#Coroa

Guerra de Robô

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Fodedor de Buracos Negros

No vasto e silencioso vazio do espaço, onde a escuridão é interrompida apenas pelo brilho distante das estrelas, a órbita do planeta esmeraldino se transformou em um campo de batalha titânico.
A colônia espacial Capricórnio, outrora um símbolo de esperança e progresso, agora é o epicentro de uma guerra colossal entre mechas, cada um mais imponente e letal que o outro.
Os robôs dominadores de Nova Fronteira, invasores que buscavam o domínio de Capricórnio, com suas armaduras negras refletindo a luz esverdeada do planeta abaixo, avançavam com uma precisão implacável.
Os movimentos eram coordenados, quase coreografados, como uma dança macabra de destruição.
Cada disparo de seus canhões de plasma cortava o espaço com uma luz ofuscante, transformando naves e mechas em destroços flutuantes.
Os defensores da colônia, robôs de cores vibrantes e designs variados, lutavam com uma ferocidade desesperada.
Eles eram a última linha de defesa, os guardiões de milhões de vidas humanas que dependiam de sua vitória.
Entre eles, destacava-se um líder, Artur, num colosso de metal azul e prata com dezesseis metros de altura. No cockpit os olhos do major brilhavam com uma determinação inabalável.
Encouraçados gigantescos flutuavam ao redor da batalha, suas silhuetas imponentes lembrando antigos navios de guerra.
De seus hangares, saíam enxames de robôs menores, cada um pronto para sacrificar-se pelo seu lado.
As naves de ambos os lados trocavam rajadas de mísseis e lasers, criando um espetáculo de luzes e explosões que iluminava a escuridão do espaço.
Artur, com um rugido metálico, avançou contra o maior dos robôs dominadores, Svetlana. Seus golpes eram rápidos e precisos, cada movimento uma combinação de força bruta e habilidade técnica.
O inimigo, porém, não era menos formidável. O mecha Svetlana tinha seios cadáver em estado inanimado como supercomputador.
A inteligência artificial utilizava os cérebros em decomposição para cálculos e consumo de energia. As garras afiadas de Svetlana cortavam o vazio, buscando qualquer brecha na defesa do Chu Mary, o mecha de Artur.
Enquanto os dois titãs se enfrentavam, a batalha ao redor continuava a se intensificar.
Robôs menores se engalfinhavam em combates corpo a corpo, suas armas e armaduras se chocando em uma cacofonia de metal.
Os encouraçados, como gigantes adormecidos, lançavam suas armas devastadoras, cada tiro uma sentença de morte para dezenas de máquinas.
Destroços flutuavam por toda parte, restos de robôs e naves que haviam encontrado seu fim na fúria do combate.
A colônia, agora um bastião sitiado, tremia com cada explosão, suas estruturas ameaçando ceder sob a pressão incessante.
E, no meio de tudo isso, o líder dos defensores, com um último esforço hercúleo, conseguiu desferir um golpe decisivo. Sua lâmina de energia atravessou o peito do robô dominador, que soltou os cadáveres esviscerados em sangue em meio às máquinas antes de explodir em uma chuva de faíscas e metal retorcido.
A vitória, porém, estava longe de ser garantida.
A batalha continuava, cada lado determinado a não ceder.
No vasto teatro do espaço, a luta pela colônia espacial era uma ópera de destruição e heroísmo, onde cada robô, cada encouraçado, era um ator em um drama épico de vida e morte.
ENQUANTO ISSO NO CENTRO MÉDICO DA COLÔNIA
O centro médico de Capricórnio estava em um estado de frenesi controlado.
Robôs drones, equipados com inteligência artificial avançada, zumbiam de um lado para o outro, administrando tratamentos e estabilizando os feridos.
Em meio à gravidade zero, o Dr. Henrique, um médico experiente com cabelos grisalhos e olhos cansados, flutuava de paciente em paciente, sua expressão grave refletindo a seriedade da situação.
Ao seu lado, a Dra. Clara, recém-formada e ainda se adaptando à vida na colônia, tentava acompanhar o ritmo frenético.
Seus olhos brilhavam com uma mistura de determinação e nervosismo.
Ela observava atentamente os drones, admirada com a precisão e eficiência das máquinas.

“Henrique, precisamos de mais morfina na ala três,” disse Clara, sua voz firme apesar da tensão.
Henrique assentiu, seus olhos nunca deixando o monitor holográfico à sua frente. “Já estou providenciando, Clara. Como estão os pacientes na ala dois?”
“Estabilizados, por enquanto. Mas temo que não tenhamos recursos suficientes se a batalha continuar por muito mais tempo.”
Henrique suspirou, passando a mão pelo cabelo. “Estamos fazendo o melhor que podemos. Esses drones são uma bênção, mas ainda precisamos de mais mãos humanas.”
Clara se aproximou, tocando levemente o braço de Henrique. “Você está fazendo um trabalho incrível, Henrique. Todos aqui sabem disso.”
Ele olhou para ela, um sorriso cansado surgindo em seus lábios. “Obrigado, Clara. Você também está se saindo muito bem. Não é fácil para ninguém, especialmente para alguém tão nova quanto você.”
Ela corou ligeiramente, desviando o olhar. “Estou apenas tentando fazer minha parte.”
Henrique riu suavemente. “E está fazendo. Agora, vamos ver o que mais podemos fazer para ajudar esses pacientes.”
Enquanto eles flutuavam juntos pelo centro médico, a proximidade entre os dois se tornava cada vez mais palpável.
Em meio ao caos e à destruição, um vínculo silencioso se formava, uma conexão que transcendia a gravidade zero e as barreiras emocionais.
Os drones continuavam seu trabalho incansável, mas, por um breve momento, o centro médico parecia um pouco menos frio, um pouco mais humano. E, enquanto a batalha lá fora continuava a rugir, dentro do centro médico, uma nova batalha – de emoções e desejos – começava a se desenrolar.
Tendo feito o que podiam.
Deitaram, lado a lado, diante de uma vítrea janela com quase um quilômetro de extensão.
A batalha não tinha som, e as máquinas cuidando dos feridos não precisavam mais de comandos, apenas de supervisão.
Ele se aproximou dela “E se morrermos hoje, como seria? Algo ficou, algum arrependimento?”
Apesar dos cabelos brancos, o homem tinha um porte elegante.
Não era do tipo que disfarçava a idade com próteses, drogas, ou implantes cibernéticos.
Se orgulhava da vida que tinha, e do que alcançou até então.
Ela percebeu o olhar dele.
Sabia que se sobrevivessem teriam poucos anos até o próximo ataque, e ansiava que esses anos fossem numa nova posição, e se precisava apenas foder para isso, ela o faria.
Clara modificou o próprio corpo, tinha pernas mais longas, antes ela era mais baixa, e o abdômen definido foi conseguido sem nenhum esforço se não o monetário.
Os seios da mulher, branca, de cabelos ondulados e castanhos chegando num tom quase negro, também não eram naturais.
Quando o doutor se aproximou, sentindo a pele do pescoço dela com a boca, e a prensando contra o vidro, ela tirou o jaleco e parte de cima das vestes revelando seios com bicos grandes.
Os peitos foram seguros pelo homem, que foi de um a outro lentamente, aproveitando cada momento como se fosse último.
Os tremores no vidro, que seguia por muitos andares acima e abaixo da ampla sala em que estavam, impulsionaram o velho a colocar a rola para fora.
Quando os corpos se encontraram, o vidro se quebrou, e sem som tudo foi atirado ao espaço. Um oceano de sangue, cadáveres e máquinas em colisão aguardando o abraço da gravidade que os tornaria iguais.

Comentários (1)

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  • Capivara2w: Que escrita maravilhosa

    Responder↴ • uid:fi19tf49ak