O preço da rebeldia 16
Há males que vem p o bem, nem ser castrado doeu tanto, mas do sofrimento veio a maior declaração de amor!
Tomamos nosso café com muito chamego e passamos o dia entre beijos e carícias, mas acabei levando dois tapas no bumbum porque fiz manha pra não comer o quiabo, ainda não me acostumei com seu novo modo de agir, então pensei que poderia negociar com ele e me ferrei, comi quiabo com o bumbum ardendo. Mas nosso dia continuou bom, tomamos sorvete e assistimos filme agarradinhos no sofá. Hoje ele me ofereceu pizza para o jantar, acho que ficou com pena dos tapas que me deu, e eu logo aceitei pulando em seu colo e o enchendo de beijinhos como agradecimento, depois do jantar ficamos abraçados ainda sentados no chão.
- Preto, a professora de artes nos perguntou o que nós vamos fazer no feriado prolongado daqui a duas semanas e muitos de meus colegas falaram que vão à praia e um deles até convidou a gente pra ...
- Pode parar por aí, você não vai a lugar nenhum.
- Calma, paizinho! - falei sentando em seu colo de frente pra ele. - Ele convidou quem quisesse ir, mas eu não quero, não com ele. Eu nunca fui à praia e queria muito ir com você, eu quero que todas as minhas primeiras vezes sejam com você.
- Você nunca foi numa praia, pequeno? - ele falou acariciando meu rosto.
- Não, paizinho! Minha mãe sempre estava trabalhando demais para viajar ou não tinha dinheiro. - falei bem manhoso.
- Então nós vamos no feriado, vou te levar para ver o mar pela primeira vez.
Eu dei um gritinho de alegria e abracei ele bem apertado agradecendo por ele fazer isso por mim. Isso era muito bom, pois o aniversário dele seria bem nesse fim de semana, eu poderia fazer uma bela surpresa para ele e ainda teria o mar como nossa testemunha. Essa semana vou comprar logo o presente dele, não quero deixar para a última hora e ter algum imprevisto, pois ainda tenho que aproveitar um momento que ele não perceba para ir na joalheria.
Os dias passaram tranquilos, na segunda e na terça ele ainda precisou ir na clínica para fazer alguns acabamentos, só tenho a quinta ou a sexta para comprar o presente, pois amanhã depois da aula vamos comprar algumas coisas que vamos precisar para a viagem e não vou conseguir despistar ele. Estou muito ansioso com tudo, com a viagem, com a fuga para comprar o presente e principalmente se ele vai gostar da surpresa, mas também estou apreensivo, pois quando ele souber que menti para ele pra ir comprar o presente não sei como ele vai reagir, espero que bem.
Depois da aula passeamos muito pelo comércio e compramos muitas coisas, sungas, chapéus, protetor solar, boia, até um gazebo, eu disse que um sombreiro estava bom, mas ele é exagerado e disse que eu não podia tomar sol por conta de minha pele clara e sensível. Aproveitamos para almoçar, depois fomos na delicatessen que eu gosto e já no fim da tarde voltamos para casa. Eu estava uma pilha, pois não consegui comprar o presente hoje e só tenho amanhã para fazer isso, vou pedir para a coordenadora me liberar no intervalo e torcer pra ela deixar.
Ele sempre perguntava porque eu estava tão agitado e eu respondia que era ansiedade pela viagem, o que não deixava de ser também. Cedinho ele me deixou na escola e voltou pra casa pra arrumar a oficina e como hoje tenho aula integral ele só volta no final da tarde. Eu estava uma pilha pensando em mil maneiras de pedir a coordenadora para ir na joalheria do outro lado da praça, mas quando eu estava perdido em meus pensamentos a professora entrou na sala e anunciou um simulado surpresa e avisou que depois dele estaríamos liberados. Foi um alívio pra mim, eu poderia ir comprar o presente e ainda chegaria em casa bem cedo.
Depois do simulado sai e fui direto na joalheria, a pulseira era linda bem artesanal com uma tira de couro marrom com outra tira trançada por cima e no meio tinha uma pequena medalha de prata que dava para gravar nossas iniciais, eu vi na vitrine no dia que vim com minha mãe no centro. Pedi uma para mim com a inicial dele e outra para ele com minha inicial, a moça disse que demoraria um pouco por causa da personalização e também porque eles teriam que fazer a dele já que suas medidas eram maiores.
Enquanto eles faziam tudo fui na delicatessen e comprei um pedaço da torta de café que ele gosta e outro da minha preferida de morango para comermos depois do jantar. Demorou mais do que eu esperava, mas ficou perfeito, pedi para colocar as duas juntas numa caixa tipo de alianças grande e sai para pegar o ônibus. Tinha muito tempo que havia pegado um, mas ainda lembrava do número, logo passou um e eu entrei nele.
Me sentei ao lado de uma senhorinha que logo puxou assunto comigo e eu me distrai, quando dei por mim percebi que peguei o ônibus no sentido contrário da minha casa e o tempo tinha mudado completamente. A senhorinha vendo minha aflição falou com o motorista que disse que assim que visse outro ônibus no sentido contrário pararia para que eu pudesse voltar e ir para casa, e assim ele fez, mas demorou um pouco.
Quando entrei no outro ônibus senti meu celular vibrar, mas quando o peguei ele estava desligando, fiquei sem bateria. O céu ficava cada vez mais escuro e a chuva fina começou a cair. Logo uma tempestade se formava, o trânsito ficou um caos com as ruas alagadas, o motorista teve que mudar o percurso e tava tudo uma bagunça. O percurso normal iria demorar uns 40 minutos, mas contando com o ônibus errado que peguei e toda essa confusão não sei quando ia chegar em casa e ainda estava sem bateria, paizinho vai me matar hoje.
Pra piorar a minha situação raios e trovões cortavam o céu me deixando apavorado, eu tenho pavor deles e meu coração parecia que ia explodir. Não sei quanto tempo se passou até o motorista avisar que só poderia ir até aquela rua, ainda chovia muito, o vento, raios e trovões eram fortes, as ruas estavam escuras e cheias de lama e eu estava a três quarteirões de casa.
Eu desci do ônibus e corri o máximo que pude até cair numa poça de lama e perder as nossas tortas, mas eu só queria chegar logo em casa, me levantei e voltei a correr. Eu chorava e corria até cair mais duas vezes machucando meus joelhos e cotovelos, mas eu estava com muito medo e frio e só queria o colo do paizinho. Quando virei a esquina da nossa rua mal dava pra enxergar nossa casa, mas ao me aproximar pude ver seu carro com os faróis acessos e ele com as mãos sobre a cabine, chamei por ele num fio de voz e corri com as poucas forças que me restavam até estar em seus braços. Ele também estava todo molhado e eu só conseguia pedir desculpas.
- Desculpa, paizinho! Foi a chuva... desculpa... eu perdi sua torta... desculpa...
Ele me pegou no colo tão forte que eu quase não conseguia respirar, ele parou no meio da sala ainda me segurando e sua respiração estava tão pesada quanto a minha que estava correndo. Depois de um tempo ele me colocou no chão e me encarou, tinha algo em seu olhar que eu não conseguia entender.
- Tire a roupa molhada e me conte o que aconteceu. - ele falou calmo.
- A escola liberou cedo e eu quis te fazer uma surpresa, mas a chuva atrapalhou tudo e eu fiquei sem bateria.
Eu falava aos soluços tirando minhas roupas quando ouvi o barulho dele tirando o cinturão e o enrolando em sua mão, eu sabia o que ia acontecer e aceitava porque eu errei, eu sabia que não podia esconder nada dele e que tinha que esperar ele me buscar ou ligar para avisar e eu não fiz nada disso. Ele segurou em meu braço e o primeiro golpe foi nas pernas cada um mais forte que o outro acertando minhas costas também. Eu chorava, mas não pedi para parar, quando ele parou eu estava encolhido no chão.
- Levante e vá tomar banho.
Ele falou e eu só ouvi seus passos se afastando de mim ao som de raios e trovões, quando consegui me levantei e devagar fui para o banheiro, enchi a banheira com água quente e entrei esperando que ele viesse cuidar de mim como sempre fez, mas o tempo passou, a água esfriou e ele não veio. Meu coração já estava em pedaços por ter decepcionado ele e agora o medo se apoderou de mim, e se ele me deixar por causa da minha desobediência, e se ele não me quiser mais, e se ele não quiser mais cuidar de mim?
Como um louco, aos prantos, eu sai da banheira e correndo fui procurar ele pela casa, ao chegar na sala o vento gelado abraçou meu corpo nu e molhado, a porta da cozinha estava aberta, ele estava parado no alpendre e eu me agarrei ao seu tronco pedindo perdão.
- Me perdoa, paizinho, não me deixe... eu sei que errei... me perdoa.
Eu chorava e tremia muito, mas nem os raios e trovões me importavam naquele momento, eu só queria o seu perdão. Ele me pegou no colo como uma criança, entrou em casa e chorou como eu nunca vi ninguém chorar na vida.
- Eu tive tanto medo de perder você, ninguém sabia onde você estava... eu fui te buscar mais cedo por causa da chuva e eles avisaram que liberaram vocês pela manhã... eu estava louco sem notícias suas... seu celular só dava caixa postal. Eu tava ficando louco! Me desculpa, eu te machuquei...
- Eu mereci, paizinho! Nunca mais eu vou fazer isso... me desculpa...
- Eu vou cuidar de você, pequeno! Vamos pro banho você está cheio de lama e gelado, assim você vai ficar doente.
Ele me levou pro banheiro, trocou a água da banheira e me colocou lá dentro, com muito cuidado ele tirou toda a lama de meus cabelos e corpo depois me secou, passou a pomada em minhas costas e pernas machucadas, fez curativos em meus joelhos e cotovelos e me embrulhou como um pacotinho com o edredom. Ele tomou banho e logo veio deitar comigo, o calor de seu corpo me acalmava, eu ainda soluçava em seu peito enquanto ele me fazia cafuné.
- Eu sei que eu sou bruto, que eu não devia ter te batido, mas eu fiquei desesperado quando não tive notícias suas, meu coração parecia que ia explodir. Eu não saberia o que fazer sem você, pequeno. E quando eu vi você primeiro me deu um grande alívio, mas saber que você me desobedeceu e colocou sua vida em risco me fez perder o controle. Eu te amo muito, meu bebê!
- Eu também te amo, meu Preto! Eu só queria chegar mais cedo com seu pedaço de torta favorito sem te dar o trabalho de me buscar, eu sei como você se cansou com esse projeto da clínica. Mas eu perdi sua torta quando cai. Você me perdoa? Nunca mais eu vou fazer isso, eu tive tanto medo quando você me deixou sozinho e não cuidou de mim.
- Perdoo sim, bebê. E nunca mais eu vou te machucar assim e nem deixar de cuidar de você. Você me perdoa?
- Perdoo sim, meu amor!
Ficamos nos beijando e trocando carícias até que ele adormeceu sem nem perceber. Acordei com meu pequeno suado e tremendo em meus braços, ele chorava pedindo pra eu não deixá-lo e isso partiu meu coração. Ele estava com muita febre e não conseguia acordá-lo. Dei a medicação a ele ainda dormindo e passei o restante da noite com ele embrulhado em meu colo na poltrona. Vez ou outra ele ainda soluçava pedindo perdão, isso quebrava meu coração. Ele é tão novinho e tão lindo, nunca vivi nada parecido antes.
Sei que as pessoas vão me julgar pela diferença de idade, mas enquanto ele me quiser eu estarei ao seu lado e cuidarei dele até meu último suspiro. O dia já está amanhecendo, agora ele dormia tranquilo, prendi seu cabelo, limpei seu corpo com uma toalha úmida e deixei ele embrulhado na cama enquanto fazia o café da manhã. Me assustei quando ouvi da cozinha sua voz rouca me chamando junto com um barulho, ele estava caído no chão da sala chorando e chamando por mim.
Corri ao seu encontro e ele se agarrou ao meu pescoço, eu o envolvi em meus braços, a febre tinha voltado. Depois que ele se acalmou tentei deixá-lo na cama para buscar seu mingau, mas ele não queria se separar de mim, então embrulhei ele no edredom e o levei para a cozinha, o alimentei com muita dificuldade, pois ele reclamava da garganta. Depois ele tomou os remédios sem reclamar e passamos o restante do dia juntos, até no banheiro ele ia comigo. Acho que eu ter me afastado dele naquela situação o afetou muito. Como ele não ia me deixar sair resolvi pedir por delivery a torta de morango que ele gosta.
O dia estava bem frio, ainda chovia e vez ou outra ainda se ouvia os trovões, fiz um chocolate quente e tomamos junto com a torta. A febre ia e voltava sempre muito alta mesmo ele medicado. Suas mãos pequenas não paravam de passear em meu corpo e ele me olhava como se eu fosse desaparecer a qualquer momento.
- Você vai ficar comigo pra sempre, não é?
- Vou sim, pequeno! Eu só vou embora se você mandar.
- Eu não vou fazer isso nunca, eu não vivo sem você! Faz amor comigo, paizinho?
- Você está doente, pequeno. Precisa se recuperar.
- Eu preciso de você, eu preciso sentir você dentro de mim.
Seus olhos estavam marejados, ele estava inseguro e eu não ia piorar seu estado. Deitei ele sobre a cama, comecei beijando seus pés, cada um de seus dedinhos e lentamente fui beijando e lambendo suas pernas até o meio delas onde seu pintinho murcho estava, chupei ele enquanto beliscava seus peitinhos pontudos. Ele gemia rouco e se contorcia, continuei subindo até seu pescoço depois virei ele de costas e beijei cada parte machucada até chegar no seu bumbum. Lambi, chupei e enfiei minha língua em seu cuzinho ouvindo ele me chamar.
Coloquei ele de lado, devagar fui forçando meu pau em seu cuzinho e bem lentamente fui entrando até o final. Abraçado ao seu corpo e beijando seu pescoço eu entrava e saia dele com muito cuidado, ele gemia e pedia mais, sua voz rouca estava me enlouquecendo. Parecia que meu pau estava numa fornalha muito apertada, ele mastigava meu pau com muita intensidade e quanto mais eu aumentava as estocadas mais ele pedia e eu não resistia. Estávamos suados, ofegantes e querendo cada vez mais um do outro, ele pedia e eu não negava. Ele é meu menino e juntos nós gozamos, eu enchendo sua barriga com meu leite e ele apertando cada vez mais meu pau e foi incrível.
- Eu te amo, meu pequeno! É assim que eu quero viver meus dias com você, te amando!
- Eu também te amo, paizinho! Eu quero viver assim com você, pra sempre!
Ele chorava, mas dessa vez eu sabia que não era por medo, tristeza ou qualquer outra coisa ruim, agora ele entendeu que não vou deixá-lo nunca.
Continua...
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