O azar leva ao prazer
O clube estava lotado naquele dia, o sol brilhando e o som das crianças na piscina enchendo o ambiente de vida. Hugo, no entanto, não estava exatamente no clima para se divertir. Sentindo o estômago embrulhado, ele caminhou apressado para o vestiário.
O lugar era simples e funcional. Os chuveiros ficavam alinhados em boxes separados apenas por pequenos muros baixos, e o espaço dos sanitários era ainda mais desprovido de privacidade: cabines sem portas, escancaradas para qualquer um que passasse. Hugo torceu para que ninguém reparasse nele, mas não havia muito o que fazer.
Só que, no meio do processo, veio o pior cenário possível: não havia papel higiênico. Hugo congelou, olhando para os lados, mas já sabia a resposta – nenhuma cabine ali tinha portas, muito menos rolos extras escondidos. Ele só tinha uma saída: pedir ajuda.
Engolindo o constrangimento, ele olhou por cima da mureta baixa, avistando dois rapazes que estavam no chuveiro. Um deles era um pouco mais velho, musculoso, e parecia completamente à vontade enquanto ensaboava o peito. O outro era um jovem magro e bronzeado, que estava rindo de algo que o amigo disse.
“Ei, cara...” Hugo chamou, tentando soar casual, mas sua voz saiu trêmula.
Os dois pararam e olharam para ele, confusos no início, mas depois claramente curiosos.
“Ah... é que... não tem papel aqui. Será que vocês podem me ajudar?”
O mais jovem soltou uma risada alta, tentando cobrir a boca com a mão. O outro ergueu uma sobrancelha, olhando para Hugo de cima a baixo, antes de responder:
“Sem papel? Que azar, hein.” Ele deu um sorriso torto, como se estivesse se divertindo demais com a situação.
“Por favor, cara. Qualquer coisa serve!” Hugo insistiu, sentindo o rosto queimar de vergonha.
O mais jovem deu um passo à frente, ainda rindo, e inclinou a cabeça. “Se quiser, eu posso dar uma ajudinha...” Ele disse isso com uma mistura de provocação e algo que Hugo não conseguiu identificar direito – se era brincadeira ou se ele realmente estava falando sério.
Hugo arregalou os olhos, incrédulo. “O quê?!”
“Relaxa, só uma mão amiga,” o rapaz respondeu, enquanto o amigo do lado gargalhava ainda mais alto, a ponto de se apoiar na divisória do box para não cair.
“Para com isso, cara!” o outro interrompeu, ainda rindo, mas puxando o amigo para trás antes que ele fosse longe demais.
O rapaz mais velho segurava o rolo de papel como se fosse um troféu, enquanto o mais jovem, rindo tanto que mal conseguia ficar em pé, insistia em prolongar a provocação. Hugo, preso na cabine, já estava à beira de um colapso de vergonha.
“Beleza, já que você não consegue se virar sozinho, vamos resolver isso,” disse o mais velho, dando um passo decisivo e entrando na cabine de Hugo.
“Não! Não precisa! Só me dá o papel!” Hugo tentou argumentar, mas o outro parecia empenhado demais em transformar aquele momento em uma grande piada.
O mais jovem, ainda do lado de fora, decidiu que não queria perder a chance de se envolver. “Ah, cara, deixa eu ajudar também! Vamos agilizar isso.” Ele entrou logo atrás, deixando a cabine minúscula apertada com os três.
“Por que vocês estão aqui? Saiam! Eu não preciso de ajuda!” Hugo implorava, vermelho de vergonha.
“Relaxa, mano,” o mais velho respondeu, segurando o riso. “Vira aí, vamos acabar com isso logo.”
Sem saber mais o que fazer, Hugo, num misto de desespero e resignação, se virou parcialmente, segurando a parede com uma mão enquanto o outro levantava o papel higiênico. “Tá bom, mas rápido, pelo amor de Deus!”
O mais jovem estava se dobrando de tanto rir, mal conseguindo segurar o equilíbrio dentro do espaço apertado. “Cara, isso é hilário. Nunca vi alguém tão desesperado assim.”
O mais velho pegou Hugo pela cintura deu um puxão.
Vai vira direito.
Vou limpar seu cuzinho, deixar limpinho.
Vai porra empina essa bundinha para eu limpar.
Hugo empinou.
E o mais velho passou o papel no cu de Hugo.
E foi exatamente nesse momento, enquanto Hugo estava virado e vulnerável, que uma voz grave e poderosa ecoou pelo vestiário:
“HUGO?! QUE PORRA É ESSA?!”
O tempo parou. Hugo congelou, os olhos arregalados. Ele reconhecia aquela voz em qualquer lugar. Lentamente, virou a cabeça, e ali estava seu pai, parado atrás de nós, com os olhos arregalados, claramente tentando processar o que via.
A cena não poderia ser mais comprometedora: Hugo virado com a bunda empinada, o mais velho segurando o papel higiênico, já sujo e o mais jovem abrindo bem as bandas das bundas de Hugo.
“Pai?!” Hugo gritou, num tom de puro desespero.
Os dois rapazes também congelaram. O mais velho tentou explicar, levantando as mãos como se fosse inocente. “Senhor, calma, a gente só tava ajudando ele! Ele precisava de papel, e aí...”
“Ajudando?!” O pai cruzou os braços, as sobrancelhas franzidas em pura indignação. Ele apontou para o rapaz mais velho, que ainda segurava o papel. “Você tava limpando o meu filho?! Vocês os 3 aqui dentro nus.
Que merda é essa?! Literalmente!”
“Não é isso! Não é isso!” Hugo tentou gritar, se virando de vez, mas isso só piorou a situação, já que ele ainda estava completamente exposto.
O mais jovem, ainda tentando conter o riso, balançava as mãos no ar. “Senhor, foi mal, foi mal! A gente só tava tentando dar uma mão... quer dizer, uma ajuda!”
“Uma mão?!” O pai deu um passo à frente, e os dois rapazes imediatamente tentaram sair da cabine.
Pai de Hugo deu um soco na cara do mais velho.
O mais velho tropeçou no pequeno espaço e quase caiu, enquanto o mais jovem escorregou no chão molhado e saiu engatinhando de tanto rir.
“Hugo, você tá maluco?! Precisava pedir ajuda pra esses caras?!”
“Pai, eu só... eu só precisava de papel! Eles é que... entraram aqui do nada!” Hugo tentava explicar, mas o constrangimento era tão grande que as palavras saíam todas emboladas.
Os dois rapazes, já fora da cabine, trocaram olhares e desapareceram o mais rápido que puderam, ainda rindo e murmurando coisas um para o outro.
O pai suspirou, balançando a cabeça. “Termina logo isso e vem pra fora. E nunca mais me faz passar por isso. Que vergonha, moleque. Que vergonha.”
Hugo sabia que jamais esqueceria aquele dia. E, com certeza, nunca mais voltaria a pisar naquele clube sem querer cavar um buraco para se esconder.
Passou um bom tempo, Hugo ficou ali perto de sua família e seu pai de olho nele.
Hugo foi buscar água no bar.
Assim que Hugo senta no bar à espera de sua água.
Seu irmão mais novo vai ao seu encontro correndo.
Hugo Hugo.
Mandaram te entregar.
Quem te entregou isso?
Não sei irmão, foi um homem alto.
Hugo pega o bilhete e lá está escrito.
"Eu não gosto de começar uma bondade e não terminar, eu irei ainda terminar o que comecei.
O cheiro de sua bunda de merda ainda está na minha mão.
Ainda vou te ajudar, não se preocupe, e devido ao soco que seu pai me deu, não se preocupe, você depois responde por isso"
Com carinho, Papel higiénico
Comentários (3)
Papo Reto: Gostei! Espero que os caras comam você e seu pai flagre e te coma também.
Responder↴ • uid:1cm8r4o1pudm1Team Bob: Nossa que merda foi essa kkk
Responder↴ • uid:h6r679bhlkGatin: Gostei do conto, espero que tenha continuação. Caso queira conversar, meu tele é @Gdpdbq
Responder↴ • uid:1e08xev4b7h5n