A Noite da Filhas do Ventre - (Demoníaco)
Um ritual proibido une jovens bruxas em luxúria e sacrifício. Sombras profanas violam seus corpos, culminando no nascimento de uma entidade demoníaca.
A noite estava morna, e a brisa carregava o perfume úmido da terra e do vinho derramado. O campo verdejante da aldeia, banhado pelo luar pálido, tornava-se o palco de um ritual proibido.
Cinco bruxas, nuas como pecadoras recém-chegadas ao inferno, rodeavam o altar de pedra. Suas peles, iluminadas pelo fogo bruxuleante das velas, brilhavam com um leve suor, reflexo da excitação e do calor do momento. Cada uma delas trazia no olhar um desejo que os mortais comuns jamais ousariam compreender.
“Elaya…” Myria aproximou-se da mais jovem, roçando a ponta dos dedos em seu queixo. Sua voz era um sussurro carregado de promessas. “Está pronta para sentir o toque do Deus?”
Elaya engoliu em seco. O ar ao seu redor parecia pesado, impregnado de um cheiro adocicado de incenso e carne quente. Sua respiração estava entrecortada. Seu corpo tremia, mas não de medo—era expectativa, um fogo ardendo sob sua pele.
“Sim…”
As bruxas se aproximaram, seus corpos colando-se ao dela como serpentes ao redor de uma presa voluntária. Mãos deslizaram por seus ombros, descendo lentamente até seus seios, moldando a carne macia entre dedos firmes. Polegares passaram sobre seus mamilos endurecidos, provocando um gemido curto que se perdeu na brisa.
Outra mão escorregou por suas costas, percorrendo a curva da lombar antes de descer e apertar a plenitude de sua bunda. Unhas arranhavam de leve sua pele, deixando trilhas de fogo por onde passavam. Elaya arfou, o peito subindo e descendo num ritmo frenético.
O toque delas a consumia.
As respirações quentes contra sua pele, os suspiros entrecortados ecoando no campo, o leve som úmido dos dedos deslizando sobre a carne suada—cada sensação a afundava mais fundo no abismo do prazer proibido.
Myria sorriu. “Deitem-na.”
As bruxas guiaram Elaya até o altar. O contato frio da pedra contra suas costas fez seu corpo arquear involuntariamente. Seus cabelos se espalharam sobre a superfície manchada de velhas oferendas, e sua pele reagiu ao contraste de temperaturas.
Mãos continuaram a explorá-la.
Dedos subindo por suas coxas, traçando caminhos invisíveis sobre sua pele sensível. Palavras em um idioma esquecido foram sussurradas contra seu ventre, enquanto lábios roçavam sua pele como se a adorassem. Uma língua quente provou o suor em sua clavícula, enquanto unhas arranhavam seus quadris com possessividade.
O som da noite se transformou.
As cigarras haviam parado. O vento parecia mais denso, carregado de murmúrios. As velas tremulavam, e então… ele chegou.
O ar vibrou com algo invisível, como se um trovão surdo tivesse sacudido o campo. As sombras ao redor do altar se alongaram, contorcendo-se como serpentes. Um cheiro metálico preencheu o espaço—ferro e enxofre, o aroma cru de algo que não pertencia àquele mundo.
Elaya ofegou quando sentiu o primeiro toque.
Não era humano.
Era algo mais.
Mãos que não estavam lá passaram sobre seu corpo, explorando-a como se a esculpissem. Deslizaram por seus seios, pressionando os mamilos com uma adoração profana. Uma carícia invisível percorreu sua barriga, desenhando símbolos ardentes em sua pele. Suas coxas foram forçadas a se abrirem mais, expondo-a completamente ao vazio entre as sombras.
E então veio o sopro.
Um hálito quente roçou entre suas pernas, arrancando-lhe um gemido longo e desesperado. Seu corpo inteiro estremeceu, a pele arrepiada da nuca até os dedos dos pés. As bruxas ao seu redor começaram a gemer também, como se a presença profana tocasse todas ao mesmo tempo.
As sombras se enredam em torno delas.
Corpos colaram-se uns aos outros, bocas buscaram bocas, dedos deslizaram para dentro de lugares quentes e úmidos. O campo virou um templo de luxúria, um santuário de prazer demoníaco.
E então, Elaya sentiu algo diferente.
Algo dentro dela se movia.
Seu ventre começou a inchar, pulsando sob a pele como se algo vivo estivesse crescendo dentro dela. As carícias se tornaram mais intensas, mas junto ao prazer veio algo mais sombrio—uma dor profunda, uma sensação de que algo estava prestes a romper.
O altar tremeu.
O fogo das velas se extinguiu de uma vez.
E então… rasgou.
Um estalo molhado.
Depois, o sangue.
Negro e denso, escorrendo de seu ventre dilacerado, impregnando o altar, manchando as bruxas. A criatura emergiu devagar, como um recém-nascido profano saindo do útero de sua mãe amaldiçoada.
Mas aquilo não era uma criança.
Era um homem, e ao mesmo tempo… não era.
Pele lisa, úmida, pulsante como carne recém-parida. Membros longos demais, garras escuras na ponta dos dedos. Ele ergueu, nu, seu corpo exalando um calor intenso que fez as bruxas suarem em um segundo.
E então… ele abriu os olhos.
Duas fendas incandescentes, como brasas ardendo na escuridão.
As bruxas ficaram paralisadas, presas no torpor da excitação e do horror.
Elaya ainda estava deitada sobre o altar, com os olhos abertos, mas vazios. Um sorriso lascivo curvava seus lábios manchados de sangue. Seu ventre rasgado não sangrava mais—ele cicatriza rapidamente.
Ela havia dado à luz a Deus.
E então, a escuridão avançou.
As sombras se desprenderam do altar como um mar faminto, serpenteando entre os corpos das bruxas. Mãos invisíveis as agarraram, puxando-as de volta ao círculo. O medo e a devoção se misturavam em seus olhos arregalados, os lábios trêmulos entre orações profanas e gritos sufocados.
A última coisa que se ouviu no campo antes da escuridão engolir tudo foram os gemidos desesperados das bruxas… misturados às risadas das sombras.
Depois, o silêncio.
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