#Estupro #PreTeen #Sado

Experiência de Auschwitz

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Carlos Pedo

"Papai, qual é o som do silêncio?" A menina de sete anos, com olhos escuros e cabelos emaranhados, olhou para o homem que a abrigava com as pernas.

O homem, magro e cansado, levantou os olhos para a cara angelical dela, suja com a poeira e a lama do chão da barraca. "O som do silêncio, querida, é a ausência do ruído. É a calma que se instala quando todos param de falar e o vento se apazigua."

A garotinha abriu a boca para perguntar outra coisa, mas o som de passos pesados a interrompeu. Os sapatos de couro preto se aproximavam, e o medo agarrou o pequeno coração dela. Era aquele homem novamente, o homem que dizia ser bom, mas cujos olhares frios e palavras duras lhe diziam o contrário. Oficial Himmler.

Ele parou diante deles, a luz da tocha iluminando a pele pálida dele. Sua roupa imaculada contrastava com a sujeira que envolvia os demais. A menina se escondia por trás do homem que lhe falara do silêncio. Nenhum deles falou. Era o jogo que eles costumavam brincar, um jogo em que as palavras eram balas e o silêncio era a armadura.

Himmler olhou para baixo, os olhos azuis frios se cruzando com os dela. "Bem, meu querido", disse ele com um sarcasmo que a fez encolher. "Parece que você tem novos 'convidados'. Terá que cuidar deles, você sabe o que é certo." O homem apertou os dentes, mas a menina sentia a resignação em seu abraço.

Eles eram judeus, presos em Auschwitz. A menina, que não podia se lembrar de um tempo em que a vida tivesse algum sentido além da sobrevivência, sabia do que Himmler falava. Era a troca que haviam feito, aquele pacto sombrio que lhe dava comida extra e um toque de humanidade em meio àquelas condições inumanas: a companhia noturna do homem que a repugnava. Em troca, ele os mantinha a salvo dos experimentos do malvado doutor Mengele.

O homem, que era na verdade o chefe da barraca e o pai de outra criança que morava com eles, olhou para a garotinha com um olhar carregado de tristeza e determinação. "Vai, menina", disse ele em tom baixo. "Hoje é o meu turno." A menina sabia que deveria sentir-se aliviada, mas o que sentia era um vazio que se alongava no peito.

Ela se levantou lentamente, os pés descalços escorregando no chão molhado. Aproximou-se do Oficial Himmler com um passo cauteloso, tentando manter os olhos fixos no chão. A roupa do homem cheirava a sabão importado e a lã limpa, um contraste nauseante com o cheiro a carne queimada e a podridão que envolvia o acampamento. Ele esticou a mão, e com um estalido, a agarrou pelo braço.

A garotinha sentiu o calor da tocha acariciando a pele, a luz piscando em cada cicatriz que marcava o rosto do homem. As sombras dançavam nas paredes de madeira da barraca, dando a impressão de que a sala se movia com eles. Os olhares dos demais presos a seguiam, cheios de compaixão e desprezo. Mas eles entendiam. Eles sabiam que aquilo era necessário.

Chegaram nos aposentos de Himmler, e a garotinha já sabia o que a aguardava. O quarto era grande, em comparação com o que os demais tinham, e os móveis eram luxuosos. O cheiro a sabão importado era ainda mais intenso aqui, misturado com o de tabaco. A cama era feita com cuidado, as sábanas brancas e suaves. A menina parou na entrada, olhando para o chão, com a mão pequena e suada agarrando a roupa que lhe cobria as pernas.

"Vamos, menina", disse Himmler com um tom cansado. "Tira suas roupas."

A garotinha hesitou por um instante, mas a necessidade de proteger os que amava e a vontade de sentir um pouco de conforto no meio daquele inferno a impulsionou. Lentamente, com as mãos tremendo de frio e medo, despiu-se, deixando cair a tímida vestimenta que lhe servia de proteção. A roupa enrolou-se às voltas, caindo no chão frio e duro.

Himmler a observava com um olhar que a fazia se sentir suja, e a garotinha sabia que era assim que ele via todos os judeus: inferiores. Sua pele pura e ovalada, que outrora a fazia ser chamada de "bela" por familiares e amigos, agora era somente um motivo para a repulsa do homem que a mantinha viva. "Até que para uma raça inferior você é bonita", ele murmurara em algumas ocasiões, sem se importar com o desprezo que emanava de cada palavra.

Ele se despiu lentamente, a roupa caindo em pequenos monteiros no chão, revelando o corpo duro e musculoso de um homem que nutria-se da humilhação dos fracos. A camisa branca, que contrastava com a cor da pele, voou para longe e os calções caíram, expondo o pênis ereto que ele apontou em direção à boca dela. "Chupa", ele disse, a voz dura e sem emoção.

A menina levantou os olhos para o homem, os olhos encheram de lágrimas. Mesmo com a vida reduzida a um ciclo de violência e dor, ela conservava a dignidade e a inocência. No entanto, sabia o que era necessário. Com um suspiro, a garotinha curvou a cabeça, fechou os olhos e abriu os lábios. O toque da pele fria e estranha no nariz a fez estremecer, mas ela agarrou as pernas do homem, mantendo-se firme.

O som da respiração pesada de Himmler enchia a sala. Ele a empurrou, forçando a criança a se agachar. A garotinha sentia a saliva amargando em sua boca, mas continuava, os movimentos lentos e mecânicos. A cada gesto, cada toque, o peso da realidade se tornava insuportável. Ela quis gritar, chamar por socorro, mas sabia que era inútil. A vida dela e daqueles que amava dependiam do silêncio.

Por fim, ele soltou um gemido curto e se estremeceu. A garotinha sentiu o sabor amargo da humilhação ser derramado em sua boca. O homem a empurrou para longe de si, e a criança caiu de joelhos no chão. Os olhos dela estavam fechados, mas as imagens daquilo que havia feito eram claras em sua mente. A vergonha queimava a pele dela, mas a necessidade de se limpar e continuar era imperiosa.

Himmler riu baixo, ajoelhando-se diante dela. "Você é boa, menina. Tão boa." As palavras soaram falsas e ameaçadoras, mas a menina agarrou a pequena semente de elogio com desespero. Se ele estivesse satisfeito, talvez ele a tratasse com um pouco de bondade. Talvez, por um breve instante, ela pudesse se esquecer do que era.

Ele se movia agora, se aproximando dela, o rosto desfigurado por um sorriso perverso. A garotinha olhou para o chão, tentando controlar as náuseas que se agitavam em sua barriga. De repente, sentiu a mão dele em seu queixo, forçando-a a levantar os olhos. "Abre a boca", ele disse. E ela obedeceu, abrindo os lábios com medo e repulsa.

Himmler afastou-se um pouco e, com um movimentos que a fizeram fechar os olhos, ele se desabrochou. O som da urina atingindo o chão era um eco na sala. A menina sentiu as gotas quente cobrindo-a, inundando a boca dela. Ela quis resistir, mas a necessidade de proteger os que amava era maior que a repulsão que sentia. Tragou, tentando manter a boca aberta, mas as lacrimas rolavam, misturando-se com o fluido sujo.

Ele urinava com prazer, a sensação de degradação total. Os demais presos, que a ouviram chorar, entenderam o que estava acontecendo. A menina podia sentir o silêncio da barraca se tornando palpável, a tensão crescendo com cada gota. Mas ninguém falaria, ninguém interferiria. Eles sabiam que, se o fizessem, a situação pioraria.

A garotinha sentia a urina em sua boca, o sabor amargo e o cheiro nauseabundo se espalhando por todo o pequeno compartimento. As mãos de Himmler seguravam o queixo dela, forçando-a a manter os olhos abertos, a ver o prazer que ele retirava daquele ato de dominação. Seus olhares cruzavam-se, mas enquanto os dela estavam cheios de medo e desgosto, os dele estavam repletos de uma alegria maligna que a enxergava a fraqueza.

"Vai embora, puta suja," ele sussurrou, empurrando-a com força. A menina rolou no chão, o lábio cortado e a boca cheia do odor da humilhação. O silêncio da barraca era agora um grito ensurdecedor, um testemunho mudo da violência que se consumara.

Ela se levantou, tremendo, e caminhou descalça, nua, de volta aonde os demais judeus estavam aglomerados. O chão gelado cortava a pele delicada dos pés, mas ela aguentava, focando no destino que a aguardava. A multidão se abriu para ela, os rostos nus de qualquer emoção, mas os olhares lhe diziam tudo: eles sabiam. Eles sabiam daquela monstruosidade que se escondia por trás daquele silêncio.

Comentários (1)

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  • Alicia: Ameeii

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