#Gay #Traições #Voyeur

Meu enteado é lerdo

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Prazer

O namorado do meu enteado não vale nada! E meu enteado é cego.

Marcos arrumou um namorado Paulo. Um rapaz franzino, com traços delicados e um sorriso que parecia capaz de resolver qualquer conflito, ele logo conquistou meu enteado. Marcos estava encantado. E, como padrasto, eu apenas queria vê-lo feliz.

No início, eu não tinha motivos para desconfiar de Paulo. Ele parecia um bom rapaz: educado, carismático e atencioso. Marcos, que sempre foi um pouco inseguro em seus relacionamentos, parecia mais confiante ao lado dele. Isso era suficiente para mim.

Mas, com o passar do tempo, as coisas começaram a mudar.

Foi uma tarde como outra qualquer quando comecei a notar algo diferente. Paulo estava na cozinha com dois dos amigos de Marcos. Eles riam, e havia algo no jeito que trocavam olhares que me fez franzir a testa. Não parecia uma simples amizade, e cada vez os dois chegavam mais perto de Paulo, um na frente e o outro por traz.

Ignorei, achando que estava lendo demais na situação. Mas, à medida que os dias passavam, fui notando outras coisas. Paulo parecia gostar de estar cercado pelos amigos de Marcos. Ele ria mais com eles do que com meu enteado, e sempre arranjava uma desculpa para estar onde eles estavam.

Comecei a observar mais atentamente, e o que vi me deixou desconfortável: toques que pareciam inocentes, mas demoravam mais do que deveriam; olhares furtivos que Marcos, cego pelo amor, não percebia.
Uma segurada na cintura de Paulo firme, que parecia que Paulo ficou mole.

Depois de semanas acumulando esses pensamentos, decidi que precisava falar com Marcos. Ele estava no quarto, mexendo no celular, quando bati na porta e entrei.

— Precisamos conversar — comecei, tentando manter a calma.

— Sobre o quê? — ele perguntou, sem tirar os olhos da tela.

— Sobre o Paulo.

Ele finalmente olhou para mim, franzindo a testa.

— O que tem o Paulo?

— Eu acho que ele não está sendo totalmente honesto com você — falei, escolhendo as palavras com cuidado. — Ele está muito próximo dos seus amigos, e isso não me parece normal.

A reação de Marcos foi imediata. Ele largou o celular e cruzou os braços.

— Você está dizendo que ele está me traindo?

— Não sei. Mas acho que você deveria prestar mais atenção.

— Isso é ridículo! — ele exclamou, levantando-se da cama. — O Paulo me ama. Ele nunca faria isso.

— Marcos, eu só estou tentando te proteger.

— Proteger do quê? Do meu próprio namorado? Parece que você tem algum problema com ele, mas isso é coisa sua. Não me envolva nisso.

Tentei insistir, mas ele não quis ouvir.

— Sabe o que é pior? — ele disse, com o rosto vermelho de raiva. — Que você, de todas as pessoas, está tentando envenenar o meu relacionamento. Você deveria estar ao meu lado, não contra mim.

Com essas palavras, ele me deixou sozinho, sentindo o peso da rejeição.
Paulo estava no corredor e eu acredito que ele ouviu tudo.
Depois disso, Paulo começou a mudar o comportamento dele comigo. Se antes ele me tratava com um respeito distante, agora parecia querer se aproximar mais. Ele fazia perguntas sobre mim, sorria mais quando falava comigo, e até me elogiava de vez em quando.

— O Marcos é muito teimoso, não é? — ele comentou um dia, quando estávamos sozinhos na sala.

— Ele é confiante — respondi, seco.

— Eu gosto disso nele — ele disse, mas o tom da voz parecia sugerir outra coisa.

No início, ignorei suas provocações. Mas ele era insistente. Paulo sabia como se aproximar sem parecer óbvio, como criar situações em que era difícil para mim sair.

O momento de ruptura

Foi numa tarde, enquanto Marcos estava fora, que tudo desabou. Eu estava na cozinha, terminando de lavar a louça, quando Paulo entrou. Ele vestia uma camiseta larga e uma cueca tão curta que eu achei que ele estava nu, e havia algo no jeito que ele me olhava que me deixou desconfortável.

— Você está sempre tão sério — ele disse, encostando-se na bancada ao meu lado.

— Só estou ocupado — respondi, sem olhar para ele.

— Acho que você evita olhar para mim — ele comentou, com um sorriso nos lábios.

— Não sei do que você está falando.

Ele riu baixinho e deu um passo à frente, invadindo meu espaço pessoal.

— Você realmente não sente nada?

— Paulo, isso precisa parar — falei, tentando manter a firmeza na voz.

— Então me mande parar — ele desafiou, colocando a mão no meu braço.

— Sabe, pq você não me faz parar, pq você está doidinho para comer meu cuzinho assim como todos os amigos do meu namorado faz.

Continuação...

Comentários (2)

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  • Edson: Eita! Será que o padastro será mais um a trair Marcos?! E aquela história de proteger seu enteado era só conversa pra boi dormir, ou seja, com esse discurso de padastro protetor ele estava mesmo era com inveja dos "amigos" de Marcos que já passavam a vara no safado do Paulo? E Marcos continuará sendo feito de otário e corno por Paulo, e talvez até por seu padastro? Marcos de alguma forma cairá na real? E se cair, e seu padastro for mais um entre todos seus falsos amigos, será que Paulo e todos ele pagarão por isso?

    Responder↴ • uid:1cyrzendxq5k5
  • Alvorecer: Quero continuação para o ontem

    Responder↴ • uid:h5hn7tbd21