele ainda te deu essa pedra... Parece que você ter vindo para cá é porque seu lugar é aqui, Diogo — Abri um sorriso para eles. Eu também sinto isso, apesar de ter chegado só há algumas horas. — Vou ficar com essa pedra por enquanto. Não se preocupe! Vou te devolver amanhã à noite. Você tem os ingredientes de um brilhante treinador. Eu posso ver essa luz dentro de você! Tem que nos dar a honra de se juntar a nós no nosso festival amanhã.

— Com prazer, Kahuna Hala!

— É isso aí, garoto!

— Primeiro eu vou ter certeza de que chegou seguro em casa, Diogo — Falou Kukui, passando o braço em volta de meu pescoço e beliscando minha bochecha sem muita força. — Lillie, você também vem. Não vou te perder de vista dessa vez. Você e o seu precioso Pokémon.

Kukui continuou com o braço em volta de meu pescoço, enquanto que Lillie nos seguia. Ele não disse nada sobre isso, então também não quis falar e estragar isso. Apenas mantive um sorriso nos lábios e continuei andando, sentindo a quentura do corpo do professor.

O caminho até em casa foi mais rápido do que eu gostaria. Logo estávamos em frente de casa, Kukui bagunçou meu cabelo uma última vez e seguiu em direção a praia, com Lillie ao seu lado.

Será que ele mora naquela cabana velha? Lillie também mora com ele?

Ignorei os pensamentos da minha cabeça e entrei em casa. Mamãe estava na cozinha, enquanto que Meowth nos esperava na sala. Litten estava para fora e assim que viu o outro Pokémon, começaram a brincar um com o outro. Era até que fofo ver isso.

— Cheguei! Mamãe, vem ver meu Pokémon, ele até me salvou de um Pokémon selvagem lá fora.

— Que fofinho, filho. Outro Pokémon gatinho para nós.

No dia seguinte.

Mamãe e eu estávamos na varanda de casa. O Sol estava se pondo no horizonte de Alola, dando cores alaranjadas para o céu. Hoje teríamos esse tal festival em Iki Town, mamãe falou que geralmente ocorrem batalhas em oferecimento ao Tapu Koko.

A campainha tocou duas vezes. Mamãe e eu saímos da varanda e ela me mandou atender, porém, antes que eu chegasse lá, a porta se abriu e o professor Kukui entrou com um sorriso no rosto.

— Ah, e aí, Diogo? Quer vir comigo para o festival? — O sorriso dele sempre vai me contagiar.

— Claro, vou chamar minha...

— Kukui, finalmente nos encontramos priminho — Mamãe abraçou ele, que sorriu envergonhado. — Vocês podem ir na frente, Meowth e eu vamos desempacotar algumas caixas aqui. Encontro vocês lá!

— Tem certeza?

— Claro, vá se divertir com seu novo parceiro, docinho.

Mamãe me deu um beijo na bochecha e eu sorri, pegando na mão de Kukui e o puxando para fora. Litten estava logo atrás de nós, correndo ao meu encalço.

— Mais devagar, Diogo, não sou tão jovem quanto antigamente.

Kukui brincou, mas corria tão rápido quanto eu. Em poucos segundos pudemos chegar na rota 1, dessa vez viemos pelo lado leste. Só fomos parar de correr quando chegamos na grama alta.

O professor avisou que iria me ensinar a capturar Pokémon e fez uma demonstração para mim. Eu o observei capturar o Grubbin, um Pokémon do tipo Inseto. Ele era bem didático e sempre sorria quando me olhava e notava que eu prestava atenção em tudo o que ele dizia.

Após terminarmos, Kukui perguntou se eu gostaria de procurar por algum novo Pokémon e eu apenas disse que não, que estava ansioso para o festival. Juntos nós continuamos nosso caminho e eu até tive que fazer algumas batalhas contra alguns treinadores. Aparentemente, quando dois treinadores se encontram, é quase que obrigatório uma batalha.

Quando estávamos quase chegando em Iki Town, um garotinho correu até o professor Kukui e pediu ajuda. Parece que o Pichu dele havia corrido para uma parte de Melemele que haviam Pokémon fortes demais. O professor disse que era para eu ir na frente, que me encontrava depois.

Apesar de sentir pena do garoto, não consigo evitar de sentir uma certa raiva por ele ter atrapalhado meu momento com o professor. Vi os dois caminharem em direção ao norte e passarem por um portão de madeira. O professor empurrava o garoto pelas costas, conversando com ele e, provavelmente, o consolando.

O mais velho olhou para os lados antes de fechar o portão e desapareceu de minha vista com o garoto. Ele devia ter uns nove anos, não sei ao certo.

Como Kukui pediu, segui em frente e, antes que pudesse entrar em Iki Town, avistei duas figuras paradas ali perto. Me aproximei um pouco, tentando passar, foi quando ouvi a conversa deles:

— Então... Isso é o que eles chamam de festival? — Perguntou o homem mais velho.

— Eles parecem estar se divertindo lá — Falou a garota.

Esses dois se vestem tão estranhos. Uma roupa bem colada ao corpo, com um tipo de capacete e uma viseira futurista. Dava para ver certinho o formato da bunda deles, quase como se a roupa fosse a própria pele deles.

— Eles não deveriam! — Falou o homem, a voz dele era grossa. — Como se fosse hora para comemorar...

— Você não precisa se esforçar tanto para agir como se não estivesse interessado, sabe? Talvez um festival não seja ruim. As medidas de aura estão bem altas!

— Estão? — A voz do homem se tornou sorrateira. Acho que eu não deveria estar ouvindo isso. — É somente graças ao Ofuscante que Alola está transbordando tanto brilho. Embora o Ofuscante esteja em tal estado agora, tão escuro e enfraquecido...

— Mas nós só temos que fazer o Ofuscante brilhar de novo, não é? Como era antigamente. Então vamos começar a dar uma olhada ao redor!

O homem concordou, então ambos se viraram para mim. Eles não pareciam irritados, a garota sorria, mas o homem continuou sério. Eu conseguia sentir seus olhos me encarando, principalmente o do homem. Notei que ele me escaneou dos pés a cabeça e eu novamente senti aquela aura intimidante de novo.

— Você... Também é novo nas praias de Alola — Isso não foi uma pergunta. Ele tem um bom sentido. — Um companheiro de viagem de terras distantes...

Sem dizer mais nada, ambos saíram andando. Os segui com o olhar, apenas para ver o homem se virar de costas e me pegar os olhando. Ele não sorriu, não acenou, apenas voltou a se virar e seguiu a garota que estava com ele. Ela parecia ter minha idade, com cabelos ruivos, enquanto ele tem cabelos roxos.

Melhor tomar cuidado com eles.

Quando entrei em Iki Town, meus olhos brilharam com o que eu vi. Todo mundo estava contente, com crianças brincando por aí, adultos dançando com seus pares e Pokémon alegrando a festa. Eu vi até mesmo um Exeggutor de Alola, muito diferente dos de Kanto. Esse daqui é enorme e tem até mesmo uma cabeça na ponta do rabo.

Hala veio caminhando na minha direção. O homem sorriu para mim, me fazendo sorrir também. Logo escutei sua grossa voz:

— A região de Alola é composta por quatro ilhas e cada ilha tem seu próprio guardião Pokémon. Nosso festival de hoje é realizado para expressar nossa gratidão a essas divindades por sempre estarem ao nosso lado.

— Tudo aqui é incrível, Kahuna Hala — Falei animado.

— Bom, nós chamamos de festival, mas é só essa coisinha que você está vendo. Pode não haver muitos de nós, mas sempre nos esforçamos muito — Ouvi-lo tão respeitoso assim é inspirador.

— O que tem é o suficiente, Kahuna Hala. As pessoas aqui, em especial o professor Kukui e o senhor, é o bastante para me fazer sentir em casa e seguro.

Hala estreitou os olhos, um sorriso amarelo surgindo em seus lábios.

— Garoto, você sabe como agradar um hom... Digo, como agradar alguém.

Sorri envergonhado e o Kahuna me deu passagem, me deixando ir conversar com Hau. O garoto estava brincando com Rowlet perto de uma escada. O Pokémon de Grama voava ao redor dele, até que pousou em seu ombro e bicou gentilmente a orelha de meu amigo.

— E aí, Diogo? — Falou Hau, assim que me avistou. Esse garoto nunca cansa de sorrir, ainda bem. — Cara, achei que você nunca chegaria. Rowlet e eu estamos esperando há séculos.

— Foi mal, o professor parou para me ensinar a capturar Pokémon e depois tive um encontro com duas figuras estranhas, aí o Kahuna parou para conversar comigo...

— Seu caminho foi tumultuado até aqui.

— Nem me fale!

— Já te explicaram sobre hoje à noite? — Neguei com a cabeça e ele suspirou.

— Chegamos bem na hora — Ouvi a voz do professor e me virei para vê-lo. Lillie estava com ele, além do garoto que tinha seu Pichu no ombro. O garoto deu tchau para o professor e correu em direção a sua casa. — Adoro ajudar crianças em apuros.

— Na hora para quê, professor? — Perguntou Lillie.

— Um festival completo para batalhas Pokémon. Nós lutamos em nome de Tapu Koko, colocando nossos melhores movimentos em uma competição amigável para agradar nosso guardião — O professor parece bem animado.

— Quem vai lutar hoje? — Perguntei curioso.

— Ora, quem mais? Você e Hau farão as honras hoje. Ambos iniciaram suas vidas como treinadores ontem, nada melhor do que celebrar com uma batalha entre vocês — Falou Kukui, que piscou para mim.

Todo isso deveria me assustar, mas ele me fez ter confiança o bastante.

— Eu não gosto de ver Pokémon batalhando um contra o outro, já que eles podem se machucar. Mas eu vou assistir vocês dois, porque somos amigos.

— Bom, vamos garantir que seus Pokémon estejam em perfeito estado, crianças — Falou Hala, que se aproximou de nós. Ele usou algumas poções em Litten, que estava um pouco cansado das batalhas na rota, mas logo estava pronto. — Podemos começar, Diogo?

— Vamos lá, Hau. Hora de mostrar a todo mundo que somos ótimos treinadores!

— Isso aí, Diogo.

Corremos em direção ao palco. Todo mundo estava nos olhando, inclusive mamãe, que acenava sorridente para mim. Meowth estava no ombro dela, também torcendo. Eu não conseguia me sentir mais feliz.

Hala iria ser o juiz da batalha, pronto para garantir a segurança de todos. Ele se posicionou no centro e começou a falar:

— Por toda a vida em nossa ilha e para aqueles que encaram o desafio da ilha com alegria no coração, oramos por sua proteção... Por eles e por toda Melemele. Que esta batalha seja uma oferenda à divindade guardiã da nossa ilha – Tapu Koko. — O Hala fala tão bonito e imponente. — Perante vocês está Hau – neto do Kahuna.

Hau subiu ao palco ao som de aplausos e assovios. Então ele realmente é próximo do Hala. Tem uma certa semelhança, eu acho.

— Vamos nos divertir, Rowlet!

— E, perante ele, está Diogo – aquele que se encontrou com Tapu Koko.

Assim que subi ao palco pude ouvir alguns murmúrios ao meu redor sobre Tapu Koko. Acho que devo ser mesmo sortudo por ter sido salvo por ele.

— Litten! Cuide bem do meu pequeno Diogo! — Gritou mamãe.

— Contanto que nós dois nos divertimos, acho que podemos chamar isso de uma grande batalha, certo? — Falou Hau, sorrindo para mim.

— Hau! Diogo! Revelem o poder de seus Pokémon! — Gritou Hala, iniciando a batalha.

Hau sacou duas Pokébola do bolso, me assustando de início. Acho que eu deveria ter capturado um Pokémon para me ajudar aqui.

— Pichu, eu escolho você!

— Litten, vá!

Os dois Pokémon se encararam, ambos ansiosos esperando pelas nossas próximas ordens. Hau tinha uma vantagem contra mim, dois contra um. Preciso tomar bastante cuidado e acabar com isso rápido se eu quiser ganhar.

— Litten, use Ember.

— Pichu, Thunder Shock.

Litten se preparou para atacar, mas o ataque elétrico de Pichu saiu mais rápido. Meu Pokémon gritou de dor, olhando raivoso para o outro. Em uma cuspida rápida, o ataque de fogo dele saiu.

Pichu tentou desviar, mas foi pego pelas brasas e saiu rolando, caindo aos pés de Hau. O Pokémon tentou se levantar, caindo uma vez antes de conseguir. Provavelmente foi um ataque crítico.

Os golpes que Litten sabe usar se mostravam na minha Pokédex. Scratch, Ember, Growl e Lick. Se não estou enganado, A linha evolutiva de Pichu tem Static como habilidade, então um ataque físico não é muito indicado.

— Pichu, use Tail Whip.

— Litten, Ember, agora!

Pichu balançou o rabo em frente ao Litten, que teve sua defesa física abaixada. Enquanto isso, o golpe do meu Pokémon foi direto contra o Pichu, que bateu com força contra as pernas de Hau antes de cair desmaiado.

— Pichu está fora de jogada, ponto para Diogo — Anunciou Hala.

— Vai Diogo, você consegue! — Gritou Kukui, me animando.

— Isso ainda não acabou, você tá perdido agora! Vá, Rowlet, vamos acabar com isso!

Rowlet saiu da Pokébola, o olhar dele indicando que queria ganhar.

— Rowlet só sabe ataques físicos por enquanto, não é? Por isso pediu para o Pichu baixar a defesa do Litten.

— Fiz o básico — Brincou Hau. — Rowlet, use Peck nele.

— Litten, jogue seu melhor Ember, parceiro.

Rowlet se preparou para voar, mas Litten foi mais rápido. Atacando um Ember forte e superefetivo contra ele. O ataque deixou o Pokémon de Grama em chamas, o que abaixou o ataque físico dele.

O ataque de Rowlet não doeu com tanta força assim. Litten estava de pé, enquanto Rowlet desmaiava graças a queimadura que sofreu. Eu venci.

— Uau, já acabou? — Falou Hau, sorrindo.

Ele não parece triste por ter perdido.

Ao meu redor, todo mundo comemorou. Consegui até mesmo ver o Kukui dando um salto em comemoração, erguendo o punho bem alto.

— Isso foi incrível, Diogo — Hau realmente não está triste.

Ao longe pudemos ouvir o grito de Tapu Koko.

— Vocês ouviram, até mesmo Tapu Koko concordou que foram incríveis. Ah, eu já estava me esquecendo. Acho que isso é seu, Diogo — Hala me entregou um bracelete preto, com um pequeno Z em branco e uma fenda nele. — Esse é o seu Z-Power Ring, com ele você pode extrair toda a força que está no seu Pokémon. Com ele você pode trazer o Z-Power deles. Embora você precise passar pelo desafio da ilha e coletar os Z-Crystals.

— Bem, tá na hora de você sair e começar o seu desafio da ilha.

— O que é desafio da ilha, professor? — Perguntei.

— Quatro ilhas! — Ele levantou quatro dedos para mim. — Você vai viajar para as quatro ilhas aqui da região de Alola. O desafio da ilha é para tentar ser o melhor treinador – o campeão do desafio da ilha.

— Parece divertido! Mal posso esperar para ter uma boa aventura — Falou Hau.

— Eu também, vai ser incrível.

— Vou entregar a vocês os amuletos que permitirão que vocês dois façam o desafio da ilha — Hala entregou um amuleto para Hau e depois um para mim, que eu pendurei em minha mochila. É um amuleto com as bordas douradas e as cores amarelo, rosa, vermelho e roxo, nele.

— O desafio da ilha é o melhor jeito de conhecer Alola. Bom, às vezes — Brincou Kukui, rindo para mim. — Bom, vou levar vocês crianças para casa.

Novamente o professor Kukui caminhou comigo e Lillie. Ele novamente passou o braço por meu pescoço, enquanto a garota murmurava atrás de nós que gostaria de se encontrar com Tapu Koko de novo. Acho que eu também desejo isso.

O professor parecia bem animado comigo fazendo esse desafio da ilha. Eu só sabia sorrir para ele, também animado com a empolgação dele. Quando estávamos saindo de Iki Town, encontrei o garoto que Kukui ajudou. Ele estava saindo de trás de um carro e levantando a calça, logo atrás dele estava um cara bem alto, com braços fortes e bonitão, que também estava levantando o shorts.

Ao notarem que eu estava olhando, o garoto saiu correndo, enquanto o homem levou a mão até os lábios e pediu silêncio. Olhei para o professor Kukui, que me encarava com um sorriso ladino. Ele levou a mão até em frente a minha boca e a fechou como se fosse um zíper.

Eu apenas concordei com a cabeça e o restante do nosso trajeto continuou o mesmo. Quando chegamos em casa, o professor Kukui pediu para Lillie ir na frente, enquanto ele veio se despedir de minha mãe, que nos esperava na porta junto de Meowth.

Após se certificar de que estávamos em casa, ela avisou que iria se deitar por estar bem cansada. Quando finalmente estávamos sozinhos, Kukui se aproximou de mim e me colocou contra a parede, colocando o corpo contra o meu.

— Entende que aquilo que você viu tem que ficar só entre a gente, não é? — Concordei com a cabeça.

— Não é minha primeira vez vendo isso — Murmurei.

— Bom saber. Conto com sua discrição, priminho — Kukui se abaixou e beijou o canto de minha boca. — Boa noite, Diogo.

Ele se afastou com um sorriso, seguindo em direção à praia. No chão ao meu lado, Litten se esfregou na minha perna.

— Litten, parece que Alola vai ser o melhor lugar para mim. Aqui eu vou florescer, ainda bem que tenho você comigo.

Ele esfregou o focinho no meu, lambendo meu rosto bem onde o professor havia beijado. A língua dele era quente, mas não era um incomodo ser lambido por ele. CONTINUA...

Comentários (2)

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  • TheSis: Cara que conto maravilhoso KKK faz um grupo no tele pra divulgar os capítulos de acordo com o que for lanchando, você escreve muito bem e sua história tem cara de que vai ser maravilhosa

    Responder↴ • uid:fuorjdqrcr
  • Psv18y: Gnt eu tô amando hehehe,na verdade eu amo cada conto de vcs hehe

    Responder↴ • uid:3yny8uemxicp