#Corno #Incesto #Teen #Traições

1997 - XXI – O último vôo do Condor

3.5k palavras | 0 | 4.77 | 👁️
Sglebno

Um caso aparte acontecido em.1997 também. Algo novo e tão excitsnte quanto.

XXI – O último vôo do Condor

Já havia escrito boa parte de tudo que me lembrava daquele ano especial, mas algo aconteceu que me fez rememorar os acontecimentos de 1997, algo que eu não poderia deixar de fora dessa narrativa.

Há questão de uns dois anos, voltei a conversar com uma amiga, da qual afastei-me havia muito tempo. Nosso caso degringolou depois de uma promessa de mènage mal resolvida. Mas, com a popularização do WhatsApp, voltamos a nos comunicar virtualmente, graças à pandemia. Contei para ela sobre os meus relatos e sobre o que fiz em 1997. Algumas coisas ela já sabia, outras mais criminosas, não. Ficou horrorizada, mas aceitou meu “mea culpa”, e pediu para ser a primeira a ler os relatos. Porém, eu estava ainda em seu início e não deixei que ela o lê-se até que eu o terminasse. Isso já faz um ano e meio, talvez.

Há uns dois meses, essa amiga estava em Santos para o aniversário de 14 anos de sua sobrinha, e mandou-me uma foto da garota, de corpo inteiro, em frente a um espelho. Estava com um vestido preto, bem curto, bem maquiada e sem sutiã, com um decote generoso. Por um acaso, um ano antes, eu havia enviado parte do primeiro capítulo dos meus relatos, onde descrevia a minha Sandrinha com riqueza de detalhes, personagem principal de minhas memórias.

A semelhança era impressionante.

Ela não se lembrava da descrição de Sandra, e até comentou que o pai da menina, seu cunhado, só havia permitido que ela usasse aquele vestido se vestisse um short de lycra por baixo. Coisa que abominei de imediato, com emojis característicos. Expliquei que esses shorts pretos, usados por baixo de saias e vestidos curtos broxavam-me sobremaneira.

Como ela não comentava a semelhança das duas, copiei a parte da conversa anterior, onde descrevia Sandrinha, e reenviei-a no nosso papo e aguardei. Em segundos, ela enviou um emoji de espanto, impressionada por ser, alguém do meu passado, tão parecida com Camila, sua sobrinha. A descrição era perfeita. Sandrinha era Camila, e vice-versa.

Quando comecei a elogiar, na foto, o corpo de Mila, o decote, as coxas, o rosto, os cabelos, Zulmira, minha amiga, disse:

Z – Nem vem, hein?
A – Que foi?
Z – Sei muito bem onde você quer chegar.
A – Onde?
Z – Camila é virgem e BV.
A – Serio?
Z – Aham.
Z – Minha irmã já conversou bastante com ela e pôs muito medo em suas atitudes.
Z – Por ela, a filha seria virgem pro resto da vida.
A – Aí também não é legal.
Z – Não, não é.
Z – Por isso a menina me procura pedindo ajuda e orientação, já que sou a tia maluquinha.
A – Ela pede orientação sexual pra você?
Z – Ela diz que suas amigas já não são mais virgens.
Z – Que tiveram suas primeiras experiências bem ruins, mas que dizem estar melhor assim, agora que já podiam transar sem medo.
Z – Tem medo de fazer com algum menino da escola, e ficar mal falada...
Z – A mãe descobrir quem foi...
Z – Essas coisas.
A – Tadinha. Está mais perdida que cega em tiroteio.

Apesar do jugo da mãe, a menina estava curiosa em saber o que é perder a virgindade, mas ainda sentia-se constrangida nas conversas com as amigas e até em perguntar coisas mais “cabeludas” para a própria tia. Ela própria havia falado isso para minha amiga, além de temer a dor na hora da penetração, quando isso fosse acontecer.

Brinquei, oferecendo-me para o árduo trabalho, o que fez com que minha amiga se sentisse extremamente ofendida. Graças à nossa amizade, consegui fazê-la ver que não havia intensão alguma em ofendê-la, ou à sobrinha, que era apenas uma brincadeira, mas com um cunho de verdade.

Achei que ela iria ficar um tempo sem conversar comigo pelo WhatsApp. Porém, no dia seguinte, ela mandou-me um “Oi”. Voltei ao assunto e tentei explicar-lhe meu ponto de vista, não advogando em causa própria, mas sim, sendo meio filosófico até.

A – Seja sincera comigo. Sua primeira vez foi maravilhosa?
Z – Não.
A – A minha também não foi. Você tem boas lembranças daquele dia, mesmo que de pequenos momentos?
Z – Não.
A – Foi com quem?
Z – Com um namoradinho meu da época.
Z – Da minha idade.
A – E porque não foi bom?
A – Vocês não se gostavam?
Z – Claro que a gente se gostava, mas nenhum dos dois tinha experiência, né?
A – Foi onde?
Z – No carro dele.
A – Num carro?
A – Deve ter sido desconfortável pra cacete.
Z – Foi. Foi muito ruim.
Z – Passei um bom tempo sem querer nada com sexo.
A – Quantos anos você tinha?
Z – 17 e ele 18.
A – Você achava que ele era o amor da tua vida?
Z – Não.
Z – Eu nem estava assim tão apaixonada.
A – Você achava que iria se casar com ele?
Z – Não.
Z – Eu nem pensava nisso nessa época.
A – Então...
A – Você transou a primeira vez com um cara por quem você não era apaixonada.
A – Com quem você não pretendia se casar.
Z – Isso.
A – Que não tinha nenhuma experiência.
A – Que não sabia como tratar uma mulher.
A – Que tinha a tua idade, e... dentro de um carro.
A – Estou certo?
Z – É. Tá certo.
A – E, por causa dessas escolhas, você passou algum tempo sem quer nada com sexo, certo?
Z – Certo de novo.
A – Agora me diz:
A – Se fosse num motel, teria sido melhor?
Z – Ahhh. Na época nem tinha disso.
Z – Se fosse num motel como os de hoje?
Z – Teria sido só um pouquinho melhor, mas não muito.
A – Se fosse com um cara pelo qual você estivesse caidinha, apaixonada.
Z – Talvez fosse melhor, mas ainda seria mal feito, rsrs, por causa da inexperiência.
A – E se fosse com um cara bem mais velho...
A - ... que soubesse tudo e te tratasse com todo o carinho, sabendo da importância daquele momento pra você?
Z – Só se fosse você, kkkkk.
A – Te levando a um motel e te dando toda certeza de que, se não fosse legal, não completaria a missão...
A - ... um cara confiável, apesar de você não estar apaixonada por ele.
A - ... apenas um pinto amigo.
Z – Já entendi seu ponto.
A – Responda.
Z – Não vou responder.
A – Somos amigos, não?
Z – Claro. E profundos, rsrs.
A – Responda.
Z – Tá, tá, tá... teria sido bem melhor.
Z – Eu teria me sentido bem no final, e teria uma ótima lembrança da minha primeira foda.
Z – Era isso que você queria ler?
A – Eu queria ler o que você achava certo pra você.
Z – Teria sido bom se tivesse sido assim.
A – E porque, sendo você a mentora da Mila, não dá essa escolha a ela?
A – Você sabe que, na idade em que ela está, acima dos 14 anos, ela já pode escolher o parceiro sexual, não sabe?
Z – É o que a lei diz, não é?
A – Então, dê o benefício da dúvida a ela.
Z – Vou pensar.
A – Quando você perdeu a virgindade eu tinha 24 anos.
A – Hoje vejo que nessa idade eu não sabia nada de sexo.
Z – Serio?
A – Aham.
A – Se tivesse 50, aí sim.
A – Estaria bem mais consciente.
A – Saberia muito bem como te deflorar com prazer para ambos.
Z – Não tenho dúvida.
A – Com tudo isso, você ainda acha que não sou uma boa escolha para a Camila?
Z – (emoji pensativo)
Z – Depois de tudo que você falou, até me convenci.
Z – Mas como faria isso?
A – Convença-a como te convenci e depois me dê o WhatsApp dela.
Z – Vixe, a mãe tem a senha.
A – Aí ferrou.
Z – Vou conversar com ela.
A – (emoji de diabinho roxo sorrindo).

Já estávamos teclando há alguns meses e, sem a pandemia a nos proibir, resolvemos voltar a nos ver e... Eu, divorciado e sem namorada, e ela, morando com o marido, mas em separação de corpos, facilitaria nosso encontro. Fui até Santo André vê-la. Havíamos combinado tomar um café, mas nem rolou. Fomos direto para um motel na Pereira Barreto e transamos bastante, com “all incluse”. Quando ela estava na cavalgada, começou a provocar-me:

Z – Cachorro. Você quer comer minha sobrinha.

Começou a falar isso rebolando com meu pau em sua buceta. Fui tomado de surpresa e não sabia se ela estava tentando excitar a mim de uma forma diferente, ou se estava excitando a si mesma.
A – Vou comer a Camila.
Z – Safado. Puto. Vai tirar o cabacinho dela, é?
A – Claro... e você vai estar junto, vendo.
Z – Nãooooo.

Enquanto eu metia e amassava seus peitos, a provocava também. O diálogo arfante era carregado de possibilidades.

A – Vou tirar todos os cabaços dela. Da boquinha, da bucetinha e do cuzinho.
Z – Não fala assim delaaaa... É só uma menina... Ahhhhhhh...

E gozou copiosamente.

Enquanto descançávamos começamos a conversar agarradinhos, como eu sempre fazia.

A – O que foi aquilo?
Z – Nada.
A – Fala sério. Você ficou me provocando.
Z – E você adorou.
A – E você também. Mas porque você falou aquilo?
Z – Não sei. Me deu vontade. Achei que te daria mais tesão.
A – E deu... Agora, é por em prática.
Z – Você é louco. E eu, mais louca ainda.

Passados alguns dias recebi um “Oi” de um celular desconhecido, porém, a foto parecia ser de Camila. Respondi com outro “Oi”, mas nem fui lido.

Z – Oiê.
A – Oi. A tua sobrinha me mandou um Oi?
Z – Mandou sim. Ela descobriu um APP, com as amigas da escola, que esconde uma segunda área do celular. Assim ela pode ter dois WhatsApps, e a mãe não vai saber de nada.
A – (emoji feliz)
Z – Agora é contigo...
A – Tea with me.
Z – Oi?
A – ‘Xá comigo.
Z – Ah tá.

A partir desse dia comecei a trocar mensagens com Mila, normalmente em horários escolares, ou quando ela me chamava, sem o perigo da mãe, ou do pai, estarem por perto. Comecei com assuntos aleatórios, e depois segui respondendo suas dúvidas, inclusive aquelas mais cabeludas, que a constrangiam até com a tia querida. Passei a enviar alguns vídeos genéricos, aqueles tipo video-clipe, com uma música incidental e várias cenas de sexo explícito com atores. Cenas de beleza plástica inigualável.

Num desses clipes, Mila chamou a minha atenção para uma cena em um dos clipes. Um cara, usando uma cueca boxer cinza, com o pinto bem duro dentro, mostrava-o para uma moça, que vinha até ele e o mordia, simulando uma chupeta por sobre o tecido da cueca.

C – Nossa. Achei esse clipe super.
C – Deve ser super legal fazer assim.
A – Você ficaria com gosto de sabão em pó, na boca.
C – Será?

A confiança mútua só aumentava. Já falava com a tia sobre mim, como um grande amigo. Em muito pouco tempo já teclava comigo sem papas na língua, “falando” palavrões, inclusive. Escrevia sobre sexo com as palavras de baixo calão, antes evitadas a todo custo. Buceta, cu, chupar, foder, eram palavras corriqueiras. Contava-me tudo o que as amigas faziam e lhe contavam, teclava sobre suas experiências, e pedia minha opinião. A nossa amizade estava bem sedimentada.

C – Toninho? Minha mãe falou que vai chamar a tia pra vir passar uns dias aqui.
A – Ah. Que bacana.
A – Vocês devem estar com saudade uma da outra.
C – Acho que minha mãe nem falou com ela ainda.
C – Você bem que podia vir até Santos, pra gente se conhecer ao vivo, né?
C – Com a tia aqui, eu posso sair com ela e a gente se encontrar.
A – A ideia é ótima. A d o r e i .
C – Vou dar ideia na tia. Vamos ver o que ela acha.
A – Tô ansioso...
C – Eu mais que você...

Logo depois...

Z – Oiê.
Z – A Mila falou contigo?
A – Falou. Teclou. Escreveu. Kkkk
Z – Vai ter uma festa lá, aniversário de alguém, e minha irmã quer que eu desça.
A – E você vai?
Z – Se eu não for as duas me matam.
A – A Mila te falou a ideia dela?
Z – Falou sim.
Z – Você desce e a gente se encontra em algum lugar pra ela te conhecer.
A – Tô ansioso.
Z – Eu também. Muito ansiosa.

Na semana seguinte, recebi uma foto das duas na praia, Zulmira e Camila abraçadas. A foto foi recebida em um grupo nosso, recém formado.

Z – Olha nós aqui, Toninho.
C – Quando é que você vem?
A – O que vocês acham de tomarmos um café amanhã, às 14:00, numa cafeteira de São Vicente?
A – Pode ser na Sodiê.
C – Pode sim. Fica no caminho da Ilha Porchat.
A – Mas fica longe do VLT.
Z – Não faz mal, a gente vai andando.
A – Combinado. Até amanhã, meninas.

Eu já havia tomado um café e comido um pedaço de bolo quando as duas apontaram na porta da cafeteira. Zulmira usava saia azul no joelho e blusa decotada branca. A sobrinha vestia aquele vestidinho preto da foto, bem curto e bem decotado, trespassado. Estavam ambas umas delícias. Vi quando Camila cochichou algo no ouvido da tia e encaminharam-se ao banheiro. Ao retornarem, levantei-me e cumprimentei Zulmira com um abraço apertado e um selinho, e fui apresentado a Camila pela tia orgulhosa. Também dei-lhe um abraço mais que apertado e um selinho. Caso alguém tivesse acompanhado nosso meeting, estranharia eu ter sido apresentado à menina e já tê-la beijado assim. A minha perversão era exatamente essa, alguém perceber. O demônio cutucava.

Sentamo-nos a um canto, numa daquelas mesas com bancos estofados, de ambos os lados. Cada uma delas sentou em um banco, deixando-me com a difícil tarefa de escolher com quem sentar-me. Escolhi a minha amiga como companhia e sentei-me, empurrando-a para a parede. Ato contínuo dei-lhe um beijo na boca, saudosos que estávamos havia alguns dias já.

C – É assim que se faz? Beija minha tia e me deixa aqui chupando o dedo?
Z – Calma. Segure a ansiedade, Mila.

Não me fiz de rogado com a provocação e respondi no mesmo nível.

A – Você terá de ser beijada devagar, pra te ensinar direitinho. E depois... vou te dar meu 11° dedo para você ficar chupando.

Ela entendeu na hora e ficou vermelha. Teclar, falar e brincar pela Internet era uma coisa. Agora, alí, ao vivo e em cores, era outra. Ouvir um coisa dessas de um “quase” estranho, olhando em seus olhos, tinha sido um pouco demais para a menina. A tia na hora me deu um tapa no braço.

Z – Antônio... Isso é lá coisa que se fale para uma menor de idade assim, na lata.

Eu havia, mesmo, extrapolado. Não devia ter falado assim com quem não estava acostumada a esse palavreado e, muito menos, presencialmente.

A – Camila, me desculpe, não queria te assustar desse jeito. Perdoe-me.
C – Não por isso. Preciso ir me acostumando com esse tipo de papo de adultos, logo serei uma.

Não sabia com que sentido ela havia falado aquilo. Se pela idade, que em quatro anos atingiria a maioridade, ou pela perda iminente da virgindade, que a tiraria do degrau de menina e a elevaria, automaticamente, ao posto de mulher.

Z – Senta lá, que ela quer um pouco de atenção, vai.
A – Era justamente o que eu pretendia fazer agora.

Camila já arrastou-se pelo banco, indo mais para a direita, abrindo espaço para que eu me sentasse ao seu lado, sorridente.

A – Como você é bonita, menina, nem precisava dessa maquiagem toda. Apesar do que, realçou bastante seus olhos.

Eu estava encantado com aquela pré-adolescente alí, sentada, e não poderia deixar de elogiá-la e nem de tentar encanta-la também, mesmo que fosse com minhas palavras.

Ao sentar-me, vi que seu vestidinho estava quase na cintura e expunha um belíssimo par de coxas grossas, dignas de uma adulta, cruzadas sensualmente, a esquerda sobre a direita. Parecia até que a tia havia instruído a sobrinha para sentar-se do jeito que eu gostava.

Sentei-me e, sem pedir licença, acariciei aquela coxa exposta quase que por inteira. Apertando levemente a cada espaço percorrido. Que maciez de pele. Que firmeza de carnes. Que delicia de menina.

Nisso, ela descruzou as pernas displicentemente, e as cruzou novamente, trocando a direita pela esquerda, como que arrumando o vestido para que ficasse mais comprido, inutilmente.

C – Você percebeu?
A – O que?
C – Não estou usando shortinho preto de lycra por baixo. Fiz questão de tirar quando chegamos. Meu pai me fez pôr, senão não poderia sair com esse vestido de casa.
A – Serio?
C – A tia Mira me contou o que você falou sobre esse tipo de shortinho, quando ela falou que eu estava usando essa coisa horrorosa no meu niver.
A – Desculpe.
C – Você falou que é broxante, né?
A – Pra mim é.
C – Também não gosto.
A – Você está sem nada, então?
C – Não. Estou de calcinha, né... assim também não. Rsrs
A – Duvido.

Mesmo sabendo ser uma provocação, Mila fez questão de puxar a barra do vestido, pelo lado da parede, até aparecer o cós da calcinha, expondo toda a coxa.

A – Não consigo ver daqui... (e ficaria estranho se me abaixasse).

Olhei para o meio do salão da cafeteira, para saber que alguém nos observava. Pus minha mão direita sobre o seu joelho direito e, vagarosamente, deslizei meus dedos por aquela pele de cetim, acompanhando toda a extensão de sua coxa, até sentir a calcinha. Ela abraçou meu braço e depositou a cabeça em meu ombro, como se estivesse curtindo aquela carícia dissimulada. E estava...

Ela ergueu os olhos quando a olhei bem de perto. Colei minha boca à sua e forcei minha língua entre seus lábios. Ela abriu a boca mas eu a encontrei vazia. Afastei-me.

A – Aqui não é o lugar para te ensinar a beijar como se deve.

Ela abaixou a cabeça na hora, demonstrando que estava triste por não ter correspondido à minha investida.

A – Não se envergonhe disso. Esse não valeu como primeiro beijo. Você continua uma BV, mas só por alguns instantes. Daqui a pouco você deixará de ser.

Ela sorriu ainda um tanto envergonhada. A tia não sabia como reagir ao meu beijo em sua sobrinha tão jovem, sendo eu tão velho. O preconceito dela estava difícil de extirpar.

Chamamos uma das meninas que atendia às mesas e fizemos nossos pedidos. Em pouco tempo fomos atendidos e pudemos iniciar um papo de assuntos aleatórios. Quando fez-se um silêncio inesperado...
A – É verdade.
Z – O que?
A – Ela está de calcinha. E deve ser bem pequenininha.

As duas caíram na risada, chamando a atenção das mesas fronteiriças. Tomei um tapa no braço, agora vindo da pequena. Aquilo parecia mania de família, dar um tapa no braço cada vez que se falava uma besteira. Tal tia, tal sobrinha.

A – Mas só deu pra eu sentir o cós. Não deu pra saber que tipo de calcinha é, e nem o tamanho, direito. Preciso ver com meus próprios olhos.

Agora já não riram, e nem apanhei. O assunto havia ficado sério. A proposta estava lançada.

Camila olhou para a tia algo entre assustada e em dúvida, talvez pedindo uma ajuda, ou anuência, da adulta presente alí, à mesa. A tia deu de ombros, deixando para sobrinha a decisão e a formulação da próxima frase. E ela veio muito melhor do que eu imaginava, satisfazendo todos os meus pedidos. E eu respondi da melhor forma possível, tentando não quebrar o clima.

C – Onde a gente vai, pra você poder ver minha calcinha direitinho?
A – Podemos ir ao meu apartamento, ou a um motel.
C – Nunca fui a um motel.
A – Está decidido, então.

Ela havia falado aquilo, de nunca ter ido a um motel, automaticamente, sem qualquer conotação, olhando para a tia. Mas eu não podia perder a oportunidade e o timing perfeitos.

Ergui o braço e pedi a conta.

Comentários (0)

Regras
- Talvez precise aguardar o comentário ser aprovado - Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos