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As Aventuras de Kit - Viagem para o reino feérico (Manhã)

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OAventureiroKit

O dia da partida finalmente chegou. Todos se surpreendem com uma visita inesperada enquanto Kit precisa enfrentar memórias do passado.

A manhã retornou trazendo novidades. Logo após o café da manhã, os membros dos Cães de Novigrad estavam reunidos na sala quando alguém bateu à porta. Embora fosse um gesto comum, para aquele lugar, aquilo era algo inusitado. A casa dos cães não era conhecida por receber visitantes, era propositalmente escondida no meio de uma floresta para não ser encontrada, e abrigava um bando de mercenários foras da lei. Contudo, Kit lembrou-se que o capitão havia comentado que o guia que ele contratou chegaria hoje. O jovem se adiantou e correu para abrir a porta, ansioso e animado. Contudo, seu corpo paralisou quando viu a figura que o esperava atrás dela.
A porta se abriu, revelando um homem alto e forte, com cabelos dourados que caíam até o seu queixo e olhos azuis e frios. Ele vestia roupas básicas, mas que eram feitas de materiais finamente trabalhados. Usava uma camisa de linho branca, calças e sapatos de couro negro e um colete azul escuro com detalhes dourados que se estendia até os seus calcanhares.
O garoto demorou alguns segundos para reconhecer o homem, pois da última vez que o viu, ele usava uma armadura completa de cavaleiro. Entretanto, o seu sorriso charmoso, com lábios brilhantes e dentes alinhados, tinha algo de desconcertante. Era perfeito demais, como se tivesse sido meticulosamente ensaiado, tudo para mascarar a besta que se escondia atrás dele. Aquele sorriso diabólico e olhar sanguinário eram inconfundíveis. O homem parado à porta era ninguém menos do que Aleph!
- Não vai me convidar para entrar? - perguntou o psicopata, mantendo a máscara do seu sorriso.
Kit imediatamente deu um pulo para trás, ficando alguns metros de distância do homem. Yeeno empunhou seu cajado, preparando um feitiço. Jett, numa velocidade impressionante, sacou duas adagas e voou pela sala na direção do homem. As lâminas do assassino já estavam próximas do pescoço do homem quando uma voz soou da escada:
- Esperem! - ordenou o Capitão do topo da escada, congelando todos no mesmo lugar.
Por um momento, todos apenas se encaravam, aflitos e irritados. Mesmo frente ao perigo, o homem de sobretudo azul não hesitou nem um segundo. Ele estava impassível, como se ninguém à sua vista representasse uma ameaça real. Era assustador.
- O que significa isso? - sibilou Jett, como uma cobra, usando o máximo da sua força de vontade para não deslizar a lâmina de sua adaga pelo pescoço do homem como uma manteiga.
- Como eu disse anteriormente, nós precisamos de um guia para nos levar até o reino feérico. Entre todas as opções, só havia um especialista que tem a capacidade de nos levar e trazer de volta com uma boa margem de segurança. - Explicou Gen, calmamente. - Eu avisei que ele chegaria hoje.
- Esse desgraçado é o nosso guia?! - perguntou Jett, não controlando a raiva na voz.
- Não. - respondeu Aleph, achando toda a comoção engraçada. - Eu sou apenas o guarda-costas.
O príncipe maligno deu um passo para o lado, revelando que havia outra pessoa atrás dele. Era um garoto baixinho, até mesmo menor do que Kit. Seu rosto era muito jovem, com cabelos loiros muito bem penteados e olhos azuis tão claros que pareciam cinza. Ele usava shorts brancos de couro caros e um colete pomposo, com detalhes azuis e dourados. O menino, que não podia ter mais do que 8 anos, carregava uma bolsa lateral com os itens mais variados e um livro embaixo do braço. Seu olhar era tão frio quanto o de Aleph, mas tinha um quê de desprezo a mais, típicos da nobreza ou de cargos altos. Na verdade, ele tinha várias semelhanças com o homem.
Agora que seu caminho estava livre, o garoto marchou firme, entrando na casa antes mesmo de ser convidado. Com seu nariz empinado, ele andava como se fosse o dono do chão sobre o qual pisava, até mesmo esbarrando em Kit e fazendo-o perder um pouco do equilíbrio. Determinado, ele só parou quando chegou ao pé da escada, encarando o Capitão dos cães nos olhos como um desafio silencioso. Ele olhou o homem loiro descalço e sem camisa de cima a baixo, analisando-o.
- E quem é esse? - perguntou Jett, incrédulo com o tamanho do desaforo do garoto, que não poderia caber no seu corpinho miúdo.
O menino ouviu a pergunta e se virou para o adolescente com um olhar cortante e gélido.
- Meu nome é Arwin Tironte, Arqui-clérigo do escalão de Hemphir e estudioso da alta cúpula de Iselgrard. Pesquisador ritualístico e doutor em criptozoologia e reinos meridianos. - o garoto falou tudo de uma vez, impondo respeito em sua voz.
Jett ficou calado, ainda processando tudo que havia sido dito. Todos estavam impressionados ou duvidavam do jovem.
- E, atualmente, o nosso guia contratado. - acrescentou Gen.
- Não por mérito do ofício. - cortou Arwin. - Se o meu rei não tivesse requisitado minha ajuda, eu jamais...
- Arwin! - chamou Aleph, com uma voz poderosa. O garoto parou de falar no mesmo instante. O homem loiro parecia ser o único com o poder para aquilo. - Certos detalhes internos devem ser discutidos apenas em particular.
- Tem razão. Me desculpe. - admitiu o garoto, se silenciando.
- E de todos os guardas do reino, justo ELE precisava escoltar o nosso guia? - insistiu Jett, ainda inconformado.
- Eu sou o cavaleiro mais habilidoso do reino. Honestamente, não achei que precisaria lembrar as pessoas disso... - disse Aleph, soando até mesmo um pouco magoado. - Além disso, tenho meus motivos pessoais para escoltar o Arqui-clérigo. Afinal de contas, não posso deixar o meu filho embarcar em uma missão dessas sem a minha supervisão.
- Filho?! - perguntou Kit, incrédulo, finalmente recuperando a própria voz. De fato, o garoto era muito parecido com Aleph. - Eu não sabia que você era casado...
- Não sou. - resumiu Aleph, simplesmente.
- Sinceramente... - começou Yenno, colocando os dedos entre os olhos. - Quando você me disse que iria contratar um clérigo para o serviço, eu fiquei relutante. Mas isso... Isso é demais! Gen, onde você estava com a cabeça? - falou o mago.
Ele era o único que podia questionar as decisões do Capitão de forma tão aberta, a final, era o seu braço direito.
- Foda-se se ele é clérigo ou não! - completou Jett, impetuoso. - A questão mais importante daqui é como nós vamos lidar com esse bastardo! Como nós vamos garantir que ele não vai tentar nos matar durante o sono?! - questionou o adolescente, que nutria profundo ódio por Aleph.
- De fato, Capitão. Se me permite, a decisão parece um tanto quanto... Precipitada. - adicionou Ragnor, de forma mais sútil.
- Acalmem-se todos! - falou Gen, com a voz se sobressaltando às outras, descendo as escadas. - Eu reconheço o histórico que nós temos com esse indivíduo. Não se esqueçam que eu mesmo cruzei espadas com ele. Contudo, depois da nossa missão, o rei Nicholas ficou nos devendo muitos favores. É por nossa causa que ele conseguiu assumir o trono. E, por essa amizade inusitada que se formou entre a majestade e o nosso bando, o rei nos concedeu um favor e cedeu temporariamente o seu Arqui-clérigo para nos auxiliar em nossa jornada. - explicou o líder, de forma posturada. - Não pensem que foi uma decisão fácil para mim também, Yeeno se mostrou contrário a ideia desde o princípio. Dezenas foram as cartas trocadas com o rei até chegar a esse resultado, mas ele me garantiu que não havia pessoa melhor em nenhum reino para essa missão. Só através do seu pedido foi possível convencer o nosso guia a nos ajudar. Acontece que, por obra do destino, ele possui um vínculo especial com o príncipe consorte, irmão mais velho do rei. Sim, ele é o filho de Aleph. - Admitiu o capitão. - Contudo, antes que levantem suspeitas, o rei me garantiu que, em mais de uma ocasião, o rapaz se mostrou fiel ao reino e não ao seu pai. A lealdade dele está no lugar certo. Suas habilidades também são reconhecidas por todos os estudiosos, isso não entra em questionamento. Quanto a Aleph... - Gen hesitou, mudando levemente o tom de sua expressão para mais próximo do irritado, embora tentasse manter a cordialidade. - Também não me agrada a sua presença, mas não precisam se preocupar com ele. O rei nos concedeu uma forma de garantir que ele não seria uma ameaça ao nosso grupo.
O Capitão dos cães levantou uma das mãos, revelando um anel dourado com uma pedra avermelhada no centro. Kit não se lembrava de ter visto ele usando-o antes.
- Pelo poder deste anel, o príncipe consorte é impelido a nos obedecer. Podem tranquilizar suas mentes, pois a sua primeira ordem foi a de não causar ou planejar nenhum mal a nenhum membro do nosso grupo. Caso tente, ele sofrerá as consequências de sua maldição antes mesmo de conseguir realizar qualquer ação. - explicou Gen, seguro do que dizia.
Todos encararam o homem loiro da porta, desconfiados. Era difícil imaginar um homem tão cruel quanto aquele castrado dessa forma. Porém, Gen jamais deixaria ele se aproximar se não tivesse muita certeza de que ele não apresentasse nenhuma ameaça.
- Então, vão me convidar para entrar? - perguntou Aleph, adorando ser o centro das atenções.
~~~
Arwin, Gen e Yeeno subiram até o escritório do capitão para discutir o plano. Enquanto isso, Aleph esperava sentado no sofá da casa. Era tão desconcertante para Kit vê-lo de forma tão casual no refúgio dos cães que ele nem conseguia expressar em palavras. Flashbacks da sua primeira missão e da noite de terror no castelo passavam constantemente pela sua cabeça. Ele ainda tinha a fina cicatriz na nuca, onde tinha sido acertado por Aleph, quando o menino ainda acreditava que o homem era o seu amigo. O garoto não poderia estar mais desconfortável. Ao menos a presença de Sam aliviava um pouco da tensão. Contudo, para Jett, a presença de Sam parecia surtir o efeito oposto. Kit notou que sempre que o seu irmão estava presente no cômodo, o adolescente de cabelos negros arrumava alguma desculpa para fugir, como um gato com medo de água. Era um comportamento incomum vindo dele.
- Então, milady, como tem passado os dias? - perguntou Aleph, casualmente, para provocar.
- ... - Kit se manteve em silêncio.
Por sorte, não precisou aturar mais da situação. Pouco tempo depois, o Capitão desceu as escadas, acompanhado de Arwin e Yeeno.
- Os preparativos estão prontos. Nós partiremos à noite, quando a barreira que separa os reinos está mais sensível. - Falou o menino loiro, mandatório.
Gen olhou para ele atravessado por roubar a sua fala.
- Sim... - confirmou Gen, desconcertado. - Como o meu ajudante disse, nós partiremos essa noite. - falou o homem, frizando a palavra "ajudante". - Arrumem tudo que precisarem levar, mas cuidado com o peso. Dessa vez, nós não teremos nenhuma montaria. Remi, Tempi, ajudem o Ragnor a pegar o que for necessário da nossa dispensa. - ordenou o Capitão.
- Sim, senhor! - falaram os gêmeos em uníssono, seguindo o grande ruivo até a cozinha.
- Jett, procure o Sam. Avise-o da nossa decisão. - disse o loiro de olhos verdes.
- Caramba! Olha a hora! Preciso amolar as lâminas e preparar os venenos... - falou o adolescente, se esgueirando pelos cantos, como um animal assustado. - Quanta coisa! Acho que não vai dar tempo... Yeeno, conto com você pra essa!
- M-mas eu... - começou o mago.
- Fico te devendo! - disse o rapaz, pulando pela janela e correndo pelo campo.
- Jett... - suspirou Gen, apertando os dedos entre os olhos. - Yeeno, por favor, procure o Sam e avise-o. Kit, eu gostaria de dar uma palavrinha com você. Vamos até o meu escritório?
- Sim, mestre. - respondeu o menino, aliviado por sair dali.
- Olá, Garotinho. Acho que ainda não nos apresentamos direito... - disse Esguicho, se aproximando de Arwin pelas sombras, como um vampiro. - Venha comigo, deixe eu te apresentar a casa. - disse ele, colocando uma mão nas costas do garoto, muito próxima da bunda, e empurrando-o pra frente. - Eu conheço um lugar especial na floresta. Lá, nós podemos nos conhecer melhor... Hihihihi. Me diga, quanto você calça mesmo? Há quantos dias está com os pezinhos dentro desses sapatos?
- Esguicho... - disse Gen, em um tom ameaçador. - Se quiser preservar as suas mãos, eu recomendo que não se aproxime muito do garoto. Prometi ao rei que o devolveria nas mesmas condições em que chegou.
Assim como uma sombra fugindo da luz, o homem de meia idade se afastou do garoto.
- Sim, sim... É claro... - disse ele, se desculpando.
~~~
Kit seguiu Gen até o seu escritório. O homem tomou o cuidado de fechar a porta para que a conversa entre os dois fosse particular. Gen se sentou em sua poltrona e Kit se sentou na cadeira que ficava do outro lado da escrivaninha, ficando frente a frente com Gen. Contudo, o homem loiro abriu espaço e deu dois tapas na própria perna, indicando que ali era onde Kit deveria estar. Obediente, o garoto foi até o seu mestre e, com um pulinho, se sentou no seu colo, cara a cara com Gen. Seus pezinhos balançavam no ar pela altura.
- Eu sei que você não se sente confortável com a presença dele aqui, mas o rei me garantiu que... - começou Gen.
- Eu confio em você. - interrompeu Kit, colocando a sua pequena mão sobre a de Gen.
- Obrigado. - assentiu o loiro. - Eu queria que fosse fácil falar assim com o Yeeno...
- O que aconteceu? Porquê ele parece ter alguma intriga com Arwin? - perguntou o menino.
- Não é com o Arwin especificamente. É uma história complicada... - falou Gen. - Envolve muito do passado de Yeeno.
- Você pode me contar. Eu gostaria de saber mais sobre ele. - disse Kit.
O homem parecia oscilar entre a decisão de contar ou não. Mas, no fim, ele inspirou mais fundo e disse:
- Tudo bem, mas guarde essas informações para você. - o capitão impôs a condição. - Acontece que o Yeeno tem um histórico ruim com clérigos no geral. Veja bem, o seu pai era clérigo. Foi ele que o ensinou sobre magia quando Yeeno era mais novo. - contou Gen.
- Mas isso não o faria ser favorável a clérigos? - perguntou o menino, inocente.
- Não. Você sabe... os clérigos vivem sob regras bem restritas e específicas. Acontece que, por causa da... "Natureza especial"... do Yeeno, o seu pai acabou o expulsando do clã. Ele foi deserdado. Desde então, a relação dele com os clérigos não é muito boa.
- Como assim a "natureza" dele? - perguntou Kit.
- É que... Veja só... - Gen parecia procurar as palavras certas. - Enquanto homem, o Yeeno é um caso muito particular... Ele não tem o certo... apreço... que nós temos por mulheres.
- Ainda não entendi.
- O Yeeno tem interesse apenas em outros homens. É isso que eu quero dizer. - falou Gen, finalmente. - Na nossa cultura, isso representa um problema. Alguém assim não consegue passar o seu sangue adiante. Foi essa a causa da separação dele com o seu clã. - explicou o loiro.
- Ah... Entendi. - falou o garoto, finalmente. - Que pena. O Yeeno é um ótimo mago. Aposto que seria o melhor do clã dele.
- Com certeza. Ele se dedicou muito depois de tudo o que aconteceu. Eu o acolhi quando ele tinha 12 anos. Ele foi o primeiro membro dos Cães de Novigrad. - contou Gen. - Mas, desde que eu o conheci, ele nunca... Com 13 anos, quando eu queria me divertir, eu só conseguia pensar em uma coisa. Eu achei que seria o mesmo para ele. Para ser legal com o garoto, depois de uma missão bem sucedida, paguei algumas mulheres para agradá-lo. Surtiu o efeito contrário, ele ficou sem falar comigo por uma semana. Desconfiado, eu contratei alguns homens para invadirem o quarto que ele estava ficando durante a noite e se divertirem com ele.
- E o que aconteceu? - perguntou o menino.
- Eu não sei exatamente, não estava dentro do quarto pra testemunhar. Talvez os rapazes tenham sido muito brutos? Tudo o que sei é que houve muita gritaria e depois uma lufada de vento quase derrubou a parede da estalagem. Aprendi minha lição nesse dia. Acho que, depois de tudo o que aconteceu, ele se fechou para todo mundo. Desde então, evitei tentar prever o que ele queria e simplesmente respeitei o seu espaço.
- Então, isso quer dizer que ele... Ele nunca...?
- Eu acho que não. - negou Gen. - Ao menos, não no tempo que ele esteve comigo. Talvez, quando ele ainda fazia parte do clã, o seu pai tenha forçado ele a fazer algo que não queria. Isso ele nunca me contou. Tudo o que sei é que ele fica extremamente desconfortável na presença de mulheres. Ele tem mais medo delas do que de um demônio de fogo.
- Você fez bem. Eu vejo o quanto ele te respeita. - disse o garoto, colocando a mão na bochecha de Gen. - Acho que você foi um bom pai para ele.
Os olhos de Gen se derreteram como manteiga. O homem envolveu o garoto em seus braços, em um abraço carinhoso. Era apertado, mas Kit não conseguia imaginar algum lugar mais confortável no mundo.
- Essa missão vai ser perigosa. Eu tenho medo que você... - falou o capitão ao seu ouvido, sem conseguir terminar a frase.
- Não se preocupe, eu sei me cuidar. - falou o garoto, tranquilizando-o.
- É verdade. Você é o meu melhor discípulo. Desde que chegou aqui, você melhorou bastante com a espada. - confirmou o loiro, com um sorriso. - Bom, na verdade, com as duas espadas rsrsrs.
Ele deu um beliscão de leve na frente do shortinho do garoto. Kit imediatamente ficou com as bochechas coradas, mas não tentou fugir. Ao invés disso, ele encarou profundamente aqueles olhos verdes.
- Tudo que eu aprendi, foi o senhor quem me ensinou, mestre. - disse Kit.
- Ah, é? - perguntou Gen, deslizando a mão pelo buraco do short e subindo, invadindo a bermuda do garoto por baixo com seus longos dedos. - Pelo que me lembro, quando te conheci aquela noite na escadaria do calabouço, você já parecia estar descobrindo o jeito certo de usar sua espadinha. Ainda sem muita habilidade, mas o espírito estava ali.
- Eu não sabia... Foi tudo por causa do veneno da flor. - confessou Kit, se lembrando daquele fatídico dia. - Antes disso, eu nunca...
Sua voz cortou quando os dedos de Gen finalmente alcançaram a "espada" dentro da bermuda.
- Naquele dia, você me deixou bastante surpreso. - perguntou o loiro. - Sabe o que eu pensei a primeira vez que te vi?
- Não... - respondeu Kit, com o corpo aquecendo pelo toque do capitão. Ele parecia estar com febre.
- Quando eu te encontrei na masmorra, você estava sentado no chão, completamente peladinho. Só isso já me deixou surpreso, nunca imaginei encontrar alguém assim em um ambiente tão perigoso, ainda mais um fedelho que nem pêlos no corpo tinha. - disse Gen, com um sorriso se formando nos lábios. - Mas quando eu vi o que você estava fazendo... Ah, isso sim me impressionou! Hahahaha! Jamais pensei em encontrar um moleque "afiando a espadinha" em uma dungeon. Você estava tão concentrado que nem percebeu eu me aproximando! E eu fiquei lá parado, assistindo e me perguntando quando você iria notar que havia mais alguém ali. Mas, enquanto eu assistia, comecei a admirar bastante a ousadia do que você estava fazendo. Largar tudo no meio de uma missão, tirar toda a roupa e começar a macetar o próprio pau em um ambiente lotado de monstros que poderiam te matar em questão de segundos? Isso sim exige coragem! Na mesma hora eu me lembrei de todas as minhas punhetas arriscadas na época que eu era moleque, mas ali você conseguiu superar todas elas. Você me venceu antes mesmo de saber que estava em uma competição. Foi isso que chamou a minha atenção. Eu não podia ficar parado só assistindo, eu sabia que precisava me aproximar. - confessou Gen, com um sorriso cada vez maior no rosto. - E, por falar nisso, sua "espadinha" parece estar pronta para batalha rsrsrs.
- Sim, mestre... - assentiu Kit, sentindo o calor dos dedos de Gen.
- Deixa eu ver como o meu aprendiz está se saindo no manuseio da espada. - ordenou Gen.
O garoto de cabelos castanhos assentiu obedeceu. Ainda no colo do seu mestre, ele tirou sua camisa e arrancou seus shortinhos de couro. Antes, era algo impensável de se fazer para o menino, mas agora ele já estava mais habituado com aquela situação. Já estava mais habituado com Gen. Por fim, ele tirou sua cuequinha, ficando completamente peladinho em cima da perna do homem. Gen o encarava com uma expressão neutra e curiosa. Sem perder tempo, afastando o restinho de vergonha que ele tinha, o garoto segurou o próprio pintinho e começou a se tocar sob a supervisão do seu mestre.
O sorriso do homem voltou.
- Muito bem, vejo que está fazendo direitinho. Sua técnica melhorou bastante desde a primeira vez que eu te vi. - elogiou o loiro, observando cada detalhe da cena. - Abra a boca.
O menino obedeceu e abriu a boca enquanto se tocava. Gen deslizou dois dedos pelos lábios rosados do garoto e, em seguida, enfiou-os dentro de sua boca quente e úmida. O homem penetrava a boquinha do menino com dois dedos brancos e largos, deixando-os completamente melados de saliva doce.
- Hmmm... - Kit gemeu um pouco por causa da situação.
A verdade é que o corpo do garoto parecia querer se entregar completamente para o homem. Cada célula sua vibrava na presença de Gen.
- Esse pauzinho me diz que você está muito mais safado do que quando chegou aqui. Ele pulsa e baba de um jeito muito sujo e pervertido. Veja só quanto pré-gozo já está escorrendo dele. - observou Gen, fazendo o garoto corar ao olhar pro próprio pinto.
Era um pequeno espécime de uns 8 centímetros, com o corpo marrom claro e a cabecinha rosa, como uma flor, que agora deixava escorrer uma quantidade surpreendentemente de uma baba transparente e pegajosa, deixando os dedos do garoto completamente molhados.
- Parece que você desenvolveu um babão rsrsrs. - comentou o loiro.
- D-desculpe... - pediu Kit, constrangido pela forma como seu próprio corpo se comportava. Ele não imaginava que aquilo iria acontecer.
- Não se preocupe, alguns são assim mesmo. É como uma habilidade especial. Não tem por quê se envergonhar. - O seu mestre o tranquilizou, sorrindo para ele. - Contudo, mesmo com uma rolinha tão safada, seu rosto continua tão inocente e puro quanto sempre foi. Como isso é possível? Como você consegue manter essa expressão no rosto enquanto se toca na minha frente?
- Não sei... - respondeu o garoto, desviando do olhar curioso do homem.
- Olhe pra mim. - disse Gen, segurando-o pelo queixo e o forçando a encarar os seus olhos verdes. - Vejo que você já dominou a arte com sua espada. Está na hora de te ensinar mais uma técnica. - avisou o loiro.
O Capitão colocou um dos braços nas costas do garoto, apoiando-o em seu colo. Com a outra mão, ele deslizou os dedos pela entrada do buraquinho rosado e lisinho do menino. Aquela provocação por si só já fez o seu coração acelerar. O homem foi além e forçou a entrada de um dos seus dedos grossos no anel do garoto. A saliva ajudou a deslizar para dentro, mas a reação foi imediata. Kit sentiu uma pontada de dor misturada com uma sensação deliciosa enquanto o seu mestre procurava um ponto específico, ainda desconhecido pelo jovem. O menino derretia nos braços do seu capitão enquanto Gen procurava algo com seu dedo.
- Nghmmnn! - um gemido espontâneo rompeu da garganta do garoto quando o loiro finalmente encontrou o que estava procurando. Era como um botão mágico, que ativou de uma vez só todo o corpo do garoto.
- Aqui está. - Falou Gen, feliz consigo mesmo ao arrancar um gemido do seu discípulo. - Continue se tocando, eu cuido dessa parte.
O garoto obedeceu e continuou a bater punheta enquanto Gen lhe penetrava com o dedo. Quando o anel do garoto se acostumou melhor, Gen introduziu um segundo dedo, o que fez os olhos de Kit se arregalarem e um arrepio elétrico percorrer o seu corpo. O homem, com muita maestria nas mãos, começou a dedar o garoto no rabinho de forma fenomenal. Ele acelerou o ritmo e os seus dedos deslizavam para dentro e para fora com uma velocidade impressionante, arrancando suspiros do jovem em seu colo.
- Seu cuzinho parece gostar dos meus dedos. - observou Gen, de forma maliciosa.
- Uhummmm...! - confirmou Kit, de olhos fechados, sem sequer conseguir falar.
- Segure firme. - ordenou Gen, retirando o braço de suas costas. O garoto passou um dos seus bracinhos pelo pescoço do seu mestre e se apoiou com o outro na coxa musculosa do homem. - Eu vou assumir essa parte. - falou o capitão, agarrando o pintinho do garoto.
O homem forte passou a punhetar o pauzinho do menino ao mesmo tempo que dedava o seu buraquinho em alta velocidade. Fazer dois movimentos diferentes num ritmo tão rápido e constante exigia muita coordenação motora, mas Gen parecia um especialista. Ele tocava no corpo do garoto como se toca um instrumento musical, arrancando as notas mais delicadas de prazer do menino, compondo uma melodia deliciosamente excitante.
- Nhgmmm!!! Eu vou... Eu vou... - começou o garoto, no refrão final da música.
- É claro. - incentivou Gen, puxando-o mais para perto e tocando os acordes finais.
Os dois estavam abraçados enquanto o corpo do menino explodia de prazer. Sua piroquinha atirou vários jatos de um líquido branco e pegajoso, como rosas jogadas ao palco para comemorar o fim de uma bela apresentação. O gozo jorrou entre eles, melando Kit no rosto, pernas e barriga enquanto melava o peitoral de Gen e escorria pelos seus braços musculosos. Kit estava no paraíso.
- O-obrigado... - disse o menino, com a cabeça entre as nuvens.
- Não me agradeça ainda. - falou Gen, empurrando o garoto do seu colo. O menino ficou com a metade do corpo em cima da escrivaninha enquanto suas pernas estavam suspensas pela altura da mesa. Sua bundinha estava virada na direção de Gen. - Agora é a minha vez. - disse o homem, se levantando.
Em questão de segundos ele abriu o zíper da sua bermuda, libertando uma rola branca e colossal lá de dentro, que saiu pra fora como um braço de um Kraken furioso. Ela pulsava e se movia como se tivesse vida própria. O homem se curvou em cima da mesa e, com as duas mãos, prendeu o garoto contra a mesa pelos braços. Ele movimentou o quadril habilmente, até que o seu pau estivesse em uma posição confortável na entrada na bundinha à sua frente.
- Aqui vou eu. - disse Gen, se introduzindo de uma vez no garoto.
Kit foi forte, conseguiu segurar o grito da melhor forma possível, mas suas perninhas se contraíram para trás como se fossem se quebrar enquanto o homem loiro enterrava a pica na sua bunda. Gen praticamente se deitou em cima dele enquanto o penetrava, todos os seus 90 kilos, prendendo o garoto contra a mesa e dificultando sua respiração. Kit sentia o calor e o suor do seu mestre se espalhando em sua própria pele, o seu cheiro viril ficando impregnado em seu corpinho enquanto todos os 24 centímetros de masculinidade do loiro cutucavam as entranhas do jovem. Não havia saliva ou pré-gozo suficientes que aliviassem a sensação de ser explorado por um cavalo. Era tão prazeroso quanto enlouquecedor.
- Nghmmm! Hmmmmmm! - Kit deixava escapar, mordendo os lábios com força para segurar a própria voz enquanto o seu homem começava as estocadas.
Receber Gen era uma tarefa muito difícil devido a grande diferença de tamanho entre os dois. O garoto batia praticamente na cintura do homem, que era duas vezes mais alto e quatro vezes mais musculoso. Contudo, o menino tinha uma enorme determinação para aguentar tudo que o homem tinha a oferecer sem reclamar. Ele nutria uma forte admiração pelo seu mestre e ter um momento de intimidade com ele era uma honra. Foram muito raras as vezes que Gen tomou o corpo de Kit para si daquele jeito, por isso o garoto estava determinado a deixar ele se satisfazer o quanto quisesse. E, pelo ritmo e brutalidade das estocadas, o capitão dos cães queria muito.
- Você é... Tão... Apertado... Ah! Hmmm! - Gen falava ao ouvido de Kit, completamente entregue a sensação. - É tão... Bom... Estar aqui dentro.
- ... S-sim, mestre... - o garoto disse, com muita dificuldade.
Com Gen injetando sua masculinidade dentro dele, o pintinho de Kit voltou a endurecer à força. Agora ele roçava contra a rigidez da mesa do escritório, deixando escorrer um rastro brilhoso pela superfície da madeira. Gen, num ímpeto de desejo, subiu em cima da mesa com um pulo, apoiando-se nas pontas dos pés e ficando agachado em cima do menino. Ele enterrou sua tora de carvalho branco ainda mais fundo no rabinho do garoto, devido a posição, o que fez Kit quase chorar. Daquele jeito, ele aumentou ainda mais o ritmo, fodendo o seu aprendiz como um cachorro foderia. Gen estava montado no garoto.
- Ahhhh! Isso! Caralho...! É muito bom! Porra... Ah! Ah! - o loiro falava, trepando como um coelho no cio.
- Eu... não vou... Aguentar... - disse o menino, prestes a gritar.
- Só mais um pouco... Isso...! Isso! Aperta mais! Ah! Ahh! - o homem disse.
Além dos gemidos, o único barulho no ambiente era o "ploc ploc" dos ovos de Gen batendo pesadamente contra a bunda macia de Kit. Depois de mais algumas estocadas frenéticas, o saco do loiro se encolheu enquanto depositava todo o seu leite dentro do menino. O jovem ficou de barriga cheia na mesma hora. Um rastro de líquido branco escorria da sua perna e pingava pelos pés. Gen ainda passou alguns segundos a mais ali dentro, aproveitando a posição confortável e prazerosa. Quando finalmente se retirou, olhou para o buraco que havia feito no garoto. O anel de Kit estava alargado como uma caverna, escorrendo leite quente e fresco. O menino mal conseguia se mexer, estava completamente exausto. Gen viu que havia mais um rastro branco escorrendo pela lateral da mesa além do seu. O garoto havia gozado de novo. Talvez ele não tivesse nem percebido.
O capitão dos cães vestiu novamente sua bermuda e, aproveitando que todos estavam ocupados se organizando para a missão, embrulhou o menino deitado em sua mesa num cobertor azul, quente e muito macio. Ele segurou o pacote adormecido em seus braços e o carregou para fora como uma noiva. Subiu as escadarias da torre e entrou na biblioteca, repousando o embrulho cuidadosamente em cima do sofá.
- Onde você vai? - perguntou Kit, baixinho.
- Preciso terminar de organizar tudo. Não se preocupe, você já se esforçou bastante. Tire o restante do dia para descansar, nós partiremos tarde da noite. Obrigado por me ajudar a colocar a cabeça no lugar. - agradeceu o loiro, aproximando seu rosto do menino.
Ele deu um beijo em seus lábios. Foi rápido, macio e aconchegante. Era como tocar uma nuvem quente e com sabor de maçã. A próxima coisa que Kit viu foram grandes olhos verdes e iluminados, como uma pintura em movimento, se certificando que ele estava bem antes de partir.
- Daqui a pouco trarei algo para comer. Durma bem, aprendiz. - disse Gen, carinhoso.
A última coisa que Kit viu foi um homem alto saindo pela porta enquanto ele cedia à escuridão de uma deliciosa soneca no meio da tarde.

Comentários (4)

Regras
- Talvez precise aguardar o comentário ser aprovado - Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Continue pfv: Finalmente voltou. Pfv, escreva toda semana. Teus contos são sensacionais!!!!!!!

    Responder↴ • uid:alynkrhmq
  • Toy: Como sempre um ótimo conto sempre bom entra no site e saber que você postou

    Responder↴ • uid:8k40c2im9ao
    • Lui: Saudadessss

      • uid:1ehgqeyzxqjfn
  • I'm Back: nem vou deixar mais notas, você é especialista nesse tipo de conto, que tesão que me deixou....

    Responder↴ • uid:1e0tdzyq6p4jl